quarta-feira, 16 de maio de 2018

Informe especial de Shavuot - 19 a 21.05.2018


 Três vezes no ano todo o homem entre ti aparecerá perante o SENHOR teu DEUS, no lugar que escolher, em Chag HaMatzot (festa dos pães ázimos), em Shavuot (festa das semanas), e em Sucot (festa dos tabernáculos); porém não aparecerá vazio perante o SENHOR; cada um, conforme o dom da sua mão, conforme a bênção do SENHOR teu DEUS, que lhe tiver dado” (Deuteronômio 16.16,17)

As Festas do SENHOR são santas convocações ou assembléias do povo de DEUS em tempos marcados, para repetir o que DEUS fez e fará por meio do Seu MESSIAS, para salvar a humanidade e celebrar Sua bondade e misericórdia.

Quando falamos de Pentecoste, nos reportamos ao livro de Atos 2, quando pensamos ser esta a primeira celebração dele. Entretanto, se analisarmos o texto em questão, veremos que a celebração de Shavuot era uma ordenança do SENHOR, porquanto uma de Suas festas:

Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos ao SENHOR” (Levítico 23.15,16)

E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2.1-4).

Atos 2 não foi a primeira celebração de Shavuot, mas o início de seu cumprimento cabal (Joel 2.18-32).

Na viração do dia 19 para 20 de maio, tem início as celebrações de Shavuot, encerrando-se na noite de 21 de maio (dois dias de celebração, em Israel).

Assim como o 1º Pêssach aconteceu há mais de 3500 anos, no Egito, terra de escravidão, também o 1º Shavuot aconteceu em alguma parte da caminhada do povo pelo deserto, após sua saída do Egito.

De acordo com a tradição judaica e pelas similaridades do contexto em Atos 2 e Levítico 23, a primeira celebração de Shavuot teria acontecido no Sinai, conforme tabela abaixo:

Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai, porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se acampou em frente ao monte... E estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o SENHOR descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai” (Êxodo 19.1,11)

Shavuot ou Festa das Semanas ou Pentecoste (palavra grega para 50) é a Festa do SENHOR celebrada no 50º dia depois de Chag HaBikurim ou Festa das Primícias (que acontece no dia seguinte ao shabat durante Chag HaMatzot ou Festa dos Pães Ázimos).
YEHOSHUA, como Primícias da colheita, ressuscitou ao 3º dia, no dia seguinte ao shabat (17 de Aviv, naquele ano) – “Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15.20).

Exatamente, 40 dias depois, ELE subiu ao céu (‘da mesma forma, retornará’). Dez dias depois disso, ou seja, 50 dias após Sua ressurreição, ELE enviou a Promessa do PAI, Ruach HaKódesh, e Seus discípulos foram cheios dELE.

A história do Êxodo está diretamente ligada a Pêssach e a Shavuot, pois ao povo foi outorgada, inicialmente, liberdade para uma jornada de três dias pelo deserto, a fim de oferecer sacrifícios ao DEUS de Avraham, Itschaq e Yaacov (Êxodo 3.18 – “...deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos ao SENHOR ELOHEINU”).

Quando Iaacov desceu ao Egito com toda sua casa, por causa da fome em Canaã, ele e seus descendentes puseram-se sob o jugo de faraó. Somente faraó poderia liberá-los de seu domínio, quer por permissão ou por morte. Se faraó morresse, morreria a escravidão do povo.

Pela dureza de coração de faraó, o povo foi impedido de sair imediatamente, até que o SENHOR julgou todos os seus deuses e feriu seus primogênitos. Então, faraó cedeu e deu-lhes ordem para sair.

Acredita-se que o povo tenha chegado às margens de Iam Suf (Mar de Junco - cana), em caminhada de três dias, em 17 de Aviv, exatamente na celebração de Chag HaBikurim (Festa das Primícias) e da Ressurreição do MESSIAS de Israel.

Quando faraó viu que o povo estava encurralado, o SENHOR endureceu seu coração para que o perseguisse com seu exército (Êxodo 14.1-9). Israel teve medo, mas Moshe lhe disse:

...Não temais; estai quietos, e vede YESHUAT YHVH (o livramento, a salvação do SENHOR), que hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis” (Êxodo 14.13,14)

Yeshuat = salvação de, YHVH, no caso. JESUS, no hebraico é YESHUA (YEHOSHUA) = salvação ou Salvador (Mateus 1.21).

O que é tremendo é que, antes que o povo atravessasse Iam Suf, o mar de junco (da inconstância, levado pelo vento) e fosse batizado em suas águas, o SENHOR os fez ver Sua Salvação, a Pessoa do Seu Filho, a YEHOSHUA!

Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram de uma mesma comida espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da Pedra Espiritual que os seguia; e a Pedra era HaMASHIACH” (1 Coríntios 10.1-4)

O texto acima fala de dois batismos, um na nuvem e outro na água. O que significa isso?

Quando o povo comeu o cordeiro, o comeu sob a cobertura do sangue nos umbrais e verga das portas, apontando para a limpeza, pelo precioso sangue, que o MESSIAS faria pela humanidade: limpos por Seu sangue, somos livres para vê-lO e ter fé nELE, para segui-lO e obedecê-lO.

Ao saírem de Ramsés (Números 33 – das 42 jornadas), tinham ordem para fazer a caminhada de três dias e adorar ao SENHOR. Quando saíram, o SENHOR nunca os deixou sós: “Assim partiram de Sucote, e acamparam-se em Etã, à entrada do deserto. E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” (Êxodo 13.20-22).

Fala aos filhos de Israel que voltem, e que se acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol (torre) e o mar, diante de Baal-Zefom (= dagon para os filisteus = belzebu = príncipe das moscas); em frente dele assentareis o campo junto ao mar” (Êxodo 14.2).

Estavam em uma posição difícil, enfrentando a belzebu, aparentemente encurralados. E o SENHOR mostrou Sua Salvação, Seu livramento:

- o batismo na nuvem representou o seu batismo no MESSIAS, que veio pela fé (comeram do cordeiro, participando de sua morte expiatória; caminharam adiante, para o mar);

- quando viram a salvação de YAH já estavam no MESSIAS (simbolicamente) e foram batizados no mar, na água, pois é esse batismo que separa a pessoa do mundo.

Faraó ousou seguir o povo de ELOHIM, e afogou-se; e afogou-se porque não estava sob o sangue do cordeiro. O povo estava sob o sangue do cordeiro substituto e sob a nuvem e pôde ressuscitar ao terceiro dia!
Com a morte de faraó, acabava o escrito de dívida contra o povo hebreu (“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” – Colossenses 2.14) e, em vez de caminhar só três dias pelo deserto, o povo estava livre para rumar à terra prometida (em crescimento no conhecimento dAquele que verdadeiramente os libertou – “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual; para que possais andar dignamente diante do SENHOR, agradando-LHE em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de ELOHIM” - Colossenses 1.9,10).
A Bíblia declara que a Destra do SENHOR destruiu os egípcios (Êxodo 15.6,12). A Destra do SENHOR é o Mashiach YEHOSHUA, como visto em alguns textos abaixo. Por esta razão, Pêssach também é chamada de a ‘festa da nossa libertação’:
Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os salvou, mas a Tua destra e o Teu braço, e a luz da Tua face, porquanto Te agradaste deles. TU és o meu Rei, ó DEUS; ordena salvações para Jacó” (Salmo 44.3,4)

TU tens um braço poderoso; forte é a Tua mão, e alta está a Tua destra. Justiça e juízo são a base do Teu trono; misericórdia e verdade irão adiante do Teu rosto. Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre; andará, ó SENHOR, na luz da Tua face. Em Teu Nome se alegrará todo o dia, e na Tua justiça se exaltará. Pois TU és a Glória da sua força; e no Teu favor será exaltado o nosso poder. Porque o SENHOR é a nossa defesa, e o Santo de Israel o nosso Rei” (Salmo 89.13-18)

Disse o SENHOR ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha mão direita, até que ponha os Teus inimigos por escabelo dos Teus pés” (Salmo 110.1)

A Destra do SENHOR se exalta; a Destra do SENHOR faz proezas” (Salmo 118.16)

Andando eu no meio da angústia, TU me reviverás; estenderás a Tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a Tua destra me salvará” (Salmo 138.7)

Não temas, porque EU Sou contigo; não te assombres, porque EU Sou teu DEUS; EU te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça” (Isaías 41.10)

DEUS ressuscitou a Este YESHUA (YEHOSHUA), do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de DEUS, e tendo recebido do PAI a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque David não subiu aos céus, mas ELE próprio diz: Disse o SENHOR ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha direita, até que ponha os Teus inimigos por escabelo de Teus pés. Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, DEUS O fez SENHOR e MASHIACH” (Atos 2.32-36)

 O qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua Pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder, havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da majestade nas alturas” (Hebreus 1.3)

Espiritualmente falando, faraó tipifica a satanás. Até que recebêssemos o SENHOR YEHOSHUA como nosso SENHOR e Salvador, satanás era nosso proprietário, com direitos legais sobre nós. Pela morte do SENHOR, o direito legal que satanás tinha sobre nossas vidas foi destruído e agora somos livres para tomar a decisão de caminhar rumo à terra prometida e nela entrarmos, tomando posse de Suas promessas para nós.

Quando JESUS morreu e ressuscitou ao 3º dia, exatamente no dia em que o povo havia chegado na ‘encruzilhada de suas vidas no deserto, exatamente três dias depois de andar no deserto do inferno, 17 de Aviv/Nisan, garantiu nossa liberdade do pecado, do mundo, de satanás, porque venceu a morte (a separação de DEUS), o mais terrível inimigo (“...Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a DEUS  que nos dá a vitória por nosso SENHOR YEHOSHUA HaMASHIACH” – 1 Coríntios 15.54c-57). Agora, livres para entrar na Terra Prometida.

Ao chegarem ao Sinai, no terceiro mês (Êxodo 19.1 - mês em que é celebrado Shavuot), o SENHOR disse ao povo para preparar-se para se encontrar com seu Criador: “Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas roupas, e estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o SENHOR descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai” (Êxodo 19.10,11). Esse, segundo a tradição, seria o 50º dia depois de atravessarem o Mar Vermelho.


Designações Bíblicas desta Festa

Shavuot, como todas as outras festas do SENHOR, está conectada ao período de colheita. Essa festa recebe vários nomes:

ü  Chag HaShavuot ou Festa das Semanas, porque sete semanas são contadas a partir de Chag HaBikurim (Festa das Primícias), na primavera - “Depois celebrarás Chag HaShavuot (Festa das Semanas) ao SENHOR teu DEUS; o que deres será oferta voluntária da tua mão, segundo o SENHOR teu DEUS te houver abençoado” (Deutronômio 16.10);

ü  Iom HaBikurim ou Dia das Primícias, uma vez a oferta dos primeiros frutos da colheita de trigo eram entregues ao SENHOR no templo, na festa de Shavuot, definindo o início do verão, da mesma forma que Chag HaBikurim (Festa das Primícias) marca o início da primavera e a oferta dos primeiros frutos da cevada – “Semelhantemente, tereis santa convocação em Iom HaBikurim (Dia das primícias), quando oferecerdes oferta nova de alimentos ao SENHOR, segundo as vossas semanas; nenhum trabalho servil fareis” (Números 28.26);

ü  Chag HaKatzir ou Festa da Colheita, pois é o tempo de agradecimento pela colheita do trigo. Shavuot é o festival que marca o início oficial da estação de colheita do verão – “Também guardarás Chag HaShavuot (Festa das Semanas), que é a Festa das Primícias da k’tzir chitiym (sega do trigo)” (Êxodo 34.22a).

Ainda o Talmud e Josephus (o historiador) denominam esse festival de Shavuot como Atseret ou Conclusão, porque referem-se a ele como a  conclusão de Pêssach’ e ‘da temporada de colheita da primavera’.

Libertos da escravidão do pecado em Pêssach por YEHOSHUA, o ‘Cordeiro que tira o pecado do mundo’, ELE nos enche com Seu Espírito em Shavuot, para LHE sermos testemunhas vivas, à medida que somos transformados à Sua imagem e semelhança, de um degrau de glória a outro, em Seu caráter e em Sua missão, até chegarmos à estatura do Varão Perfeito – YEHOSHUA mesmo.

No Pentateuco, essa festa foi traduzida para o grego como Pentecoste, que significa 50 (Atos 2.1).

Mas, Shavuot também é um tempo de:

*     alegria pelo recebimento da Torah ou ‘Z’man Matan Torateinu’ (Tempo da Entrega da nossa Torah);

*    gozo pela dádiva de Ruach HaKódesh (para a revelação da Palavra);

*    recordação da história de Naomi, Rut e Boaz, o parente redentor;

*    celebração diante da presença do SENHOR - de acordo com Êxodo 34.23, Shavuot é uma das três festas solenes do SENHOR em que todos os homens de Israel deveriam (devem) subir à presença de YHVH, para celebrá-la diante dELE, no lugar que ELE mesmo escolheu para fazer Seu Nome lembrado, juntamente com Pêssach e Sucot. Mais tarde, o povo entendeu que Jerusalém era o lugar de Sua escolha (2 Crônicas 8.13);

*    ouvidos atentos à voz de ELOHIM.


Durante esse festival, lê-se, da Torah, Êxodo 19 e 20, pelos Dez Mandamentos, e do restante do Tanach, o livro de Rut, que relata a história da redenção de uma família durante esse período de colheita, Ezequiel 1.1-28; 3.12 e Habacuque 2.20-3.19, porque são textos que descrevem o esplendor da glória de YAH!

Na visão de Ezequiel, havia vento, fogo e vozes – “Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo... E levantou-me o Espírito, e ouvi por detrás de mim uma voz de grande estrondo, que dizia: ‘Bendita seja a glória do SENHOR, desde o Seu lugar’ (Ezequiel 1.4; 3.12).

Chavaquq viu o SENHOR revelado na vinda do MESSIAS em fogo e luz resplandecente: “ELOHIM veio de Teman, e do monte de Paran o Santo (Selá). A Sua glória cobriu os céus, e a Terra encheu-se do Seu louvor. E o resplendor se fez como a luz, raios brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força. Adiante dELE ia a peste, e brasas ardentes saíam dos Seus passos. Parou, e mediu a Terra; olhou, e separou as nações; e os montes perpétuos foram esmiuçados; ou outeiros eternos se abateram, porque os caminhos eternos LHE pertencem” (Habacuque 3.3-6).


Shavuot e a Torah

Ainda resta um cumprimento pleno para todas as festas do SENHOR. Isso também acontecerá com Shavuot. Quando Israel é abençoado, quando YAH restaura Seu povo na terra de Israel, o mundo inteiro também é abençoado. Quando houver a restauração de Israel na terra, o SENHOR derramará Seu Espírito de modo profuso como nunca fez: “E vós sabereis que EU estou no meio de Israel, e que EU Sou o SENHOR vosso DEUS, e que não há outro; e o Meu povo nunca mais será envergonhado. E há de ser que, depois derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o Meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na Terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o Nome de YHVH será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar” (Joel 2.27-32).

Os acontecimentos de Êxodo 19 (entrega da Torah) e de Atos 2 (derramar do Espírito Santo) apresentam alguns paralelos que tornam as histórias divinamente conexas e respaldam a tradição de que a Torah foi dada no dia em que o SENHOR cumpriu Sua promessa de enviar o Conselheiro, Seu Ruach HaKódesh, pois a Palavra é a espada do Espírito. ELE é o Autor da Palavra e Seu decodificador:

1.     Havia dois montes

Monte Sinai - “Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai... ali se acampou em frente ao monte. E subiu Moisés a DEUS, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel... E disse o SENHOR a Moisés: Eis que EU virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça, falando EU contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao SENHOR. Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas roupas, e estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o SENHOR descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai. E marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte, certamente morrerá. Nenhuma mão tocará nele; porque certamente será apedrejado ou asseteado; quer seja animal, quer seja homem, não viverá; soando a buzina longamente, então subirão ao monte. Então Moisés desceu do monte ao povo, e santificou o povo; e lavaram as suas roupas. E disse ao povo: Estai prontos ao terceiro dia; e não vos chegueis a mulher. E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de DEUS; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido da buzina ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e DEUS lhe respondia em voz alta. E, descendo o SENHOR sobre o monte Sinai, sobre o cume do monte, chamou o SENHOR a Moisés ao cume do monte; e Moisés subiu” (Êxodo 19.1-3,9-20)

Monte Sião - “Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais; porque não podiam suportar o que se lhes mandava: ‘Se até um animal tocar o monte será apedrejado ou passado com um dardo’. E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado, e tremendo. Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a DEUS o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a JESUS, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel” (Hebreus 12.18-24)

2.     O povo estava unido e era como se fosse um

Monte Sinai - “Porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se acampou (chanah – palavra hebraica singular) em frente ao monte” (Êxodo 19.2) – a descrição de Refidim é que eram os filhos de Israel (havia um povo, um bando). Quando acamparam, já não vários, mas um povo unido por um objetivo. O tempo de caminhada juntos (quase de três meses) sob a nuvem e a coluna, os tornara um povo diante de ELOHIM.

Monte Sião - “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar” (Atos 2.1). Os discípulos estavam todos juntos, concordando, num mesmo lugar, como se fossem um homem diante do SENHOR. Essa figura destoa totalmente da descrição 50 dias antes, quando o SENHOR foi preso e todos foram dispersos, como ELE havia anunciado (“Então YEHOSHUA lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em Mim; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. Mas, depois de EU ressuscitar, irei adiante de vós para a Galiléia...” (Mateus 26.31,32,56).

Em ambas as experiências, havia um censo de expectativa do encontro com o SENHOR. Havia unidade de propósito.

A unidade do coração traz bênçãos como descrito no Salmo 133 – “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre”.

3.     Houve um sonido do céu

Monte Sinai - “E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de shofar mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial... E o sonido da buzina ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e ELOHIM lhe respondia em voz alta” (Êxodo 19.16,19) – ELOHIM tocou Seu shofar, Sua trombeta e houve um barulho estrondosamente intenso.

Monte Sião - E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados... E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua” (Atos 2.2,6) – toda Jerusalém ouviu aquele som que veio do céu.

4.     ELOHIM desceu em fogo

Monte Sinai - “E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente” (Êxodo 19.18) - o SENHOR desceu em fogo, porque ELE é um Fogo Consumidor (Hebreus 12.29)
Monte Sião - “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles” (Atos 2.3).

5.     ELOHIM falou

Monte Sinai - “Então o SENHOR vos falou do meio do fogo; a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes figura alguma. Então vos anunciou ELE a Sua aliança que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra” (Deuteronômio 4.12,13)

Disse pois: O SENHOR veio de Sinai, e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã, e veio com dez milhares de santos; à Sua direita havia para eles o fogo da lei” (Deuteronômio 33.2)

O SENHOR desceu ao Monte Sinai em fogo e falou ao povo Sua Torah, Seus ensinamentos que lhes seriam ardentes como fogo.

Monte Sião - E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem... Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de ELOHIM” (Atos 2.4,11).

Cheios do Espírito Santo eles começaram a falar das grandezas de YHVH. O próprio DEUS começou a falar por meio deles.

6.     YHVH Se revelou

Monte Sinai, o SENHOR revelou-Se por meio de Sua Palavra, para que, pela Torah (Instrução, Ensino), o povo pudesse conhecê-lO, obedecê-lO em amor e fé (Êxodo 20. 1-17Dez Mandamentos);

Monte Sião, o SENHOR revelou-Se por meio de Seu Espírito, para que, habitando dentro daqueles que foram batizados em CRISTO JESUS, pudessem ser ensinados e lembrados de Sua Palavra e ordenanças e guiados em Seus caminhos: “Mas Aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu Nome, Esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14.26).

7.     As Palavras de ELOHIM foram escritas em tábuas de testemunho

Monte Sinai - “E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de DEUS” (Êxodo 31.18)

Monte Sião - “Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o SENHOR: Porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e EU lhes serei por DEUS, e eles Me serão por povo” (Hebreus 8.10)

A Palavra de DEUS veio como fogo sobre o Monte Sinai e sobre o Monte Sião (Jerusalém). No Sinai, Suas Palavras foram escritas em tábuas de pedra por Seu dedo (RUACH HaKÓDESH); em Sião, elas foram escritas também pelo dedo de DEUS em tábuas de carne, no coração dos discípulos, para que se tornassem Seu testemunho vivo e fiel.

8.     Três mil

Depois que a Torah foi dada no Monte Sinai, o povo rebelou-se (bezerro de ouro) e três mil morreram.

Monte Sinai - Assim diz YHVH ELOHEI Israel: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a seu vizinho. E os filhos de Levi fizeram conforme a palavra de Moisés; e caíram do povo aquele dia uns três mil homens” (Êxodo 32.27,28)

Monte Sião - “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração (a expressão no hebraico é de como se tivessem sido perfurados pela espada – foram cortados pela Espada do Espírito que é a PalavraHebreus 4.12), e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos ELOHIM ADONEINU chamar. E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas (Atos 2. 37-41).

No Sinai, quase três mil vidas foram cortadas pela espada do juízo por pecarem contra YAH e Sua Palavra. Em Sião (Jerusalém), quase três mil vidas foram cortadas pela espada do Espírito (pregação em unção de Pedro) e arrependeram-se. E enterraram seu velho homem nas águas da imersão para caminhar para a terra prometida (a nova vida no MASHIACH YEHOSHUA).

9.     Aliança estabelecida

Monte Sinai - Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a Minha aliança apesar de EU os haver desposado, diz o SENHOR” (Jeremias 31.32)

E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Deuteronômio 6.6-9)

Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?” (Romanos 2.25-27)

Ainda que a Palavra fosse escrita em seus corações, eles eram de pedra e facilmente quebrariam (como aconteceu com as primeiras tábuas); facilmente se esqueceriam de seu SENHOR e de Suas ordenanças. O povo se desviou do SENHOR, porque a letra mata. Sem o Espírito, a Palavra é pura letra e pode matar por causa do legalismo, uma vez que a circuncisão externa não promove mudança de coração – “O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6).

Sem o Espírito, a Palavra é pura letra (Logus) e pode matar por causa do legalismo, uma vez que a circuncisão externa não promove mudança de coração (“Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a Torah; mas, se tu és transgressor da Torah, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da Torah, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a Torah, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da Torah?” – Romanos 2.25-27)
Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de DEUS, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de DEUS, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de DEUS (CRISTO JESUS é a Justiça de DEUS). Porque o fim da Lei é CRISTO para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10.2-4)

Monte Sião - “Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá... Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a Minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração (Rhema); e EU serei o seu DEUS e eles serão o Meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos Me conhecerão, desde o menor até o maior deles, diz o SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados” (Jeremias 31.31,33,34).

E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o Meu Espírito, e farei que andeis nos Meus estatutos, e guardeis os Meus juízos, e os observeis... e eles Me serão por povo, e EU lhes serei por DEUS” (Ezequiel 36.26,27; 11.20b).

Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de DEUS” (Romanos 2.28,29).

Com o derramar do Espírito Santo em Shavuot, o SENHOR passou a escrever, por Seu dedo, Sua Palavra nos corações limpos e purificados (pelo sangue de JESUS) e transformados em carne, porquanto aptos para acolher com fé e amor Sua Palavra de vida. A circuncisão passou a ser no coração.

Na manhã de Shavuot, há 2000 anos, YAHVEH iniciou o cumprimento profético de Sua Nova Aliança com Israel, depois de centenas de anos feita por meio de Jeremias 31.31-34 (Hebreus 8.8-13), derramando do Seu Espírito, como prometera em Isaías 59.20,21 – “E virá o Redentor a Sião e aos que em Jacó se converterem da transgressão, diz o SENHOR. Quanto a Mim, esta é a Minha aliança com eles, diz o SENHOR: o Meu Espírito, que está sobre ti, e as Minhas Palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca nem da boca da tua descendência, nem da boca da descendência da tua descendência, diz o SENHOR, desde agora e para todo o sempre”, “porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lucas 6.45b)

10.  Testemunhas de DEUS na Terra

A Torah é a Constituição do Reino de YHVH na Terra. Ela foi dada ao povo de Israel com o propósito de que todo ele exercesse Suas ordenanças, Seus ensinos e estatutos em suas vidas diárias e, porquanto nação de sacerdotes, ministraria a ELE e manifestaria ao mundo a grandeza de Seus ensinos, leis, estatutos e princípios de vida.

Monte Sinai - “Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim; agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes a Minha aliança, então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a Terra é Minha. E vós Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19.4-6)

Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o SENHOR meu DEUS; para que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os pois, e cumpri-os, porque isso será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o SENHOR ELOHEINU, todas as vezes que O invocamos? E que nação há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta Torah que hoje ponho perante vós?” (Deuteronômio 4.5-8)

O propósito da Nova Aliança foi o mesmo: aqueles que se renderam a YEHOSHUA tiveram Suas leis escritas em seus corações e passaram a obedecer ao chamado de povo santo, separado para Seu uso exclusivo, para servirem-LHE de testemunhas na Terra, pelo poder do Seu Espírito.

Monte Sião - “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-Me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da Terra” (Atos 1.8).

Os discípulos de YEHOSHUA não foram e não são chamados somente para serem testemunhas, mas para serem testemunhas por YEHOSHUA. O maior milagre não é operar sinais e maravilhas, mas ser transformado em ‘sinal e maravilha’ pelo modo em que vivemos. E essa é a verdadeira mensagem de Shavuot, o verdadeiro avivamento, tornarmo-nos Suas cartas vivas, pelo exemplo de vida, como ELE foi a Carta Viva do PAI – “O Qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua Pessoa, e sustentando todas as coisas pela Palavra do Seu poder, havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da Majestade nas alturas” (Hebreus 1.3).

Como tornou-Se a Carta Viva do PAI? Fazendo e falando nada de Si mesmo, mas tudo o que via e ouvia o PAI fazer e falar. Esse era Seu nível de comprometimento com o PAI – “EU não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e o Meu juízo é justo, porque não busco a Minha vontade, mas a vontade do PAI que Me enviou. Há outro que testifica de Mim, e sei que o testemunho que ELE dá de Mim é verdadeiro.Mas EU tenho maior testemunho do que o de João; porque as obras que o PAI Me deu para realizar, as mesmas obras que EU faço, testificam de Mim, que o PAI Me enviou. E o PAI, que Me enviou, ELE mesmo testificou de Mim. Vós nunca ouvistes a Sua voz, nem vistes o Seu parecer. Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam... EU vim em Nome de Meu PAI, e não Me aceitais...” (João 5.30,32,36,37,39,43)


Shavuot e o derramar de RUACH HaKÓDESH (Espírito Santo)

1.     No Monte Sinai

Êxodo 19 descreve o momento quando o SENHOR Se apresentou ao povo no Sinai: “E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões (qolot) e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido (qol) de trombeta (shofar) mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de DEUS; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido (qol) da trombeta (shofar) ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e DEUS lhe respondia em voz (qol) alta” (vv.16-19).

Em Êxodo 20.18, lemos: “E todo o povo viu  os trovões (qolot) e os relâmpagos, e o sonido (qol) da trombeta (shofar), e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe

A palavra hebraica ‘qol’ (qolot – plural), nesses textos, recebe diferentes traduções: voz (vozes), sonido, trovão (trovões).

O verbo hebraico traduzido como viu é ‘raah’, e significa ver, perceber, notar, ser visto, visível.

Buscando no dicionário o significado da palavra ‘trovão’, encontramos: Ribombo (barulho surdo e prolongado) que acompanha uma descarga elétrica (entre nuvens ou entre nuvem e solo), cuja manifestação luminosa é o raio; ruído, produzido por descarga de eletricidade atmosférica; grande estrondo.

Como o trovão, sendo som, pode ser visto?

No Livro de Orações Diárias do rabino Joseph Hertz (pág. 791), está escrito:

‘A revelação no Sinai... não foi ouvida por Israel somente, mas pelos habitantes de toda a Terra. A voz divina dividiu-se em 70 línguas as quais eram faladas na Terra naquela época, a fim de que todos os filhos dos homens pudessem compreender seu mundo – acolhendo e guarnecendo a mensagem redentora’.

De acordo com a Midrash (comentário rabínico das Escrituras) Exodus Rabbah 5:9, ‘quando o Eterno deu a Torah no Sinai, ELE descortinou tremendas maravilhas a Israel com Sua voz. O que aconteceu? O Eterno falou e Sua voz reverberou através do mundo todo... Está escrito: ‘E todo o povo testemunhou as ‘ondas sonoras’ (Êxodo 20.18)’.

O que teria acontecido no primeiro Shavuot no Sinai? De acordo com a tradução inglesa, a palavra usada em Êxodo 20.18 não seria trovões (thunders), mas ‘ondas sonoras’ (thunderings).

Em Deuteronômio 32.8 – “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adam uns dos outros, estabeleceu os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel”. O número dos filhos de Israel que desceu ao Egito era de 70 almas (Êxodo 1.1-5). Por causa disso, segundo interpretação do rabino Yohanan, quando o SENHOR falou, Sua voz repartiu-se em 70 vozes, nas 70 línguas de todos os povos da Terra, para que fossem testemunhas de Suas Palavras e as compreendessem.

No livro ‘A Midrash diz’, escrito pelo rabino Moshe Weissman (Venei Yaacok Publications, 1980, pág. 182):

              Na ocasião de matan Torah (a dádiva da Torah), os B’nai Israel (os filhos de Israel) não somente ouviram a voz de HaShem (SENHOR), mas em verdade viram as ondas sonoras à medida que emergiam da boca de HaShem. Eles as viram como uma substância ardente, em fogo. Cada mandamento que saía da boca de HaShem  viajava ao redor do acampamento e então retornava para cada judeu individualmente, perguntando-lhe: ‘Você concorda para si este mandamento com todas as halachot (leis judaicas) que a permeiam? Cada judeu respondeu ‘Sim’ depois de cada mandamento. Finalmente, aquela substância ardente que eles viram, entalhou-se nas luchot (tábuas)

A interpretação rabínica do ocorrido em Matan Torah abre o entendimento para os nascidos de novo compreenderem o que foi a experiência no Monte Sião! ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de ELOHIM’ (Deuteronômio 8.3; Mateus 4.4; Lucas 4.4)

2.     No Monte Sião

E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som estrondoso (qol shaon), como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som (qol shaon) ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (Atos 2.1-8).

Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao sonido da trombeta, e à voz das palavras (rhema), a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais” (Hebreus 12.18,19)

O autor aos Hebreus descreve a experiência de Êxodo 20.18: ‘ao sonido (qol) da trombeta (shofar), e à voz (qol) das palavras (rhema)...’. A palavra grega para ‘palavras’ é rhema e significa: palavra cujo sentido é compreendido, é uma palavra especial, individual, separada, única, pessoal, apropriada para cada indivíduo. Tanto é que eles não as quiseram ouvir mais, pois ‘não podiam suportar o que se lhes mandava’ (v.20).

A compreensão do rabino Moshe Weissman do ocorrido no Monte Sinai, durante o primeiro Shavuot, é a descrição de Hebreus 12, e também do que aconteceu em Atos 2, após a ressurreição de YEHOSHUA. Quando YAH derramou Seu Santo Espírito, novamente as pessoas começaram a escutar as diferentes línguas do mundo. O Shavuot do Monte Sinai foi um ensaio (miqra) de Shavuot, há 2000 anos.

A experiência de Sião foi a mesma do Sinai. O mesmo caminho teve que ser percorrido, com a salvação pelo sangue do Cordeiro, recebendo os primeiros frutos do Espírito. Alguns ouviram e outros recusaram-se a ouvir. Cada nação ouviu a Palavra em sua própria língua, pois o Espírito havia de ensinar todas as coisas e recordar todas as coisas que YEHOSHUA lhes havia ensinado.

YEHOSHUA não veio destruir a lei, destituí-la de sua autoridade legal e perpétua, mas cumpri-la. Confundimos as coisas quando dizemos que o ‘Velho’ Testamento já não é mais para nossos dias, porque ‘vivemos no tempo da graça e não da lei’, como se a lei não fosse boa, desmerecendo todas as Escrituras do Antigo Testamento ou, melhor dizendo, o TaNaCH, o acróstico de Torah (Pentateuco – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio), Neviim (Profetas anteriores - Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis; Profetas posteriores - Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias) e Ketuvim (Escritos – Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esra, Neemias, 1 e 2 Crônicas).

YEHOSHUA utilizou o TaNaCH em Seus ensinos, bem como Seus discípulos. ELE proclamou a constituição do reino de Seu PAI em Mateus 5 a 7, que é a ‘dissecção’ dos 10 Mandamentos! Os discípulos relataram as experiências de JESUS com base na vida que ELE viveu e ELE mesmo disse que veio cumprir a Torah (ensino) e os Profetas e que nem um jota ou til seriam omitidos da Torah (Lei) e que toda ela se cumpriria antes que céus e Terra passassem (Mateus 5.17,18), ou seja, o TaNaCH! O TaNaCH testifica sobre JESUS (João 5.39,45-47; Lucas 24.25-27).

Moisés, na Torah, falou de JESUS, do Profeta que viria e a ELE Israel ouviria: “O SENHOR teu DEUS te levantará um Profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ELE ouvireis; conforme a tudo o que pediste ao SENHOR teu DEUS em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR teu DEUS, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então o SENHOR me disse: Falaram bem naquilo que disseram. Eis lhes suscitarei um Profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as Minhas Palavras na Sua boca, e ELE lhes falará tudo o que EU LHE ordenar. E será que qualquer que não ouvir as Minhas Palavras, que ELE falar em Meu Nome, EU o requererei dele (daquele que O rejeitar)” (Deuteronômio 18.15-19).

Quando o SENHOR lhes falou diretamente, no Sinai, não O quiseram ouvir nem ver (fogo), porque o SENHOR é um Fogo Consumidor! E isso pareceu bem ao SENHOR YHVH que disse que enviaria Seu Ungido, Profeta, para lhes falar, para que O ouvissem e LHE obedecessem, porque estaria falando Suas Palavras! Esse é o MESSIAS de Israel, YEHOSHUA!

A Torah não se refere à salvação pela obediência a suas ordenanças. A salvação é por meio da fé em CRISTO JESUS e na obra redentora do calvário, por meio de Seu precioso sangue ali derramado, e ela nos é concedida gratuitamente: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em CRISTO JESUS para as boas obras, as quais DEUS preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.8-10).

A Torah é o manual de instrução do Proprietário daqueles que foram redimidos pelo sangue do Seu Filho e MESSIAS, porque foram ‘recriados’ para as boas obras, para agradar ao PAI e fazer Sua vontade, vivendo em retidão e justiça! JESUS disse: “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus (Mateus 5.19,20). Só por meio de JESUS nossa justiça pode exceder a de escribas e fariseus, porque ELE Se tornou a nosso justiça e justificação.


Shavuot e a cerimônia de casamento

Na experiência do Sinai, Shavuot aponta para o noivado entre ELOHIM e Israel. Na experiência de Sião, Shavuot foi o noivado entre o Mashiach e Sua noiva, gerada dELE mesmo no Calvário.

No casamento bíblico, há dois estágios ou passos:

1.     erusin (noivado) ou kidushin (consagração, dedicação) – um acordo ou contrato escrito, ketubah, é feito entre as partes. Durante o noivado, legalmente se está casado, mas os noivos não vivem juntos (Êxodo 21.8, Levítico 19.20, Deuteronômio 20.7 e 22.23). O efeito legal desse contrato é pleno, uma vez que para quebrá-lo só pelo divórcio (get).

A palavra hebraica para noivado, erusin, vem do verbo aras, relacionado à palavra asar, que significa atar, amarrar, obrigar. Isso significa que erusin quer dizer ‘legalmente obrigado’, ‘legalmente amarrado’, como visto na relação de Miriam com Yosef (Lucas 1.26-35), que, ao descobrir que ela estava grávida, intentou divorciar-se dela, não fosse a intervenção do Espírito por meio de um sonho (Mateus 1.18-20). O outro termo, kidushin, vem da palavra kadosh, santo, separado, consagrado, que aponta para a dedicação a alguém, separação para uso exclusivo de alguém com quem se está aliançado ou obrigado legalmente, mantendo-se puro e santo para o dia da consumação do casamento.

Do ponto de vista bíblico, quando alguém assume o compromisso de noivado, já está legalmente casado com tal pessoa e a ruptura disso implica em divórcio (que é abominação ao SENHOR).

A ketubah é um contrato de casamento, um acordo de aliança, onde são descritas as obrigações mútuas entre marido e esposa.

2.     nissuin (suspender, erguer no alto) ou laqach (tomar – Gênesis 24.3) – consumação do casamento, quando o noivo, liberado pelo pai (com um toque do shofar) vai buscar a noiva em casa dos pais dela, erguendo-a no ar e tomando-a para si, para levá-la à casa que preparou para eles junto da casa do pai dele.

Jeremias diz que no Monte Sinai YHVH tomou Israel como Sua noiva - “Vai, e clama aos ouvidos de Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-Me de ti, da bondade da tua mocidade, e do amor do teu noivado, quando Me seguias no deserto, numa terra que não se semeava. Então Israel era santidade para o SENHOR, e as primícias da Sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o SENHOR” (Jeremias 2.2,3).

Em Êxodo 19, quando o SENHOR, por Moshe, conduziu o povo a encontrar-se com ELE no Monte Sinai, desposou* Israel. E o contrato de noivado ou ketubah foi a Torah.

A ketubah, enquanto contrato de noivado, é um acordo de aliança, porque casamento é uma aliança. Moshe, no Monet Sinai, escreveu todas as palavras do SENHOR no ‘Livro da Aliança’ [“Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;... E tomou o Livro da Aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram:’ Tudo o que o SENHOR tem falado faremos, e obedeceremos” (Êxodo 24.4,7)], expressando as obrigações mútuas de ELOHIM e Israel, assim como é a ketubah!

Quando a ‘ketubah’ foi lida ao povo, em uníssono respondeu: ‘Col asher-diber YHVH na’aseh v’nishmah’ – ‘tudo o que falou o SENHOR faremos, ouvimos e obedeceremos’. Isso significa que o povo aceitou a proposta de casamento que o SENHOR lhe fizera.

Além disso, como vimos acima, o povo era um só (chanah – palavra hebraica singular para ‘acampou’ – não eram mais separados, mas um único povo) e essa é uma exigência para o casamento (Gênesis 2.24; Efésios 5.31).

A cerimônia de casamento deve ser realizada sob ‘toldo’ matrimonial ou chupah. Quando Moshe levou o povo para fora do acampamento, ao encontro de YHVH, o levou ao ‘sopé’ da montanha (Êxodo 19.17). A palavra hebraica usada é ‘tachtiy’, que quer dizer sob, nas profundezas da terra. Naquele momento, o Monte Sinai transformou-se em uma chupah e Israel esteve sob ela enquanto o SENHOR lhe falava!

Além disso, duas testemunhas são necessárias para o casamento: os amigos dos noivos, um para o noivo e outro para a noiva. Certamente Moshe foi uma das testemunhas, porquanto conduziu o povo para fora do arraial ao encontro do SENHOR (Êxodo 19.17), escoltando a noiva ao seu Noivo sob a chupah.

Ao mesmo tempo, os amigos dos noivos devem assinar a ketubah, para que haja legalidade na consumação do casamento e isso só acontecerá se o amigo do noivo que estiver com a noiva perceber que a noiva está pronta. Moshe deveria ter assinado a ‘ketubah’ (Torah), entregando-a ao povo para consumir o casamento entre YHVH e Israel. Mas, quando ele retornava de estar com o SENHOR carregando a ketubah (as tábuas da aliança escritas pelo próprio DEUS) para apresentá-las ao povo, ao perceber que este fora infiel ao SENHOR adorando a deuses estranhos (prostituição no casamento), quebrou as tábuas, não permitindo que o povo entrasse na plenitude do casamento (não até que intercedesse pelo povo diante do SENHOR e obtivesse Seu perdão – Êxodo 32.9-13. Mesmo assim, 3000 morreram).

O papel do Noivo, após a elaboração da ketubah, é retornar à casa do pai e preparar lugar para a noiva. Sempre foi do desejo de YHVH viver no meio de Israel. Ao preparar-lhe lugar para habitar (a terra prometida), disse-lhe que haveria um lugar em que faria o Seu Nome ali habitar (Neemias 1.9), para que Israel O pudesse encontrar. A Tenda da Congregação (Ohel Moed) foi um ‘protótipo’ dessa experiência durante a caminhada do povo no deserto, onde o povo se encontrava com seu SENHOR e no meio da qual ELE lhe falava (mais especificamente, a Arca da Aliança, sobre a qual a glória de YAH Se manifestava – no assento de misericórdia ou propiciatório). Mais tarde, a Arca repousaria no templo edificado em Jerusalém. Certamente, essa era uma condição que aponta para o desejo pleno do SENHOR de habitar dentro de cada indivíduo que O convidar (por meio do Seu Espírito, na Nova Aliança com CRISTO JESUS).

Quando o noivo termina os preparativos da casa, envia seu amigo para sondar se a noiva está pronta e para servir de sinal a ela de que o noivo já está pronto para tomá-la e levá-la à casa do pai. Quando o SENHOR terminou de escrever a ketubah, enviou Moshe de volta ao povo de Israel, mas já o avisou de que seu povo estava em pecado (Êxodo 32.7). Por esta razão, Moshe quebrou as tábuas da aliança (conforme acima explicado).

No cumprimento pleno dessa ‘sombra’, YEHOSHUA, o Noivo, veio para desposar* Sua noiva (todos os crentes nELE, judeus e gentios que crêem) para que vivam uma relação de casamento eterno. Ao dar Sua vida por ela, escreveu com a tinta feita de Seu sangue as palavras de amor e aliança nova e eterna em Sua própria carne, a ketubah (João 6.44-58) e, por meio de Seu Espírito, em nossos corações! Depois disso, subiu à casa do PAI, para lhe preparar morada para que onde ELE estiver ela também (“Na casa de Meu PAI há muitas moradas; se não fosse assim, EU vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando EU for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde EU estiver estejais vós também” - João 14.2,3).

O PAI enviou o amigo da noiva, João Batista , para ‘escolher’ a noiva e anunciar Sua vinda iminente (João 3.28,29), anunciando-lhe as Palavras da Ketubah. Mas, quando consumou Sua obra (cumprimento cabal da Ketubah), o Noivo voltou para o PAI para preparar morada para Sua noiva. Enviou o Espírito Santo, Seu Amigo para prepará-la para ir-se com ELE. E, nos últimos dias, tem falado intensamente por meio do Seu Amigo, que o Seu regresso está próximo, para consumar o casamento.

O Amigo do Noivo, Espírito Santo, foi deixado como o selo de garantia de que ELE voltará, e como Aquele que está preparando a noiva para seu SENHOR (João 16.7-16).

O SENHOR, no Shavuot do Sinai, desposou* Israel, entregando-lhe a Ketubah (Torah - o próprio YEHOSHUA), escrevendo em corações de pedra (tábuas do testemunho); no Shavuot de Sião, o SENHOR desposou* Sua Noiva (nascida dELE no sacrifício de Pêssach), escrevendo em seus corações de carne a Ketubah Viva (YEHOSHUA, Palavra Viva)!


*Significados de:
. desposar – firmar promessa de casamento com, ajustar casamento com. Noivado.
. esposar – tomar em casamento, unir em casamento, receber por esposo ou por esposa; tomar a seu cuidado; preconizar e defender; casar-se.


Shavuot e o Livro de Rut

Ainda que alguns teólogos digam que a Noiva do Cordeiro nasceu em Shavuot (Pentecoste), creio que a Noiva do Cordeiro foi concebida quando YEHOSHUA foi concebido e nasceu quando YEHOSHUA foi crucificado, pelo paralelo que essa figura tem com Adam e Chavah, o primeiro casal. Em razão disso, em Shavuot, o Corpo do MASHIACH foi capacitado à obra do Reino (sua libertação ganhou propósito, direção e maturidade).

Mas, explicando minha afirmação, queria mostrar os textos bíblicos:

E criou DEUS o homem à Sua imagem; à imagem de DEUS o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1.27)

Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e da costela que o SENHOR DEUS tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher (ishah) , porquanto do homem (ish) foi tomada” (Gênesis 2.21-23)

“...vindo a JESUS, e vendo-O  morto, não LHE quebraram as pernas. Contudo um dos soldados LHE furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19.33,34)

Quando YAH criou o homem, ‘homem e mulher os criou’, o que significa que Chavah foi concebida quando Adam o foi; ela  já estava inserida em Adam. Pôs Adam para dormir (tipifica a morte) e o partiu do lado (para remover sua costela) para fazer da essência de Adam sua companheira idônea, ajudadora, que complementa o homem (e vice-versa, porque é da mesma essência).

Só o que é CRISTO é Seu Corpo. Quando ELE foi concebido, em Bet Lechem, Sua Noiva, que vem dELE mesmo, estava em Sua essência, fazia parte de Seu Corpo. Ao dormir (morrer), foi partido do lado (como Adam) e saiu dELE sangue e água. Quando uma mulher dá à luz, água (líquido amniótico da placenta) e sangue saem dela. JESUS, ao ser partido do lado, é a figura da mulher dando à luz – gerou, com Sua morte, Sua Noiva.

Na tradição judaica, durante Shavuot, o livro de Rut é lido nas sinagogas. Por que????

Algumas justificativas judaicas:

        história se passa entre as colheitas de cevada (primavera) e trigo (verão) e Shavuot é a conclusão da primeira e início da colheita do segundo (Rut 1.22; 2.14);

        Rut, gentia, voluntariamente optou pelo DEUS de Israel e por Sua Torah. E, como esse festival celebra a entrega da Torah, nada melhor do que celebrá-lo com a leitura de um livro que conta a história de um estrangeiro reconhecendo que não há outro DEUS senão ELOHEI Israel e só Sua Palavra é fonte de vida e paz! O livro de Rut ensina, portanto, o verdadeiro caminho para o recebimento da Torah;

        David, bisneto de Rut, teria nascido e morrido em Shavuot (tradição judaica);

        há uma festa de casamento e a Torah é como uma Ketubah (contrato de casamento);

        Shavuot apresenta dois aspectos que representam a coluna mestra do judaísmo: valores éticos universais expressos nos Dez Mandamentos e a identidade nacional judaica, ambos presentes no Megilat Rut;

        Megilat Rut aponta para o paralelismo entre o ‘recebimento’ da Torah por parte de Rut no exílio a caminho de Israel, e o ‘recebimento’ da Torah pelo povo de Israel no Sinai (saindo do exílio a caminho da terra prometida);

        Rut apresenta a fórmula da identidade judaica plena (reiterando a Naomi quem ela é no propósito de YHVH para com judeus e gentios) com base em Rut 1.16,17:
            . crença na fé de Israel – o teu DEUS é o meu DEUS
            . identificação com a nação – o teu povo é o meu povo
            . destino comum – onde quer que fores irei eu


Como crentes no Mashiach de Israel, reconhecemos que Rut é a figura do Corpo do Mashiach (Igreja) e fez o que ELE espera que Sua noiva faça com respeito a Israel nos dias de hoje!!!


Conhecendo um pouco mais dessa história:

Essa história é conhecida como ‘o romance da redenção’ e retrata a saga de uma família da tribo de Yehudah, habitante de Bet Lechem (Casa do Pão), que foge da fome em Israel durante o período de Juízes (onde cada um fazia o que cria ser o melhor) e vai buscar refúgio na terra de Moav (dos inimigos de Israel). Os filhos se casam com moabitas (proibido pela lei judaica) e morrem tempos depois, bem como o pai da família. Naomi, a sogra, decide retornar a Israel porque ouviu dizer que o SENHOR havia restaurado a sorte de Israel. Somente uma das noras, Rut, acompanha Naomi. A outra (Orfa) regressa à sua parentela, a seus deuses, a seu povo. Num momento dramático de sua história, decisivo, Rut se apega ao pescoço de sua nora Naomi e declara: “Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS; onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti” (Rut 1.16,17). Ela estava abrindo mão de seus deuses, sua parentela, seus costumes, sua cultura, para abraçar os de sua sogra, porque percebeu que ELOHEI Israel era maior do que seus deuses moabitas; porque percebeu que os princípios de vida de Israel, sua cultura, suas leis eram melhores do que as de seu país.

Chegam a Israel no princípio da colheita da cevada (Rut 1.22), entre Pêssach e Shavuot, durante ‘sefirat haômer’ (contagem de ômer). Rut vai trabalhar nos campos, para segar a porção deixada para o órfão, a viúva e o estrangeiro (Deuteronômio 24.19-21), encontrando graça diante do dono do campo, Boaz, um parente próximo de Naomi, e que concorda em esposar* Rut. Há dois aspectos legais que são satisfeitos nesse assunto:

v  do ponto de vista de Naomi, Boaz redime sua terra, tornando-se seu redentor, resgatador – “Quando teu irmão empobrecer e vender alguma parte da sua possessão, então virá o seu resgatador, seu parente, e resgatará o que vendeu seu irmão” (Levítico 25.25);

v  do ponto de vista de Rut, Boaz se torna seu esposo, em cumprimento à lei do levirato, para restaurar descendente ao falecido marido – “Quando irmãos morarem juntos, e um deles morrer, e não tiver filho, então a mulher do falecido não se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela, e a receberá por mulher, e fará a obrigação de cunhado para com ela. E o primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o seu nome não se apague em Israel” (Deuteronômio 25.5,6).

Esse livro é a história dramática de Israel destituída de sua terra, seu povo, sua cultura, vivendo no cativeiro das nações, na figura de Naomi (viúva, despojada, amargurada, na diáspora) e do papel que o SENHOR, o MESSIAS, o Redentor de Israel, na figura de Boaz, espera de Sua Noiva, Rut, a gentia, no cumprimento do propósito a ela prescrito na história da redenção de Israel!

·       Naomi (viúva, despojada, amargurada, na diáspora), a figura de Israel, ‘a quem pertence a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a Torah, e o culto, e as promessas, os patriarcas, o MESSIAS segundo a carne’ (Romanos 9.4,5), mas destituída de sua terra, seu povo, sua cultura, sua identidade, vivendo no cativeiro das nações, mas que ensinou Rut a amar seu DEUS, Sua conduta moral e ética e de bem viver, sua gente, seus costumes;

·       Rut, a gentia, como figura do Corpo do MESSIAS que não contextualizou a Palavra, não ocidentalizou o MESSIAS de Israel, mas decidiu abandonar seus deuses, seus hábitos, sua cultura, sua parentela, romper com suas tradições e de seus antepassados para perseguir ao DEUS de Israel, ao DEUS de Naomi e Seu modo de agir e pensar, e sequer judaizou seus hábitos, mas, por entender o contexto em que a Palavra foi escrita, a segue pelo Espírito Santo;

·       Boaz, a figura do MESSIAS, o Parente Redentor que assume sua obrigação de redentor para com Naomi, assumindo sua dívida e pagando-a para a retomada de posse das terras que pertenciam a Elimelech (marido de Naomi) e restituindo-a com a posse da mesma. Ao mesmo tempo, assume sua obrigação na restituição da parentela de Naomi, obedecendo à lei do levirato, casando-se com a gentia Rut e gerando filhos, tonando seu primogênito a herança de Naomi para restaurar o nome de uma família em Israel.

A gentia Rut, literalmente rendeu-se plenamente aos propósitos de YAH, para gerar o futuro rei de Israel (David foi seu bisneto). YHVH nos chama (como a Rut), para rendermos nossos corpos, a fim de nos tornarmos Seus instrumentos de misericórdia para Israel e, por meio da intercessão, gerarmos os propósitos de YAH para ela, pela ação do Espírito Santo.

A leitura desse livro nas sinagogas aponta o clamor íntimo de Naomi, Israel, em ser ajudada – ainda que ‘dispense as noras’, por nada mais poder oferecer e por não entender suas necessidades e sua identidade – e que é seguida por uma nora ‘obstinada’ em manifestar seu amor e gratidão (mesmo que rejeitada) àquela que lhe ensinou a vida com o DEUS do Universo, Seus Ensinos, Sua ética, Sua moral, Seu amor, Sua redenção e, por isso, insiste em apoiar e amar Israel para que: o Redentor Se enamore dela e a tome em casamento; e ajude Naomi a restaurar sua identidade judaica de primogenitura e seu propósito no reino de YHVH

O regresso do MESSIAS de Israel significa o casamento da Noiva!!!


Shavuot e a trombeta

De acordo com a tradição judaica, há três principais toques do shofar referidos na Bíblia e que estão relacionados a festivais em bíblicos e são chamados, pelos rabinos, de:

§  primeiro shofar, em Shavuot, era a própria voz de YHVH falando a Moshe e ao povo no Sinai - E o sonido (qol) da trombeta (shofar) ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e DEUS lhe respondia em voz (qol) alta” (Êxodo 19.19).

Esse shofar proclamou o desposar* de Israel pelo SENHOR, no Sinai, e o desposar* do Corpo do MESSIAS com seu SENHOR YEHOSHUA, em Sião;

§  último shofar ou Tekiah Gdolah, em Iom Teruah, no primeiro dia do 7º mês, como a última trombeta (100ª) tocada nesse festival com a finalidade de despertar e chamar ao arrependimento sincero para os dias de terror que se sucedem até Iom Kipur, para que as pessoas se lembrem de seu Criador, quebrantem seus corações e se voltem (teshuvah) para DEUS. Essa trombeta também será tocada pelo próprio SENHOR.

Pela tradição judaica, nos 40 dias que precedem Iom Kipur, o povo é chamado ao arrependimento já no primeiro dia do 6º mês (Elul). Em cada um dos 30 dias de arrependimento no 6º mês, o shofar é tocado, para preparar o povo de DEUS antes que Sua ira seja derramada. A 30ª trombeta (a última) não deve ser tocada no 30º dia, mas o tocador de shofar escolherá um dia para tocá-la, para confundir o inimigo da data exata da vinda do REI, pois o dia do 30º shofar é conhecido comoo dia que nenhum homem sabe’.

Tekiah Gdolah é o último shofar numa série de sete trombetas (Revelação 8-11) que se referem à declaração do reino de YEHOSHUA no período da tribulação, incluindo a 7ª trombeta, quando “os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do Seu CRISTO, e ELE reinará para todo o sempre” (Revelação 11.15), e a chamada para que a Noiva suba ao encontro do Noivo para, juntos, retornarem ao lar que o Noivo tem preparado por todos esses anos (1 Tessalonicenses 4.16,17).

Os rabinos chamam a Festa das Trombetas ou Iom Teruah, quando a última trombeta é tocada, de ‘Casamento do MESSIAS’ e ocorre quando o casamento é consumado. Nos tempos antigos, após o kidushin (erussin ou noivado), a noiva retornava à casa para preparar o vestido de núpcias. O noivo retornava à casa de seu pai para preparar habitação para os noivos. Quando o pai do noivo visse que ambos estavam preparados, ele dava, com um toque do shofar, a permissão ao filho de ir e trazer sua noiva. O filho ia à casa dos pais da noiva e a erguia no ar (nissuin) e a tomava (laqach) para levá-la à casa do pai, onde aconteceria o segundo passo do casamento, sua consumação.

Esse evento bíblico está descrito em 1 Tessalonicenses 4.16-18, com o toque da Tekiah Gdolah (100ª trombeta), o toque de shofar mais alto e mais longo – que precederá a vinda do Filho do Homem nas nuvens para erguer aos ares Sua noiva e tomá-la para a casa de Seu PAI: “Porque o mesmo SENHOR descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus (a mesma tocada em Shavuot); e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens (nissuin), a encontrar o SENHOR nos ares (laqach), e assim estaremos sempre com o SENHOR (casamento consumado nas bodas do Cordeiro). Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.

§  Shofar HaGadol, ao fim de Iom Kipur, Dia da Expiação, no 10º dia do 7º mês, e os rabinos associam-no com a ‘vinda’ do MESSIAS de Israel, após a expiação. De acordo com Zacarias 9. 14-17, Porque curvei Judá para Mim, enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia! E pôr-te-ei, ó Sião, como a espada de um poderoso. E o SENHOR será visto sobre eles, e as Suas flechas sairão como o relâmpago; e ADONAI YHVH fará soar o shofar, e irá com os redemoinhos do sul. YHVH Tsvaot os amparará; eles devorarão, depois que os tiverem sujeitado, as pedras da funda; também beberão e farão barulho como excitados pelo vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos do altar. E o SENHOR ELOHEIHEM naquele dia os salvará, como ao rebanho do Seu povo: porque como pedras de uma coroa eles resplandecerão na S(s)ua terra. Porque, quão grande é a Sua bondade! E quão grande é a Sua formosura! O trigo fará florescer os jovens e o mosto as virgens”.

Quando o dia do SENHOR começar, a trombeta soará e o MASHIACH há de revelar-Se em grande ira, preparando a nação de Israel (nação) a entrar na Sua Nova Aliança (Jeremias 31.31-34; Ezequiel 20.35-38; Zacarias 13.9)

Em Mateus 24.30,31 (“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do Homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ELE enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta (Shofar HaGadol), os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”) a grande trombeta soará convocando os resgatados do SENHOR (os do céu e os da Terra) para regressar a Sião ou Eretz Israel (Isaías 27.13 E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao SENHOR no Monte Santo em Jerusalém”) e reunir-se com o SENHOR que voltará para estabelecer o Seu reino e, como REI assentado no trono de David, que LHE pertence por direito de herança e de conquista, governar as nações a partir de Jerusalém, por mil anos. HalleluYAH!!!

Esse shofar também é aquele tocado para anunciar o dia do yovel (jubileu) em Levítico 25.9,10 – “Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu (shofar teruah); no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra, e santificareis o ano qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu (yovel) vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família”.

A última trombeta de 1 Coríntios 15 é conhecida como Shofar HaGadol, tocada em Iom Kipur e cujo provável significado seja o fim da Grande Tribulação e a 2ª vinda do MESSIAS. “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a DEUS que nos dá a vitória por nosso SENHOR JESUS CRISTO. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do SENHOR, sabendo que o vosso trabalho não é vão no SENHOR” (1 Coríntios 15. 51-58). O contexto desse texto difere do de 1 Tessalonicenses, em razão da finalidade da descrição: o propósito da transformação é mostrar a vitória do SENHOR sobre o inferno e o último inimigo a ser derrotada é a morte!

Com o último grande shofar, veremos a vinda do MESSIAS em glória, os céus abertos, uma grande batalha, exércitos angelicais descendo, a ressurreição dos mortos e a transformação dos santos e seu arrebatamento, o ajuntamento das nações em Jerusalém. Todos esses eventos acontecendo no ‘grande e terrível dia do SENHOR’, representado em Iom Kipur, Dia da Expiação, pela última trombeta a soar, Shofar HaGadol.
Os shofarim e seus toques são simbólicos e não necessariamente determinam datas. Ainda que Tekiah Gdolah em Iom Teruah simbolize o arrebatamento da Noiva, não necessariamente ele acontecerá nessa data, porque é um ‘dia que homem nenhum sabe’ (Marcos 13.32); acontecerá quando o PAI decidir que é tempo! Esse toque acontecerá no Dia do SENHOR e não necessariamente em Iom Teruah. Nosso papel é nos prepararmos como noiva para estarmos apresentáveis e à altura do nosso Noivo! Pois, o encontro com ELE acontecerá em qualquer dos dez dias entre Iom Teruah e Iom Kipur, incluindo esses dias!
Os toques do shofar em Iom Teruah significam, não só o arrebatamento, mas também servem como despertar para a vinda do Dia do Julgamento (Iom HaDin, um outro nome para Iom Teruah) ou Julgamento do Trono Branco (Atos 17.29-31; Hebreus 9.27). Isso não significa que esses eventos acontecerão no mesmo tempo cronológico.
Da mesma forma, a Grande Tribulação é um período distinto da ira de DEUS, no dia do SENHOR. Sua ira está destinada a satanás e seus seguidores, o que significa que o arrebatamento acontecerá antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. Os santos serão vindimados antes que os ímpios sejam lançados no lagar da ira de YHVH (Apocalipse 14.14-20), pois, em 1 Tessalonicenses 4.13-5.10, o dia do SENHOR será depois do arrebatamento, uma vez que Seus santos não foram destinados à ira, mas à salvação.
A Grande Tribulação se iniciará quando a ‘abominação desoladora’ (Daniel 11.31; 12.11) se assentar no templo reedificado em Jerusalém e terminará quando o arrebatamento tiver acontecido, pois, após esse evento, o Dia do SENHOR terá início e o derramar das sete taças cheias da ira do SENHOR (Revelação 15.1-19.6). O dia do SENHOR é um período de tempo, profeticamente vivido nos dez dias de arrependimento entre Iom Teruah (com o último shofar ou Tekiah Gdolah) e Iom Kipur (com o grande shofar ou Shofar HaGadol).
Quando o SENHOR regressar com Sua noiva (transformada à Sua semelhança e imagem) para estabelecer o Reino de DEUS na Terra (‘os reinos deste mundo se tornaram do nosso SENHOR e do Seu CRISTO e ELE reinará para sempre’), a casa de Yehudah e a casa de Israel serão julgadas no julgamento das ovelhas gordas e magras de Ezequiel 34, para transformar-se em uma única nação, governada pelo Único Pastor e SENHOR. Depois disso, os povos remanescentes serão julgados pelo MESSIAS no julgamento de ovelhas e bodes de Mateus 25. Então, o MASHIACH celebrará Sucot com todo Seu povo!
Estamos, agora, na estação entre o primeiro e o último shofar. Estamos compromissados com nosso Noivo, aguardando Seu regresso da casa do PAI, no céu. Quando o PAI perceber que a noiva está preparada e que o tempo é chegado, então com o toque do shofar (o úlitmo), dará permissão que Seu Filho venha ao encontro de Sua noiva nos ares, pois, afinal, o próprio Noivo nos disse: “daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o PAI. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo... E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem” (Marcos 13.32,33; Mateus 24.37). Preparemo-nos para este dia com temor e tremor, ardendo por Sua santidade forjada em nós, ardendo de desejos pelo Amado!
Baruch Haba b’SHEM ADONAI / Boah-na ADON YEHOSHUA


Shavuot e a Festa da Colheita das Primícias

Shavuot é conhecida como a Festa da Colheita ou Festa das Primícias. Enquanto Pêssach é marcado pela colheita da cevada (Rut 1.22), Shavuot é marcado pela colheita do trigo (Rut 2.23; Joel 1.11).

Israel é uma terra de cevada e trigo, como descrito em Deuteronômio 8.7-9 – “Porque o SENHOR teu DEUS te põe numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, e de mananciais, que saem dos vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, e de vides e figueiras, e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel. Terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro, e de cujos montes tu cavarás o cobre” (cf. Jeremias 41.8 e 2 Crônicas 2.15)

A colheita de cevada e trigo precede a maior colheita, que é a outonal durante as Festas de Ajuntamento (Êxodo 23.16; 34.22). Esses dois períodos de colheita dependem das chuvas nas estações próprias (Deuteronômio 11. 10-15; Levítico 26.4; Joel 2.23; Zacarias 10.1).

Chuvas apontam para o derramar do Espírito Santo, individual e corporativamente. Enquanto as primeiras chuvas estão ligadas ao derramar do Espírito Santo na vinda do MESSIAS, as últimas chuvas apontam para o derramar profuso do Espírito Santo em Seu regresso (Joel 2.28,29 e Tiago 5.7)!

Já as colheitas apontam para a salvação de vidas. A colheita de primavera marcou o início da colheita de vidas que receberam ao MESSIAS, com uma grande colheita profetizada para os últimos dias (Mateus 13.39; 9.37,38; Marcos 4.29), durante a colheita outonal, que ocorre no 7º mês do calendário bíblico. Quando YEHOSHUA disse que ainda havia quatro meses para a colheita, estava no 3º mês do calendário bíblico, durante a colheita de trigo, e afirmou que os campos já estavam brancos para a ceifa, relacionando as colheitas iniciais e finais com a salvação de vidas (João 4.34-36). Desde Sua ressurreição, as primícias para o Seu reino têm feito parte ainda da colheita primaveril. Mas, haverá um tempo, nos últimos dias, durante a colheita outonal, no Seu regresso, que haverá uma enorme colheita – “vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o Evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a ELOHIM, e dai-LHE glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas... E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a Sua cabeça uma coroa de ouro, e na Sua mão uma foice aguda. E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz Ao Que estava assentado sobre a nuvem: Lança a Tua foice, e sega; a hora de segar Te é vinda, porque já a seara da Terra está madura. E Aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a Sua foice à Terra, e a Terra foi segada” (Revelação 14.6,7,14-16). E o resultado disso: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação a ELOHEINU, que está assentado no trono, e ao Cordeiro” (Revelação 7.9,10). HalleluYAH!


Shavuot e o Salmo 23

Aprendi, recentemente, que os Salmos 22, 23 e 24 estão relacionados às festas de Pêssach, Shavuot e Sucot, respectivamente, as três festas da peregrinação ou ascensão (aliyah) a Jerusalém, em que os homens de Israel deveriam comparecer diante de YHVH seu DEUS para celebrar Seu Nome e diante dELE.

O Salmo 22 foi recitado (se não todo, sabemos que os primeiros versículos) por YEHOSHUA e descreve o que ELE estava experimentando, a agonia da cruz, do abandono pelo SENHOR (a única vez em que o Filho não chamou o SENHOR de PAI – Mateus 27.46). Por outro lado, as Escrituras relacionam o sacrifício expiatório do MESSIAS com Pêssach (1 Coríntios 5.7,8).

O Salmo 24 aponta para a majestade de ELOHIM e aqueles que têm coração puro e mãos limpas subirão ao monte do SENHOR. Sucot tem como tema a realeza do SENHOR, onde os que restarem da grande tribulação deverão subir a Jerusalém para adorar o Grande REI, reverenciá-lO e celebrar, diante dELE, a única festa (das três) do Seu reino milenar - Sucot (Zacarias 14.16).

O Salmo 23, por sua vez, descreve o cuidado e o consolo que o Bom Pastor dedica às Suas ovelhas. Shavuot é a jornada de Pêssach a Sucot; é o tempo do recebimento da Torah (o manual de instrução de YAH para os homens) e o tempo do recebimento (derramar) do Espírito Santo (Aquele que vai revelar, por meio da Palavra, CRISTO a nós e em nós; que vai formar CRISTO em nós, a esperança da glória). É a caminhada de nossa redenção inicial até a plenitude da vinda de Seu reino.

Nessa jornada, viajamos sob a vara e o cajado do Pastor, lançando mão das ferramentas que ELE nos deu (dons e ministérios).

Nessa jornada, que nos levou inicialmente ao batismo no Espírito Santo, essencial para a compreensão da Torah (porque o Espírito é o decodificador, o tradutor e intérprete das Escrituras), o Bom Pastor nos conduzirá às festas outonais (Iom Teruah, Iom Kipur) para chegarmos ao nosso destino final, à celebração das Bodas do Cordeiro, a Sucot (festa de sete dias).

Durante essa jornada ao lado do Bom Pastor, experimentamos Seus atributos redentivos, alguns deles relatados no Salmo 23:

o   SENHOR meu Pastor – YHVH Roiy;
o   SENHOR vê/provê (não terei necessidade de nada) - YHVH Yir’eh;
o   SENHOR meu refúgio (nos pastos verdejantes) – YHVH Machsiy;
o   SENHOR é paz (guia-me a águas tranqüilas) – YHVH Shalom;
o   SENHOR me sara (ELE restaura minha alma) - YHVH Rof’tiy;
o   SENHOR da minha justiça (ELE me guia a caminhos de justiça) – YHVH Tsidkiy;
o   SENHOR dá vida (ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte) – YHVH M’chayeh;
o   SENHOR está ali (não temerei o mal, porque TU estás comigo) – YHVH Shâmah;
o   SENHOR minha consolação (Sua vara e Seu cajado me consolam/confortam) – YHVH nechamatiy;
o   SENHOR minha bandeira/meu milagre (Sua vara e Seu cajado me consolam/confortam) – YHVH Nissi;
o   SENHOR dos Exércitos (ELE me prepara uma mesa na presença dos meus inimigos – YHVH Tsevaot;
o   SENHOR me santifica (ELE unge minha cabeça com óleo; meu cálice transborda) – YHVH M’qadishtiy;
o   no SENHOR há misericórdia, benignidade (certamente bondade e misericórdia me seguirão todos os dias de minha vida) – YHVH HaChessed;
o   SENHOR meu Redentor (E habitarei na casa do SENHOR para sempre) – YHVH Goeliy.
Obs. ‘The Shepherd and Shavuot’, Moshe Morrison
Ao celebrarmos Shavuot, celebremos ao DEUS que nos encontrou em nosso caminho errante, e nos estendeu Sua vara e Seu cajado de amor, de vida, de proteção, para nos dar Sua vida abundante. Na medida que confiarmos nELE, experimentaremos Seus atributos redentivos.
Shavuot e os pães ofertados

A ordenança de Shavuot: “Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos ao SENHOR. Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas (ômers – 7 litros) de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao SENHOR. Também com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de alimentos, e as suas libações, por oferta queimada de cheiro suave ao SENHOR. Também oferecereis um bode para expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico. Então o sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR para uso do sacerdote. E naquele mesmo dia apregoareis que tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; estatuto perpétuo é em todas as vossas habitações pelas vossas gerações. E, quando fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás. Eu sou o SENHOR vosso DEUS” (Levítico 23.15-22).
-       dois pães, santos ao SENHOR para uso do sacerdote - apontam para Israel (Deuteronômio 7.6-8) e a Kehilah (congregação de crentes no MASHIACH YEHOSHUA – Colossenses 1,21-24), ambos como povo escolhido do SENHOR.
Duas são as testemunhas que confirmam uma palavra (Mateus 18.19,20; Deuteronômio 19.15); os Dez mandamentos foram escritos em duas tábuas de pedra e podem ser resumidos em dois grandes mandamentos (de amor a DEUS acima de todas as coisas e ao próximo com a si mesmo – Mateus 22.34-40). Há duas oliveiras ladeando a Menorah, são as duas testemunhas diante do SENHOR de toda a Terra (Zacarias 4.3,11-14; Revelação 11.3,4)
-       levedados - separados do mundo para Seu uso exclusivo – viemos do mundo mas não somos do mundo, não continuamos fazendo as obras do mundo, porque o mundo foi arrancado de dentro de nós (processo de limpeza);
-       maduros - feitos de flor de farinha – grãos de trigo moídos, triturados, pulverizados, amassados, exprimidos, comprimidos – tudo para preparar a farinha – processo de refinamento de nossa fé para sermos conformados à imagem e semelhança de nosso SENHOR, passando pelas tentações, testes, provas, assim como o MESTRE (Isaías 28.28; 52.14; 53.1-6; Salmo 81.16), mas permanecendo firmes nELE, testemunhando no nosso viver Sua vida, Seu amor, Seu caráter, Sua santidade;
-       oferta movida - continuamos no mundo, pois o SENHOR pediu ao PAI que livrasse os Seus do mal, mas não os tirasse do mundo, em João 17.15; mas, por não pertencermos ao mundo, ‘prosseguimos para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de DEUS em CRISTO JESUS’ (Filipenses 3.13,14), ‘correndo com paciência a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em nosso prêmio CRISTO JESUS’ (Hebreus 12.1,2);
-       oferta queimada de cheiro suave ao SENHOR - sujeitos a todo tipo de tentações e oportunidades de pecar, optamos por abrir mão de nós mesmos para sermos consumidos de amor pelo Noivo, fazendo Sua perfeita vontade, agradando-O com nosso viver entregue e obediente, por viver por Sua Palavra e em santidade (Efésios 5.1,2), desenvolvendo nossa salvação com temor e tremor (Filipenses 2.12);
-       oferta pelo fogo – é o trabalho do Espírito Santo que veio para ensinar, guiar, corrigir, consolar, exortar, edificar o caráter do Noivo em nossas vidas. ELE nos outorga capacidade e poder para vencermos neste mundo, nos vencermos a nós mesmos.
-       o sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante o SENHOR – essa oferta era alçada ao alto e movida diante do SENHOR.
YEHOSHUA, o Pão das Primícias, com Seu Corpo (judeus e gentios messiânicos) movendo-se em unidade para o mesmo lugar, com o mesmo objetivo de adoração a DEUS PAI, guiados pelo Espírito Santo de YEHOSHUA. Em breve, seremos alçados ao alto pelo Espírito (nissuin) , para nos encontrarmos com o Noivo YEHOSHUA, ao soar da última trombeta (em Iom Teruah).

Por que celebrar Shavuot?
Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de DEUS seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Timóteo 3.16,17).

Uma vez que toda a Palavra é proveitosa para ensinar, corrigir, instruir, isso significa que a celebração das Festas do SENHOR nos aponta algumas coisas. Isso inclui Shavuot.

Por que celebrá-la? Primeiramente, recordamos e recitamos os atos poderosos de YAH, da forma tremenda como Se revelou ao povo, descendo ao Monte Sinai e ao Monte Sião para escrever Suas Palavras com fogo, primeiramente em corações de pedra (nas tábuas da Aliança) e, mais tarde, em corações de carne. O DEUS Criador do Universo desceu para falar com Sua criatura, desceu para desposá-la*, desceu para realizar o contrato de casamento eterno de Seu Filho (Palavra Escrita e Revelada - Ketubah) com a humanidade. Esse ato transformou pessoas amedrontadas e fugitivas em arrojadas testemunhas das Boas Novas do Seu Reino, impactando o mundo até a nossa geração.

Não somos ignorantes dELE, porque ELE fez tudo para revelar-Se à obra prima de Sua criação. A forma mais plena de Sua revelação foi por meio de Seu Filho, a expressão exata do PAI! Isso é tremendo e por isso nos regozijemos! ELE Se importa conosco! Não LHE somos meras criaturas ou números! Somos Seus, com quem deseja relacionar-Se em intimidade! A Bíblia toda prova isso! HalleluYAH!

Esse momento nos recorda a data de nosso noivado com o SENHOR, do selo da garantia de Seu regresso deixado conosco, em uma relação de intimidade tamanha, porquanto habita dentro de nós, que é Seu Espírito, soprando em nosso coração, diariamente, o amor do SENHOR JESUS por nós e o quanto nos deseja:

Levanta-te, Meu amor, formosa Minha, e vem. Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, Meu amor, formosa Minha, e vem. Pomba Minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-Me a tua face, faze-Me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa” (Cântico dos Cânticos 2.10-14)

O mais impactante do batismo no Espírito não foi a capacitação dos discípulos para operar sinais e maravilhas à medida que pregassem o Evangelho, mas o que YHVH fez em seus corações, transformando-os em vidas cheias do fogo da Sua Presença que mudariam a história do mundo pelo S(s)eu testemunho. E o SENHOR quer fazer o mesmo conosco.

Shavuot é uma parte de nossa caminhada com o SENHOR e nos mostra que nossa salvação não é experiência suficiente até que o Espírito de ELOHIM nos venha encher de uma forma individual e corporativa, para que haja o cumprimento de Hebreus 8.10-12 – “Porque esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as Minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e EU lhes serei por DEUS, e eles Me serão por povo; e não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece o SENHOR; porque todos Me conhecerão, desde o menor deles até o maior. Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, e de seus pecados e de suas prevaricações não Me lembrarei mais”.

A origem de todos os movimentos de reavivamento no Corpo do MESSIAS seguiu uma jornada, por parte de alguns, de busca desesperada por santidade, pela busca genuína da Presença do SENHOR. Não buscavam experiências espirituais e operação de milagres ou uma mudança na sociedade, mas tinham uma fome angustiante por pureza e santidade em suas vidas pessoais.Tinham uma fome e sede por ver a face do SENHOR e não só Sua mão em ação! Queriam-nO por completo!

Certamente era esse o sentimento que pairava nos discípulos de YEHOSHUA, dos 120 reunidos no mesmo lugar, orando, clamando pelo Consolador que o PAI havia de enviar. Sentiam mesmo era a falta de seu Mestre, que os havia deixado há dez dias. Se você perdeu alguém a quem amava, sabe o que são as saudades nos primeiros dias e a dor da separação. É dilacerante e a sensação é de que nunca vai embora. Creio que esse era o coração dos discípulos do SENHOR naqueles dias: estavam com saudades do seu SENHOR e clamavam por Seu regresso!

Ah, meus amados irmãos, como carecemos desse desejo ardente, dolorido, dessa insatisfação pela ausência do SENHOR em nosso meio. Acostumamo-nos à ‘tirania do urgente’ e somos escravizados pela consciência do imediatismo.

Que nesse Shavuot, o SENHOR nos batize com esse amargor, com esse desconforto inquietante, com essa insatisfação angustiante para perseguirmo-lO e irmos onde quer que ELE vá! Amados, busquemos Sua Presença e não Sua mão (que sempre está estendida para nos abençoar). Busquemos à Sua Pessoa e não ao que ELE pode nos dar; busquemos a ELE e ao Seu reino e tudo o mais nos acrescentará.

Shlomoh, recém empossado no trono de seu pai, percebeu quão grande era a sua responsabilidade e quão deficiente era ele em todas as áreas, para reinar sobre o povo que pertencia a YHVH, ocupando a função que pertencia a ELOHIM! Quando, em sonho, o próprio YHVH lhe apareceu, perguntando-lhe o que queria que lhe fizesse, Shlomoh respondeu: ‘um coração entendido para julgar o povo de YHVH, para prudentemente discernir entre o bem e o mal’. Não pediu proteção de seus inimigos, longa vida, riquezas, reino inigualável, mas pediu sabedoria, porque temia ao SENHOR (o ‘temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e  o conhecimento do Santo a prudência’ – Provérbios 9.10). O SENHOR lhe deu sabedoria e tudo o mais (1 Reis 3.3-15). Entretanto, infelizmente ele não guardou seu coração, não atentou para as palavras que fluíram do Espírito para ele ao escrever Provérbios – “Filho Meu, atenta para as Minhas palavras; às Minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração. Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4.20-23).

Assim como Shlomoh não guardou seu coração e saiu dos propósitos do SENHOR, também aqueles que participaram dos movimentos carismáticos e, hoje, só desejamos a cura, o poder e a unção do Espírito Santo para nosso próprio prazer e ganho, sem desejo algum de mudar nossos caminhos, não permitindo que o Espírito Santo nos encaixe na fôrma da Palavra, pela obediência a ela e às Suas leis, ensinos e estatutos. Em vez disso, 'empacotamos' o Espírito e Seus moveres em doutrinas e mecanismos humanos, não permitindo Sua liberdade de ação. Esta é a razão pela qual não temos reavivamento em nossos dias: “Nem todo o que Me diz: SENHOR, SENHOR! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu PAI, que está nos céus. Muitos Me dirão naquele dia: SENHOR, SENHOR, não profetizamos nós em Teu Nome? e em Teu Nome não expulsamos demônios? e em Teu Nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mateus 7.21-23).

Nossa real necessidade para esse Shavuot é que Sua Palavra e Seus caminhos sejam escritos com fogo em nossos corações para que andemos em justiça, retidão e santidade, para o nosso bem, de nossos filhos e dos filhos de nossos filhos, por todas as gerações. Clamemos para que o SENHOR, nesse Shavuot, derrame Sua coração sobre nós, Israel e Seu Corpo nas nações, nos dê um mesmo coração, um só caminho para que O temamos e nunca nos apartemos dELE  – “E lhes darei um mesmo coração, e um só caminho, para que Me temam todos os dias, para seu bem, e o bem de seus filhos, depois deles. E farei com eles uma aliança eterna de não Me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o Meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de Mim” (Jeremias 32.39,40).

Rut (Corpo do MESSIAS), convertida a YAH, enquanto trabalhava na ceifa (figura de salvação) da porção da viúva e do estrangeiro, em auxílio a Naomi (Israel), atraiu a presença de Boaz (MESSIAS) para si e dela enamorou-se. Se o papel da noiva é atrair a presença de YHVH para si e, portanto, para a Terra, deixando com ELE os resultados da colheita, nosso papel enquanto noiva é nos tornarmos atraentes para que ELE Se enamore de nós e queira nos esposar e não só nos visitar! Para tal, seguindo o exemplo dos discípulos de JESUS: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a ELOHIM, e caindo na graça de todo o povo (por causa do testemunho de suas vidas). E todos os dias acrescentava o SENHOR sobre a edah aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2.46,47).

Propositadamente, não coloquei a tradução para edah porque queria chamar-lhes a atenção para algo. Ao buscar no dicionário, encontrei os seguintes significados:
- testemunhar, dar testemunho, ver;
- congregação, comunidade, paróquia (freguesia, área, comunidade), denominação (seita);
- multidão, enxame, movimento em massa (grupo de pessoas se movimentando em massa, na mesma direção);
- rebanho, multidão, grupo de fiéis, grei;
- testemunha, testemunho;
- vestir, colocar, experimentar; ser ornamentado, adornar-se a si mesmo

Parafraseando o versículo 47 de Atos 2: “ E todos os dias o SENHOR acrescentava testemunhas Suas, à multidão de fiéis, ao rebanho, à comunidade dos que O seguiam, movidos pelo desejo de conhecer a DEUS; diariamente, o SENHOR vestia, ornava Sua noiva, adornava-a com mais e mais pessoas, porque o Corpo é embelezado e completado à medida que novas vidas são acrescentadas a ele pelo próprio Cabeça do Corpo. Mas não sem o testemunho vivo de Sua Presença gloriosa em cada um dos que permitiam que Suas marcas, tudo o que fosse dELE naquelas vidas, se manifestasse e atraísse outros.

Só o que é CRISTO em nós é que tem condições de atrair outros, não a nós, mas a ELE. E isso, só sendo ‘santos como ELE é Santo’. O SENHOR espera ser desejado, requisitado, solicitado, requerido, chamado – isso é ser santificado no meio de Seu povo (Israel e Seu Corpo). ELE mesmo disse isso:

Ø  a Israel – “Porque EU vos digo que desde agora Me não vereis mais, até que digais: ‘Baruch Habah b’SHEM YHVH (Bendito O Que vem em Nome de YHVH)” (Mateus 23.39)

Ø  à Noiva – “E o Espírito e a esposa dizem: Boah-na (Vem). E quem ouve, diga: Boah-na (Vem). E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida… Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Boah-na, ADON YEHOSHUA (Ora vem, SENHOR JESUS)” (Revelação 22.17,20)

Baruch Haba b’SHEM ADONAI / Boah-na ADON YEHOSHUA

Que o SENHOR nos transforme como LHE aprouver, para que somente o Seu Nome seja glorificado, engrandecido, adorado, exaltado.

Que possamos aprender com a experiência de nossos antepassados, pois nosso aprendizado também depende disso: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram de uma mesma comida espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto. E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil. E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes. E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo destruidor. Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia. Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Coríntios 10.1-13).

Que possamos responder aos apelos do nosso Amado, diariamente, enchendo-nos com Seu amor e distribuindo Seu amor a outros (pois a seara está madura): “eu pertenço ao Homem que amo, e o meu Amado me pertence... eu pertenço ao meu Amado, e ELE me deseja. Vem, ó Amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se já aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te darei os meus amores. As mandrágoras exalam o seu perfume, e às nossas portas há todo o gênero de excelentes frutos, novos e velhos; ó Amado meu, eu os guardei para ti. Ah! quem me dera que foras como meu irmão, que mamou aos seios de minha mãe! Quando Te encontrasse lá fora, beijar-Te-ia, e não me desprezariam! Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha mãe, e TU me ensinarias; eu Te daria a beber do vinho aromático e do mosto das minhas romãs. A Sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a Sua direita me abrace... Põe-me como selo sobre o Teu coração, como selo sobre o Teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas chamas são chamas de fogo, tão destruidoras quanto as chamas de YAH. As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente receberia apenas o desprezo absoluto” (Cântico dos Cânticos 6.3; 7.10-8.3,6,7)

Clamemos pelo cumprimento de Joel 2.28-32 – “E há de ser que, depois derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o Meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na Terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar” – que venha o derramar profuso de Seu Espírito em toda a carne, pelo desejo de Sua Presença ‘presente’ em nosso meio. Porque temos saudade dELE e O queremos ver face a face!


Como celebrar Shavuot?
Quando YEHOSHUA disse a Seus discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que recebessem o Presente do PAI, o Espírito Santo (Atos 1.4,5), mencionava a ordenança de Levítico 23.16, para que contassem os dias até Shavuot (contagem de ômer). E foi o que fizeram. Desde a ascensão de JESUS, permaneceram reunidos no local onde habitavam, quase 120 pessoas, pelos últimos dez dias, perseverando unanimemente em oração e súplicas, discutindo ações para a substituição de Yehudah, o Iscariotes (Atos 1.12-26)

Como prática costumeira, os religiosos judeus passam a noite de Shavuot até a manhã seguinte em vigília, orando e estudando a Palavra. Ao amanhecer, estando em Jerusalém, correm para o kotel a fim de recitarem juntos a Amidah (orações lidas em pé e em silêncio, como fez Hannah a ELOHIM diante do sacerdote Eli), com suas 19 bênçãos e que datam de mais de 2000 anos.

Como celebrar Shavuot, então?
ORANDO A NOITE INTEIRA
- para clamar pelo cumprimento da promessa do derramar do Seu Espírito sobre toda carne (Atos 2.17; Joel 2.28), pois vivemos nos últimos dias.
Ainda que cada crente no MESSIAS de Israel deva ter essa experiência do batismo no Espírito Santo, essa profecia se refere a um reavivamento mundial, durante os eventos referentes aos fins dos tempos e de tribulação (Atos 2.19,20), que precederão o regresso do MESSIAS, o grande e terrível dia do SENHOR (Atos 2.20). Será acompanhado de um extraordinário mover de evangelização (Atos 2.21), para que Apocalipse 7.9,10 se cumpra, com “uma multidão, a qual ninguém poderá contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; clamando com grande voz, dizendo: Salvação a ELOHEINU, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”. HalleluYAH!
Esse ‘segundo’ Shavuot trará o SENHOR JESUS de volta para estabelecer o reino de ELOHIM na Terra.
Pedro, ao se levantar para explicar o que estava acontecendo, cotou a profecia em Joel 2.28-32. No contexto dessa profecia, Joel continua no capítulo 3.1: ‘Pois aí, nesse tempo, quando EU restaurar a sorte de Yehudah e de Yerushalaim...’, conectando o que havia dito nos versos anteriores do capítulo dois e os versículos seguintes do capítulo três.
Em que tempo?  No tempo em que o SENHOR restaurar a sorte de Yehudah e de Yerushalaim, nesse tempo o SENHOR derramará do Seu Espírito sobre toda a carne mundialmente. Mas, também, nesse tempo, o SENHOR juntará as nações no vale da decisão, de Yehoshafat (YHVH Julga), para estabelecer Seu juízo contra as nações pela forma como elas trataram Israel (vide Joel 3.1-3,12,14-21). Esses são os nossos dias, pois o SENHOR já restaurou a sorte de Sião e as nações se alinham contra Israel. Todo o cenário desse contexto está sendo preparado e está à vista, como nunca em toda nossa história.
No primeiro século, 120 judeus messiânicos estavam reunidos toda uma noite num mesmo lugar, em unidade, em inteireza de coração e propósitos, antecipando os eventos de Shavuot. Cabe a nós, judeus e gentios messiânicos (e somos milhões em todo o mundo), com inteireza de coração e propósitos, na expectativa dos últimos dias, permanecermos em unidade, toda a noite, em antecipação ao que o SENHOR deseja fazer em nosso Shavuot. Se 120 impactaram o mundo, o que não poderíamos fazer nós em nossos dias?!?!?!
Chag Shavuot sameach
Com amor e gratidão no MASHIACH de Israel,
marciah malkah
Bibliografia:

1.     RUACH HaKÓDESH ELOHIM e Sua Palavra
2.     ‘Bible Works 8. Software for biblical Exegesis& Research’. 2010
3.     ‘Bíblia Judaica Completa. O Tanach e a B’rit Chadashah’, David H. Stern. 2011, Editora Vida
4.     ‘Autumn Days of Awe part 1 and 2’, Jim and Angela Goodrick. In Hope to the End. http://hopetotheend.com/elul.html
5.     ‘Feast of Trumpets’, Joshua Ong. In The Josh Link, Feasts of the Lord. http://www.thejoshlink.com/article98.htm
6.     ‘Jornada 4, Pi-HaHirot’, Gino Iafrancesco V. In El Libro de Las Jornadas, Edición Autoral. Bogotá, DC, Colombia, América Del Sur, 2001, pág. 101-112
7.     ‘Jornada 12, Desierto de Sinaí’, Gino Iafrancesco V. In El Libro de Las Jornadas, Edición Autoral. Bogotá, DC, Colombia, América Del Sur, 2001, pág. 185-203
8.     ‘Pentecost 2011’, Jack Kelley. In Bible Prophecy Blog. News and Commentary from a Biblical Perspective. Sunday, June 12, 2011. http://www.bibleprophecyblog.com/2011/06/pentecost-2011.html
9.     ‘Pêssach, Sefirat Haômer e Shavuot’. http://www.chabad.org.br/datas/pessach/guia/omer/tres.htm
10.  Rosh HaShanah. The Season of Teshuvah’, Edward Chumney. In The Seven Festivals of the Messiah, Chapter 7. http://www.hebroots.com/sevenfestivals_chap7.htm
11.  ‘Saindo de Pessach (Páscoa) para Shavuot (Pentecoste)’, Marcelo Miranda Guimarães. www.ensinandodesiao.org.br
12.  ‘SEFIRAT HAÔMER’. http://www.chabad.org.br/datas/pessach/guia/omer/sete.htm
13.  ‘Shavuot’, Lars and Harriet Enarson. The Elijah Prayer Army. A Worldwide Network of Prayer for Israel & the Middle East. Prayer Alert 11-05, June 3, 2011 / Sivan 1, 5771
14.  ‘Shavuot – A Festa das Semanas’, Marcelo M. Guimarães. www.ensinandodesiao.org.br
15.  ‘Shavuot e a Capacitação dos Santos’, Matheus Z. Guimarães. www.ensinandodesiao.org.br
16.  ‘Shavuot Prayer’, Asher Intrater. In Israel’s Restoration. A Publication of Tikkun International, Tents of Mercy & Revive Israel, May 2012 Vol. 21, nº 5, page 4. http://www.tikkunministries.org/newsletters/dj-may12.php
17.  ‘Shavuot - The Feast of Weeks’, Kevin L. Howard. In The Feasts of the Lord. God's Prophetic Calendar from Calvary to the Kingdom. Kevin Howard and Marvin Rosenthal, 1997, page 88-101. Thomas Nelson, Inc. Nashville, Tennessee, USA
18.  ‘Shavuot. The Feast of Weeks’, Lars and Harriet Enarson. In The Feasts of the Lord, The Watchman Int. http://thewatchman.org/en/feasts/feast-of-weeks
19.  ‘The Festival of Pentecost (Shavuot)’, Edward Chumney. In The Seven Festivals of the Messiah, Chapter 6. http://www.hebroots.com/sevenfestivals_chap6.htm
20.  ‘The Great Shofar’, in Yom Kipur (The Day of Atonement), Edward Chumney. In The Seven Festivals of the Messiah, Chapter 8. http://www.hebroots.com/sevenfestivals_chap8.htm
21.  ‘The Shepherd and Shavuot’, Moshe Morrison. In Israel’s Restoration. A Publication of Tikkun International, Tents of Mercy &  Revive Israel, May 2012 Vol. 21, nº 5, page 2. http://www.tikkunministries.org/newsletters/dj-may12.php

Nenhum comentário:

Postar um comentário