Pêssach- Festival da Libertação
“Estas são as solenidades do SENHOR (מוֹעֲדֵ֣י יְהוָ֔ה), as santas convocações (מִקְרָאֵ֣י
קֹ֑דֶשׁ ), que convocareis
ao seu tempo determinado (בְּמוֹעֲדָֽם ): no mês
primeiro, aos catorze do mês, pela
tarde, é a páscoa
do SENHOR (פֶּ֖סַח לַיהוָֽה ). E aos quinze
dias deste mês é a festa dos pães ázimos
do SENHOR (חַ֥ג הַמַּצּ֖וֹת
לַיהוָ֑ה ); sete dias comereis pães ázimos.No primeiro dia
tereis santa convocação; nenhum
trabalho servil fareis; mas sete dias oferecereis oferta queimada ao SENHOR; ao
sétimo dia haverá santa convocação; nenhum trabalho
servil fareis. E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: fala aos filhos de Israel, e
dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e fizerdes a
sua colheita, então trareis um molho (עֹ֛מֶר) das
primícias da vossa sega ao sacerdote
(HaBikurim); e ele moverá o molho perante
o SENHOR, para que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sacerdote
o moverá. E no dia em que moverdes o molho, preparareis um cordeiro sem
defeito, de um ano, em holocausto ao SENHOR, e a sua oferta de alimentos,
será de duas dízimas de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta
queimada em cheiro suave ao SENHOR (לַיהוָ֖ה
רֵ֣יחַ נִיחֹ֑ח -
para YHVH odor,cheiro,perfume,fragrância/passos,pegadas/dica,conselho,pista/
suave, tranquilizante, sereno, sossegado), e
a sua libação será de vinho, um quarto de him. E não comereis pão, nem trigo
tostado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia em que trouxerdes a oferta do
vosso DEUS; estatuto perpétuo (חֻקַּ֤ת עוֹלָם -
declaração, decreto, lei, determinação eterna) é por vossas gerações, em todas as vossas habitações” (Levítico 23.4-14)
Essa festa é uma das
celebrações mais antigas, datando de mais de 3500 anos, desde seu cumprimento histórico no Egito. Seu relato carrega uma
poderosa mensagem para todas as eras da humanidade. Ela inclui não só a ‘tarde de Pêssach’
propriamente dita, mas a sequência de sete dias de Pães Ázimos (HaMatsot) e
Primícias (HaBikurim) nesse meio.
Marca a libertação do
povo de 430 anos de escravidão egípcia e tal libertação foi tão
majestosa (‘com mão forte e braço
estendido tirou YHVH Seu povo do cativeiro’ – Deuteronômio 5.15), que alterou o
calendário hebraico para sempre (‘este vos
será o primeiro dos meses’ – Êxodo 12.2).
YHVH determinou que Pêssach (Páscoa) fosse um permanente memorial
celebrado anualmente e por toda eternidade (Êxodo 12.14), comemorando o ato da libertação que ELE proporcionou ao Seu povo das
amarras da escravidão do Egito, tendo como peça central o cordeiro, sem o qual não haveria libertação, ao ponto de os termos
páscoa e cordeiro se confundirem, como visto em na expressão– ‘sacrificarás a páscoa ao SENHOR...’ (Deuteronômio
16.2,6; Lucas 22.7)
O povo a celebrou no Sinai, um ano após a saída do Egito (Números 9.1-14), e também quando o povo chegou à terra,
39 nos mais tarde (Josué 5.10-12). Deveria ser celebrada
somente no lugar que YAH escolhesse para pôr Seu Nome: “Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas portas que te dá o
SENHOR teu DEUS; senão no lugar que
escolher o SENHOR teu DEUS, para fazer habitar o Seu Nome, ali sacrificarás
a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito”
(Deuteronômio
16.5,6). Portanto, pôde ser celebrada nos dias dos reis Ezequias (2 Crônicas 30) e Josias (2
Reis 23.21-23; 2 Crônicas 35.1-19). Após
o regresso do cativeiro babilônico, Pêssach também foi celebrada (Ezra 6.19,20); e extensivamente nos dias de YEHOSHUA (João 11.55). Ainda hoje, é um dos festivais mais
guardados pelo povo judeu e pelos cristãos.
Tão importante era sua celebração que YHVH permitiu, graciosamente, que
fosse celebrado em outra data, pois alguns do povo não estavam preparados para
celebrá-lo em 14 de Aviv, uma vez que estavam impuros por tocar no morto ou
estavam longe para sua celebração, e puderam faze-lo aos 14 dias do 2º mês (Números 9.1-14; 2 Crônicas
30.2-15). A nenhum dos outros festivais foi permitido tal arranjo.
A palavra hebraica Pêssach, Páscoa, do latim Pascha,
do grego Pasca, tem sua origem no
verbo ‘lifso’ach’ que significa ‘saltar, saltitar, pular, omitir,
fugir’; ‘passar ou pairar/flutuar sobre’, significados que nos revelam algumas
coisas:
- quando o flagelo veio sobre o Egito, aqueles que tinham sangue nos
umbrais de suas portas saltaram, pularam, fugiram do julgamento e da ira do
SENHOR;
- YHVH omitiu (saltou, passou por cima de ou sobre) as casas dos hebreus na
noite em que feriu os egípcios, por causa do sangue;
- mais tarde, naquele mesmo cenário (contexto), o povo passaria a pé
enxuto, fugindo dos exércitos de faraó, pelo mar, que ‘passava sobre’ eles sem
os afogar;
- os hebreus passaram da escravidão para a liberdade (pelo sangue), da
morte para a vida (pela água);
- passar sobre o julgamento do pecado e da morte para a vida em YEHOSHUA;
- autorizar, pela fé, que o sangue de YEHOSHUA paire sobre nossas vidas e nos dê a proteção divina contra satanás
e o mal.
Tipologias
Egito tipifica o mundo e o sistema mundial, regido por faraó, tipo de satanás,
cujas ataduras nos tornam escravos dele, conduzindo-nos constantemente ao
pecado (João 8.34).
Os primogênitos dos filhos de Israel
tipificam os primogênitos arrolados no céu (“À universal assembléia e igreja
dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a DEUS, o Juiz de todos, e
aos espíritos dos justos aperfeiçoados” – Hebreus
12.23) que obedeceram à ordenança do SENHOR e creram nELE para serem
salvos pela marca do sangue do cordeiro, sacrificado ao 14º dia, nos umbrais
das portas de suas casas (“E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as
ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem... E aquele
sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo EU sangue,
passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando EU
ferir a terra do Egito” - Êxodo 12.7,13).
O cordeiro de Pêssach, que só passa por
cima do pecado, tipifica a Seh HaELOHIM, o Cordeiro de DEUS que
tira o pecado do mundo (João 1.29), que é YEHOSHUA HaMASHIACH, nosso
Cordeiro Pascal, porquanto nELE cremos (“Alimpai-vos, pois, do fermento
velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque
CRISTO, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” - 1 Coríntios 5.7).
Os umbrais e verga das portas tipificam
nosso coração. Como eles creram e obedeceram, permanecendo dentro das casas,
comendo o cordeiro e colocando o sangue como sinal da obediência, somos
desafiados a crer nELE e em Sua obra salvadora e, pela fé (emunah),
‘passar Seu sangue em nossos corações’, para que o pecado não tenha mais
domínio sobre nós, pelo poder redentor que há em Seu sangue (1 João 1.7; 1 Pedro 1.18,19;
Efésios 1.7; Revelação
1.5) e sejamos edificados como Casa de DEUS (Hebreus
3.6; 1 Pedro 2.5), porque o cordeiro
deveria ser comido dentro da casa (Êxodo 12.8-11).
O SENHOR também os instruiu de como comer naquela
noite: não deveriam deixar nada do cordeiro (cada dia, o SENHOR traz
parcela de revelação de Sua Palavra, Sua Pessoa) para o dia seguinte; deveriam
comer como quem tem pressa, com os lombos cingidos, sapatos nos pés, cajado
na mão, preparados para deixar o Egito (Êxodo
12.10,11), após a morte dos primogênitos, à meia noite. Toda casa cujo
sinal do sangue não fosse encontrado, sofreria o juízo de YHVH (Êxodo 12.12-15) – tipificando nossa corrida do pecado,
deixando tudo para trás, só levando aquilo que nos sustente na caminhada de
três dias para adorar o SENHOR, já tendo sido fortalecidos pela carne do
Cordeiro para dELE viver e nELE permanecer (“EU Sou o Pão Vivo
que desceu do céu; se alguém comer deste Pão, viverá
para sempre; e o pão que EU der é a Minha
carne, que EU darei pela vida do
mundo. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como nos pode dar
este a sua carne a comer? YEHOSHUA, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade
vos digo que, se não comerdes a carne do
Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.
Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna, e EU o
ressuscitarei no último dia. Porque a Minha
carne verdadeiramente é comida, e o Meu sangue verdadeiramente é bebida.
Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e EU nele. Assim como o PAI, que vive, Me enviou,
e EU vivo pelo PAI, assim, quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim” - João 6.51-57)
As ordenanças de YHVH (mitsvot) para a
Páscoa (Pêssach)
“E falou o SENHOR a Moisés e a Arão
na terra do Egito, dizendo: ‘Este mesmo
mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a congregação de Israel,
dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro,
segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. Mas se a
família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto
de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu
comer, fareis a conta conforme ao cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem
mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das
cabras. E o guardareis até o décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel
o sacrificará à tarde. E tomarão
do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em
que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos;
com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão
assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. E nada dele
deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.
Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e
o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR.
E EU passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na
terra do Egito, desde os homens até os animais; e em todos os deuses do Egito
farei juízos. EU Sou o SENHOR. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em
que estiverdes; vendo EU sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre
vós praga de mortandade, quando EU ferir a terra do Egito. E este dia vos será
por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o
celebrareis por estatuto perpétuo.
15 Sete dias comereis pães ázimos;
ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer que comer
pão levedado, desde o primeiro até o sétimo dia, aquela alma será cortada de
Israel. E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo dia tereis
santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma houver de
comer; isso somente aprontareis para vós. Guardai pois a festa dos pães ázimos,
porque naquele mesmo dia tirei vossos
exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações
por estatuto perpétuo. No primeiro mês, aos catorze dias do mês, à tarde,
comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. Por sete dias não se ache
nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado,
aquela alma será cortada da congregação de Israel, assim o estrangeiro como o
natural da terra. Nenhuma coisa levedada comereis; em todas as vossas
habitações comereis pães ázimos.
21 Chamou pois Moisés a todos os
anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para vossas
famílias, e sacrificai a páscoa. Então tomai um molho de hissopo, e molhai-o no
sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em ambas as
ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da porta da
sua casa até à manhã. Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios, porém
quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR
passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para
vos ferir. Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos
para sempre.
25 E acontecerá que, quando
entrardes na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, guardareis este culto.
E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então
direis: Este é o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou as casas dos filhos
de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então
o povo inclinou-se, e adorou.
28 E foram os filhos de Israel, e
fizeram isso como o SENHOR ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram.
29 E aconteceu, à meia noite, que o
SENHOR feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de
Faraó, que se sentava em seu trono, até o primogênito do cativo que estava no
cárcere, e todos os primogênitos dos animais. E Faraó levantou-se de noite, ele
e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia grande clamor no Egito,
porque não havia casa em que não houvesse um morto.
31 Então chamou a Moisés e a Arão
de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os
filhos de Israel; e ide, servi ao SENHOR, como tendes dito. Levai também
convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide, e abençoai-me
também a mim. E os egípcios apertavam ao povo, apressando-se para lançá-los da
terra; porque diziam: Todos seremos mortos.
34 E o povo tomou a sua massa,
antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em suas roupas sobre seus
ombros. Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés, e
pediram aos egípcios jóias de prata, e jóias de ouro, e roupas. E o SENHOR deu
ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o que pediam; e
despojaram aos egípcios.
37 Assim partiram os filhos de
Israel de Ramessés para Sukote, cerca de seiscentos mil a pé, somente de homens,
sem contar os meninos. E subiu também com eles muita mistura de gente, e
ovelhas, e bois, uma grande quantidade de gado.
39 E cozeram bolos ázimos da massa
que levaram do Egito, porque não se tinha levedado, porquanto foram lançados do
Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida.
40 O tempo que os filhos de Israel
habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos,
naquele mesmo dia, todos os exércitos do SENHOR saíram da terra do Egito.
Esta noite se guardará ao SENHOR, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite do SENHOR, que devem
guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações.
43 Disse mais o SENHOR a Moisés e a
Arão: Esta é a ordenança da páscoa: nenhum filho do estrangeiro comerá dela.
Porém todo o servo comprado por dinheiro, depois que o houveres circuncidado,
então comerá dela. O estrangeiro e o assalariado não comerão dela. Numa casa se
comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso. Toda
a congregação de Israel o fará. Porém se algum estrangeiro se hospedar contigo
e quiser celebrar a páscoa ao SENHOR, seja-lhe circuncidado todo o homem, e
então chegará a celebrá-la, e será como o natural da terra; mas nenhum
incircunciso comerá dela. Uma mesma lei haja para o natural e para o
estrangeiro que peregrinar entre vós.
50 E todos os filhos de Israel o
fizeram; como o SENHOR ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram. E aconteceu
naquele mesmo dia que o SENHOR tirou os filhos de Israel da terra do Egito,
segundo os seus exército” (Êxodo12.1-51)
1.
Pêssach ocorre no princípio dos meses (Êxodo 12.2)
Aviv (Nisan), cujo significado é
primavera ou frescor, novo, espigas verdes, tornou-se o primeiro mês do
calendário bíblico, pela importância do evento. Marca o início do ‘cronograma
redentivo’ de YHVH para Sua criação.
Quando recebemos a YEHOSHUA em nossa vida (coração), este é o começo de uma
nova aliança para nós (B’rit Chadashah)
com YHVH (Jeremias 31.31-34; João 3.5-7; Romanos 6.1-4;
2 Coríntios 5.17)
Pêssach é a primeira das festas de YHVH. Da mesma forma, quando nos
arrependemos de nosso pecado, reconhecendo o sangue derramado de JESUS por nós
e a aceitação dELE em nossas vidas, marca o início da caminhada com CRISTO e o
início da vida nova em Seu reino.
2.
O cordeiro era guardado por quatro dias (Êxodo 12.3,6)
A ordenança de YAH para Seu povo era de separar o cordeiro em 10 de Aviv e
guarda-lo até o 14º dia. Esses quatro dias foram cumpridos por YEHOSHUA,
durante a semana de Pêssach: ELE foi reconhecido como o Cordeiro de DEUS (João 1.29); entrou em Jerusalém sete dias antes de Sua
ressurreição, para ser testado, inquirido por autoridades religiosas, políticas
e públicas por quatro dias (10 a 14 de Aviv), indo ao templo (Beit HaMikdash),
à casa de DEUS; e, embora nada pudessem levantar contra ELE, foi morto e
sepultado, para ressuscitar ao 3º dia (Mateus
21.1,9-12,17,18,23; 24.1,3; 26.1-5; Lucas 23.14,15;
João 19.4-6; Hebreus
7.26,27; 1 Pedro 1.19).
De acordo com a
tradição judaica (Mishnah, San Hendrin 97-98), os quatro dias em que o cordeiro
deveria permanecer ‘oculto’, apontam para a expectação da vinda do Mashiach
4000 anos depois da criação, como parte dos sete milênios do plano redentivo de
DEUS para a humanidade e a Terra, retornando à condição original do Gan Éden,
antes de Adam pecar.
Esses quatro
dias foram cumpridos cabalmente por YEHOSHUA, tanto nos quatro dias que
antecederam Sua morte, quando foi interrogado por toda a classe social,
política e religiosa, não encontrando argumento para acusa-lO de morte (pois o
Cordeiro deveria ser sem ruga, mácula, mancha alguma), como nos quatro dias
proféticos ou milênios em que não Se manifestou à humanidade.
Um dia profético
equivale a 1000 anos (2 Pedro 3.8; Salmo 90.4). Sete dias de criação (provavelmente 7000
anos - Gênesis 1.1,5,8,13,19,23,31; 2.1-3) e sete dias para a redenção do homem e da
Terra.
3.
O cordeiro deveria ser sem mancha ou defeito (Êxodo 12.5)
YEHOSHUA é o Cordeiro de DEUS (João 1.29)
sem manchas, sujeiras ou defeito algum (1 Pedro 1.18-20).
Desde que entrou em Jerusalém (em Sua entrada triunfal, sendo aclamado como
Filho de David, atributo ao Messias de Israel – Mateus
21.1-9), foi examinado, como Cordeiro, por várias entidades, cumprindo
as Escrituras:
- príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo (Mateus
21.23);
- Pilatos (Mateus 27.1,2,11-14,17-26);
- Herodes (Lucas 23.6-12);
- Anás, o sumo sacerdote (Lucas 3.2; João 18.13,24);
- Caifás, o sumo sacerdote (João 11.49-53; 18.13,14,19-24,28);
- Judas Iscariotes (Mateus 27.3-10);
- o centurião (Mateus 27.54);
- o ladrão arrependido (Lucas 23.39-43)
Nenhum deles pôde encontrar algo que O desabonasse para ser o Cordeiro
Perfeito; não encontraram manchas, sujeiras ou algum defeito, pois YHVH só
aceitaria como resgate um sangue absolutamente inocente. E YEHOSHUA foi e é
esse sangue imaculadamente inocente: “Àquele
que não conheceu pecado, ELE (o PAI) O
fez pecado por nós; para que nELE fôssemos feitos justiça de DEUS” (2 Corìntios 5.21)
4.
O cordeiro seria de um ano de idade (Êxodo 11.4-7; 12.5)
O cordeiro de um ano de idade é animal que atingiu a maturidade,
correspondendo a um adulto humano de 30 anos!
JESUS, aos 33 anos, adulto em Sua maturidade (espiritual, intelectual,
emocional, física), declarou aos Seus discípulos que era chegada a hora do
príncipe deste mundo que nada possuía nELE: “Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste
mundo, e nada tem em Mim” (João 14.30).
Lucas afirma que ELE crescia em graça, sabedoria e estatura diante de DEUS
e dos homens (Lucas 1.52), o que significa que
ELE não nasceu pronto, mas desenvolveu-Se como todo ser animal, sem pecar, sem
manchar-Se com a iniquidade. ELE teve que aprender a obediência pelo tanto que
sofreu (“O Qual, nos dias da Sua carne, oferecendo, com grande clamor e
lágrimas, orações e súplicas Ao Que O podia livrar da morte, foi ouvido quanto
ao que temia. Ainda que era Filho,
aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ELE consumado, veio
a ser a causa da eterna salvação para todos os que LHE obedecem; chamado por DEUS Sumo Sacerdote, segundo a
ordem de Melquisedeque” – Hebreus 5.7-10), e obedeceu até a morte de cruz (Filipenses 2.8).
5.
O cordeiro deveria ser macho (Êxodo 12.5)
O pecado entrou na Terra por meio de um homem (Romanos
5.12; 1 Timóteo 2.12-14), o primeiro
homem, Adam, que pecou (ele não foi enganado, mas sim Chavah). Por esta razão,
um Homem deveria morrer para expiar o pecado de toda humanidade, YEHOSHUA
HaMASHIACH:
“se pela ofensa de um só, a morte
reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da
justiça, reinarão em vida por Um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só
ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um
só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores,
assim pela obediência de Um muitos serão feitos justos. Veio, porém, a Lei para
que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para
que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça
para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor” (Romanos 5.17-21)
6.
Seria um cordeiro por família (Êxodo 12.3,4)
A intenção de YHVH é que a experiência de salvação seja de toda a família.
O cordeiro era para a família. A crença no MESSIAS de Israel, o Cordeiro
Pascoal, está disponível a todos (Gênesis 7.1; 18.16-19; Josué 24.15; João 4.46-54; Lucas 19.5-10;
Atos 16.15,31; 18.3,8).
A revelação do Cordeiro na Bíblia foi progressiva: por família (Êxodo 12.3,4); por nação (ovelhas perdidas da casa de
Israel – Mateus 15.24; necessário morrer um por
toda a nação - João 11.49-52); ao final, para o
mundo (João 1.29).
Por centenas de anos a pergunta de Itschaq a Avraham, seu pai, enquanto
subiam o monte Moriah para o sacrifício a ELOHIM, ‘onde está o cordeiro?’ (Gênesis 22.7),
permaneceu sem definição, exceto que ‘YHVH
proveria para Si um Cordeiro para o holocausto’ (Gênesis
22.8). Itschaq manifestar-Se-ía 2000 anos mais tarde, quando Yochanan, o
batista, responderia: ‘Eis aí o Cordeiro de ELOHIM que tira o
pecado do mundo’ (João 1.29), YEHOSHUA HaMASHIACH (Isaías 53.7).
7.
O cordeiro de Pêssach deveria ser morto à tarde (Êxodo 12.6)
Como já vimos, o dia bíblico ocorre de uma viração do dia à outra, ao
entardecer (Gênesis 1.5,8.13,19,23,31). Cada dia
é dividido em dois períodos de 12 horas: o período da noite em torno de 18.00h
até as 6.00h; do dia, das 6.00h às 18.00h. O período a que se refere o texto de
Êxodo 12, tarde, é o período compreendido entre 12h
e 18.00h, exatamente às 15.00h ou à 9ª hora do dia.
O texto original hebraico de Êxodo 12.6,
aponta para o sacrifício do cordeiro como acontecendo ‘entre as duas tardes’ ou literalmente ‘no espaço entre as tardes’ -
בֵּ֥ין הָעַרְבָּֽיִם -
traduzido desta forma na versão da Reina Valera (tradução clássica
espanhola da King James) diz: “Y lo
guardaréis hasta el día catorce de este mes, y lo inmolará toda la congregación
del pueblo de Israel entre las dos
tardes (entre as duas tardes)”.
Como entender ‘no espaço entre as
tardes’ ou ‘entre as duas tardes’-
בֵּ֥ין הָעַרְבָּֽיִם? Como vimos
acima:
- o dia bíblico é dividido entre entardecer (18h às 6h, ou as 12 vigílias
da noite) e manhã (6h às 18h, ou as 12 vigílias da manhã), em dois períodos de
12 horas;
- o período da tarde de um dia é compreendido entre a hora 6ª
(12.00h) e a 12ª hora (18.00h);
- o espaço compreendido entre essas duas metades da tarde, ou
à hora 9ª (15.00h), corresponderia ao ‘בֵּ֥ין הָעַרְבָּֽיִם’ do texto de Êxodo 12.6, revelando-nos a hora exata em que YEHOSHUA
morreu (Mateus 27.45-50).
O Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (João
1.29) foi sacrificado das 9.00h às 15.00h (da hora 3ª à 9ª), no dia 14
de Aviv, em Pêssach; a semente de trigo que caiu na terra para morrer, a
fim de que não ficasse só, mas desse muito fruto (João
12.24) e fruto em abundância (Isaías 53.11).
E a Palavra diz que da hora 6ª (12.00h) à hora 9ª (15.00h) houve trevas
sobre a Terra (Mateus 27.45), o momento em que
DEUS teve que virar as costas para o Filho do homem, pois Este estava todo
pecado, não os dELE, mas os nossos (Isaías 53.10-12);
e são eles que nos fazem ficar longe de DEUS PAI (“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e
os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça” – Isaías 59.2).
“E desde a hora sexta houve trevas
(חֹשֶׁךְ – choshech, σκότος – skotos) sobre toda a Terra, até a
hora nona” (Mateus 27.45)
“E a Terra era sem forma e vazia; e
havia trevas (חֹשֶׁךְ – choshech, σκότος – skotos) sobre a face do abismo; e
o Espírito de DEUS Se movia sobre a face das águas” (Gênesis 1.2).
Quando a Terra foi invadida e controlada por satanás, havia bagunça,
desordem e trevas no meio da Criação de DEUS. Quando DEUS estava na cruz, as
trevas ‘retornaram’, e tudo era sem forma e vazio, porque os olhos do SENHOR
não estavam mais sobre a Terra para cuidar dela, observá-la, guarda-la, por
causa da iniquidade e do pecado. As mesmas palavras no hebraico e grego estão presentes
nos dois textos.
Quando as trevas imperavam na face da Terra:
Ø da primeira vez, uma nova criação estava para vir à luz, sobre quem o fôlego de vida de YHVH seria soprado,
gerando uma alma vivente - נֶ֥פֶשׁ חַיָּֽה – néfesh chayah (Gênesis 2.7), a
obra prima de YAH, criada à Sua imagem e semelhança (Gênesis
1.26,27);
Ø no 2º ato, uma nova criação - בְּרִיאָה חֲדָשָׁה/ b’riyah
chadashah - estava saindo do forno (“se alguém está em CRISTO, nova
criação é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” - 2 Coríntios 5.17),
sobre quem o Espírito de Vida seria
derramado (Shavuot) para que rios da água viva dela fluíssem, tornando-se
espírito vivificante - רוּחַ
מְחַיֶּה / ruach m’chayeh, criada EM YEHOSHUA
HaMASHIACH: “Pois assim está
escrito: O primeiro homem, Adam, foi feito alma vivente (néfesh chayah). O último Adam, porém, é espírito
vivificante (ruach m’chayeh)”
(1 Coríntios
15.45).
Mas, há um terceiro texto que está conectado a esses dois, apontando para a
obra redentora de YHVH ali em Êxodo 12, quando o
povo de Israel saía da terra do Egito, da escravidão de 430 anos.
“O tempo que os filhos de Israel habitaram
no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu que, passados os
quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do SENHOR
(divisões de YHVH) saíram da terra do Egito. Essa foi a noite de YHVH (em que ELE manteve vigília) para tirá-los da terra do Egito; essa é a noite de YHVH, que devem
guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações” (Êxodo 12.40-42)
“E ia entre o campo dos egípcios e o
campo de Israel; e a nuvem era trevas
para aqueles, e para estes clareava a noite; de maneira que em toda a noite não
se aproximou um do outro” (Êxodo 14.20)
Como ‘noite de YHVH’, noite de trevas se, uma vez que SENHOR é
todo luz e nELE não há trevas algumas (1 João 1.5)?
Porque, a noite do SENHOR foi a Sua
crucificação e Sua sepultura, quando as trevas cobriram a face da Terra,
uma vez que o ‘pecado’ parecia imperar e sobrepujar a Justiça de YHVH (o
próprio FILHO) que precisava ser satisfeita. É a descrição do verso seguinte de
Mateus 27 e do Salmo 22. 1a – “E
perto da hora nona exclamou YEHOSHUA (a Salvação) em alta voz, dizendo: ELI, ELI, lamá sabactâni; isto é, DEUS Meu, DEUS
Meu, por que Me desamparaste?” (Mateus 27.46)
A nuvem é a figura do MESSIAS YEHOSHUA: ela foi trevas para uns e luz para
outros. Ainda que YEHOSHUA morreu por todos, nem todos LHE reconhecem o
sacrifício e já estão condenados em sua própria incredulidade (“Quem crê nELE não é condenado; mas quem não
crê já está condenado, porquanto não crê no Nome do Unigênito Filho de DEUS. E
a condenação é esta: Que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas
do que a Luz, porque as suas obras eram más” - João 3.18,19)
Densas trevas estavam sobre o Filho do homem naquela cruz (Sua vigília) em
Suas últimas horas de vida na Terra como Filho Unigênito.
Ao ser
sepultado, YEHOSHUA desceu às trevas do sheol (“Ora, isto ELE subiu que é, senão que também
antes tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também O
mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas” – Efésios 4.9,10), e foi a noite em que ELE manteve
vigília, numa enorme batalha espiritual, para:
ü pregar aos espíritos em prisão, que antes foram
rebeldes (“Porque também CRISTO padeceu
uma vez pelos pecados, o Justo pelos injustos, para levar-nos a DEUS;
mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; nO Qual também
foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes,
quando a longanimidade de DEUS esperava nos dias de Noach, enquanto se
preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água;
que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do
despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência
para com DEUS, pela ressurreição de JESUS CRISTO; O Qual está à destra de DEUS,
tendo subido ao céu, havendo-se-LHE sujeitado os anjos, e as autoridades, e as
potências” - 1 Pedro 3.18-22);
ü e ascender com os Seus resgatados (“Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens” –
Efésios 4.8)
No dia 15 de Aviv, no primeiro dia de Chag HaMatzot (Festa dos Pães Ázimos
ou sem fermento), o povo deixou o Egito, logo após a morte dos primogênitos das
casas onde não havia a ‘cobertura’ do sangue contra o Anjo da Morte, nas casas
que não possuíam o ‘sangue do cordeiro imolado em Pêssach na verga e nas
ombreiras da porta’. Um pouco antes da viração do dia (14 para 15 de Aviv),
YEHOSHUA, morto (o próprio DEUS morto! A morte do Imortal!), foi retirado da
cruz e sepultado às pressas, antes que chegasse o shabat de festa (e não o 7º dia da semana) de 15 de Aviv.
Dos dias 15 a 17, o povo andou sob a nuvem (como uma sepultura). YEHOSHUA,
nesse período, estava na sepultura. No dia 17 de Aviv, os filhos de Israel
atravessaram o Mar Vermelho: quando entraram nele ‘estavam como que mortos’ e,
ao saírem do outro lado, por causa do livramento (salvação - Yeshua) de YHVH,
‘ressuscitaram’ – esta foi HaBikurim, Festa das Primícias. No dia 17 de Aviv,
ao terceiro dia, YEHOSHUA ressuscitou, como Primícias da colheita de vidas (1 Coríntios 15.20,23) e Primogênito dentre os mortos (Colossenses 1.18).
Em 3 de Sivan, o povo chegou ao Sinai, ao local de encontro com seu CRIADOR
e, ao terceiro dia, o SENHOR desceu ao monte declarando a Palavra da
Constituição do Reino ao povo, a Torah, o Verbo, o próprio MESSIAS
pré-encarnado! Isso se deu 50 dias depois da travessia em Iam Suf, em Shavuot
ou Festa das Semanas ou Pentecoste. JESUS ressuscitou ao 3º dia (Chag
HaBikurim), andou com Seus discípulos por 40 dias e pediu que não se
ausentassem de Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (Atos 1.4,8), o que ocorreu, 10 dias depois, ou seja,
50 dias após Sua ressurreição, 50 dias após HaBikurim, exatamente em Shavuot,
repetindo-se a experiência do povo no deserto com a entrega da Torah (Atos 2.1-4).
8.
Todo ajuntamento da congregação de Israel o matará à
tarde (Êxodo 12.6)
Todo ser humano é culpado de matar YEHOSHUA porque ELE morreu pelos pecados
de toda a humanidade: Romanos 3.10,23 – “Não há um justo, nem um sequer... Porque
todos pecaram e destituídos estão da glória de DEUS”.
Nenhum ser humano poderia tomar Sua vida (João
10.17,18), mas ELE a entregou por todos por Sua própria vontade. Por
centenas de anos, Israel e o povo judeu foram erroneamente acusados de ‘matar a
DEUS’, sofrendo horrenda perseguição por isso (teologia da substituição).
Entretanto, cada ser humano matou o ‘Cordeiro’ por seu pecado
“Mas DEUS prova o Seu amor para
conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores... Portanto,
como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também
a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5.8,12)
Toda a Congregação estava envolvida na morte de YEHOSHUA. Os Evangelhos
mostram como o Sinédrio, os sacerdotes, os romanos, o povo de Israel, todos à
uma vociferaram pela crucificação de YEHOSHUA e por Seu sangue para que fosse derramado
(Mateus 27.17,20-22,25; Atos
4.26-28).
9.
O sangue deveria ser aplicado aos umbrais da porta de
cada casa (Êxodo 12.7,13,22)
O que lhes deu o direito de serem livres foi o
sacrifício do cordeiro Pascal. Eles, de
fato, passaram através do sangue na verga e nas ombreiras da porta, ao saírem das
casas (Êxodo 12.22,23). Quando iniciaram sua
viagem pelo deserto, foi-lhes ordenado fazerem sacrifícios e mais sacrifícios. Toda sua existência centrava-se na idéia do
sangue do sacrifício, ainda que não tivessem entendimento pleno disso.
A experiência
da centralidade e importância do sangue
começou a ser incutida no homem com o primeiro sacrifício do cordeiro, lá no Éden,
após a queda do homem, quando YAH proveu a cobertura da nudez de Adam e
Chavah por meio do sacrifício substitutivo de um inocente, em contraposição ao
método pobre que haviam providenciado para si mesmos com folhas de figueira (Gênesis 3.21,7)
Como judeus e
gentios messiânicos, a importância do sangue
do sacrifício é central para nossa existência no mesmo nível que foi para o
povo, liberto do Egito. A diferença é que temos o entendimento do
sacrifício: não uma cega obediência ao sacrifício de animais, mas o
entendimento e recebimento do amor de DEUS tão grande, que foi capaz de
sacrificar Seu Filho por nós. A verdade
do amor sacrificial de DEUS é que nos liberta para sempre (“E conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará” - João 8.32).
Não é coincidência
que YEHOSHUA foi crucificado durante Pêssach. Ele foi planejado e determinado
por YAH com o sacrifício do MESSIAS em mente. Pêssach prepara o cenário para o
grande ato da morte e ressurreição do MESSIAS
YEHOSHUA que veio ao mundo exatamente
para esse propósito (“Agora a Minha alma está perturbada; e que direi EU? PAI, salva-Me desta
hora; mas para isto vim a esta hora.
PAI, glorifica o Teu Nome. Então veio
uma voz do céu que dizia: Já O tenho glorificado, e outra vez O glorificarei” - João
12.27,28). Pêssach e a
Crucificação são o mesmo pré-determinado evento, executados desde a
fundação do mundo (Revelação 13.8).
O sangue do
sacrifício do cordeiro, colocado nos umbrais das portas, aponta para o
sacrifício todo suficiente executado em Jerusalém, na plenitude dos tempos.
Passando pelo sangue do sacrifício do
cordeiro nos umbrais das portas, para a libertação da escravidão do Egito e do
pecado, YAHVEH os levava a tornar-se uma nação, cujo destino final era Jerusalém.
Israel era Sua herança física, mas a capital, Jerusalém,
era Sua herança espiritual, onde o Cordeiro Messias deveria ser imolado
em sacrifício perfeito e pleno, para então ressuscitar.
O cordeiro foi imolado. Nos umbrais das portas, duas formas podem ser
interpretadas:
- (cruz) - o sangue nos
umbrais e na verga das portas (traço
vertical e outro horizontal nos umbrais das portas) formava o sinal da cruz. A porta é uma cruz e a cruz é uma porta. YEHOSHUA declarou ser a
Porta do Seu aprisco, por onde devemos entrar (João
10.9) e através de Quem devemos andar. “Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, e tome
cada dia a sua cruz, e siga-Me” (Lucas 9.23);
- h – sangue em forma de duas
hastes verticais e uma horizontal formam uma cabana, pois Seu sangue é a
cobertura, proteção e garantia de que não seremos destruídos ao entrarmos no
Santo dos santos, onde YHVH habita (Hebreus 10.19-23).
Por Seu sangue temos livre acesso ao tabernáculo celestial, não feito por mãos
(Hebreus 9.24), à Nova Jerusalém que, um dia,
descerá do céu como esposa ataviada (Revelação 21.2);
- h – essa forma também
aponta para o sopro de YHVH sobre o homem segundo Seu coração. Avram foi
chamado por YAH, que lhe fez promessas, esperando que cumprisse Suas
ordenanças, porquanto ELE o estava testando, provando para aprova-lo ao fim de
tudo. E assim foi:
· o SENHOR lhe prometeu
extensas porções territoriais (Gênesis 13.14-18;15.7-21) e o fez peregrinar por ela, pisando-a e
possuindo-a (‘toda lugar que pisar a
planta dos vossos pés, EU vo-lo tenho dado’ – Josué
1.3).
· YAH lhe prometera um
filho saído de seus lombos para herdar as promessas (Gênesis
15.1-6), e Avram aguardou o cumprimento da promessa (embora saísse do
propósito perfeito de YAH, gerando a Ishmael da escrava, antes que da livre – Gênesis 16; Gálatas 4.22-31)
Foi no contexto da plenitude dos tempos para
Avram, quando estava amadurecido para receber e tomar conta do filho da
promessa, que o SENHOR lhe soprou Seu fôlego de vida, dando-lhe o nome de Avraham e instituindo o símbolo
dessa aliança, a circuncisão do prepúcio do órgão genital masculino (Gênesis 17), por onde passa o sêmen para a concepção
de novas vidas, referindo-se às ‘sementes consagradas a YHVH’,
aliançadas por pacto com ELOHEI Israel, símbolo da entrega/consagração do
que se gera e da circuncisão do coração, uma vida entregue a ELE
para Seu uso exclusivo (“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é
exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor
não provém dos homens, mas de DEUS” – Romanos 2.28,29).
Sarai também recebeu o sopro de vida de YAH,
tornando-se Sarah, e apta para gerar em seu útero o Filho da promessa, YEHOSHUA, o
Descendente apontado por Paulo, em Gálatas 3.16 – “Ora, as promessas foram feitas a Avraham e à sua Descendência. Não diz:
E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua
Descendência, que é MASHIACH”.
Precisamos desse h sopro divino para que o Filho seja gerado em nós, só sob Seu sangue (na cabana,
na cruz, no fôlego de Sua vida em nós).
Passamos pela
crucificação de YEHOSHUA do mesmo modo que nossos antepassados passaram pela
porta com sangue. Através da cruz do MESSIAS, DEUS novamente criou um povo para
Si, como ELE havia feito no êxodo. Saímos para a liberdade do pecado e de
satanás, da morte e da destruição.
Todos aqueles que crêem no MESSIAS de Israel são a casa de DEUS (Efésios 2.19; 1 Timóteo 3.15;
Hebreus 3.6).
O único caminho para a presença de DEUS (casa de DEUS) é por meio do sangue
derramado de YEHOSHUA, a Porta (João 10.7-9) e o
Caminho (João
14.6) que, por Seu sangue, tornou possível a entrada à Presença do PAI, à Verdade e Vida absolutas (Hebreus 10.18-23).
10.
O corpo do cordeiro deveria ser comido (Êxodo 12.8-10)
Corpo e sangue do cordeiro apontam para o corpo e sangue de JESUS (Mateus 26.26-28). A carne, alimento físico, deu-lhes o fortalecimento para a viagem de três
dias – tempo em que ‘estariam mortos, no hades, para enfrentar satanás’.
Se não fosse o ‘cordeiro’, não poderiam ter saído do Egito, do ‘hades’, ao 3º
dia (atravessando o Mar para a nova vida).
Em João 6, o SENHOR afirma que quem não comer
de Sua carne e não beber de Seu sangue, não tem vida em si mesmo, não permanece
nELE, como ELE está no PAI e o PAI nELE, não vive dELE, por ELE, porque Seu
sangue e Sua carne são verdadeira bebida e comida, respectivamente (João 6.53-57).
Quando nos alimentamos, os nutrientes do alimento são incorporados a nós
pela digestão e passam a fazer parte de nosso ser. Comer a carne e beber o
sangue de CRISTO tem a ver com permitir que ‘não mais vivamos, mas que ELE viva
em nós’, tem a ver com comer Sua Palavra e permitir que cada nutriente
espiritual dela seja incorporado em nosso eu interior, por meio da ação do
Espírito Santo digerindo-a e transformando-nos à imagem e semelhança do Varão
Perfeito.
a) o cordeiro deveria ser comido
na mesma noite em que fosse sacrificado (Êxodo 12.8) – YEHOSHUA foi crucificado, sofreu e
morreu no mesmo dia (Sua crucificação foi de seis horas – cada hora para cada
milênio em que o homem tem sido ‘dono’ de seus atos e atitudes), de uma vez por
toda, uma única vez (Hebreus 9.26b,28a);
b) o cordeiro deveria ser comido
com pão não levedado (Êxodo 12.8) – o fermento
aponta para pecado (1 Coríntios 5.6-8); a
ausência do mesmo significa ausência de pecado. Somos orientados a viver uma
vida santa, sem fermento, diante de YHVH (Levítico
11.44; 19.2; 1
Pedro 1.14-16), porque os nossos pecados que criam barreiras entre DEUS
e nós;
c) o cordeiro deveria ser comido
com ervas amargas (Êxodo 12.8) – para os
crentes no Messias, as ervas amargas representam duas coisas:
- falam de escravidão e fardos deste mundo (Egito) e as amarguras do pecado
em nós, antes de entrarmos em aliança com YEHOSHUA. Recorda a vida de
escravidão do pecado, de satanás e do mundo;
- apontam para as dificuldades da vida, caminhando com CRISTO, pela
militância da carne contra o Espírito, e pela luta de satanás contra os servos
do DEUS Altíssimo.
Para YEHOSHUA, morrer no madeiro foi uma amarga experiência de separação do
PAI, como nunca vivida por ELE na eternidade da eternidade, ao ponto de suar
sangue (Lucas 22.44), porque havia pago o preço
pelo pecado do homem com Sua vida sem pecado
d) o cordeiro deveria ser assado
em fogo (Êxodo 12.9) – fogo aponta
para julgamento, refinação e purificação. Nossa fé é julgada e provada pelo
fogo, para que possa ser refinada e purificada até manifestar-se como puro ouro
(Zacarias 13.9; Tiago
1.12; 1 Pedro 1.7; Revelação 3.18);
e) o cordeiro não deveria ser
cozido em água (Êxodo 12.9) – o Evangelho de YEHOSHUA não deve ser diluído
ou temperado ou invalidado por nossas tradições e religiosidades, mas o sim
dELE deve ser o nosso sim; Seu não, o nosso não. A Palavra não deve ser mudada
para acomodar-se às nossas necessidades ou desejos, mas nós devemos nos deixar
modelar por ela (Mateus 5.37; Revelação 22.18,19);
f)
cabeça, pés e outras partes do cordeiro deveriam ser comidas (Êxodo 12.9,10) – como Perfeito Alimento,
tudo o que se refere à Palavra deve ser comido e, uma vez digerido, fará parte
de nossa constituição espiritual, porque toda ela é boa para correção, ensino,
repreensão, instrução em justiça (2 Timóteo 3.16).
YEHOSHUA, o Cordeiro de DEUS, o Pão Vivo que desceu do
céu, o Verbo que Se fez carne e habitou entre os homens, é o Perfeito Alimento,
do qual nos alimentamos, para termos:
- cabeça - o mesmo
sentimento (Filipenses 2.5), a mesma
mente (1 Coríntios 2.16) e mesmo
comportamento (Efésios 4.21-23), uma vez
posta Sua Lei em nosso entendimento e escrita em nosso coração (Hebreus 8.10);
- pés - andando
como ELE andou, ou seja, em novidade de vida (Romanos
6.4), por fé e não por vistas (2
Coríntios 5.7), no Espírito para não satisfazer as
concupiscências da carne (Gálatas 5.16), criados
nELE para as boas obras que DEUS preparou-nos (Efésios
2.10), andando em amor como sacrifício vivo a DEUS (Efésios 5.2), como filhos da Luz (Efésios 5.8), se na Luz andarmos (1 João 1.7), caminhando dignamente diante de YHVH, para
LHE agradar em tudo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento
dELE (Colossenses 1.10), ou seja, andando
segundo Seus mandamentos (2 João 1.6), na
verdade (3 João 1.4)
11.
O cordeiro deve ser comido às pressas (Êxodo 12.11)
Os crentes no Mashiach devem deixar rapidamente o Egito, sem olhar para
trás, correndo para a novidade de vida que YEHOSHUA propõe, como fez Zaqueu ao
receber o convite dELE (Lucas 19.5,6)
“Os vossos lombos cingidos, os vossos
sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a
páscoa do SENHOR” (Êxodo 12.11)
a) lombos cingidos – apontam para um coração ardentemente desejoso de servir e obedecer ao
SENHOR prontamente. Lombos cingidos com a verdade da Palavra (Efésios 6.14) dão sustentação para um caminhar firme,
determinado, em fé sobre a Verdade, que conduz à liberdade em CRISTO JESUS (João 8.31,32), que é a Verdade (1 Reis 18.46; 2 Reis 4.29;
Jeremias 1.17; Lucas
12.35; 1 Pedro 1.13);
b) sapatos nos pés – apontam para caminhar com DEUS, calçados na preparação do Evangelho da
paz (Efésios 6.15), pés formosos que anunciam as
boas novas, o bem e fazem ouvir a paz e a salvação (Isaías
52.7; Naum 1.15;
Romanos 10.15);
c) cajado na mão – aponta para a autoridade do crente no Reino de DEUS em Nome de YEHOSHUA (Mateus 28.18-20). Yehudah deu seu cajado, símbolo de
sua autoridade, como penhor a Tamar, e esse cajado e outros utensílios a
pouparam da morte por adultério (Gênesis 38.17,18,24-26).
O cajado na mão de Moshe era o símbolo da autoridade de YHVH em sua vida (Êxodo 14.16). Com seu cajado de pastor (aquele que lhe
dava autoridade para lutar contra leões e ursos), a funda e cinco pedras lisas
(polidas pelo tempo), David foi enfrentar o gigante Golias (1 Samuel 17.40). O cajado, símbolo da autoridade e
unção de YHVH na vida de Elyahu, foi usado para trazer vida (2 Reis 4.29). O cajado do Bom Pastor traz consolo,
direção e segurança (Salmo 23.4). Os discípulos
foram enviados somente com o cajado, na autoridade do Seu Nome (Marcos 6.7,8)
12.
Pêssach deveria ser observado ao pôr do sol (Deuteronômio 16.2,6)
“Então sacrificarás a páscoa ao
SENHOR teu DEUS, das ovelhas e das vacas, no lugar que o SENHOR escolher para
ali fazer habitar o Seu Nome... Senão no lugar que escolher o SENHOR teu DEUS,
para fazer habitar o Seu Nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo determinado da tua
saída do Egito”
Isso foi cabalmente cumprido por YEHOSHUA em Sua crucificação (Mateus 27.45,46)
Pôr do sol – DEUS vinha ao encontro do homem
e ali o achou em pecado - “Então foram abertos os olhos de ambos, e
conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para
si aventais. E ouviram a voz do SENHOR DEUS, que passeava no jardim pela viração
do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR DEUS, entre
as árvores do jardim” (Gênesis 3.7,8)
– ‘no mesmo horário em que o pecado entrara no mundo, deveria sair pelo
sacrifício do 2º Adam’.
13.
Nenhum osso do cordeiro seria quebrado (Êxodo 12.43-46)
Nenhum osso de YEHOSHUA foi quebrado no madeiro (João
19.33).
A estrutura das Escrituras não pode ser rompida
ou corrompida – há ordem e tempo para tudo.
14.
Haveria explicação do culto (Êxodo 12.25-28)
“E naquele mesmo dia farás saber a
teu filho, dizendo: Isto é pelo que o SENHOR me tem feito, quando eu saí do
Egito” (Êxodo 13.8)
YEHOSHUA explicou cada porção de Pêssach, de acordo com o Seu cumprimento
do mesmo a Seus discípulos (Lucas 22.14-20; 1 Coríntios 11.23-26)
15.
Os egípcios foram espoliados no êxodo (Êxodo 12.31-36)
Pagamento pelos anos de trabalho escravo
satanás foi despojado quando YEHOSHUA entrou no inferno, pregou aos
espíritos em cativeiro (1 Pedro 3.18-20) e
ressuscitou triunfantemente (Colossenses 2.15)
16.
Para comer Pêssach deve ser circuncidado (Êxodo 12.48; Josué 5.2-10)
O ato de circuncisão física (sinal de aliança) é figura da circuncisão interna
ou espiritual que YHVH planejou para nós (Romanos
8.28,29). ELE sempre desejou para Seu povo a circuncisão do coração (Deuteronômio 10.12-16; 1
Coríntios 7.18,19; Efésios 2.11-13) –
estar debaixo da cobertura de aliança, aceitando seus termos e condições
17.
Pêssach é santa convocação, e nenhum trabalho deveria ser
feito (Êxodo 12.16)
A salvação não vem por mérito ou esforço pessoal,
mas na crença da obra executado pela TriUnidade (Efésias
2.8-10). Um crente encontra o verdadeiro descanso no cessar de
suas próprias atividades na obra consumada de YEHOSHUA na cruz do calvário,
ELE, que é o Cordeiro pascal de DEUS (João 17.1-4;
19.30; Hebreus 4.1-10)
18.
O Cordeiro pascal deveria ser morto fora dos portões da
cidade (Levítico 24.14)
Animais sacrificados eram retirados para fora do
arraial como sinal da remoção do pecado do meio do povo, pois a blasfêmia não
poderia permanecer no arraial.
YEHOSHUA foi morto fora dos muros de Jerusalém, num lugar chamado Gólgota (João 19.16-19; Hebreus
13.10-13)
19.
Há poder curador no cordeiro (Êxodo 15.26)
YEHOSHUA é Aquele que cura, enviado da parte de DEUS (Salmo 105.36-38; Isaías 53.1-5;
1 Pedro 2.24; 1
Coríntios 11.26-30)
20.
O Êxodo aconteceu sobre as asas de águia (Êxodo 19.4)
“Vós tendes visto o que fiz aos
egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim” (Êxodo 19.4)
“Porque a porção do SENHOR é o Seu
povo; Jacó é a parte da Sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num ermo
solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do Seu
olho. Como a águia desperta a sua
ninhada, move-se sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva
sobre as suas asas, assim só o SENHOR o guiou; e não havia com ELE deus
estranho. ELE o fez cavalgar sobre as alturas da terra, e comer os frutos do
campo, e o fez chupar mel da rocha e azeite da dura pederneira” (Deuteronômio
32.9-13)
“E a mulher (Israel e Igreja) fugiu
para o deserto, onde já tinha lugar preparado por DEUS, para que ali fosse
alimentada durante mil duzentos e sessenta dias... E foram dadas à mulher duas
asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é
sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da
serpente” (Revelação
12.6,14).
Quando o tempo é chegado para que aprendam a voar, os filhotes de águia são
tomados pela mãe águia, uma a um, sobre suas asas, para leva-los a um ‘passeio’,
lançando-os do alto. Pela necessidade, desespero e instinto, começam a bater
asas, aprendendo a voar. Geralmente, os filhotes não conseguem voar em sua
primeira ‘queda’, despencando para o solo. É quando a mãe faz um vôo rasante
para resgata-los, levando-os de volta ao ninho. A operação é repetida, até que
os filhotes voem espontaneamente, sendo para isso, incessantemente colocados
nessas situações de risco e estresse, porque a ‘maturidade’ é necessária para
sua sobrevivência; e aprender a voar é sinônimo de maturidade!
O vôo nas asas da mãe águia não é um vôo panorâmico, mas de maturidade
imposta. O mesmo fez YHVH com o povo de Israel, retirando-o do cativeiro e da
escravidão com Suas asas. Mas, como toda liberdade exige responsabilidade, o
povo precisava amadurecer para não tornar a liberdade uma arma contra si. Seu
tempo de 40 anos de/no deserto foi para esse aprendizado, quando foram
carregados nas asas de YHVH, para que aprendessem a voar, quando entrassem na
terra prometida, dali a pouco tempo (Deuteronômio
32.9-13), em que YAH sacudiria Suas asas para que os filhotes
aprendessem a voar – conquistar a terra, extrair dela seu próprio sustento,
habitar na terra, multiplicando-se, servindo e adorando seu SENHOR. Ali teriam
que amadurecer, porque era o tempo de deixar o ninho, de deixar a meninice
(estar sobre as asas da águia mãe), as comodidades do deserto, o tempo de
progredir espiritualmente na dependência de YHVH, não mais como EL SHADAI (DEUS
que amamenta), mas como ADONAI EL ELYON, SENHOR DEUS Todo Poderoso.
A chegada à terra prometida traria consigo grandes mudanças:
a) a provisão especial do deserto
cessaria (Êxodo 16.35; Josué 5.12) – não mais receberiam maná diário, mas
teriam que semear a terra para colher de seu fruto (ainda que as bênçãos das
chuvas temporãs e serôdias e da multiplicação da semeadura pertençam a YAH). No
começo de nossa jornada cristã, somos galardoados com as provisões celestiais,
ouvindo a DEUS de uma forma simples e direta. Chega o dia em que temos que
‘garimpar’ Sua Palavra para nos aprofundarmos no relacionamento com ELE, para
que ELE Se torne para nós, não ‘somente’ o Provedor, mas ‘O SENHOR’, nosso Dono
e de Quem dependemos absolutamente;
b) a coluna de fogo e a nuvem, manifestações claras, visíveis da presença divina, deixariam de guia-los (Êxodo 13.21,22; Josué 3.1-4), para dar lugar à fé em Suas promessas.
No princípio da caminhada com CRISTO, podemos ter experiências arrebatadoras,
com a manifestação de Seu poder de modo tão visível e sólido, necessárias para
aquela fase da caminhada (do aprender a crer). Mas, chega a época em que as
manifestações acabam, o silêncio vem e parece que ELE Se esqueceu de nós ou que
não nos ouve (o lançamento do filhote das asas da mãe), numa confusão de
sentimentos de abandono, rejeição, culpa misturados. No momento do desespero, a
fé (asas batendo) deve operar o milagre do alçar asas e voar sobre Suas
promessas (gerais e específicas). Somos guiados não por vista, mas por Sua
Palavra, em fé;
c) a proteção contínua, impedindo o confronto com os inimigos ou a vitória sobre eles (Êxodo 13.17,18,8-13), não mais aconteceria, dando lugar à batalha pela conquista. O
SENHOR os conduziu pelo deserto, fazendo-os desviar do território de seus
inimigos, para impedir o confronto. Agora, teriam de lutar para conquistar a
terra que ELE lhes prometera. Teriam que agir em fé e santidade, obedecendo passo
a passo as estratégias divinas para vencer as batalhas de Jericó, Ai, Chevron e
tantas outras. Na vida com o SENHOR, a batalha espiritual é uma realidade
palpável (Efésios 6.10-13) em que temos que nos posicionar em fé e santidade,
armando-nos com as armas que ELE nos disponibiliza, a fim de permanecermos
inabaláveis na carreira a nós proposta por YHVH.
Somos poupados até a maturidade requerida para entrarmos em batalha, como
foi com Israel, a fim de recebermos as promessas de YAH para nós, quando
devemos bater asas e voar rumo à conquista
da terra prometida!
21.
Eles (Moisés e os filhos de Israel) cantaram um cântico
de regozijo ao SENHOR (Êxodo 15.1-21)
Celebraram porque tinham visto a ‘Salvação
de YHVH’ (Yeshuat YHVH), porque
viram S(s)eu MESSIAS livrando-os com mão forte e braço estendido, das garras de
faraó e seus exércitos.
“...Moisés, porém, disse ao povo: Não
temais; estai quietos, e vede et-YESHUAT YHVH***
(אֶת־יְשׁוּעַ֣ת
יְהוָ֔ה - o
livramento do SENHOR), que hoje vos fará; porque aos egípcios, que
hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR lacham** (לָּחַ֣ם - pelejará - conquistará, fará guerra
por causa de vocês, submeterá o inimigo por sua causa; os usará como alimento e
os comerá) por vós, e vós vos calareis.
Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a Mim? Dize aos filhos de
Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o
mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em seco. E
eis que endurecerei o coração dos egípcios, e estes entrarão atrás deles; e eu
serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus
cavaleiros, e os egípcios saberão que EU Sou o SENHOR, quando for
glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavaleiros. E o anjo de DEUS,
que ia diante do exército de Israel, Se retirou, e ia atrás deles; também a Coluna
de Nuvem se retirou de diante deles, e Se pôs atrás deles. E ia entre o campo
dos egípcios e o campo de Israel; e a Nuvem era trevas para aqueles, e para estes clareava a noite; de maneira
que em toda a noite não se aproximou um do outro... E os filhos de Israel
entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita
e à sua esquerda... E aconteceu que, na vigília daquela manhã, o SENHOR, na coluna do fogo e da nuvem,
viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios. E tirou-lhes as
rodas dos seus carros, e dificultosamente os governavam. Então disseram os
egípcios: Fujamos da face de Israel,
porque o SENHOR por eles peleja contra
os egípcios... e o SENHOR derrubou os egípcios no meio do mar... Mas os
filhos de Israel foram pelo meio do mar seco; e as águas foram-lhes como muro à
sua mão direita e à sua esquerda. Assim o SENHOR salvou Israel naquele dia da
mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. E viu Israel
a grande mão que o SENHOR mostrara aos egípcios; e temeu o povo ao SENHOR, e creu no SENHOR e em Moisés, Seu servo”
(Êxodo 14)
** lacham (לָּחַ֣ם - pelejará - conquistará,
fará guerra por causa de vocês, submeterá o inimigo por sua causa; os usará
como alimento e os comerá) - “E Josué, filho de Num, e Calebe filho de
Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. E falaram a toda a
congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar
é terra muito boa. Se o SENHOR se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e
no-la dará; terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes
contra o SENHOR, e não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão
(לֶחֶם); retirou-se deles o seu amparo, e o SENHOR
é conosco; não os temais” (Números 14.6-9).
No hebraico, lacham (לָּחַ֣ם) de ‘pelejar, batalhar, usar
como alimento e comer’, tem a mesma raiz da palavra lechem (לֶחֶם), cujo significado é ‘pão’.
Quando Calev, um dos espias, deu seu relatório sobre a terra prometida ao
povo de Israel, referiu-se aos inimigos de YHVH, gigantes ou não, como ‘pães a
serem comidos’ (lechem lacham), porquanto o SENHOR pelejaria (lacham)
por eles, os entregaria em suas mãos.
*** et-YESHUAT
YHVH (אֶת־יְשׁוּעַ֣ת
יְהוָ֔ה - o
livramento do SENHOR) - O cordeiro
substituto (pelos primogênitos de Israel e por todos os estrangeiros que com
eles estivessem) foi imolado na tarde do dia 14 de Aviv e, à noite daquele
mesmo dia, já no dia 15 de Aviv, após a morte dos primogênitos, saíram do
Egito, não de mãos vazias, mas com ‘o salário do seu árduo trabalho durante os
anos de escravidão’. Nessa caminhada de três dias, chegaram às margens de Iam
Suf (Mar Vermelho) no dia 17 de Aviv. Quando faraó viu que o povo estava
‘encurralado’, não entendeu que aquilo era a mão de DEUS, pois ELE mesmo os
conduziu àquele lugar. ELE os levou lá para que, mais uma vez, testemunhassem o
livramento do SENHOR, e para que faraó fosse testado uma última vez, embora
mais uma vez reprovado, para que o SENHOR fosse glorificado nele e em seus
exércitos diante do povo de Israel.
Com a iminente ameaça, o povo
ficou amedrontado e começou a murmurar. Mas Moshe levantou-se e disse: “Não temais; estai quietos, e vede o livramento do SENHOR (יְשׁוּעַ֣ת יְהוָ֔ה - Y’SHUAT YHVH), uma clara alusão à Pessoa e obra de YESHUA (YEHOSHUA), o Filho de David, Filho de DEUS, o Salvador do mundo, a
Esperança de Israel (Mateus 1.21).
O mar foi dividido (figura do
batistmo nas águas de um que foi salvo pelo sangue do Cordeiro JESUS – 1 Coríntios 10.1,2) e eles passaram a pé enxuto,
enquanto faraó e seus exércitos foram engolidos pelas águas do Mar Vermelho (Êxodo 14.26-28; 15.4,19).
A mão direita do SENHOR destruiu os egípcios – “A Tua destra, ó SENHOR, se tem glorificado em poder, a Tua destra, ó SENHOR,
tem despedaçado o inimigo... Estendeste a Tua mão direita; a terra os tragou”
(Êxodo 15.6,12).
A mão direita do SENHOR ou Sua
destra aponta para o MESSIAS YEHOSHUA, como visto em alguns textos:
“Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os
salvou, mas a Tua destra e o Teu braço,
e a luz da Tua face, porquanto Te agradaste deles. TU és o meu REI, ó DEUS; ordena salvações para Jacó”
(Salmo 44.3,4);
“Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo
como Renovo perante ELE, e como Raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem
formosura e, olhando nós para ELE, não havia boa aparência nELE, para que O
desejássemos. Era desprezado, e O mais rejeitado entre os homens, Homem de
dores, e experimentado nos trabalhos; e, como Um de quem os homens escondiam o
rosto, era desprezado, e não fizemos dELE caso algum. Verdadeiramente ELE tomou
sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós O
reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido. Mas ELE foi ferido por
causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ELE, e pelas Suas pisaduras fomos
sarados” (Isaías
53.1-5)
“DEUS ressuscitou a Este JESUS, do que todos nós somos testemunhas. De
sorte que, exaltado pela destra de DEUS, e tendo recebido do PAI a promessa do
Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque David não
subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o SENHOR ao meu SENHOR: Assenta-Te à
Minha direita, até que ponha os Teus
inimigos por escabelo de Teus pés” (Atos 2.32-35)
22.
Israel é o primogênito de YHVH (Êxodo 4.22,23)
Todos aqueles que recebem a JESUS como
seu SENHOR e Salvador tornam-se os primogênitos de YHVH, da mesma forma que
YEHOSHUA é o Primogênito do PAI – porque estão inseridos, enxertados nELE, o
Renovo de Israel.
“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ELE seja O Primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.29)
“O Qual é imagem do DEUS invisível, o
Primogênito de toda a criação;
porque nELE foram criadas todas as coisas que há nos céus e na Terra, visíveis
e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ELE e para ELE. E ELE é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por ELE. E ELE é a Cabeça do Corpo, da
igreja; é o Princípio e o Primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha
a preeminência” (Colossenses 1.15-18)
“Mas chegastes ao monte Sião, e à
cidade do DEUS Vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à
universal assembléia e igreja dos
primogênitos, que estão inscritos
nos céus, e a DEUS, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos
aperfeiçoados; e a YEHOSHUA, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da
aspersão, que fala melhor do que o de Abel” (Hebreus 12.22-24)
Como YEHOSHUA
cumpriu Pêssach?
Pêssach foi minuciosamente planejada
pelo Arquiteto e Edificador (Hebreus 11.10) com
base na realidade espiritual do sacrifício do Cordeiro Pascal, morto desde a fundação do mundo (Revelação 13.8). Esse foi um evento ‘sombra’, ‘ensaio’
do que haveria de ocorrer 1500 anos depois, quando Yochanan, o batista,
identificou e respondeu o questionamento de Itschaq (“Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a
lenha, mas onde está o cordeiro para o
holocausto?” – Gênesis 22.7) que pairou nas atmosferas celestial e
terrenal por 2000 anos, 4000 anos após a queda do homem e a Palavra profética
de YAH, declarando que a ‘Semente da mulher esmagaria a cabeça de satanás’ (Gênesis 3.15).
Aquele que tipificou Eliyahu (Malaquias 3.1), preparando o caminho do MESSIAS (Marcos 1.1-3), proclamou: ‘Eis aqui SEH HaELOHIM, que tira o pecado do mundo’ (João 1.29).
“E, subindo JESUS a Jerusalém,
chamou de parte os Seus doze discípulos, e no caminho disse-lhes: ‘Eis que
vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos
sacerdotes, e aos escribas, e condená-lO-ão à morte. E O entregarão aos gentios
para que dELE escarneçam, e O açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia
ressuscitará’ (Mateus 20.17-19) E, quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte
das Oliveiras, enviou, então, JESUS dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia
que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um
jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma
coisa, direis que o SENHOR os há de mister; e logo os enviará. Ora, tudo isto
aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta (Zacarias 9.9),
que diz: Dizei à filha de Sião: ‘Eis que o teu REI aí te vem, Manso, e
assentado sobre uma jumenta, E sobre um jumentinho, filho de animal de carga’.
E, indo os discípulos, e fazendo como JESUS lhes ordenara, trouxeram a jumenta
e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em
cima. E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros
cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho. E a multidão que ia
adiante, e a que seguia, clamava, dizendo: ‘Hosana ao Filho de David; bendito O Que vem em Nome do SSENHOR.
Hosana nas alturas!’ E, entrando ELE
em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é Este? E a multidão
dizia: ‘Este é JESUS, o profeta de Nazaré da Galiléia’” (Mateus 21.1-11)
“E, dito isto, ia caminhando adiante,
subindo para Jerusalém... E, quando já chegava perto da descida do Monte
das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar
louvores a DEUS em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto... E
disseram-LHE de entre a multidão alguns dos fariseus: ‘Mestre, repreende os Teus
discípulos’. E, respondendo ELE, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem,
as próprias pedras clamarão. E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
sobre ela, dizendo: ‘Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia,
o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque
dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te
sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus
filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois
que não conheceste o tempo da tua visitação. E, entrando no templo, começou a
expulsar todos os que nele vendiam e compravam, dizendo-lhes: ‘Está escrito: A Minha
casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores’” (Lucas 19.28-46)
A liturgia de Hoshana Rabah (último dia
de Sukot) declara que o MESSIAS virá sobre o Monte das Oliveiras e chorará
sobre a cidade.
Na semana de Sua morte, YEHOSHUA ascendeu
a Jerusalém, montado em um burrinho, cumprindo a Palavra do SENHOR em Zacarias 9.9 (“Alegra-te muito, ó filha de
Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu REI virá a ti, justo e salvo,
pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta”), enquanto era
aclamado REI pelos peregrinos que entoavam o Hallel (Salmos
113 a 118) à medida que se aproximavam da cidade, para as celebrações de
Pêssach. Introduziram a YEHOSHUA na cidade do Grande REI com ovações e louvores
concedidos a reis, reconhecendo-O como o Filho de David, o MESSIAS de Israel
que havia de vir para assentar-Se no trono de Seu pai e restaurar o reino a
Israel (Atos 1.6), porque reconheceram-nO como a
Esperança de Israel (Jeremias 17.13,14 –
“Ó SENHOR, Esperança
de Israel, todos aqueles que Te deixam serão envergonhados; os que se apartam
de mim serão escritos sobre a terra; porque abandonam o SENHOR, a fonte das
águas vivas. Cura-me, SENHOR, e sararei; salva-me, e serei salvo; porque TU és
o meu louvor”),
clamando a ELE por salvação (‘Hoshiah na’):
“E levaram o jumentinho a Jesus,
e lançaram sobre ELE as suas vestes, e assentou-Se sobre ele. E muitos
estendiam as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos das árvores (cerimônia em Sukot ordena que sejam tomados ramos de determinadas árvores
e movidos diante do SENHOR, como oferta de adoração), e os espalhavam pelo caminho. E aqueles que iam adiante, e os que
seguiam, clamavam, dizendo: Hosana,
bendito O Que vem em Nome do SENHOR (Baruch
Haba b’SHEM YHVH); Bendito o reino do nosso pai David (conectando YEHOSHUA com o pai David,
aquele que tipificou o Messias e de quem ‘Um Descendente’ é aguardado para restaurar
o reino a Israel e salvar Seu povo das garras de seus inimigos), que
vem em Nome do SENHOR. Hosana
nas alturas. E JESUS entrou em Jerusalém, no templo...” (Marcos 11.7-11a)
A palavra grega hosana significa ‘salva’, ‘ser
propício’. No hebraico, hoshiah na, significa um clamor por
salvação, ‘salva-nos’.
Toda a descrição da entrada triunfal do
SENHOR JESUS a Jerusalém descreve a cerimônia do último e grande dia da festa de
Sukot, Hoshana Rabah, ou ‘Grande Salvação’. E Sukot aponta
para os dias do Reino Milenar.
Nesse dia de Hoshana Rabah, a cerimônia atingia o seu clímax no templo, pois os rituais dos dias anteriores de Sukot eram
repetidos sete vezes, uma vez que chuvas para o ano vindouro e o fervor messiânico eram os
desejos de todos (Salmo 118). Não só os
sacerdotes circundavam o altar, mas o povo o fazia também e por sete vezes, cantando o Salmo
118.25,26. A libação de água apontava para o derramar
copioso do Espírito de graça e súplicas
anunciado por Zacarias, sobre a casa de David e os habitantes de Jerusalém e
como reconheceriam Àquele a Quem traspassariam, pranteando pela injustiça
cometida contra o Unigênito rejeitado, e amargamente chorando pelo desprezo ao
Primogênito, Salvador e SENHOR (Zacarias 12.10).
Ao som dos levitas cantando os Salmos de Hallel, a congregação balançava suas
folhas de palmeiras, voltada para o altar, cantando com os levitas:
“Ana HaSHEM, hoshiah na; ana HaSHEM, chats’lichah na”.
“Clamamos a Ti, agora, oh YAHVEH,
salva-nos; clamamos a Ti, agora, oh YAHVEH, prospera-nos” (Salmo 118. 25).
“Baruch Habah b’SHEM ADONAI/YAHVEH; berach’nuchem miBeit HaSHEM/YAHVEH”
“Bendito Aquele que
vem em nome de YAHVEH; nós vos bendizemos desde a casa do YAHVEH” (v. 26)
Da mesma forma que esse clamor e aclamação saíram dos lábios dos peregrinos
na entrada triunfal de YEHOSHUA a Yerushalaim (João 12.
13), esta cena se repetirá quando todos os santos, vitoriosos porque ELE
venceu, estiverem reunidos na sala do trono celestial, celebrando o Cordeiro
que foi morto e que vive, aclamando: “Depois destas coisas olhei, e eis
aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro,
trajando vestes brancas e com palmas nas Suas mãos; e clamavam com grande
voz, dizendo: Salvação ao nosso DEUS, que está assentado no trono, e ao
Cordeiro” (Revelação 7. 9,10).
O SENHOR YEHOSHUA já havia sido reconhecido e aprovado pelo PAI no Monte da
Transfiguração, pouco antes de Seu martírio (Mateus
17.5). Havia sido aclamado pelo povo como o MESSIAS – o Cordeiro estava
limpo, sem mancha, ruga ou defeito algum e totalmente preparado para ser REI
(assim foi aclamado) e MESSIAS, o Libertador, o Salvador. Depois, foi examinado
pelos principais dos sacerdotes, sumos sacerdotes (Anás e Caifás), políticos
(Herodes e Pilatos) e nada puderam encontrar nELE que O desabonasse como
Cordeiro perfeito!
Tudo isso, desde o dia 10 de Aviv ao dia 14, dia em que o sumo sacerdote, à
3ª hora (9.00h), ascendia com o cordeiro ao altar de sacrifício, atando-o ao
mesmo. YEHOSHUA, à hora 3ª, foi atado ao madeiro no monte Moriah (Marcos 15.25).
À hora do sacrifício da tarde (15.00h) para Pêssach, à hora 9ª (Êxodo 12.6), o sumo sacerdote cortava a garganta do
cordeiro com um cutelo, dizendo: ‘está
consumado’, ao se entregar oferta pacífica a YHVH. À hora 9ª (Mateus 27.45,46,50), YEHOSHUA declarou: ‘Tetelestai’
– ‘Está
consumado’, e entregou Seu Espírito (João 19.30).
Em Êxodo 12.8,9, diz-se que o cordeiro
deveria ser tostado antes do pôr do sol. De acordo com o tratado de Pêssach na Mishnah (repetição – texto do judaísmo rabínico, extraído do TaNaCH, depois
dos dias de YEHOSHUA), o cordeiro era assado numa vara de romã em posição
vertical – símbolo do madeiro que dependuraria o meu SENHOR YEHOSHUA, assado ao
sol das 9.00 às 12.00h (quando houve trevas) de uma 4ª feira primaveril, em
Jerusalém. As entranhas do cordeiro deveriam ser removidas e colocadas sobre
sua cabeça, referindo-se ao cordeiro como ‘sacrifício
coroado’. YEHOSHUA tinha sobre Sua cabeça a ‘coroa de espinhos’** (Salmo 22.13-18)
Toda a congregação de Israel deveria apresentar-se como um só povo para
celebrar Pêssach, Shavuot e Sukot no local em que YAH poria Seu Nome para ser
lembrado (celebrado, glorificado, santificado) (Deuteronômio
16.16). E toda Israel estava congregada para ver YEHOSHUA, SEH HaELOHIM,
ser sacrificado na árvore (Matus 27.1-26).
Nas primeiras horas de 15 de Aviv (viração do dia 14 para 15), YHVH ordenou
que o povo comesse o cordeiro com pão levedado (matzah) e ervas amargas (maror),
lombos cingidos, pés calçados, cajado na mão, porque, naquela noite, deveriam
partir do Egito. Tão somente recebemos a YEHOSHUA em nossos corações, deixamos
para trás o Egito, que representa o pecado, a idolatria deste mundo tenebroso.
** coroa de espinhos:
“E vestiram-nO de púrpura, e tecendo
uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lO,
dizendo: Salve, Rei dos Judeus! E feriram-nO na cabeça com uma cana, e
cuspiram nELE e, postos de joelhos, O adoraram. E, havendo-O escarnecido...”
(Marcos 15.17-20a)
Por horas, YEHOSHUA foi torturado ao estilo romano (braço de ferro):
vendado, foi açoitado com chicote de nove faixas de couro com fragmentos de metal
para lacerar, rasgar e arrancar pedaços de Sua carne, espancado, atingido em
Seu rosto e cabeça, a imagem do horror e da feiura de nosso pecado esculpido
em Sua face – “Como pasmaram muitos à
vista dELE, pois o Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro
qualquer, e a Sua aparência mais do que a dos outros filhos dos homens” (Isaías 52.14)
– tal era Seu aspecto, que nem parecia um homem!
E, como último ato de humilhação contra o MESSIAS e REI, os soldados
romanos teceram-LHE uma coroa de espinhos (da espécie Ziziphus zizyphus,
um arbusto denominado ‘jujuba’, com fruto ‘doce’) cravada em
Sua cabeça – ELE que é a Cabeça do Corpo, foi ferido em Sua autoridade, em Sua
liderança, em Sua dignidade real.
Maria, ao derramar nardo puro sobre a cabeça e os pés de YEHOSHUA, o fez em
preparo à Sua sepultura (Marcos 14.3-8; Joao 12.3-8). Quando aqueles espinhos de ‘ferro’ penetraram
em Sua fronte, o nardo exalou até Suas narinas e o doce perfume da unção pairou
sobre ELE e fluiu dELE, relembrando-O de que Seu sofrimento não seria em vão
mas produziria muitíssimo fruto.
Uma vez que a obra do Calvário foi realizada
desde a fundação do mundo (Revelação 13.8), por
causa da queda, a terra foi amaldiçoada por YHVH a produzir cardos e espinhos (Gênesis 3.18), os mesmos que provocaram dor e
ferimento à Cabeça e autoridade do Filho do homem, YEHOSHUA através da coroa de
espinhos, símbolo da maldição que ELE levou sobre Si na cruz. Não houve parte
da humanidade e de sua ruína que ELE não tenha experimentado e carregado
conSigo, matando cada porção da iniquidade na Sua morte.
O objeto de maldição, símbolo do pecado do homem que terminou por
amaldiçoar a terra, foi posto em Sua cabeça para que fôssemos resgatados da
maldição da Lei pelo Único que poderia realizar tamanho feito: “O MASHIACH nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-Se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado no madeiro” (Gálatas 3.13).
Todos os ‘filhos da promessa de YHVH’ foram zombados, escarnecidos
(Itschaq, Yosef, David, YEHOSHUA, Shaul...), porque é isso que satanás sabe
fazer, escarnecer dos Seus escolhidos.
O propósito primeiro da coroa,
símbolo de realeza e majestade, além de LHE causar dor e sangramento intensos, porque os espinhos eram como espetos de ferro (“Ainda que a minha casa não seja tal para com Deus, contudo estabeleceu
comigo uma aliança eterna, que em tudo será bem ordenado e guardado, pois toda
a minha salvação e todo o meu prazer está nele, apesar de que ainda não o faz
brotar. Porém os filhos de Belial todos
serão como os espinhos que se lançam fora, porque não podem ser tocados com
a mão. Mas qualquer que os tocar se armará de ferro e da haste de uma lança;
e a fogo serão totalmente queimados no mesmo lugar” - 2 Samuel 23.5-7), que penetravam
em seu couro cabeludo e, pelo espancamento, foram cravados em Sua
cabeça, como os pregos, foi de zombaria
e paralisação de Sua autoridade, pois o REI dos judeus, em vez de receber
uma coroa de ouro, de triunfo e glória, recebia uma coroa tecida com a maldição
com que a terra fora amaldiçoada, após o pecado de Adam (“E a Adam disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste
da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por
causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos
também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o
teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e
em pó te tornarás” - Gênesis 3.17-19).
Embora a coroa LHE tenha produzido dor e degradação física (em altíssimo
grau) e moral, quando Sua dignidade real mais uma vez era roubada pelo filho de
belial (2 Samuel 23.6) – e todos nascemos como
filhos de belial, desde o pecado de Adam – na verdade, a coroa foi um excelente
símbolo de Quem YEHOSHUA é e o que ELE veio cumprir. Embora quiséssemos LHE
imputar vergonha, desprezo, humilhação e escárnio, o resultado foi Sua coroação
no céu como REI sobre todos e tudo!
Para nós, cristãos, a coroa nos recorda duas coisas:
- 1º, JESUS foi e é REI e, um dia, todo o universo se prostrará diante
dELE, reconhecendo-O como REI dos reis e SENHOR dos senhores (Revelação 19.16). A zombaria romana revelou Seu
caráter de Servo Sofredor, a Ovelha calada indo ao matadouro de Isaías 53, bem como o de MESSIAS-REI conquistador das
nações por causa de Seu sangue, uma vez que, obedecendo até a morte de cruz,
obediência esta que teve de ser aprendida pelo tanto que sofreu, ‘conquistou’,
como Homem, a aprovação do PAI, reconquistou a humanidade para seu verdadeiro
Dono e Criador, abrindo o caminho de seu (humanidade) regresso ao PAI... por
causa de Seu sangue, reiterando Seu direito sobre Sua criação pela redenção
promovida por ELE;
- 2º, JESUS suportou a humilhação, a dor, a vergonha, os insultos tudo por
nossa causa. ‘Viu o fruto do Seu penoso
trabalho e ficou satisfeito, porque Sua obra não foi em vão’ (Isaías 53.11) – você, eu e multidões estamos aqui para
declarar que ‘o Calvário não foi em vão’!!!
O PAI o declarou, ao coroá-lO com glória
e honra e assentá-lO à Sua destra, a destra de Justiça (Hebreus 2.9).
YEHOSHUA celebrou Pêssach
Há 15 passos no Seder (Ordem) shel (de) Pêssach.
À medida que percorremos esses 15 passos, entendemos o contexto da última
ceia e as ordenanças que YEHOSHUA nos deixou de celebrarmos a ceia do SENHOR.
A refeição é celebrada em uma mesa de ordem. Seder significa ordem. A mesa de Seder é uma prestação de contas ordenada, por meio de ler-se e comer, falando do que DEUS fez naquele tempo. Durante a refeição, muitas famílias se guiam por um livro chamado Hagadah (‘a narração’ ou ‘o conto’) e vem de Êxodo 13.8 – “E naquele mesmo dia farás saber a teu filho, dizendo: ‘Isto é pelo que o SENHOR me tem feito, quando eu saí do Egito’”. Basicamente é a narrativa sincera, clara, objetiva dos feitos de DEUS ao libertar Seu povo de Israel da escravidão do Egito, intercalada por salmos e outras passagens bíblicas que se referem à salvação de DEUS (Yeshuat YHVH) e à vinda do MESSIAS.
Seder shel Pessach (ordem da refeição de Pessach)
Há
quatro cálices de vinho a serem bebidos durante a celebração, cálices de
promessas e o 5º para Elyahu
Porque o SENHOR ouviu o clamor de Seu povo no Egito, lembrou-Se de Sua promessa a Avraham, viu os filhos de Israel e atentou para sua condição de escravidão
(Êxodo 2. 24,25),
fez quatro promessas a Moshe (Êxodo 6. 6-8 – ‘Portanto dize aos filhos de Israel: EU Sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas dos
egípcios, e vos livrarei da
servidão, e vos resgatarei com braço
estendido e com grandes juízos. E EU vos
tomarei por Meu povo, e serei
vosso DEUS; e sabereis que EU Sou o SENHOR ELOHEICHEM, que vos tiro de debaixo
das cargas dos egípcios; e EU vos
levarei à terra, acerca da qual levantei Minha mão, jurando que a daria a
Abraham, a Itschaq e a Yaacov, e vo-la darei por herança, EU o SENHOR.’). Em memória às quatro promessas,
tomamos quatro cálices do fruto da vide, pois aos escravos em liberdade
deveriam ser dadas ‘taças de vinho da liberdade’.
a)
EU
vos tirarei – Cálice da Santificação (Kidush) no início do seder. Lucas 22. 17:
“E,
tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós”
b)
EU
vos livrarei – Cálice da Narração, do Louvor,
Ações de Graça e da Libertação – tomado depois de cantar a 1ª parte de
Hallel (Salmos
113, 114), na conclusão do
relato da história. “CRISTO nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se
maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no
madeiro” (Gálatas 3.13).
ELE morreu não só pelos nossos pecados, mas foi para
o madeiro para quebrar e arrancar cada maldição em nós;
c)
EU
vos resgatarei – Cálice de Bênção e Redenção –
tomado após a refeição. Esse é o cálice da ceia do SENHOR, no qual YEHOSHUA
identifica Seu sangue ofertado para a Nova Aliança (Mateus 26. 27,28; Marcos 14. 23; Lucas 22. 20
– ‘Semelhantemente,
tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no Meu
sangue, que é derramado por vós’; 1 Coríntios 10. 16 – ‘Porventura o
cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão
que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?’)
“Sabendo que não
foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa
vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o
precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1.18,19) – fomos remidos. Remir quer dizer ‘ser
visto’ – pelo sangue de YEHOSHUA somos perdoados e novamente ‘somos vistos’ como filhos das promessas
e das alianças de YHVH.
d) EU
vos tomarei por Meu povo – Cálice da Finalização
(conclusão, perfeição), tomado ao final do seder. ‘E EU vos tomarei
por Meu povo, e serei vosso DEUS; e
sabereis que EU Sou o SENHOR ELOHEICHEM’.
Aponta para a obra completa de YEHOSHUA na cruz do calvário, pois, sabendo que
todas as coisas estavam terminadas, disse: ‘Tenho sede... encheram
de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissopo, Lha chegaram à boca. E, quando
JESUS tomou o vinagre, disse: Está
consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o Espírito’ (João 19. 28-30);
e)
EU vos levarei à terra
– Cálice de Elyahu
–
5º cálice, usado para recordar as promessas messiânicas (Malaquias 4. 5,6 ‘EU
vos enviarei o profeta Elyahu, antes que venha o grande e terrível dia do
SENHOR; 6 e ele converterá o
coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que EU
não venha, e fira a terra com maldição’) e aquelas referentes ao retorno à
terra prometida (Deuteronômio 30. 1-6). Por isso, no encerramento
do Seder, declaram ‘Próximo ano em Jerusalém’ – Nova Jerusalém
YEHOSHUA anunciou que Elyahu tinha vindo (Marcos 9. 13)
na pessoa de João Batista (Mateus 11. 14).
Quinze
passos do Seder de Pêssach
1. Kadesh – santificação
-
nesse momento, o primeiro dos quatro cálices de vinho é abençoado e
tomado. Cálice da santificação ou Kidush – ‘Bendito és TU, SENHOR nosso
DEUS, Rei do universo, que criaste o fruto da vide’.
2. Ur’chatz – lavagem das mãos (só o
celebrante) – tem a ver com o batismo, removendo
toda maldição.
3. Karpas – mergulhar salsa na água
salgada – significa ‘salsa ou ervas verdes’
“É aquele a quem eu der o bocado
molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão. E,
após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o
depressa” (João 13.26,27). O mais velho
senta-se do lado esquerdo da mesa e mergulha a erva verde na água salgada,
enquanto o mais novo senta-se à direita. Judas, o traidor, era o discípulo mais
velho de JESUS. Bin’yamin, o filho mais novo de Jacó, significa: ‘filho da
minha destra’
4. Yachatz – partindo a matzah do meio
(pão da aflição e afikoman escondido) – matzah do meio é
partida em dois pedaços: o menor, o pão da aflição, é colocado com os
outros dois; o maior, afikoman, é envolto em guardanapo e escondido (para ser
encontrado mais tarde pelas crianças).
No coração da
narrativa, há o afikoman, palavra grega que
significa ‘que vem mais tarde’ ou
mesmo ‘aquele que veio’.
No início do Seder,
três pedaços de matzot são colocados num saco com três divisões (matzatosh). Muitos explicam os três pães como sendo os
patriarcas Avraham, Itschaq e Yaacov. A matzah central, Itschaq, é partida
porque Itschaq foi oferecido em sacrifício e ‘esteve morto’ por três dias
(tempo de caminhada até o Monte Moriah) e ‘ressuscitou’ quando o cordeiro
substituto foi visto preso pelos chifres (sinal de sua autoridade, de seu
poder) nos galhos de uma árvore (madeiro).
Outros justificam os
três como sendo DEUS, Israel e o povo judeu – Israel foi partida, porque foi
levada a cativeiro e foi escravizada e aflita por outras duas vezes (cativeiros
babilônico e romano). A porção comida de imediato, o pão da aflição, representa a escravidão e as aflições infligidas por
seus algozes, enquanto que a porção escondida, o afikoman, tem a ver com a incerteza do escravo de quando poderá
comer algo, escondendo um bocado para mais tarde.
O pão do meio é o
primeiro a ser partido. Parte desse pedaço partido, o menor, ou pão
da aflição, é distribuído entre os à mesa. O restante, o maior pedaço
ou afikoman
é embrulhado e escondido para que uma criança, ao fim, o procure e, ao
encontrá-lo, receba a recompensa da
redenção. Então, todos os
participantes comerão do afikoman encontrado pela criança,
como sobremesa.
As Escrituras afirmam que ‘ADONAI
echad u’Shmo echad’ – ‘O SENHOR é UM e Seu Nome é Um’. Entretanto, a
palavra ‘echad’ carrega o conceito de
pluralidade. Em Gênesis 2.24, diz-se que ‘o
homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão echad carne, uma só carne’. A palavra
hebraica para DEUS, ELOHIM, também
expressa pluralidade.
Tudo isso para explicar o entendimento messiânico de que as três matzot
representam DEUS PAI, DEUS Filho (a Torah Viva, a Palavra de DEUS que Se fez
carne e tabernaculou entre nós) e DEUS Espírito Santo. YEHOSHUA, o Pão da Vida,
que desceu do céu, foi partido (morto), aflito por nossos pecados como nossa kipurah, sacrifício expiatório. Os que
estão nELE, comem o pão da aflição, porquanto mortos com ELE, e o restante é
escondido e achado, mais tarde, testificando de Seu sepultamento e Sua ressurreição.
Comemos essa porção, também porque fomos sepultados com ELE e ressuscitamos com
ELE: “Ou não sabeis que
todos quantos fomos batizados em JESUS CRISTO fomos batizados na Sua morte? De
sorte que fomos sepultados com ELE pelo batismo na morte; para que, como CRISTO
foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do PAI, assim andemos nós também
em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ELE na
semelhança da Sua morte, também o seremos na da Sua ressurreição; sabendo isto,
que o nosso homem velho foi com ELE crucificado, para que o corpo do pecado
seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está
morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com CRISTO, cremos que
também com ELE viveremos... Assim também vós considerai-vos como mortos para o
pecado, mas vivos para DEUS em CRISTO JESUS nosso SENHOR” (Romanos 6.3-8,10).
As matzot são pães sem levedura, furados e listrados pelo calor do
cozimento. De acordo com a Mishnah, o afikoman
é um ‘substituto do korban Pêssach’,
o sacrifício de Pêssach, que era a última coisa a ser comida no seder durante o
período dos 1º e 2º templos. Ainda há um véu sobre o coração do povo e há muita
verdade profunda nas tradições que ainda não foram reveladas.
As marcas em uma matzah – furos, listras como que chicotadas e
lacerações (como queimaduras de pele) – são as marcas que YEHOSHUA recebeu em
Seu martírio por nós: por horas, foi torturado ao estilo romano (braço de
ferro) com açoites de chicote com nove tiras de couro e fragmentos de metal nas
extremidades para furar, lacerar, arrancar pedaços de Sua carne, furado pela
coroa de espinhos que era cravada em Sua cabeça, a imagem do horror e da
feiura de nosso pecado esculpido em Sua face – “Como pasmaram muitos à vista dELE, pois o Seu parecer estava tão
desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a Sua aparência mais do que a
dos outros filhos dos homens” (Isaías 52.14) – tal era Seu aspecto, que nem
parecia um homem!
O afikoman ainda nos revela
duas outras lições:
- se não tiver um coração como de criança, não se pode entrar no reino de
DEUS: “JESUS, chamando-os para Si, disse:
Deixai vir a Mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de
DEUS. Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de DEUS como
menino, não entrará nele” (Lucas 18.16,17)
- a misericórdia de DEUS para com Seu povo: por um tempo, um pequeno número
deles reconheceu Seu MESSIAS de Israel (a porção menor). Mas, a porção maior, o
afikoman, foi deixado para ser
descoberto mais tarde, quando ‘todo
Israel será salvo’ (Romanos 11.26).
JESUS, ao ser sepultado, teve Seu rosto coberto por um lenço, mais tarde
encontrado dobrado no sepulcro vazio. João viu e creu – o lenço dobrado é
sinônimo de que ELE voltará (na mesa
de refeição, se guardanapo jogado – o mestre não retornará; se guardanapo
dobrado – retornará para terminar a ceia).
5. Magid – narrativa –
conta-se a história do Êxodo. Ela é concluída com o segundo cálice de
vinho, chamado ‘cálice da ira’ para JESUS, porque a ira de
DEUS recaiu sobre ELE, para que Sua justiça, ferida pela iniquidade de Sua
criação, fosse satisfeita. Para nós, os remidos, é o cálice da libertação.
YEHOSHUA sorveu esse cálice no Gat Sh’mani (Lucas 22.42-44 – “PAI, se queres, passa de Mim este cálice; todavia não se
faça a Minha vontade, mas a Tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que O
fortalecia. E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o Seu suor tornou-se em grandes gotas de
sangue, que corriam até o chão”).
Compartilhando a história do Êxodo, cada um de nós deve toma-la como
história pessoal, de libertação e redenção pessoal.
6. Rach’tzah – todos lavam as mãos –
bênção é proferida. Tem a ver com o estar nesse mundo, mas não pertencer a ele.
“Disse-lhe
JESUS: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais
todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos” (João 13.10)
7. Motzi – bênção da matzah (de cima) –
‘Bendito és TU, SENHOR nosso DEUS, Rei do Universo, que produz/gera/faz nascer
o pão da terra’. Essa bênção é a profecia
da ressurreição do MESSIAS de Israel, porque ELE é o Pão vivo que desceu do
céu (João 6.47-51).
Depois de Sua
morte, o SENHOR O trouxe de volta à vida da terra (Atos
2.31-33 – “Nesta previsão, disse da ressurreição de CRISTO, que a Sua alma não foi
deixada no inferno, nem a Sua carne viu a corrupção. DEUS ressuscitou a Este JESUS, do que todos nós somos testemunhas.
De sorte que, exaltado pela destra de DEUS, e tendo recebido do PAI a promessa
do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis”)
8. Matzah – bênção da matzah –
João 13.23 descreve que os discípulos estavam
reclinados. Somente nobres e reis podiam
reclinar-se para as refeições. Pêssach é chamado de festival de nossa liberdade
– somos livres das ataduras da escravidão do pecado (Egito e mundo) e reis
(‘sacerdócio real, nação santa, povo escolhido’ – 1
Pedro 2.9; Revelação 1.6; 5.10)
9. Maror – ervas amargas –
simbolizado por um tipo de alface (árabe) com folhas grandes e raiz forte
10. Korech – sanduíche de matzah com
ervas amargas
11. Shulchan Orech – refeição principal
–
o prato principal é comido (tempo de comunhão)
12. Tsafon Barech – procurando o afikoman escondido –
as crianças procuram pelo pedaço de matzah escondido. A criança que o encontrou
recebe um presente e todos a comem.
O celebrante toma o afikoman e diz: “Na noite em que
seria entregue, JESUS tomou o afikoman e deu graças.‘Desejei muito comer
convosco esta páscoa, antes que padeça; porque vos digo que não a comerei mais
até que ela se cumpra no reino de DEUS... E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo:
Isto é o Meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de Mim’ (Lucas 22. 15,16,19).
13. Barech – bênção pela refeição
(o agradecimento pela refeição vem depois na cultura judaica)
Depois que essa bênção é
concluída, o terceiro cálice de vinho é abençoado e ingerido. Este é o cálice da redenção/salvação (Lucas 22.20 – “Semelhantemente,
tomou o cálice, depois da ceia,
dizendo: Este cálice é o novo testamento no Meu sangue, que é derramado por vós”;
1 Coríntios 10.16 – “Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a
comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do
corpo de Cristo?”).
Esse cálice é cheio
para transbordar, simbolizando a salvação (“Tomarei
o cálice da salvação, e invocarei o Nome do SENHOR”
– Salmo 116.13). YEHOSHUA tomou esse cálice e
invocou o Nome de YHVH, declarando derramar Seu sangue pela salvação de toda a
humanidade.
Antes do Hallel, os quarto
e quinto cálices são cheios e a porta é aberta para que Elyahu haNaviy entre e proclame a vinda do Mashiach.
O quinto cálice é o de
Elyahu faz parte do Seder, ao final, assim como deixar uma cadeira vazia,
durante todo Seder para ele. Somente Elyahu ou alguém que viesse no espírito e
poder de Elyahu, ou o próprio Messias, estava credenciado a beber daquele
cálice. Tem a ver com Malaquias 4.5 – “Eis que EU vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o
grande e terrível dia do SENHOR”.
Então, a porta é
fechada e a cerimônia dá sequência.
14. Hallel – louvor –
os Salmos 115 a 118 são recitados (cantados,
entoados) em glorificação a DEUS.
Depois dos cânticos, o
quarto cálice, cálice da consumação (do reino) é levantado e
bebido. “JESUS disse: Em
verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até aquele dia em que o
beber, novo, no reino de DEUS” (Marcos 14. 25).
“E, quando JESUS tomou o vinagre, disse: ‘NISH’LAM’ / ‘TETELESTAI’ (Está consumado).
E, inclinando a cabeça, entregou o
Espírito”. O Cálice da finalização,
também é chamado de Cálice do sofrimento, da morte e da vitória.
15. Nirtzah – aceitação
–
tudo foi terminado. Um último cântico é entoado (“E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das
Oliveiras” (Mateus
26.30).
Revelação 21:6-7 “Está cumprido. EU Sou o Alfa e o Ômega, o
princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da
água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e EU serei seu DEUS, e ele
será Meu filho”.
Suas promessas em Jeremias 31
para Seu povo de Israel são relembradas, declarando: L’shanah habaah b’Yrushalaim habnuyah uv’yameynu b’zo hachadashah (Próximo
ano em Jerusalém edificada novamente e que em nossos dias na Nova Jerusalém).
O único lugar onde
o cordeiro pascal poderia ser sacrificado era em Jerusalém, no templo. Para
aqueles que não conseguiam ascender a Jerusalém para celebrar a festa, a fim de
guardar a celebração, deveriam ter um substituto para o cordeiro pascal, a ‘zeroah’
ou ‘braço’ de um cordeiro, como memorial
de que um cordeiro foi morto para libertá-los da morte no Egito.
Isaías
53.1 se refere ao Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo
como ‘o Braço do SENHOR’ – “E a quem se
manifestou o braço do SENHOR?”
Até hoje, no Seder
de Pêssach, um osso da tíbia de cordeiro (braço) deve ser chamuscado e usado
para o prato de Pêssach.
“E, no
primeiro (protos) dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a
páscoa, disseram-lhe os discípulos: Aonde queres que vamos fazer os
preparativos para comer a páscoa?” (Marcos 14.12)
Protos – significa antes da hora, mais cedo, anterior, precedente, primeiro de
tudo. O texto aponta para ‘antes do primeiro dia dos pães ázimos’, ‘primeiro de
tudo da festa dos ázimos’.
Nos dias de JESUS,
por causa do templo (Beit HaMiqdash), Seder poderia ser celebrado no dia 14 (1º
Seder) e no dia 15 (2º Seder). Ainda hoje isso acontece.
YEHOSHUA celebrou a
Páscoa com Seus discípulos na viração do dia 13 para 14 de Aviv, pois seria
imolado como o Cordeiro a ser oferecido por toda a casa de Israel, o Único todo
suficiente, no sacrifício da tarde (15.00h), para ser comido antes da meia
noite (já no dia 15 de Aviv), conforme prescrito na Torah.
O cohen hagadol oferecia o último
sacrifício, este por toda a casa de Israel, antes do início da festa dos pães
ázimos, às 15.00h de 14 de Aviv. Quando Caifás não entrou na corte de Pilatos
para assistir ao julgamento de YEHOSHUA, não o fez para poder comer o Cordeiro
Pascal mais tarde. Caso contrário, se entrasse num tribunal gentílico, seria
considerado impuro e não poderia comer o cordeiro (João
18.28). Logo, esse evento aconteceu na manhã do dia 14 de Aviv.
Hoje, 14 de Aviv
(14 de abril) é erev Pêssach. Todos estão correndo como os preparativos de Seder shel Pêssach e com remover todo
vestígio de fermento de seus lares.
Em duas horas, há quase
2000 anos, o SENHOR estava prestes a entregar Seu Espírito e completar o
ministério para o qual tinha vindo, vencer a morte com a morte!
Oremos para que esta seja uma noite absolutamente diferente
aqui em Israel. Que cada passo dessa celebração que aponta para o Mashiach
YEHOSHUA revele-se como tal e milhões de olhos espirituais sejam abertos para
ver o cumprimento de todos os passos no Filho de Israel, YEHOSHUA, o MESSIAS.
Que o próprio YEHOSHUA Se revele em Espírito e em verdade
a todo lar judaica e cristão nesta noite.
Que corações de multidões e multidões se rendam a ELE e O
obedeçam, como nossos antepassados fizeram, ao celebrar o primeiro Pêssach. Que
vejam o que Moshe , Yehoshua e todo povo viram: ‘et-YESHUAT YHVH
(o livramento do SENHOR)’.
Clamemos pela proteção e segurança deste pequeno país que
está, com toda a certeza, nas mãos do Poderoso e Eterno Redentor. Que Seus
olhos prossigam em guardar cada milímetro quadrado desta Sua terra, para a
glória do Seu Nome.
Chag Pêssach Sameach, no amor e
na compaixão e misericórdia de YEHOSHUA HaMASHIACH,
marciah malkah
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