Purim (פּוּרִים)
“No primeiro mês (que é o mês de
Nisan), no ano duodécimo do rei Achashverosh, se lançou Pur (פּוּר), isto é, a sorte,
perante haman, para cada dia, e para cada mês, até o duodécimo mês, que
é o mês de Adar... Enviaram-se as cartas, por intermédio dos correios, a todas
as províncias do rei, para que se destruíssem, matassem e aniquilassem de vez a
todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em um só dia, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar, e que lhes saqueassem os bens”
(Ester 3.7,13)
“A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda a determinação”
(Provérbios 16.33)
A) Nome da Festa:
Pur or Purim (פּוּרִים) = divisão,
destino, fortuna, ou pedaço, parte, porção; morte, destruição; sorteio, sorte,
loteria.
A festa recebe
esse nome, porque ‘haman lançou
Pur, isto é, sorte (como em feitiçaria), com o objetivo de conhecer a melhor
maneira de realizar destruição total dos judeus’ (Ester
3.7; 9.24b,26-28).
Adar, o 12º mês do calendário hebraico; tem
sua raiz na palavra adir, cujo
significado é glorioso, exaltado, impressionante, terrível, magnificente.
Também deriva da palavra acadiana (língua semita da Assíria e de Babilônia) adura, heroísmo. No Talmud, ele é
considerado um mês de alegria, cântico e dança – mês para se festejar.
Os dias de
celebração de Purim (14 e 15 de Adar)
são dias festivos, de júbilo, porque o povo foi poupado da aniquilação certa, uma
vez que os planos de haman foram frustrados, anulados (להפר), esfacelados e esmigalhados (לפורר), e a vitória e a libertação do povo de
YAH foram garantidas.
Costumes:
- jejum no dia
13 de Adar (previamente ao amanhecer até depois do pôr do sol);
- leitura Megilat Ester (com sonidos de rejeição
para haman e de júbilo para Mordechai) na noite do 14º dia;
- envio de
cestas de alimentos e presentes aos mais necessitados (Ester
9.22,28), como sinal do gozo, da alegria, do compartilhar da liberdade
proporcionada pelo DEUS que não Se
ausenta do trono!
- uso de fantasias
- máscaras são retiradas ao final, para revelar quem é quem.
B)
Datas:
Na diáspora,
Purim é celebrado no dia 14 de Adar (Ester 9.17,19), dia seguinte à data determinada por haman
para a destruição do povo judeu, dia seguinte àquele em que experimentaram a
liberdade de defender-se, a alegria do livramento:
“Mordecai escreveu estas coisas
e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei
Assuero, aos de perto e aos de longe, ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo,
todos os anos, como os dias em que os judeus tiveram sossego dos seus
inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria, e de luto em dia de
festa; para que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de mandarem
porções dos banquetes uns aos outros, e dádivas aos pobres” (Ester 9.20-22,29).
Israel celebra
os dias 14 e 15 de Adar, este último conhecido como Shushan Purim, pois os
judeus de Shushan pediram autorização ao rei para que continuassem a
perseguir seus inimigos também no dia 14, e isso lhes foi concedido. E
celebraram a vitória no dia 15 (Ester 9.12-15,21,28).
Neste ano de 2014, Purim acontecerá no dia 16 de março (desde o
entardecer do dia 15 ao entardecer do dia 16). Porque 13 de Adar, neste ano, acontecerá no shabat, então o jejum de Ester
será antecipado para a 5ª feira, 13 de março, desde antes do amanhecer
até o anoitecer.
Jejuemos e intercedamos por Israel nesse dia 13 de
março (das 4.58h às 18.48h, no horário de São Paulo), em concordância com YHVH
sobre o livramento de Seu povo de quaisquer investidas de seus inimigos, tanto
os de perto como os de longe. Façamos um culto de adoração ao SENHOR, nessas
horas, orando pela ‘menina do Seu olho’, pelas promessas de livramento, de
salvação, como aquelas apontadas em Zacarias 12.
Agrade-se o SENHOR por nosso posicionamento contra
as forças que tentam dividir Sua herança e vender Seu povo, novamente.
Levantemos incenso de adoração a ELE com nossas orações por Israel.
C) Panorama Histórico e Político:
A história de
Purim sucede os dias de Nevuchadnetsar (630-562 aC), levantado por YAH como a ‘vara de Sua ira’ contra o povo de
Israel (e as nações da Terra), que teve suas terras invadidas, conquistadas, o
templo destruído e seu povo levado cativo a Babilônia (2
Reis 25.1-17). Com a queda de Bavel pela iniquidade do rei Belshazar,
neto de Nevuchadnetsar (Daniel 5), os medos (Dario
I) e persas (Ciro I) dominaram e expandiram o reino do oriente. Foram usados
por YAH para favorecer a restauração de
Israel, pois os 70 anos de cativeiro profetizados por Jeremias haviam
chegado ao fim (Jeremias 25.11,12).
O rei Ciro
decretou que os judeus estavam livres para retornar a Judá e reedificar o templo
de adoração a YHVH, seu DEUS. Ciro, como Moshe, foi usado para ser o ‘libertador’
do povo e conduzi-lo de volta à terra prometida (Isaías
45.1-8,13 – “...EU o despertei em justiça, e todos os seus caminhos endireitarei; ele
edificará a Minha cidade, e soltará os Meus cativos, não por preço nem por
presente, diz o SENHOR dos Exércitos”).
Entretanto, muitos judeus preferiram o cativeiro à
terra prometida
Achashverosh
(Xerxes – reinou de 486 a 465 aC)
sucedeu seu pai, Dario I, no controle do império medo-persa, desde Índia a Cush
(Etiópia), governando, a partir de Shushan,
as 127 províncias, 150 anos antes do levante de Alexandre o grande (Grécia),
que conquistaria tal império.
Ali, o seu
malvado primeiro ministro (ou o ‘amigo do rei’, porquanto 2º homem abaixo dele),
haman, tipificando o anti-cristo, tentou destruir a prova cabal da
existência de YHVH, o povo de Israel, escolhido de YAH. Quando o povo optou por
não retornar à terra prometida, ‘longe’ da cobertura e proteção de seu DEUS, e
da terra que escolhera para eles, estavam expostos e sujeitos a todos os assédios
do inimigo de suas almas.
Em Israel, o
primeiro que restabeleceram foi o altar de adoração por meio dos holocaustos
a YAH, porque temiam os povos das terras vizinhas. Ergueram o altar a YAH para lembra-lO de que ELE é o
DEUS de Israel e consagrarem-se a
ELE: “E colocaram o altar sobre sua
base, porque tinham medo dos povos das terras,
e ofereceram sobre ele holocaustos a YHVH, holocaustos pela manhã e à tarde” (Ezra 3.3 – Reina Valera 1960).
O lugar mais
seguro da face da Terra é estar no centro da vontade de YHVH, e Israel é esse
lugar para todos os judeus! (mais de 160
vezes nas Escrituras)
Assim começa a
história de Ester.
(Cronologia do
Império Medo-Persa, por Eber Ventura, modificado por Marciah Malkah) (4)
Datas relevantes na cronologia
do exílio babilônico:
607 aC – começa o cerco a Jerusalém e o
exílio babilônico (Jeremias 52.4,5; Ezequiel 33.1);
586 aC – destruição do templo de Shlomoh
e de Jerusalém (2 Reis 25);
437 aC – 1ª aliyah para Israel, sob Zeruvavel,
Yehoshua e outros, depois do comando do rei persa Ciro (Ezra 1);
486 aC – início reinado de Achashverosh
(filho do medo Dario I) (Ester 1.1-3);
483 aC – 3º ano do reinado de Xerxes, a
rainha Vashti é deposta (Ester 1.16,19);
479 aC – 7º ano do reinado de Xerxes, Ester
é coroada rainha (Ester 2.17), e a profecia de
Memucã se cumpre, com uma rainha melhor do que a 1ª (Ester
1.19);
474 aC – 12º ano do reinado de Xerxes, haman
lança pur contra os judeus (Ester 3.7). Morte de haman e seus descendentes,
sendo riscada a memória de amalek de debaixo do céu (Ester 7.10; 9.13,25). Mordechai
é elevado à condição de grão vizir do império medo-persa (Ester 8.1,2,15). 1ª celebração de Purim (Ester 9.17-19);
465 aC - fim do reinado de Achashverosh.
465 aC - fim do reinado de Achashverosh.
Imaginem um povo
sobre o qual há um decreto de morte, e tal povo não pode defender-se. Estavam condenados e nada poderiam
fazer: ‘eram como ovelhas indo silenciosamente ao matadouro’ (“Como está escrito: Por amor de
Ti somos entregues à morte todo o dia; Somos
reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos
mais do que vencedores, por Aquele que nos amou” – Romanos 8.36,37).
Isso estava
acontecendo ali; isso aconteceu na Shoah,
durante a 2ª Guerra Mundial (Ezequiel 37.1-14).
Assim como haman,
hitler também foi tipo do anti-cristo. E fez muitas referências jocosas e
sarcásticas a respeito do Purim (e do seu significado na libertação do povo
judeu). hitler também lançou mão de obras de feitiçaria (como haman)
para selecionar os símbolos satânicos da cruz suástica (cruz invertida) e a
estrela amarela de David – símbolos de poder demoníaco, morte e destruição.
Já pararam para
pensar, por que os judeus que eram caçados, ajuntados em vários vagões, transportados como animais a campos de
concentração (de trabalhos forçados, de extermínio) ou a guetos, não se
rebelavam, não lutavam, não desafiavam as forças satânicas de hitler? Estavam
debaixo desse mesmo espírito de opressão
de amalek (corroborado pelo silêncio e omissão das nações)
e de incredulidade – a
maioria não pôde lutar e não pôde sair, porque não ouviram a voz de alerta e
não creram na palavra dos atalaias (como Ze’ev Jabotinsky*, David Ben Gurion,
entre outros, que trabalharam no alerta e na evasão de judeus da Europa, nos
anos 30, mas que não foram cridos).
* [Nascido como Vladimir Jabotinsky em
Odessa, Ucrânia, em 1880, era filho de um lar de judeus ortodoxos que cedo teve
que estudar uma profissão para sustento. Tornou-se jornalista e orador
passional pela causa de Sião, apoiando intensamente o movimento sionista
revisionista (conquista e fundação de um estado judaico liberal fundamentado em
democracia semelhante à britânica, nas terras dos seus antepassados, em Israel
mesmo). Embora vivesse em Israel, quando saiu para atender ao congresso
sionista, em 1929, não pôde retornar a Israel (proibição dos ingleses, por
pressão árabe).
Depois
do assassinato de 200 judeus idosos em Haifa, em 1920, pelos árabes, Jabotinsky
estimulou a criação de corpos de auto-defesa em Israel.Nos anos 30, Jabotinsky
dedicou-se à Comunidade Judaica da Polônia e de outros países da Europa
Central, no mesmo ideal sionista. A partir de 1936, por causa da ascensão das
ideologias fascista e nazista na Europa, dedicou-se à elaboração de um plano de
evacuação em massa dos judeus daquele Continente. Como atalaia, não foi ouvido,
porque a maioria dos judeus não cria no avanço de hitler.
Dois
anos depois, Jabotinsky declarou a políticos não judeus da Polônia: ‘... os
senhores estão vivendo sobre a cratera de um vulcão, pronto a explodir’].
A maioria dos judeus mortos na Shoah era da Polônia.
Dentre os
condenados do Tribunal de Nuremberg, no pós-guerra, estava Julius Streicher,
chefe da propaganda nazista, que teria dito com escárnio, antes de ser enforcado:
‘festa de Purim 1946’. Sua morte ocorreu em 16 de outubro de 1946 (no ano novo
judaico de 5707 – z״vתh),
juntamente com outros nove nazistas condenados pelo mesmo tribunal de Nuremberg.
Aquele que seria o 11º criminoso a ser enforcado, Hermann Göring, o 2º homem do
III Reich, suicidou-se em sua cela, no dia anterior.
Qual a relação com Megilat Ester? Por que Streicher
gritou com escárnio: ‘Purim 1946’?
De acordo com o livro de Ester, Achashverosh mandou enforcar haman,
no 3º mês (Ester 7.9,10) e expor os cadáveres de
seus dez filhos na mesma forca, no 12º mês (Ester 9.13).
De acordo com o Talmud, haman tinha uma filha (11º filho), sua
predileta, que cometeu suicídio logo após a morte do pai, nove meses antes
(como Göring, o predileto de hitler).
Em 13 de Adar, os
restantes filhos de haman
foram mortos. Entretanto Ester pediu ao rei que “se bem lhe parecesse, que concedesse aos judeus de
Shushan que também fizessem, no dia seguinte (amanhã), segundo o edito daquele dia (13 de Adar), e dependurassem em forca os cadáveres dos dez filhos de haman” (Ester 9.13). Ela novamente encontrou graça diante do
rei, que lhe satisfez o desejo.
A palavra amanhã
– machar (מָחָר) – significa ‘no dia seguinte’, mas também ‘no futuro distante’, ‘um dia por vir’.
Por que Ester
pediria o enforcamento de homens já mortos? Estaria ela profetizando para um
futuro distante, quando tais eventos deveriam ser processados? Estaria Streicher
denunciando que aquele dia havia chegado?
Uma curiosidade:
o texto original do rolo de Ester, na porção que narra o enforcamento dos
filhos de haman,
contém uma letra grande ו (sexta letra do alfabeto hebraico, correspondente ao número 6) e outras três
pequenas, z v
t (707). Será que essas letras apontam
para o tempo em que esses enforcamentos ocorreriam, no 6º milênio de vida na
Terra, ou seja, 5707 – z״vתh?
Nos últimos
anos, Israel tem sido cerceada em seu direito de defender-se contra a Pérsia (Irã),
numa situação muito similar ao passado. As nações têm impedido Israel de
realizar um ataque preventivo às instalações nucleares ‘uranianas’ há mais de
seis anos. Israel tem protelado, por temer as consequências punitivas da
comunidade internacional. Ao mesmo tempo, tem declarado, desde 1945: ‘NUNCA MAIS’ – ‘nunca mais permitirão
ser levados ao matadouro como ovelhas mudas, sem defender-se’.
Em novembro de
2013, as seis nações mais influentes do mundo (G5+1), assinaram um acordo com
Irã para minimizar as sanções econômicas sobre aquela nação em troca de uma
‘desaceleração’ no enriquecimento de urânio, rejeitando todas as recomendações
e os alertas feitos pelo governo israelense para que um acordo saudável e
seguro às nações da Terra pudesse sair dali.
Naquele dia,
terá saído o decreto de morte de haman para Israel?
Desde então, as
nações europeias principalmente, instigadas pelo governo dos EUA, têm
pressionado economicamente Israel para que ela conceda todas as exigências no
acordo de paz com os árabes que vivem em Israel, até o ponto de ceder Jerusalém
como a capital de um estado árabe, ao ponto de retornar às fronteiras
indefensáveis de 1949, denominadas ‘fronteiras
de Auschwitz’ ou fronteiras suicidas. A moeda de troca dos EUA é o Irã,
pressionando Israel com ameaças da moderação das sanções econômicas sobre
aquela nação para que ela possa continuar a desenvolver sua tecnologia nuclear
armamentista.
Como se dissessem:
‘me dêem o acordo assinado e eu lhes dou o Irã’.
Enquanto as
nações decretaram que Israel não pode defender-se, a Bíblia nos ensina um
princípio: os decretos selados de um rei persa eram irrevogáveis (Ester 8.8) – nunca se caducavam. Logo, um novo decreto teve que ser escrito para
permitir que os judeus nas províncias e na capital tivessem o direito de auto-defesa que entraria em
vigor no dia 13 de Adar do 12º ano do reinado de Achashverosh. E esse novo
decreto também é irrevogável. O direito à defesa está na história registrada
das Crônicas dos reis medo-persas (Ester 10.2), e
“o decreto do rei
concedia aos judeus de cada cidade o direito de se reunirem e de se protegerem,
de destruir, matar e aniquilar qualquer força armada de qualquer povo ou
província que tentasse ataca-los, colocando também em risco suas mulheres e
crianças. Resguardava o direito de saquear os bens dos seus adversários em
guerra. As determinações do rei entraram em vigor em todas as províncias do rei
Assuero, no décimo terceiro dia do décimo segundo mês de Adar. Uma cópia desse
decreto foi publicada como lei em cada
província e levada ao conhecimento do povo de cada nação, a fim de que naquele
dia os judeus estivessem prontos para vingar-se de todos os seus inimigos” (Ester 8.11-13).
A Pérsia antiga é o Irã de hoje e o espírito continua o mesmo nas ameaças
de aniquilação dos judeus por parte dos líderes daquele povo.
Mas, de acordo com edito real irrevogável, há o direito à defesa. E, ainda
que as nações (G5+1) digam não, Israel continua a ter o direito à defesa, mesmo
que seja por ação militar.
Quando a ordem de auto-defesa foi dada aos judeus, muitos dos gentios
converteram-se ao judaísmo por causa do temor
dos judeus que recaíra sobre eles: “Também
em toda a província, e em toda a cidade, aonde chegava a palavra do rei e a sua
ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e
muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles... E ninguém conseguia
resistir-lhes, pois o temor dos judeus
havia caído sobre todos os povos”
(Ester 8.17; 9.2b).
Diz a Palavra que os próprios príncipes das províncias, sátrapas, governadores e
administradores dos negócios do rei cooperavam com os judeus naquele dia 13 de Adar, por causa do temor que tinham de Mordechai (Ester 9.3),
levantado como o 2º na hierarquia do império (Ester
10.3).
Nafatali Bennett, ministro de várias pastas em Israel, recentemente
declarou que ‘se Israel for forte, as
nações a respeitarão. Se Israel for fraca, as nações a pisarão’. Para ele,
ser forte é não conceder terras por paz, não congelamento de construções, não
libertação de assassinos terroristas, num modelo de negociações que provou ser ineficaz
e altamente destrutivo para Israel.
Nos dias de Yaacov, o SENHOR não permitiu que os povos da terra os
ferissem, porque eram mais fracos e em menor número (“e o terror de DEUS foi sobre
as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacó”
- Gênesis 35.5).
Quando o povo estava para conquistar a terra prometida, o SENHOR prometeu
derramar o Seu terror sobre os povos da terra diante de Israel, para que ela
prevalecesse sobre eles e os conquistasse: “Enviarei
o Meu terror adiante de ti,
destruindo a todo o povo aonde entrares, e farei que todos os teus inimigos te
voltem as costas” (Êxodo 23.27).
Israel tem condições de se defender sem depender de outros? Creio que sim,
pois, da mesma forma que foi no passado, quando os judeus das províncias
prevaleceram contra todos os que os atacaram, certamente pela potente mão de
YHVH, também hoje prevalecerá por Sua potente mão. Porque “O SENHOR é a força do Seu povo, o Refúgio Salvador do Seu Ungido” (Salmo 28.8). Não podemos nos esquecer de que Israel é
o trunfo de DEUS para trazer juízo
sobre as nações da Terra (Jeremias 51.20), ale
de Sua herança (Joel 3.2; Isaías 19.25b).
Entendendo
essas coisas e com base nos textos esclarecedores, clamemos por Israel nos dias
que se sucedem, pela providência divina sobre o Irã e sobre as nações da Terra
que se levantam contra Israel.
Que
o decreto de morte seja substituído pelo direito de defesa, pela liberdade de defender-se, e até encontrar
apoio e sustento de outros governantes e povos que temerão aos judeus por causa
do DEUS de Israel.
Que
Israel se posicione, tome a decisão de não se render às opressões
internacionais e continue a repetir NUNCA MAIS numa postura real e firme de
contar com ELOHEI Israel, O mesmo ontem, hoje e sempre.
Como vimos acima, a história é cíclica e
o cenário para um novo holocausto se prepara (Zacarias
13.8,9). Clamemos
pela salvação de todo Israel, que o SENHOR apague sua iniquidade e de seus
pecados não tenha mais memória, em Nome do SNHOR YEHOSHUA (Romanos 11.26).
D) Personagens:
1) Achashverosh – rei persa, fraco, volúvel, que
gostava de banquetes mais do que de reinar, deixando a responsabilidade de seu
reino para terceiros.
Foi próspero nos
anos seguintes a haman, em que teve como seu conselheiro chefe a
Mordechai, porque mudou seu coração e suas atitudes, assim como faraó foi
próspero com Yosef como segundo de seu reino. Porque YHV era com eles.
2) haman - um descendente de Agag, o rei
amalequita poupado por Shaul. Ele foi o
produto da desobediência do rei Shaul (1 Samuel
15.1-21).
Por seu ato de desobediência a
YHVH, Shaul perdeu o trono e a vida (1 Samuel 15.22-29; 1 Samuel 31), não sem antes perseguir e tentar matar
a ‘escolha de DEUS’ – David – para manter o reinado a seus
filhos (‘Horrenda coisa é cair nas mãos
do DEUS Vivo” - Hebreus 10.31). Por causa disso, os sábios em
Israel costumam dizer: ‘aquele que é compassivo com o cruel, por fim será cruel
com o compassivo’.
Shaul foi um tipo de
anti-messias, que quis destruir a David, ‘de cujos lombos’ viria o Messias!
Quis preservar ou apoiar a ‘não escolha de DEUS’, o arquétipo do terrorista.
E é isso o que os líderes mundiais estão fazendo. b.obama tem sido tão amigável
e ponderado com os radicais islâmicos e tão áspero e indelicado com Israel!
Tão solícito era ele com o rei e
o foi com Ester, mas escondia planos de traição, ódio, vingança e destruição.
3) Mordechai – o
judeu que não se curva diante de haman, o herói de Purim, exilado de
Jerusalém por Nevuchadnetsar, descendia de Shaul, o rei indulgente e
displicente na obra do SENHOR.
Ao contrário
de seu antecessor, ele é o modelo de líder (criou Hadassah com esmero – e esta
foi escolhida pelo rei da ‘superpotência’) que desafia os poderosos sem temor. Não se escondeu atrás de seus liderados com
medo do ‘gigante’ haman, mas o enfrentou, não curvando-se diante dele,
como fez Shaul. Além de lutar contra a assimilação dos judeus em
terras estrangeiras e sustentar suas raízes judaicas para retornar à sua terra
natal (foi um dos assessores de Ezra), Mordechai ‘rebelou-se contra a tirania e
obedeceu a ELOHIM’. As três primeiras letras de seu nome, mem-resh-dálet são as letras da palavra ‘marad’ (מָרַד), ‘rebelião’, ‘revolta’. Esse foi Mordechai na função
de estadista, de pensamento incomum e ‘politicamente incorreto’, não
reverenciando o segundo maior do império persa, pois ‘ a rebelião contra
tiranos é obediência a DEUS’.
Mordechai
também não se dobrou diante de haman, um descendente de Esav (amalek
era neto de Esav), porque seu pai, Bin’yamin, foi o único dos filhos de Israel
(Yaacov) a não se dobrar diante de Esav, quando estes retornavam das terras de
Padã-Arã, Mesopotâmia, pois, não era nascido (nasceu tempos depois, no caminho
de Bet El para Bet Lechem – Gênesis 35.16-19)
4) Ester - prima
de Mordechai, a heroína da história; a preferida e escolhida do rei; aquela que
encontrou graça diante dele; aquela que se humilhou diante dele; aquela que
expôs sua identidade diante do rei e de seu algoz para denunciar o complô
contra seu povo [“Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por
servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não
poderia ter compensado a perda do rei. Então falou o rei Assuero, e disse à
rainha Ester: Quem é esse e onde está esse, cujo coração o instigou a assim
fazer? E disse Ester: O homem, o
opressor, e o inimigo, é este mau haman. Então haman se perturbou
perante o rei e a rainha” (Ester 7.4-6)]; aquela que disse: ‘se perecer, pereci’ (Ester 4.16c), pois: “venceu por causa do sangue do Cordeiro e por causa da Palavra do Testemunho
que deu e, mesmo em face da morte, não amou a própria vida” (Revelação 12.11)
O livro de Ester é o único livro do Tanach em que o Nome de DEUS não é
mencionado. Mas, está impregnado de Sua presença gloriosa por meio de Seus feitos,
da hashgachah (providência divina) em
cada detalhe da história, do nes nistar
(milagre oculto) do livramento concedido ao povo judeu.
O nome Ester (אֶסְתֵּר) deriva da palavra hebraica
‘satar’ (סָתַר), ‘esconder, ocultar, segredo’, em
referência ao conselho dado por Mordechai de que não revelasse sua identidade
nacional e religiosa. E a palavra pergaminho ou rolo (megilah - מגילה), deriva da
palavra ‘revelar’ (migleh - מִגְלֵא). A face de DEUS está oculta,
escondida de Hadassah (murta - folha em forma de olho) e de
todo o povo. Mas vai sendo revelada através dos acontecimentos e das
reviravoltas ‘circunstanciais’ até o pleno livramento e a vitória do povo sobre
os inimigos de YHVH.
Por causa da percepção de Mordechai em ficar na brecha por seu povo, em
panos de saco e cinzas na frente do palácio real, chamando a atenção de Ester,
e porque ela se posicionou para jejuar e clamar o favor dAquele que lhe
concedera ser rainha de um reino ‘inimigo’, no momento exato em que isso era
extremamente necessário, o braço do SENHOR trouxe livramento ao Seu povo,
dando-lhe vitória e, haman e seus 10 filhos foram enforcados.
Ester poderia ter feito como os dez príncipes de Israel, que se viram como
gafanhotos diante dos gigantes amalequitas, heteus, jebuseus, amorreus e
cananeus na conquista da terra que o SENHOR lhes jurara dar. Mas, ela se
posicionou como Yehoshua (Josué) e Calev para a conquista da ‘terra prometida’,
a liberdade de se auto defender e a confiança no Libertador, no Defensor de Israel:
“Os amalequitas habitam na terra do sul;
e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus
habitam junto do mar, e pela margem do Jordão. Então Calev fez calar o povo
perante Moshe, e disse: Certamente subiremos e a possuiremos em herança; porque
seguramente prevaleceremos contra ela.
Porém, os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra
aquele povo, porque é mais forte do que nós. E infamaram a terra que tinham
espiado, dizendo aos filhos de Israel: A terra, pela qual passamos a
espiá-la, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos nela
são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes, filhos de
Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos,
e assim também éramos aos seus olhos” (Números 13.29-33).
5) amalek (‘povo que devora’) – um personagem
oculto, que está na genética espiritual de haman - era neto de
Esav (‘Amei a Jacó, e odiei a Esav’
– Romanos 9.13) e Ada, uma hetéia canaanita (dos
filhos de Canaã, amaldiçoados pelo SENHOR – Gênesis
9.25; os heteus também estavam nas terras que o SENHOR incluíra para a
conceder aos filhos de Israel); e filho de Elifaz (o primogênito de Esav
e Ada) e de Timna (irmã de Lotã, um dos príncipes e habitantes de Seir, as
terras que Esav tomou para si para ali viver), sua concubina. Todos esses povos
que formaram a identidade de amalek tem um histórico de ódio aos
‘parentes’ israelenses (Esav era irmão de Yaacov-Israel)!
Em Êxodo 17, o povo estava acampado em Refidim e sem
água. Exatamente quando o povo enfrentava situação difícil, a tentação, e
murmurava, quando parecia que DEUS não estava presente (no Megilat Ester, o Nome de YHVH está oculto), no momento de grande
vulnerabilidade, naquele momento atacou amalek (v.8), agarrando aos mais fracos, aos debilitados, aos
que se quedavam atrás na marcha de Sim a Refidim, sem temor do SENHOR, DEUS
de Israel (Deuteronômio 25.17-19).
E Moisés
(figura de CRISTO que traz libertação ao povo – Sua 1ª vida) disse a Yehoshua
ou Josué (figura de CRISTO – Aquele que introduz o povo na terra prometida –
Sua 2ª vinda) que tomasse homens consigo para pelejar contra amalek. No
relato, Josué prevalecia enquanto Moisés estivesse com seus braços erguidos; se
seus braços desciam, amalek prevalecia.
Os braços alçados de Moshe, mais tarde
sustentados por Aharon e Hur, representam a rendição diante do DEUS Todo
Poderoso, de onde vem o nosso socorro, e a intercessão, o clamor angustiado por
livramento que só pode vir do Alto. Entretanto, também representam a cruz e o
MASHIACH com Seus braços estendidos, rendidos à plena vontade do PAI, cumprindo
Sua justiça ao receber o castigo que nos traz a paz, pelo pecado de rebelião do
homem contra DEUS, seu Criador e Dono. Enquanto nossos olhos estiverem na cruz,
no Autor e Consumador de nossa fé, então prevaleceremos. E o mesmo com Israel.
Hoje, o Corpo do MESSIAS (formado por judeus re-enxertados e gentios transplantados na Oliveira Verdadeira
que é Israel, cuja Raiz que produz a seiva e alimenta os ramos é o MASHIACH de
Israel, YEHOSHUA) é ‘os olhos de
Israel fixos na cruz’, é o
intercessor que toma o lugar do outro (filhos de Israel) para ficar na brecha,
para clamar ao PAI por misericórdia e livramento. É Aharon e Hur sustentando os braços de Moshe, o intercessor diante
do PAI, pois o SENHOR JESUS disse para pedirmos ao PAI em Seu Nome, para que
nos conceda o que pedirmos, porque fomos escolhidos por ELE e saberemos o que
pedir (João 15.16) e ELE, JESUS, Sumo Sacerdote
eterno, segundo a ordem de Malki Tsedeq, vive para interceder por nós junto ao
PAI (Hebreus 7.24,25).
E o
SENHOR disse a Moshe que esse episódio fosse documentado, registrado para todas
as gerações (‘as Escrituras são para
ensino, confronto, correção, instrução em justiça’ – 1 Timóteo 3.16), porque estava ELE interessado em
garantir ao Seu povo de que ‘nunca o abandonaria, nunca jamais o desampararia’,
principalmente nos desertos da vida. E para lembra-lo de que, de geração em
geração, o espírito de amalek se levantará para destruí-lo: portanto, é
preciso permanecer alerta, com os olhos fitos nAquele que lhe pode livrar.
Na versão
espanhola de Reina-Valera de 1960 (uma das versões mais fiéis ao original
hebraico e grego), o texto de Êxodo 17.15,16 diz:
“Y edificó Moisés un altar, y le puso por nombre El SEÑOR es mi Estandarte,
y dijo: ‘Por cuanto la mano de Amalec se
levantó contra el trono de Jehová, Jehová tendrá guerra con Amalec de
generación en generación’”
“E edificou Moisés um altar, e lhe pôs o nome
de ‘O SENHOR é minha Bandeira’ (YHVH Nissi – também, YHVH é meu Milagre), e disse: ‘Porque a mão de amalek
se levantou contra o trono de YHVH, YHVH fará guerra com amalek de
geração em geração’”
Na versão
hebraica, as palavras ‘ki-yad al-kess YAH’ (כִּֽי־יָד֙ עַל־כֵּ֣ס
יָ֔הּ) ou ‘porquanto
a mão sobre/contra o trono de YAH’ aparecem e não são traduzidas
em outras versões (português, inglês), fazendo perder o sentido do texto. Mas,
essa informação é corroborada pelo texto em Deuteronômio
25.17-19:
“Lembra-te do que te fez amalek no caminho, quando saías do Egito;
como te saiu ao encontro no caminho, e feriu na tua retaguarda todos os
fracos que iam atrás de ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a DEUS. Será, pois, que,
quando o SENHOR teu DEUS te tiver dado repouso de todos os teus inimigos em
redor, na terra que o SENHOR teu DEUS te dá por herança, para possuí-la, então apagarás a memória de amalek de
debaixo do céu; não te esqueças”.
O
SENHOR fez, faz e fará guerra contra amalek, porque ele ousou tocar em Seu trono; não temeu ao SENHOR e à Sua escolha,
querendo apossar-se de Suas ovelhas, as mais fracas e débeis de Seu rebanho, os
indefensáveis, aqueles sem defesa. Quando amalek tocou na
‘menina do olho de YAH’, despertou Sua ira, pois o SENHOR tem cuidado especial sobre órfãos, viúvas, estrangeiros, pobres e sobre Seu escolhido Israel:
“Não afligirás o forasteiro,
nem o oprimirás; pois forasteiros fostes na terra do Egito. A nenhuma viúva
nem órfão afligireis. Se de algum modo os afligirdes, e eles clamarem
a Mim, EU lhes ouvirei o clamor; a Minha
ira se acenderá, e vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão
viúvas, e vossos filhos, órfãos” (Êxodo 22.21-24)
“Circuncidai, pois, o vosso coração e
não mais endureçais a vossa cerviz. Pois o SENHOR, vosso DEUS, é o DEUS dos
deuses e o SENHOR dos senhores, o DEUS grande, poderoso e temível, que não
faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o
estrangeiro, dando-lhe pão e vestes. Amai, pois, o estrangeiro, porque
fostes estrangeiros na terra do Egito. Ao
SENHOR, teu DEUS, temerás; a ELE servirás, a ELE te chegarás e, pelo Seu
Nome, jurarás” (Deuteronômio 10.16-20)
“Que faz justiça aos
oprimidos e dá pão aos que têm fome. O SENHOR liberta os
encarcerados. O SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos, o
SENHOR ama os justos. O SENHOR guarda o peregrino, ampara o órfão e a
viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios. O SENHOR reina para sempre; o
teu DEUS, ó Sião, reina de geração em geração. HalleluYAH!”
(Salmo 146.7-10)
“A Palavra do SENHOR veio a Zacarias,
dizendo: Assim falara o SENHOR dos Exércitos: Executai juízo verdadeiro,
mostrai bondade e misericórdia, cada um a seu irmão; não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem
intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu próximo. Eles, porém, não
quiseram atender e, rebeldes, Me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos,
para que não ouvissem. Sim, fizeram o seu coração duro como diamante,
para que não ouvissem a lei, nem as Palavras que o SENHOR dos Exércitos enviara
pelo Seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam; daí veio a grande ira do SENHOR dos Exércitos.
Visto que EU clamei, e eles não Me ouviram, eles também clamaram, e EU não os
ouvi, diz o SENHOR dos Exércitos. Espalhei-os com um turbilhão por entre
todas as nações que eles não conheceram; e a terra foi assolada atrás
deles, de sorte que ninguém passava por ela, nem voltava; porque da
terra desejável fizeram uma desolação” (Zacarias 7.8-14)
“Chegar-Me-ei a vós outros para juízo; serei
testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os
que juram falsamente, e contra os que defraudam o salário do jornaleiro,
e oprimem a viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro, e
não Me temem, diz o SENHOR dos
Exércitos. Porque EU, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não
sois consumidos. Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos Meus
estatutos e não os guardastes; tornai-vos
para Mim, e EU Me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos...” (Malaquias
3.5-7a).
Como Mordechai e Ester, que o SENHOR
levante líderes segundo o Seu coração, ousados, corajosos, sustentados por ELE
para combater o espírito de amalek. Que Israel não se porte como ovelha
indo ao matadouro, mas, com seu direito de defesa, se posicione para denunciar
as artimanhas de satanás.
Que o SENHOR nos desperte enquanto
noiva do Cordeiro para andarmos alinhados ao Seu coração e não levantarmos a
mão para usurpar Seu trono, molestando os Seus pequeninos, aqueles que são Sua
escolha.
E)
Ester x Vashti
Gostaria
de comparar as duas rainhas que são apresentadas nesse livro, numa tabela:
Nome
Qualidades
|
Ester
|
Vashti
|
Significado
nome
|
esconder, ocultar; segredo; estrela (Ester 2.10)
|
bela, formosa à vista, a melhor de
todas, a mais doce ou mais amada (Ester 1.11)
|
Origem
|
judia,
órfã criada pelo primo Mordechai, exilada (Ester 2.6,7)
|
bisneta
de Nevuchadnetsar, filha de Belshazar, o mesmo que foi julgado pelo Dedo de
DEUS (Daniel 5.24-31)
|
Caráter
|
submissa, humilde, disciplinada, reverente
(Ester 2.10,20; 4.11,16);
corajosa e ousada: ‘se perecer, pereci’ (Ester 4.14,16; 5.2; 7.6); prestativa e alerta (Ester
4.4); fiel (Ester 4.16; 7.3,4; 8.3-6; 9.13); paciente (Ester
5.1-8)
|
arrogante, orgulhosa, rebelde, irreverente
(Ester 1.9,12)
|
Postura
|
realeza
na preferência e posição (Ester 2.17,18), no
caráter, no coração (versículos acima)
|
rainha
pela posição e não pelo caráter (Ester 1.9,16-18)
|
Relacionamentos
|
conquistava a todos e achava graça
diante de todos (Ester 2.9,15,17; 4.16)
|
fã clube privado, não se misturava com
qualquer pessoa (Ester 1.9,12)
|
Tipificação
|
igreja que intercede, sempre aos pés do REI, por amor, por submissão, para obediência, encontrando
continuamente Sua graça e Seu livramento (Ester 4.16; 5.1-4,8; 7.3; 8.5; 9.13)
|
igreja
apóstata que não entrará à presença do REI no 7º dia, durante Seu reino milenar (Ester
1.10-12)
|
Igreja
|
Filadélfia – porta aberta que ninguém pode
fechar, de livramento da tribulação por vir (Revelação
3.7-13)
|
Laodicéia – nem morna, nem fria e a ponto de
ser vomitada (Revelação 3.14-22)
|
F)
Tema do Livro de Ester:
‘VITÓRIA sobre amalek,
pela preservação (modus operandi)
e com a preservação
(resultado) do povo de DEUS, e a celebração do Seu milagre’
Com o decreto de Ciro liberando o povo judeu para retornar a Judá
e reconstruir o templo de adoração a ELOHEI Israel, a maioria decidiu
permanecer no cativeiro babilônico (agora império medo-persa).
A expressão ou prova de fé do povo deveria ser a obediência à Sua
ordenança de regressar a Sião quando tiveram oportunidade de fazê-lo, de fugir dos caldeus: “Saí de Babilônia, fugi de entre
os caldeus. E anunciai com voz de júbilo, fazei ouvir isso, e levai-o até o fim
da Terra; dizei: O SENHOR remiu a Seu servo Jacó. E não tinham sede, quando os
levava pelos desertos; fez-lhes correr água da rocha; fendeu a rocha, e as
águas correram” (Isaías 48.20,21; 52.7-12;
Deuteronômio 28.64-67). O povo que regressou,
passou por avivamento, experimentou a Presença de YAH na edificação do altar e
do passo a passo da reedificação do templo, no resgate da Palavra, por meio de
sua leitura a toda a nação ali reunida.
Então, por que o Nome de YAH não aparece no
livro, nem mesmo nos clamores feitos?
1. porque eles ficaram no cativeiro. Quando se está
fora da vontade perfeita de YHVH, ELE será a última Pessoa a ser
mencionada: Seu Nome está oculto no livro de Ester (não Suas ações);
2. a outra razão é que cada geração deve tomar a
decisão de e predispor-se a apagar a memória de amalek de seu meio,
em obediência ao comando do SENHOR (isso é o livre arbítrio). Quando isso
acontece, então ELE Se revela, Se manifesta para operar o Seu milagre!
O propósito: assim como Yosef, levado à revelia ao cativeiro egípcio, e mais tarde levantado
como o homem mais poderoso depois de faraó, fora preservado para permitir o
livramento de YHVH ao Seu povo (70 almas) durante o tempo de fome na
Terra, também Mordechai e Ester foram preservados e usados, mesmo num ambiente
incrédulo e hostil, para preservar a
linhagem messiânica de Israel, àqueles que haviam retornado (e aos que
regressariam mais tarde), em fé e obediência, com os primeiros a saírem de Bavel,
como Zeruvavel, da linhagem de YEHOSHUA (Esdras 2.2;
Mateus 1.12,13; Lucas
3.27), pois o decreto de aniquilação de haman atingiria também os
judeus que viviam em Yehudah (Ester 3.12,13; 4.3; 8.5,9,13).
Certamente, essa experiência serviu de estímulo às subsequentes ondas de
aliyah que ocorreram com Esdras e Neemias.
Outro exemplo em que a providência divina entrou em ação para cumprir Seu
propósito perfeito foi quando usou o decreto de César Augusto para o
recenseamento (Lucas 2.1-4), fazendo com que
Yosef e Miriam seguissem de Nazaré, Galiléia, a Bet Lechem, em Yehudah, para
que se cumprisse a profecia de Miquéias 5.2 – “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre
os milhares de Judá, de ti Me sairá O Que governará em Israel, e cujas saídas
são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”.
Que
o Corpo do MESSIAS YEHOSHUA se posicione para celebrar Purim convicta de que está celebrando
sua vitória sobre amalek nesta geração, em situações particulares, e em
situações corporativas, como o tema de orar por Israel e denunciar o complô das
nações contra a ‘menina do olho de YAH’.
Lembrando
que Israel e a igreja são os dois lados da mesma moeda, clamemos
para que Israel também decida a, como primogênito das nações, como chefe
e cabeça das nações, como trunfo nas mãos de YHVH, e posicione-se para ‘apagar a memória de amalek de
debaixo do céu’ em nossa geração. Nossa omissão redundará em não glória
para o SENHOR, em não santificação de Seu Nome diante das nações da Terra e
mesmo em Israel.
Que
o SENHOR nos traga (à Sua noiva e a Israel) discernimento, direção, posturas
das áreas em nossas circunstâncias pessoais e corporativamente, em que devemos
combater o espírito de amalek, para que o Seu Nome seja exalçado e
engrandecido.
Que
estejamos atentos às circunstâncias de nossas vidas, porque todas elas são
oportunidades de glorificarmos ao Nome do SENHOR e não oportunidades de
murmuração. Afinal, em tudo devemos dar graças, porque esta é a perfeita
vontade de YHVH.
Clamemos
pelos judeus, para que andem em 100% da vontade de YHVH, inclusive no tocante
ao seu regresso para Israel, em cumprimento às profecias referentes à aliyah,
deste povo retornando ao PAI.
G)
YEHOSHUA e Purim
“Depois disto havia uma festa entre os
judeus, e JESUS subiu a Jerusalém... E aquele dia era shabat” (João 5.1,9b)
A festa em questão não era um dos shelosh
regalim (três festivais de peregrinação), mas uma celebração menor, como a
de Chanukah, também celebrada por
YEHOSHUA (João 10.22). Cronologicamente,
estudiosos das Escrituras acreditam que a festa do relato de João 5 era Purim,
pois a única celebração que caiu num shabat entre os anos 25 e 35 dC foi Purim,
em 28 dC.
O nome da festa pode ter sido omitido pelo Espírito, da mesma forma que
omitiu o Nome de YHVH do Livro de Ester. Nesse capítulo, YEHOSHUA curou um
homem enfermo havia 38 anos, junto à piscina de Betesda (João 5.1-9); admitiu publicamente que DEUS é Seu PAI
(v.18), o que O torna igual a DEUS; afirmou ser
Filho de DEUS (v.25) e Filho do Homem (v.27).
Ao celebrar a festa, ELE observou o mandamento de dar presentes aos pobres
(devolver a saúde a um enfermo de 38 anos certamente foi um grande presente);
certamente atendeu à reunião da sinagoga para a leitura de Megilat Ester.
Betesda = Beit
(casa) + Chessed (misericórdia) = casa de misericórdia. Escavações arqueológicas
demonstram que aquele era um santuário ao ‘deus asclépio’ (ou esculap), o deus
grego da medicina. Por 38 anos, à sombra daquele santuário, um homem esteve
enfermo sobre seu leito, esperando que ‘o anjo balançasse as águas e pudesse
nelas ser lançado antes que outros o fossem’ (João 5.7).
YEHOSHUA aproximou-Se dele para oferecer-lhe um presente de Purim: ‘queres ficar são?’ (v.6). O homem disse que sim, mas não conhecia quem o
pudesse lançar às águas. E YEHOSHUA respondeu: ‘Levanta, toma teu leito e vai’ (v.8)
– ELE, a fonte de água da vida, propôs lançar aquele enfermo na fonte das águas
vivas para ser curado, e não em águas rotas de deuses estranhos.
Provavelmente, os judeus de Shushan serviam a deuses babilônicos e persas (Isaías 46.1-7). ‘Marduk’ é o outro nome para o deus
‘bel’ (Isaías 46.1) e dá origem à palavra
Mordechai. Mesmo Ester, embora tivesse um nome hebraico (Hadassah), teve que ocultar
suas crenças, sua fé, sua identidade, com um nome pagão, cuja origem também
provém da deusa ‘ishtar’ (Ester 2.7).
Quando Mordechai toma conhecimento do decreto de haman, vai a Ester
para que ela interceda pelo povo junto ao rei, buscando a solução no rei e não
em DEUS, da mesma forma que o homem enfermo fez com JESUS, buscando a solução
em ‘asclépio’ e não no DEUS de Israel. A declaração de Ester, tampouco estava
carregada de fé em ELOHEI Israel: ‘se
perecer, pereci’ (Ester 4.16).
O povo havia percorrido o deserto desde o Egito até Kadesh Barnea, por dois
anos, quando Moshe enviou espias para vistoriar a ‘terra que mana leite e mel’
por 40 dias. Com o relatório desastroso e incrédulo de dez dos doze
espias, o SENHOR condenou o povo a perecer no deserto, durante sua permanência
ali, que seria de 40 anos. E, desde aquele lugar, o povo vagueou pelo deserto
por mais 38 anos (Deuteronômio 2.14).
E, então, o remanescente foi
convidado a entrar na terra prometida, depois de circuncidar-se. Àquele
remanescente, enfermo por 38 anos, o SENHOR convidara a entrar em Suas águas de
cura e salvação. Porque creu, porque aceitou, ele foi curado e perdoado de seus
pecados (João 5.14,15). Ao aceitar as palavras
de ordem de YEHOSHUA, pela fé, pôde entrar na terra prometida de Seu reino,
como a geração de crédulos adentrou com Yehoshua e Calev à terra prometida.
Aquele homem representava toda a nação de Israel, às portas da terra
prometida, o reino de YHVH chegado!
Como YEHOSHUA, compartilhemos as Boas Novas com os pobres
e necessitados (todos aqueles que não conhecem pessoalmente ao REI como SENHOR
e Salvador), usando a celebração da festa para revelar as maravilhas de Seu
Reino!
Clamemos por salvação, por cura das feridas de rejeição e
inferioridade de todos os árabes e muçulmanos, tanto os que vivem em Israel,
como aqueles que vivem em outras nações. Que o SENHOR, o ESPÍRITO, revele-Se
como ABBA PAI aos corações, sarando as feridas da rejeição de ‘Avraham para com
Ishmael’, de ‘DEUS para com Esav’, em Nome do Autor da Vida!
H) Purim e Iom Kipur:
1)
Iom Kipur é conhecido como Iom HaKipurim, no Tanach (Levítico 23.28),
lido como Iom Ke-Purim, ‘dia como Purim’.
2)
ambos celebram nossa libertação dos grandes inimigos
(pecado e morte) e ambos são sombra de nossa grande libertação (purim) no MASHIACH YEHOSHUA.
“Eis que foi para a minha paz que
tive grande amargura, mas a Ti agradou livrar a minha alma da cova da
corrupção; porque lançaste para trás das Tuas costas todos os meus pecados”
(Isaías 38.17).
‘a Ti agradou livrar a minha alma da
cova (chashat) da corrupção’
– figura do pai amoroso que corre para resgatar, livrar seu filho de ser
engolido vivo pela terra, da destruição certa, de um lugar sem retorno, da
absoluta falta de esperança;
‘lançaste para trás das Tuas costas todos os
meus pecados’ – aponta para pecados que nunca mais serão relembrados:
“Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as
nossas iniqüidades, e tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar”
(Miquéias 7.19);
“EU, EU mesmo, sou o que apago (machah
– destruir, aniquilar) as tuas
transgressões por amor de Mim, e dos teus pecados não Me lembro (zachar)”
(Isaías 43.25).
3)
Iom Kipurim é precedido de uma refeição na véspera do
jejum prolongado, para depois privar-se de comer e beber. Já em Purim, a ordem
é reversa, iniciando-se com jejum absoluto como o de Ester e, em Purim, a
celebração festiva. Em ambas, tanto pelo jejum como pelo comer e beber, tudo é
dedicado ao SENHOR, porquanto a obra é totalmente dependente dELE, atingindo-se
o mesmo objetivo do favor inefável de YHVH e Seu livramento.
4)
a outra razão comparativa tem a ver com pur, a sorte (hagoral) lançada. Em ambos os eventos o sorteio foi realizado:
- em Purim, a sorte foi lançada para
determinar, pela astrologia, qual o melhor período para executar o plano de aniquilamento
do povo judeu:
“No primeiro mês (que é o mês de Nisã), no
ano duodécimo do rei Assuero, se lançou pur, isto é, a sorte (hagoral -הַגּוֹרָל ),
perante Hamã, para cada dia, e para cada mês, até ao duodécimo mês, que é o mês
de Adar” (Ester 9.7)
“Porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita,
inimigo de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus, e tinha lançado
pur, isto é, a sorte (hagoral -הַגּוֹרָל ), para os assolar e destruir” (Ester 9.24)
- em Iom Kipurim, sorteio era
feito entre dois bodes utilizados para expiação do povo: “E Arão lançará sortes (goral
- גּוֹרָל) sobre os dois bodes; uma pelo SENHOR, e a
outra pelo bode expiatório. Arão fará chegar o bode sobre o qual cair a sorte
(hagoral -הַגּוֹרָל ) para o SENHOR e o oferecerá por oferta pelo pecado. Mas o bode sobre
que cair a sorte (hagoral -הַגּוֹרָל ) para bode emissário (expiatório) será apresentado vivo perante o SENHOR, para fazer expiação por meio
dele e enviá-lo ao deserto como bode emissário” (Levítico
16.8-10).
“A sorte (hagoral -הַגּוֹרָל ) se lança no regaço, mas do SENHOR procede
toda decisão/determinação” (Provérbios 16.33)
A mesma palavra hebraica para sorte é empregada nos textos acima - hagoral. Sortes foram
lançadas para determinar destinos. Embora o ímpio pensasse estar prosperando em
seus intentos, como haman, do SENHOR, que governa sobre tudo e rege as
leis da natureza, vem a última palavra sobre todo e qualquer assunto. Até no
bode escolhido para o SENHOR e aquele que seria emissário há a presciência de
YAH! ELE também controla a sorte lançada!
“ainda que os ímpios brotam como a
erva, e florescem todos os que praticam a iniqüidade, nada obstante, serão
destruídos para sempre” (Salmo 92.7). Quando
o cálice da sua iniquidade transbordar, então receberão sua recompensa, a
porção (pur) de sua sorte (pur = hagoral) da parte do SENHOR: “Não
me arrastes com os ímpios e com os que praticam a iniqüidade; que falam de paz
ao seu próximo, mas têm mal nos seus corações. Dá-lhes segundo as suas obras e
segundo a malícia dos seus esforços; dá-lhes conforme a obra das suas mãos;
torna-lhes a sua recompensa” (Salmo 28.3,4)
5)
Nome oculto de HaShem em Purim e a face oculta de YHVH no Kódesh hakadashim.
Só o sumo sacerdote, uma única vez ao ano, adentrava no Kódesh hakadashim, não sem estar envolto
pela nuvem do altar do incenso de aromas suaves, imediatamente à entrada deste.
Embora Sua presença estivesse ali, não poderia ser vista Sua face, porque 'quem O vir não sobreviverá' (Êxodo 33.20,23).
O significado de Purim é ser perdoado e aceito por DEUS por
causa de Sua vitoriosa performance,
pelo impecável trabalho de justiça/retidão e pela vitória do amor sobre o
juízo, tudo isso conquistado na cruz do Calvário. Desde que saiu o decreto para
a destruição do povo escolhido, sobressaiu Aquele que tem a última palavra,
pois YHVH é o Sim e o Amém, o Álef e Tav, porquanto Princípio e o Fim, uma vez
que nELE e através dELE tudo foi
consumado.
Que o Espírito de graça e súplicas (Zacarias 12.10) seja derramado sobre o remanescente dos sobreviventes
da Shoah, e encontrem O Caminho, A
Verdade e A Vida, desfrutando do MESSIAS, como Simeão e Ana, que encontraram a
Salvação de Israel em idade avançada (Lucas 2.25-38).
I)
Paradoxos
em Purim
[paradoxo é "o oposto do que alguém
pensa ser a verdade"]
O tema de Purim é a sobrevivência
providencial do povo judeu a despeito das inúmeras tentativas de sua
destruição completa.
Como Pêssach (1ª festa do ano), Purim (a última festa do ano) celebra a
libertação e a fidelidade de DEUS para com Israel. A ironia é que o
antissemitismo consegue se enforcar com sua própria forca ou corda e isso
literalmente aconteceu com haman e sua família. E o antissemitismo tem a
ver com a rebeldia do homem em aceitar a escolha de YAH, de reconhecer Seu
eterno e incondicional amor para com a humanidade, expressa por Seu amor fiel
ao povo judeu.
Purim é a festa dos paradoxos, festa
de identidades ocultas (por isso usam máscaras hoje para celebrá-la) que
são expostas quando as máscaras caem, no final; festa de substituição
e de vingança do SENHOR, quando a hora é chegada:
·
a arrogante e irreverente
rainha Vashti (chamada, não foi) é substituída pela humilde e submissa Ester
(mesmo não chamada, foi);
·
a
humilhação que haman exige de Mordechai e do povo judeu (pelo
prostrar-se diante dele e reverenciá-lo) é substituída por sua própria
humilhação, ao prostrar-se diante da judia rainha Ester para clamar por sua
vida – em vez de humilhação, a dupla
honra;
·
a corda destinada
à humilhação e ao enforcamento de Mordechai, o judeu ‘irreverente’, é substituída
pela corda da exaltação e do livramento que puxava ao cavalo preferido do rei,
sobre o qual Mordechai era conduzido diante do povo, porque ‘assim
se faz ao homem a quem o REI deseja honrar’;
·
a
identidade oculta de Ester é substituída pela revelação da identidade nacional
e religiosa de Hadassa;
·
a corda (do
cavalo real) destinada ao engrandecimento de haman é substituída pela
corda da forca preparada para seu inimigo;
·
o
genocídio judaico arquitetado por haman é substituído por sua morte e de
sua descendência;
·
o
pessimismo e derrotismo que pairava sobre o povo judeu é substituído pela
alegria e esperança;
·
o
amalequita haman, ‘descendente daquele que fora poupado por Shaul’, é
substituído pelo judeu Mordechai, ‘descendente daquele que poupara seu
ancestral’, em suas funções como conselheiro chefe do rei e na administração de
suas propriedades;
·
a
irreverência do povo de Israel a YHVH quando ESTE ordenou a Shaul que fizesse
guerra contra os amalequitas e não tomasse despojos (homens, mulheres, crianças
e bens) do meio deles, é substituída pela reverência do povo em não tocar nos
despojos de seus inimigos;
·
a
humilhação é substituída por dupla honra;
·
o dia da
destruição se transforma no dia da celebração.
Os meses primeiro e último do calendário judaico (Nisan e Adar,
respectivamente) centram-se na salvação de DEUS. Em Adar, celebra-se Purim (14
Adar) e, exatamente 30 dias depois, em 14 de Nisan, celebra-se Pêssach. Entretanto,
enquanto no primeiro os atos de DEUS estão ocultos, no 2º estão escancarados,
pois com Mão poderosa (Josué 4.23,24) e Braço
estendido (YEHOSHUA é a mão de YHVH agindo na Terra – Isaías
51.9; 53.1) (Deuteronômio
5.15).
Do princípio ao fim do ano,
YHVH tem livramentos para Seu povo, para aqueles que nELE esperam
Megilat Ester aponta para a ‘revelação do que está oculto/escondido, daquilo que é difícil de
enxergar’, relacionada à celebração
da vitória sobrenatural porque ‘a memória de amalek foi apagada
de debaixo do céu’ e o Nome de YHVH exaltado, honrado e santificado por
meio da prova cabal de Sua existência – o povo judeu
Creio que o maior paradoxo seja a ausência explícita do Nome de YHVH em
toda a história e que, no entanto, descortina/revela Sua presença a despeito de
Sua aparente ausência, em todas as circunstâncias descritas. E isso pode ser
mostrado em Ester que, apesar da uma vida ‘assimilada’ no palácio (a adoção de
nome babilônico revela isso), sua identidade tem que ser exposta para interceder
por seu povo diante do rei. O que aparentam ser ‘meras escolhas humanas’, na
verdade revelam o plano integral de YHVH para o livramento de DEUS.
A mão invisível de YAH domina as
decisões de cada um dos personagens dessa história, embora pareçam casuais:
a) ‘por casualidade’, a rainha Vashti decide desafiar, desobedecer,
reberlar-se e humilhar o rei Achashverosh, que a destrona e a substitui (Ester 1.10-22; Provérbios 21.1);
b) ‘por casualidade’, uma bela e jovem judia de nome Hadassah, era prima de e
criada por Mordechai, um líder judeu da Pérsia, leal ao rei, que servia no
palácio real em Shushan (Ester 2.5);
c)
‘por
casualidade’, Ester encontrava graça e causava boa impressão diante de todos (Ester 2.9,15,17);
d) ‘por casualidade’, Xerxes amou a judia Ester, sua escolhida e preferida, ungida
a nova rainha persa, durante o mês de Tevêt (Ester
2.4,9,16,17), no mês em que, um século antes, Jerusalém era sitiada
pelos babilônios (Jeremias 52.4,5) para cair,
três anos depois, no mesmo mês décimo ou Tevêt (Ezequiel
33.1);
e) ‘por casualidade’, Mordechai orientou Ester a ocultar sua identidade
judaica para ser revelada em momento oportuno (Ester 2.20);
f)
‘por casualidade’, Mordechai estava na hora certa, no
lugar certo para ouvir a conspiração contra o rei, e pôde usar a presença de
Ester no palácio para denunciar tal complô de morte (Ester
2.21-23);
g) ‘por
casualidade’, Mordechai não foi honrado naquele momento pelo rei (Ester 6.3);
h) ‘por casualidade’, Achashvrosh promoveu haman, um descendente de amalek,
para ser o vizir persa (Ester 3.1), homem este
que não poderia ser honrado por Mordechai, por causa dos mandamentos da Torah (Êxodo 17.8-16; Deuteronômio
25.17-19 – apagar a memória de amalek);
i)
‘por casualidade’, Mordechai era da tribo de Bin’yamin, descendente
do rei Shaul, enquanto haman era agagita, descendente do rei amalequita Agag,
que fora poupado por Shaul;
j)
‘por casualidade’, os servos do rei desafiaram haman
a ver se o compromisso de Mordechai com a fé judaica sobrepujaria o decreto
real (Ester 3.3-6), o que o levou a arquitetar o
plano maligno de exterminar o povo judeu, usando os mágicos do rei para lançar
sortes para a melhor data de execução do plano (Ester
3.7);
k)
‘por casualidade’, as sortes para destruição do povo
hebreu foram tiradas no mês de Nisan, o 1º, no qual se celebra a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito (Ester 3.7);
l)
‘por
casualidade’, a sorte caiu para o último mês, no dia 13 do 12º mês, e o rei concordou com o plano diabólico de haman
(Ester 3.8-15; Provérbios
16.33);
m) ‘por casualidade’, Ester era a única capaz de denunciar o plano de haman:
“Porque, se de todo te calares neste
tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a
casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a
este reino?” (Ester 4.14);
n)
‘por casualidade’, o rei estava de bom humor ao
receber Ester (sem ser requisitada), num momento em que ela não estava em seu
melhor estado de saúde, de aspecto, de vivacidade, por causa do jejum absoluto
de três dias (Ester 5.1-8);
o)
‘por casualidade’ de cinco vezes, Ester
encontrou graça diante do rei que quis conhecer sua para satisfazê-la,
oferecendo-lhe até metade de seu reino, porque ‘bem parecia ao rei fazer
isso’ (Ester 5.4,8; 7.3;
8.5; 9.13);
p)
‘por
casualidade’, Ester esperou mais um dia para revelar-se e expor a haman
(Ester 5.8);
q) ‘por casualidade’, a esposa de haman, Zeresh, sugeriu que
construísse uma forca para Mordechai (Ester 5.14);
r)
‘por casualidade’, o rei perdeu o sono em uma noite e
desejou ouvir as crônicas reais (Ester 6.1). O
destino de heróis da fé (Yosef, Daniel, Mordechai) foi revertido pelos
distúrbios de sono providenciais de seus monarcas (faraó, Nevuchadnetsar, Achashverosh);
s)
‘por casualidade’, Achashverosh ouviu até o relato dos
feitos de Mordechai para com o rei e como ainda não havia sido recompensado por
tais realizações (Ester 6.2);
t)
‘por casualidade’, haman entrou nos aposentos
reais para pedir pelo enforcamento de Mordechai exatamente no momento em que o
rei pensava em como honrar aquele que havia salvado sua vida (Ester 6.3-5);
u)
‘por casualidade’, haman que buscava honra e
exaltação foi humilhado, enquanto Mordechai, o humilhado, foi exaltado e
honrado diante de toda a cidade (Ester 6.6-12);
v) ‘por casualidade’, Zeresh profetizou a queda de haman diante dos
judeus, antes que ele atendesse ao 2º banquete da rainha Ester (Ester 6.13,14 – “...Se
Mordechai, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus,
não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele...”);
w) ‘por casualidade’, haman prostrou-se e depois caiu sobre o divã de
Ester para clamar por sua vida justamente quando o rei enfurecido retornava à
sala do banquete (Ester 7.8)
x) ‘por casualidade’, o rei decretou que haman fosse enforcado na mesma
forca que preparara para Mordechai e transferiu todas as suas propriedades a
Ester (Ester 7.9,10; 8.1).
y) ‘por casualidade’, Mordechai e haman tiveram seus papéis trocados e de
perseguido, tornou-se o vizir e autoridade sobre haman (Ester 8.15; 10.3);
z) ‘por
casualidade’, novo decreto, e desta vez favorável aos judeus, foi escrito no
mês de Sivan, quando se celebra
Shavuot (Ester 8.9);
aa) ‘por casualidade’, esse novo
decreto causou medo, tremor nos moradores de todo o reino e gozo e alegria aos
judeus, que obtiveram o direito de defender-se (Ester
8.17; 9.1,2);
bb) ‘por casualidade’, em vez de
exterminados e despojados, os judeus exterminaram 75.800 de seus inimigos (Ester 9.6-16);
cc) ‘por casualidade’, não tocaram
nos despojos de guerra (Ester 9.6-16; 1
Samuel 15.3,15,20,21).
‘por
casualidade’ entenda-se CRISTOCIDÊNCIA
Ao rever as ‘casualidades’ em Megilat Ester, sinto gozo no meu
espírito e percebo como o SENHOR Se ri de tudo isso, porque enfim Seu Nome foi
exaltado, glorificado, honrado num momento em que, depois de várias gerações,
‘Shaul’ e ‘Agague’ se encontram (por meio de seus descendentes) e a história
escrita tem outro final: a vitória de Seus escolhidos sobre amalek e a
garantia da preservação de Sua linhagem messiânica!
E o Salmo
2 expressa muito bem essa realidade da história de Ester, da história dos
que vivam na dependência do REI YEHOSHUA HaMASHIACH:
“Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam
coisas vãs? Os reis da Terra se levantam, e os príncipes conspiram contra YHVH
e contra o Seu MASHIACH (Ungido), dizendo: ‘Rompamos os Seus laços e sacudamos
de nós as Suas algemas’. Ri-se Aquele
que habita nos céus; ADONAI zomba
deles. Na Sua ira, a Seu tempo, lhes há de falar e no Seu furor os
confundirá. ‘EU, porém, constituí o Meu REI sobre o Meu Santo Monte Sião’.
Proclamarei o decreto de YHVH: ELE Me disse: TU és Meu Filho, EU, hoje, Te
gerei. Pede-Me, e EU Te darei as nações por herança e as extremidades da Terra
por Tua possessão’. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso
de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir,
juízes da Terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nELE com tremor.
Beijai o Filho para que Se não irrite, e não pereçais no caminho; porque
dentro em pouco se LHE inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nELE se
refugiam”.
Clamemos ao SENHOR por nós mesmos, para que ELE nos revele Seus tesouros
escondidos, para que não soframos em consequência de nossa muita ignorância e
estultícia (“o Meu povo será levado cativo,
por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se
secará de sede” – Isaías 5.13). Que ELE, em Sua infinita misericórdia, abra nossos olhos,
destampe nossos ouvidos, quebrante-nos para que tenhamos coração ensinável e
pronto a obedecer. Que ELE revele-nos o que está em oculto.
Que os líderes das nações se dobrem ante a suprema decisão do REI dos
reis e SENHOR dos senhores, antes que ELE derrame Sua ira sobre os povos, em
Nome do SENHOR YEHOSHUA. Que se arrependam genuinamente, reconhecendo a escolha
de YAH, Israel.
Clamemos pelos líderes religiosos da
chamada ‘igreja cristã’, que têm investido pesadamente contra Israel,
aliando-se à campanha global BDS (boicote,
desinvestimento e sanções) nos
setores político, econômico, cultural e social contra Israel, para força-la a sair
dos assentamentos em Judéia, Samaria e Jerusalém Oriental, a aceitar que os
árabes que fugiram de Israel durante a Guerra de Independência, em 1948/49
[NOMEADOS pela ONU, ERRÔNEA e satanicaMENTE, de refugiados (NÃO EXISTE
TAL CARACTERIZAÇÃO DEPOIS DE 65 ANOS.
Os descendentes e descendentes dos descendentes é que fazerm parte desses
acampamentos desumanos e diabólicos mantidos pela ONU e pelas nações onde se
encontram)] retornem ao
território israelense que sobrar, outorgando-lhes e aos que já vivem ali
cidadania plena, além da entrega de territórios que pertencem a YHVH, a herança
do SENHOR, para que árabes muçulmanos consagrem-nas a allah... Que a mão de
YHVH pese sobre esses líderes para que sejam despertos de seu maligno torpor e
possam ter seus sentidos espirituais desobstruídos e retornem à razão das
Escrituras, convertendo-se genuinamente a YEHOSHUA HaMASHIACH.
J) Por
que os cristãos não celebram Purim?
Muitos teólogos cristãos são essencialmente
antissemitas em sua forma de raciocínio. Por esta razão, têm detestado o livro de
Ester e desprezado sua mensagem, desejando que não fosse incluído no TaNaCH,
como declarou Martinho Lutero, por considera-lo judaizante ou ‘um memorial ao
espírito nacionalista judaico’, sequer compreendendo o plano incrível e
imutável do amor resgatador de YAH pela humanidade e Sua fidelidade inabalável.
O livro de
Ester centra-se no cuidado providencial de DEUS para com Israel, garantindo sua subsistência, e essa
conclusão é abominável, odiosa para os preconceitos teológicos.
Uma vez que o livro de Ester, e seu consequente
Purim, celebra a existência e
perpetuidade do povo judeu, isso não tem relevância para o meio cristão.
Tal desconsideração é chocante, uma vez que esse livro está no cânon da Bíblia
cristã e há ordenanças para lembrar
e guardar esses dias (“E que estes dias seriam lembrados
e guardados em cada geração, família, província e cidade, e que esses
dias de Purim não fossem revogados entre os judeus, e que a memória deles nunca
teria fim entre os de sua descendência” - Ester 9.28) – as mesmas palavras que aparecem
no comando de YAH sobre a observância do shabat: guardar (“Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o SENHOR teu DEUS” - Deuteronômio 5.12) e lembrar
(“Lembra-te do dia do
sábado, para o santificar” - Êxodo
20.8).
Por esta razão, os cristãos deixam essa mensagem
para os judeus e ignoram que tão importante é sua mensagem para judeus e
gentios messiânicos, não conseguem ver aplicabilidade para a igreja do SENHOR,
não podendo reconhecer-se ali na trama da sobrevivência. Só ignoram essa
realidade por rejeitar, por negar as raízes judaicas da fé cristã. E, de fato,
foi isso que a igreja perdeu ao longo desses dois milênios de cisalhamento
Israel-Igreja: sua identidade!
O livro de Ester indubitavelmente, nos conduz à celebração da identidade judaica e sua
sobrevivência (num plano imediato), apesar dos planos e desenhos malignos
do antissemitismo, e cristãos que crêem e defendem a teologia da
substituição, ficam desconfortáveis com esse livro, porque confronta suas falsas
interpretações de serem os novos receptadores das promessas e bênçãos
divinas destinadas ao povo, à terra e à nação de Israel especificamente. Para
aqueles que compreendem que o Corpo do MASHIACH compartilha das bênçãos da aliança com Israel, porque faz parte da
‘comunidade de Israel’ (Efésios 2.11,12-18),
o livro de Ester é uma bela história sobre o amor fiel e cuidadoso de YAH para com Seu povo, e a certeza de que ELE está escrevendo a
nossa história, ainda que por vezes pareça ausente e ‘sem se preocupar que
pereçamos’ (como reclamaram os discípulos enquanto YEHOSHUA dormia em meio
à tempestade – Marcos 4.36-40) e cumprirá cabalmente Sua Palavra e teremos
o final feliz que ELE planejou para nós!
Mas, se analisarmos profundamente a
implicação desse relato, veremos a estratégia de satanás de querer, uma vez
destruída (ou enfraquecida) a prova cabal da existência de YHVH, que é Israel, destruir
a credibilidade da Palavra e do próprio SENHOR, DEUS do Universo, de geração em
geração. O espírito do antissemitismo é exposto nesse livro: “disse haman ao rei
Assuero: ‘Existe um povo espalhado e
disperso entre os povos em todas as províncias do teu reino, cujas leis e modo de vida são muito
diferentes das tradições e normas dos demais povos, e que não se sujeitam às
leis do rei; pelo que não é conveniente
ao rei tolerá-lo, que tais pessoas sigam
vivendo entre nós. Se bem parecer ao rei, decrete-se que sejam imediatamente aniquilados, e, nas próprias mãos dos que
executarem a obra, eu pesarei dez mil talentos de prata para que entrem nos
tesouros do rei’” (Ester
3.8,9) – povo diferente, cujas tradições, leis e o modo
de vida são diferentes dos nossos e, por isso, devem ser
aniquilados. São os ‘politicamente incorretos’ (como Mordechai) que devem ser
aniquilados.
Esse
é o projeto do governo mundial, da
globalização – aniquilar os diferentes, os que não se alinham à sua forma
de pensar, de agir, de falar...
Mas,
o SENHOR previamente anunciara que Israel andaria só, que seria
diferente, embora abençoada e abençoadora: “Como
posso amaldiçoar a quem DEUS não amaldiçoou? Como posso denunciar a quem o
SENHOR não denunciou? Pois do cimo das penhas vejo Israel e dos outeiros o
contemplo: eis que é povo que habita só e não será reputado entre as nações”
(Números 23.8,9). E isso frontalmente
contrapõe-se ao projeto da torre de bavel, à globalização. Recordando que
Israel é chefe/cabeça e primogênita das nações, e o SENHOR a usa como Seu
trunfo para fazer oposição a satanás e seus projetos de destruição da obra
prima de YAH, a humanidade.
E
o SENHOR também chama Sua noiva para comportar-se de modo similar ao de
YEHOSHUA, diferentemente dos padrões do mundo! O SENHOR não nos chamou para
sermos iguais, mas nossas diferenças é que revelam Sua multiforme sabedoria; afinal, ELE pôs fim à torre de bavel!
“Vinde,
edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até os céus e
tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a
Terra (desobediência
explícita ao comando de YHVH de frutificar, multiplicar e povoar a Terra). Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a
torre, que os filhos dos homens edificavam; e o SENHOR disse: Eis que o povo
é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo;
agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem,
para que um não entenda a linguagem de outro. Destarte, o SENHOR os dispersou dali pela superfície da Terra; e cessaram de
edificar a cidade. Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Bavel, porque ali confundiu
o SENHOR a linguagem de toda a Terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a
superfície dela” (Gênesis
11.4-9)
“A mim, o menor de todos os
santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de CRISTO e
manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em
DEUS, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de DEUS se torne
conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,
segundo o eterno propósito que estabeleceu em CRISTO JESUS, nosso SENHOR, Pelo
Qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nELE”
(Efésios 3.8-12)
Parece uma realidade
impossível de acontecer, que satanás consiga destruir a credibilidade da
Palavra de DEUS e dELE mesmo. No entanto, qual o perfil de nossas sociedades? A
maldade se multiplica exponencialmente, a incredulidade e apostasia se
multiplicam assustadoramente em nossa geração, por causa da mentira e cegueira
crescentes, pelos corações vaidosos se esfriando e se endurecendo. As
comunidades ‘politicamente incorretas’ são cada vez mais rechaçadas e
desprezadas, caluniadas, muitas caladas. A globalização é a agenda do dia.
A sociedade endurece seu coração e não quer ouvir a Palavra de DEUS que
confronta nossos melhores padrões de justiça como ‘lixo absoluto’. Vivemos dias
de apostasia dentro dos arraiais cristãos!
Já vimos sobre amalek, e como atacaram
Israel, consumindo aos mais fracos durante a marcha (e toda humanidade é fraca,
marchando ao Vale de Yehoshafat, ao vale da decisão, vale onde YHVH julga).
No Salmo 83.4, o
salmista anuncia a intenção da ‘confederação das nações árabes’ em apagar a
memória de Israel do mapa: “Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória
do nome de Israel”.
A mesma ordenança de YAH sobre o destino de amalek,
de ‘ter a memória do seu nome, de sua existência apagada de debaixo do céu’, porque amalek tocou no trono de YHVH,
é a estratégia que satanás (copiador) usa para destruir Israel.
Se a igreja não percebe que
deve obedecer a YAH e dispor-se a fazer guerra contra amalek de geração
em geração, porque o trono de YHVH tem sido usurpado no coração das pessoas
por satanás, e o tem sido pelo espírito de amalek, então, essa igreja
é morna e está a ponto de ser vomitada!
A Brit
Chadashah (Nova Aliança) em YEHOSHUA HaMASHIACH é descrita primeiramente em
Jeremias 31.31-34 e foi dada aos judeus (“EU não fui enviado senão às
ovelhas perdidas da casa de Israel” – Mateus 15.24).
Juntamente com esta nova aliança em CRISTO JESUS
anunciada a eles em primeira mão [pois “que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória,
e as alianças, e a Torah, e o culto, e as promessas;
dos quais são os pais, e dos quais é
CRISTO segundo a carne, O Qual é
sobre todos, DEUS bendito eternamente. Amém” (Romanos 9.4,5)], há uma
promessa inigualável que aponta para a perpetuidade e eternidade de Israel
diante do SENHOR, enquanto as leis da natureza existirem:
“Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma aliança nova (Brit Chadashah) com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não
conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para
os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a Minha aliança apesar de
EU os haver desposado, diz o SENHOR. Mas esta é a aliança que farei com a casa
de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a Minha lei no seu
interior, e a escreverei no seu coração; e EU serei o seu DEUS e eles serão o
Meu povo (senso de mútuo
pertencimento – ‘eu sou do meu Amado
e todo o desejo, toda a paixão, toda a saudade do meu Amado é por mim’ – Cântico dos Cânticos 7.10). E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão,
dizendo: Conhecei ao SENHOR; porque todos
Me conhecerão, desde o menor até o maior deles, diz o SENHOR; porque lhes
perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados. Assim diz
o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das
estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o
SENHOR dos Exércitos é o Seu Nome. Se
falharem estas ordenanças de diante de Mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de
ser uma nação diante de Mim para sempre. Assim disse o SENHOR: Se puderem
ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá
em baixo, também EU rejeitarei toda
a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR” (Jeremias 31.31-37).
Portanto, a fidelidade de YAH para com o
cumprimento de Suas promessas independe de nossa fidelidade ou da fidelidade de
Israel (‘por tudo
quanto fizeram’), mas do caráter
inquestionável e inabalável de nosso DEUS: “se somos infiéis, ELE permanece fiel, pois de maneira
nenhuma pode negar-Se a Si mesmo” (2 Timóteo 2.13), e é
esse rico presente e dom que a igreja ‘antissemita’, despercebida, deixa de
perceber e aprender de seu SENHOR e Dono. ‘Seus
dons e Seu chamado são irrevogáveis’ (Romanos 11.29).
Mas, ELE é fiel, ainda que sejamos infiéis. Aprouve a ELE, por Sua infinita
misericórdia (porque sabe que somos pó e cinzas), garantir-nos, por meio de
fenômenos físicos, por meio de coisas materiais, por meio de Israel - a prova
cabal de Sua existência (e de todos os Seus atributos) – Sua fidelidade. E isso
não é para que Sua noiva tenha ciúmes ou inveja, mas regozijo, porque Israel
tem-nos servido de símbolo, sinal de Seu amor fiel e incondicional.
O livro de Ester pode ser um escândalo, uma infâmia para alguns teólogos,
porque se trata do ‘escândalo da eleição’,
e a igreja antissemita não suporta tal escolha. A idéia de que DEUS pretere um
povo em detrimento de outro é inadmissível, insustentável, insuportável, porque
é aparente ‘acepção de pessoas’. ELE disse: “Porque EU sou o SENHOR teu DEUS, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei
o Egito por teu resgate, a Etiópia e a Seba em teu lugar. Visto que foste precioso aos Meus olhos (‘Israel é a menina do Seu olho’), também foste honrado, e EU te amei,
assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida” (Isaías 43.3,4).
A seleção de Israel é a escolha
de YHVH. É a soberana
prerrogativa de YAH que nomeia Israel como ‘Seu povo escolhido’ e os
cristãos de ‘escolhidos em YEHOSHUA desde a fundação do mundo’ (Efésios 1.4). Em nossa muita arrogância ousamos
questionar a DEUS e Suas intenções, rejeitando Suas escolhas, que são de Sua
inteira responsabilidade e razão e que estão relacionadas à Sua plena
sabedoria/soberania, enquanto questioná-la sim tem a ver com nossa muita rebelião.
Por isso, somos uma igreja que caminha a passos largos para a apostasia, porque
‘um abismo chama outro abismo’ (Salmo 42.7).
“Ninguém pode vir a Mim, a menos que
o PAI que Me enviou o não trouxer” (João 6.44a, 65)
– O PAI escolheu
“Não Me escolhestes vós a Mim, mas EU
vos escolhi a vós, e vos nomeei” (João 15.16a)
– YEHOSHUA escolheu
Enquanto crentes em CRISTO JESUS, também fomos escolhidos por ELE. A nossa
eleição tem o mesmo valor que a eleição de Israel. Então, por que o ciúme? Por
que a inveja? (Isaías 11.13).
O que dizer de tais escolhas se ELE é o SENHOR do Universo e ‘o DEUS dos espíritos de toda a carne’? (Números 16.22). “Compadecer-Me-ei
de quem Me compadecer, e terei misericórdia de quem EU tiver misericórdia.
Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de
DEUS, que Se compadece” (Romanos 9.15,16).
Nada tem a ver conosco e sim com ELE, que Se compadece de quem quiser, que
ama a quem quiser amar, e isso é prerrogativa Sua. Enquanto a igreja
considerar-se o centro do universo (e isso é puro humanismo), mais longe
de DEUS ela se tornará. ELE é o Sol da Justiça, ao redor de Quem orbitamos e
existimos.
Em Sua onisciência e onipresença, conhece nossos corações e sabe quem O
rejeitará e quem se dobrará diante dELE, porque ‘Muitos são chamados, mas poucos escolhidos’ (Mateus 22.14).
Purim é o tempo de celebrar ao DEUS de Israel como nosso Soberano REI que nos estende Seu cetro
de misericórdia, nos recebendo em Sua recâmara a qualquer momento, sem
necessidade de agendar entrevista; como nosso Fiel e Justo Protetor, disponibiliza
todas as armas necessárias e todas as instruções para ‘apagarmos a memória de amalek
de debaixo do céu’, diariamente; como nosso magnificente Salvador, que nos escolheu em amor para trazer-nos
libertação daqueles que mais nos odeiam; como nosso Amado Esposo, que nos ama com amor incondicional e nos permite
experimentar o gozo de tal amor imensurável, nos concedendo o final feliz que
desejamos: ‘estar em Sua doce presença eternamente e adorá-lO em espírito e em
verdade para sempre’.
Que o Espírito de YAH que nos convence do pecado, da
justiça e do juízo, seja derramado de modo profuso na noiva do Cordeiro, para
que haja um profundo, sincero e rasgado arrependimento pelos muitos séculos de antissemitismo
e adoção da teologia da substituição em nosso meio. Que essa raiz
maligna, que tem sufocado a verdadeira Seiva da igreja seja extirpada até seu
último veio, e substituída pelo amor
agapao de DEUS PAI para com a ‘menina
do Seu olho’. Que essa árvore, que não foi plantada por ELE, seja arrancada
de nossos arraiais, e o Sol da Justiça volte a brilhar nos corações
arrependidos de Sua noiva, em Nome do Noivo que ardentemente aguarda por esse
dia!
Arrependamo-nos das falsas teologias contra Israel, pois
YHVH é Sionista. Que ELE nos levante como guerreiros sionistas bíblicos, bem
como a toda a Casa de Israel.
K) Lições de Purim
A vida é complexa, cheia de altos e baixos, de contradições e dilemas, que
merece decisões guiadas por princípios. Ameaças e obstáculos são desafios e
oportunidades fantasiados/mascarados, que podem nos levar ao desespero e ao
derrotismo, ou à lutar e ao enfrentamento, com a vitória inevitável se
estivermos inseridos em YEHOSHUA. É impossível esquecer que quanto maior a
missão, maiores serão as adversidades ‘fantasiadas’ em oportunidades!
É o dia mais jubiloso do ano porque nos recorda que onde quer que estejamos
(em meio à luz ou às trevas, na mais sublime felicidade ou na mais profunda
tristeza), jamais estamos sós:
“Para onde fugirei da Tua face? Se
subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás
também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda
lá me haverá de guiar a Tua mão, e a Tua destra me susterá. Se eu digo: as
trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até
as próprias trevas não Te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa”
(Salmo 139.7-12);
“porque ELE tem dito: De maneira alguma
te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus
13.5b).
DEUS governa o Universo, mesmo enquanto aparentemente oculto, mesmo que
aparentemente à deriva.
DEUS continua a operar milagres, em nosso dia a dia, agindo nas
circunstâncias e que só serão percebidos depois de muitos dias.
Se em Pêssach, celebramos os milagres sobrenaturais que YAH fez ao Seu povo
(Israel e a igreja) para operar Sua liberdade da escravidão do Egito (pecado e
morte), em Chanukah, Festa das Luzes, celebramos os milagres que YHVH operou em
favor de Seu povo. Em Purim, ainda que Sua Presença/Face esteja oculta, Suas
mãos não estão encolhidas para bloquear o derramar de Suas bênçãos sobre Seu
povo, trabalhando nos bastidores para quebrar todo o intento do maligno contra
ele. ELE pode ser encontrado na escuridão de suas vidas.
Quantas vezes tivemos livramentos, no dia a dia, que sequer temos
consciência? Quantas vezes não entendemos e rejeitamos as ocorrências de nossas
vidas, que serviriam como lições preciosas do CRIADOR para serem aprendidas? Quantas
foram as circunstâncias em que fomos guiados por um caminho que redundará em um
grande milagre, mais tarde? Toda a narrativa de Ester aconteceu num período de nove
anos, desde o banquete em que Vashti desafiou o rei e os eventos que se
sucederam. Qual a importância da arrogância e altivez de uma rainha para os
judeus? Era o princípio do livramento do povo judeu!
Ainda que Sua Presença/Face
estivesse oculta, Suas mãos não estavam encolhidas para não trabalhar e
destruir o intento do maligno contra Seu povo. ELE honrou Sua Palavra e
preservou a linhagem messiânica!
Esse é o DEUS oculto de Ester agindo em nosso favor, porque ‘todas as coisas cooperam para o bem daqueles
que amam a DEUS, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito’ (Romanos 8.28). Por esta razão, devemos expurgar de
nossos lábios palavras como ‘coincidência’, ‘acaso’, ‘sorte’, ‘casualidade’, porque
todos os eventos de nossa vida são Sua ‘Cristocidência’. E essa é uma tarefa
árdua de aprender!
DEUS está sempre presente, nada acontece por acaso, mas há sempre um
propósito para todas as coisas, ainda que não entendamos Seus caminhos e Seu modus operandi. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito
debaixo do céu” (Eclesiastes 3.1).
Devemos ter cuidado com os ‘inimigos
que posam de parceiros de paz, escondendo um estratégico alvo de extermínio’ (9)
Os malfeitores não são apenas maus, mas são terrivelmente ignorantes, se
pensam que podem medir forças contra DEUS e Suas determinações e ainda saírem
vitoriosos. Seus atos contra DEUS e o Seu MESSIAS serão punidos severamente,
com a morte eterna, se não houver arrependimento e mudança de atitude: “Ai daquele que contende com o seu Criador! E
não passa de um caco de barro entre outros cacos” (Isaías
45.9a).
“Por isso, quem crê no Filho tem a
vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida,
mas sobre ele permanece a ira de DEUS” (João 3.36).
“A ira de DEUS se revela do céu
contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça”
(Romanos 1.18).
“Horrenda coisa é cair nas mãos do DEUS Vivo” (Hebreus 10.31).
“Os reis da terra se levantam, e os
príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o Seu Ungido, dizendo... Ri-Se
Aquele que habita nos céus; o SENHOR zomba deles. Na Sua ira, a Seu tempo, lhes
há de falar e no Seu furor os confundirá. EU, porém, constituí o Meu REI sobre
o Meu santo monte Sião... Com vara de ferro as (nações) regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis,
sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da Terra. Servi ao SENHOR com temor
e alegrai-vos nELE com tremor. Beijai o Filho para que Se não irrite, e não
pereçais no caminho; porque dentro em pouco se LHE inflamará a ira.
Bem-aventurados todos os que nELE se refugiam” (Salmo
2.2,4-6,9-12).
Devemos ‘apagar a memória de amalek de
debaixo do céu’, estabelecendo ‘reino
de DEUS de justiça, paz e gozo no Espírito Santo’ (Romanos
14.17) ao ‘buscarmos Seu reino e
Sua justiça em primeiro lugar’ (Mateus 6.33),
‘negando-nos a nós mesmos, tomando nossa
cruz diariamente, e seguindo os passos de JESUS’ (Marcos
8.34), nosso padrão e forma. A vitória é certa e é conquistada com
jejuns e orações, para quebrantamento nosso e dependência dELE e nELE.
O amor irreversível, invencível, insuperável e soberano de DEUS por Seu
povo é a nossa grande esperança, pois tudo passará, exceto o Seu eterno
amor, prova de Sua integridade e fidelidade para conosco: “Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em
parte; então, conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a
fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13.12,13).
Louvado e engrandecido seja YEHOSHUA porque nunca
jamais abandonou Israel e nunca a abandonará. Fiel é ELE para cumprir Sua
promessa. E esse é o nosso gozo e descanso, porque ELE nunca jamais
falhará conosco, não importando as circunstâncias, porque, ao final, Se
revelará glorioso para cumprir todos os Seus santíssimos desígnios. HalleluYAH!
O SENHOR é bom e Sua misericórdia dura para sempre!
Que o SENHOR liberte Israel das ataduras que a têm
prendido e a têm impedido de realizar S(s)eu propósito profético, liberte-a de
todas as conexões indevidas com os povos da terra. Que toda a maligna
dependência para com os EUA seja quebrada, anulada, cancelada, em Nome do Goel Israel (Redentor, Libertador de
Israel) e possa livremente caminhar nos passos que YEHOSHUA, seu REI e SENHOR
já trilhou de antemão para ela, sem muletas ou quaisquer outras órteses de
dependência.
Que os malfeitores sejam desmascarados e recebam sua
recompensa, em nossa geração. E o Nome que está acima de todo nome seja
grandemente exaltado e santificado em Israel e diante das nações da Terra.
L) Significado
profético de Purim
Festa de gozo e felicidade pela graça e providência divinas reveladas a Seu
povo. Purim tem dimensão profética que será cumprida nos acharit hayamin (últimos dias).
No fim dos tempos, se levantará o próprio anti-messias (não mais o tipo) e
incorporará toda a maldade daqueles que o antecederam: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que
primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho
da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama DEUS ou é
objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de DEUS, ostentando-se
como se fosse o próprio DEUS” (2 Tessalonicenses
2.3,4).
Estabelecerá e quebrará a aliança de paz (falsa) no Oriente Médio,
suspendendo o sacrifício do templo e usurpando o trono de YEHOSHUA. Na
tentativa de estabelecer a ‘solução final’ sobre o povo judeu, como foi com haman,
com hitler, com adriano e com tantos outros, satanás será destruído pelo REI
dos judeus, que regressará triunfalmente
para assentar-Se no trono que LHE
pertence por direito de criação
(“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com DEUS, e o Verbo era DEUS. ELE estava no princípio com DEUS. Todas as coisas
foram feitas por intermédio dELE, e, sem ELE, nada do que foi feito se fez”
– João 1.1-3), por direito de herança (“Livro da genealogia de YEHOSHUA HaMASHIACH,
Filho de David, Filho de Avraham” – Mateus 1.1;
“E as multidões, tanto as que O precediam
como as que O seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de David! Bendito O Que vem em
Nome de YHVH! Hosana nas maiores alturas!” – Mateus
21.9) e por direito de redenção (“Quando, porém, veio CRISTO como Sumo Sacerdote dos bens já realizados,
mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer,
não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo Seu
próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido
eterna redenção” – Hebreus 9.11,12).
Quando YEHOSHUA retornar, ao final da grande tribulação, ELE destruirá o
falso messias pela Palavra do Seu poder e fisicamente libertará Israel como Seu
legítimo Mashiach e SENHOR. A longa espera pelo MESSIAS cessará, quando ELE
revelar-Se ao povo, que experimentará a verdadeira libertação e salvação de
DEUS – com inescrutável gozo!
M) Purim HaGadol
Visão do futuro:
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo
branco; e O Que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e
peleja com justiça. E os Seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a Sua
cabeça havia muitos diademas; e tinha um Nome escrito, que ninguém sabia senão ELE
mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o Nome pelo qual Se
chama é a D’VAR HaELOHIM (Palavra de Deus). E seguiam-nO os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de
linho fino, branco e puro. E da Sua boca saía uma aguda espada, para ferir com
ela as nações; e ELE as regerá com vara de ferro; e ELE mesmo é o que pisa o
lagar do vinho do furor e da ira do DEUS Todo-Poderoso. E no manto e na Sua
coxa tem escrito este Nome: MÉLECH
ham’lachim v’ADONEI haadonim (REI dos reis, e SENHOR dos senhores)” (Revelação 19.11-16)
Purim não é só comparado a Iom Kipur, mas também a todas
as outras festividades de YHVH. Os sábios judeus ensinam que ‘todas as festas
cessarão um dia, mas não Purim, por conter em si os principais temas e
influências de todas as outras’.
Uma vez que a redenção final ocorra, com ‘a vinda’ do
MASHIACH, não haverá mais Pêssach, Rosh HaShanah ou Iom Kipur, mas Purim continuará a ser celebrado,
porque representa a celebração da
absoluta e completa destruição de amalek.
“E, quando este corpo corruptível se
revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade,
então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória” (1
Coríntios 15.54).
Na
próxima semana, Netanyahu viajará aos EUA para encontrar-se com b.obama na
segunda-feira, além de outros líderes.
Clamemos por essas reuniões:
- que
Netanyahu, que é o homem escolhido por YAH para estar à frente do governo em
Israel para esses dias, receba da parte do Altíssimo saúde, força, sabedoria,
discernimento e proteção em todas as suas viagens;
- que
seus ouvidos sejam abertos e todos os seus sentidos espirituais alertas para
receber orientação de RUACH HaKÓDESH;
- que
ele seja guardado de todos os esquemas demoníacos programados contra ele e Seu
povo durante esta viagem:
“contra Jacó não vale encantamento,
nem adivinhação contra Israel; agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que
coisas tem feito DEUS!” (Números 23.23)
“Toda arma forjada contra ti não
prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a
herança dos servos do SENHOR e o seu direito que de Mim procede, diz o SENHOR”
(Isaías 54.17);
- que
da boca de Netanyahu saia a Palavra da Verdade que, como a ‘adaga
de dois gumes que penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas
e é apta para discernir intentos e propósitos do coração’, cause impacto e transformação de mente e
comportamento na vida de quem a ouvir, principalmente de b.obama e seus
liderados;
- que o SENHOR IMPEÇA Netanyahu de fazer qualquer concessão
ou comprometer-se com alguma área que seja contrária à perfeita vontade de
YHVH, ELOHEI Israel, Dono legal e genuíno de Israel: “Seja a Tua
mão sobre o povo da Tua destra, sobre o filho do homem que fortaleceste para Ti”
(Salmo 80.17);
- que
YHVH revista-o com Sua unção fresca, cuidando de todas as palavras que procedem
de sua boca, para que gerem vida e não morte, em Nome de Seu Filho, YEHOSHUA,
Aquele que tem a chave de David e abre para que ninguém possa fechar, e fecha
para que ninguém possa abrir!;
- que Netanyahu seja cercado de conselheiros segundo o
coração de YAH, capazes de falar aquilo que está no coração do PAI para Israel
nesses dias, em Nome de YEHOSHUA HaMASHIACH:
“O coração do homem traça o seu
caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos” (Provérbios
16.9)
“Muitos propósitos há no coração do
homem, mas o desígnio do SENHOR permanecerá” (Provérbios 19.21)
“Como ribeiros de águas assim é o
coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo o Seu querer, o inclina. Todo
caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os corações”
(Provérbios 21.1,)
- continue
o SENHOR a endurecer o coração dos líderes árabes que vivem em Israel para
REJEITAR todas as propostas norte-americanas, REJEITAR todas as demandas
israelenses e, novamente REJEITAR qualquer acordo de paz com Israel.
- o
único acordo de paz aceito por ambas as partes seja aquele estabelecido na
Palavra de YHVH: “Assim diz o SENHOR acerca de todos os Meus maus
vizinhos, que se apoderam da Minha herança, que deixei ao Meu povo de Israel:
Eis que os arrancarei da sua terra e a casa de Judá arrancarei do meio deles. E
será que, depois de os haver arrancado, tornarei a compadecer-Me deles e os
farei voltar, cada um à sua herança, cada um à sua terra. Se diligentemente
aprenderem os caminhos do Meu povo, jurando pelo Meu Nome: Tão certo como vive
o SENHOR, como ensinaram o Meu povo a jurar por baal, então, serão edificados
no meio do Meu povo. Mas, se não quiserem ouvir, arrancarei tal nação,
arrancá-la-ei e a farei perecer, diz o SENHOR” (Jeremias 12.14-17), por
ser este o único acordo que pode trazer a verdadeira paz, porque ambos estarão
servindo a YEHOSHUA, o MASHIACH de Israel e de todo o mundo!
‘Baruch
ATAH YEHOSHUA HaMASHIACH, Hu Mélech haYehudim u’Mélech Israel u’Mélech HaOlam,
asher bah b’SHEM HaGadol EH’YEH ASHER EH’YEH, YHVH Tsevaot Sh’mo’
(‘Bem-aventurado/Bendito és TU, YEHOSHUA HaMASHIACH, REI dos judeus e REI de
Israel e REI do universo, que vem em Nome do Grande EU SOU O QUE SOU, SENHOR
dos Exércitos é o Seu Nome’) (Lucas 19.38; João 12.13)
“Boah-na,
HaADON YEHOSHUA” (‘Ora vem SENHOR JESUS’) (Revelação
22.20b)
Chag
Purim Sameach, b’ahavat YEHOSHUA HaMASHIACH (Feliz
festa de Purim, no amor de JESUS CRISTO),
marciah malkah
Bibliografia
- RUACH HaKÓDESH ELOHIM e Sua Palavra
- Bible Works 8. Software for biblical Exegesis& Research. 2010
- Bíblia Sagrada, King James Atualizada, Edição de Estudo, 400 anos. Sociedade Bíblica Íbero-Americana e Abba Press, 1ª ed., 2012
- ‘Cronologia do Império Medo Persa’, by Eber Ventura. http://geografia-biblica.blogspot.com.br/2010/08/cronologia-do-imperio-medo-persa.html
- ‘Julius Streicher’. Wikipedia, the free encyclopedia. http://en.wikipedia.org/wiki/Julius_Streicher
- ‘Purim – Feast of Lots. Celebrating our Deliverance’, by John J. Parsons. Hebrew for Christians. www.bebrew4christians.com
- ‘Purim and Yom Kipur. Celebrating Deliverance in Messiah’, by John J. Parsons. Hebrew for Christians. www.bebrew4christians.com
- ‘Purim e a Providência Divina’. Revista Morashah, Edição 74, dezembro 2011. http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=923&p=1
- ‘Purim Guide for the Perplexed 2013. Based on Jewish Sages’, by Yoram Ettinger, Fev 24, 2013. http://www.algemeiner.com/2013/02/24/purim-guide-for-the-perplexed-2013/
- ‘The Scandal of Esther. Should Christians Celebrate Purim?’, by John J. Parsons. Hebrew for Christians. www.bebrew4christians.com
- ‘Theology, Paradox and Purim. Further thoughts on Purim’, by John J. Parsons. Hebrew for Christians. www.bebrew4christians.com
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