quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Especial de Iom Teruah - 30.09.2019


            “YHVH é a minha Luz e a minha Salvação; a quem temerei? YHVH é a Força da minha vida; de quem me recearei? Quando os malvados, meus adversários e meus inimigos, se chegaram contra mim, para comerem as minhas carnes, tropeçaram e caíram. Ainda que um exército me cercasse, o meu coração não temeria; ainda que a guerra se levantasse contra mim, nisto confiaria. Uma coisa pedi a YHVH, e a buscarei: que possa morar na casa de YHVH todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no Seu Templo. Porque no dia da adversidade me esconderá no Seu pavilhão; no oculto do Seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma Rocha. Também agora a minha cabeça será exaltada sobre os meus inimigos que estão em redor de mim; por isso oferecerei sacrifício de júbilo no Seu Tabernáculo; cantarei, sim, cantarei louvores a YHVH. Ouve, YHVH, a minha voz quando clamo; tem também piedade de mim, e responde-me. Quando TU disseste: ‘Buscai o Meu rosto’; o meu coração disse a Ti: ‘O Teu rosto, YHVH, buscarei’. Não escondas de mim a Tua face, não rejeites ao Teu servo com ira; TU foste a minha ajuda, não me deixes nem me desampares, ó DEUS da minha Salvação. Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, YHVH me recolherá. Ensina-me, YHVH, o Teu caminho, e guia-me pela vereda direita, por causa dos meus inimigos. Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois se levantaram falsas testemunhas contra mim, e os que respiram crueldade. Pereceria sem dúvida, se não cresse que veria a Bondade de YHVH na terra dos viventes. Espera em YHVH, anima-te, e ELE fortalecerá o teu coração; espera, pois, em YHVH” (Salmo 27.1-14).

            De acordo com Levítico 23, há 70 dias de solenidades de YHVH (moedey YHVH) ou festas fixas, estações ou tempos determinados, santas convocações (miq’raey kódesh), dias de encontro marcado (moeday) (Levítico 23.2):

            São 52 shabtot; sete dias de Pêssach [Matzot, Chag HaBikurim]; um dia de Shavuot; um dia para Iom Teruah; um dia para Iom Kipur; sete dias para Sucot; um dia para Shemini Atseret = 70 dias de encontros/tempos/estações determinados para que o povo se alegrasse e celebrasse COM YAHVEH, DIANTE DE YAHVEH, A YAHVEH mesmo (“...celebrareis a festa de YHVH...; e vos alegrareis perante YHVH vosso DEUS sete dias. E celebrareis esta festa a YHVH...; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações...” - Levítico 23.39-42).

            As festas de YHVH são sombras das coisas que vieram e virão (Colossenses 2.16,17):

- as festas primaveris, das chuvas temporãs ou primeiras, já se cumpriram cabalmente em YEHOSHUA, com a vinda do MESSIAS de Israel – o Servo Sofredor – e o envio de Seu Espírito para habitar dentro de nós!

- as festas outonais, das chuvas serôdias (Iom Teruah, Iom Kipur e Sukot), aguardam seu cumprimento profético/cabal em Seu regresso – o REI dos reis e SENHOR dos senhores!

            Porque ‘é conveniente que tudo o que sobre ELE está escrito na Torah, em Neviim e Tehilim (TaNaCH) se cumpra’ (Lucas 24.44).

            As Festas de YHVH são tempos/épocas/horas apontados/fixos/marcados/nomeados pelo Eterno que indicam, revelam e esclarecem detalhadamente Seu incrível plano de salvação para a humanidade através de YEHOSHUA, bem como os vários aspectos do caráter redentivo do MESSIAS, ‘Seh HaELOHIM, o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo’, desde Sua morte vicária no madeiro, em Pêssach, até o tempo em que virá e assentar-Se-á no trono de Seu pai David, em Jerusalém, como ‘REI dos reis e SENHOR dos senhores’ para iniciar Seu governo milenar sobre Israel e as nações da Terra, durante Chag Sukot!

            São santas convocações ou reuniões, em estações próprias, nos tempos devidamente marcados, porquanto são sombras, ensaios e celebrações da Salvação de YHVH por meio do MASHIACH YEHOSHUA, pelo que ELE fez, está fazendo e fará por Seu Reino sempiterno.

            Esses festivais de YHVH e para ELE nos ensinam sobre a morte, o sepultamento e a ressurreição do Mashiach; o compartilhamento de Seu poder pelo Espírito Santo, Ruach HaKódesh; a ressurreição dos mortos; a coroação do Mashiach; o casamento do Mashiach; a tribulação ou Chevlai shel Mashiach; a segunda vinda do Mashiach, Seu reino milenar até a manifestação da Nova Jerusalém que desce do céu.

            As festas de YHVH são desenhos/projetos/planos através dos quais YHVH revelou Seu plano de redenção do homem e da Terra em sua totalidade, após a queda no Gan Eden, bem como o papel desempenhado pelo MASHIACH YEHOSHUA, Seu Filho Unigênito, nesse projeto.

            Rav Shaul declara que ‘as festas de YHVH, a lua nova e o shabat são sombras das coisas futuras, pois a realidade encontra-se no MASHIACH’ – então, elas vão nos ensinar sobre o MESSIAS (Colossenses 2.16,17), o cumprimento do grande plano de YAH revelado e anunciado nessas festas.

O Cordeiro foi imolado desde a fundação do mundo’ (Revelação 13.8b), o que significa que, quando YHVH instituiu as Suas Festas, o projeto de redenção da humanidade já havia sido executado. Quando ELE disse a satanás que ‘poria inimizade entre a serpente e a mulher, entre a sua semente e A Semente daquela, ao ponto de ter Seu calcanhar ferido, mas esmagar a cabeça do primeiro’ (Gênesis 3.15), o plano não era ‘mera’ promessa, mas uma realidade espiritual, porque já havia se cumprido.

            Quando celebramos as Festas de YHVH, celebramos a realidade espiritual. Tudo aconteceu perfeita e plenamente, tudo já foi consumado e, em fé, mesmo sem ver a materialização de determinadas coisas, as celebramos, porque elas já aconteceram!

            As Festas de YHVH nos foram dadas para que as realidades espirituais fossem vistas e compreendidas. Por isso, sua celebração e compreensão apontam para a maturidade pessoal e corporativa, que só vem pela revelação do Espírito Santo ao decodificar e descortinar a Palavra e Suas Leis. Se caminharmos pela e à ‘sombra’ dessas festas, estaremos no bom caminho, em lugar seguro, protegidos e amparados por YHVH que nos conduzirá a toda a Verdade, porquanto ELE é a Verdade, longe da zona de perigo do engano e da apostasia.

Iom Teruah – יום תרועה

E falou YHVH a Moshe, dizendo: Fala aos filhos de Israel (b’nei Israel), dizendo: ‘No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso (shabaton), memorial (zich’ron) com sonido de trombetas (teruah), santa convocação (miq’ra kódesh). Nenhum trabalho servil fareis, mas oferecereis oferta queimada a YHVH’” (Levítico 23.23-25).

            Nessa santa convocação de toque do shofar, a expressão hebraica, traduzida como ‘dia de sonido de trombetas’, é ‘iom teruah’: “Semelhantemente, tereis miqra-kódesh (santa convocação) no sétimo mês, no primeiro dia do mês; nenhum trabalho servil fareis; será para vós iom teruah (dia de sonido de trombetas)” (Números 29.1).

            Teruah (sopro, sopro de trombeta; alarme, brado, som de tempestade, grito ou explosão de guerra/alarme/alegria; alarido de guerra, chamado de combate; rajada de vento; grito de alegria, alegre sonido; alarme de marcha) tem sua raiz na palavra hebraica ‘ruah’ (רוּעַ - gritar, berrar, bradar, clamar, brado de guerra, jubilar, regozijar-se...).

            O SENHOR proclama que esse dia é ‘miq’ra kódesh’, ‘iom shabaton zich’ron’ (dia de descanso e memorial), e instrui para que o shofar seja tocado. Tal instrução é exclusiva para esse mês.

7º dia, 7º mês e 7º ano – são santos a YHVH, dedicados, separados para Seu uso exclusivo.

            O 7º mês é santo desde o 1o dia, Iom Teruah (dia do toque das trombetas) ou Zich’ron Teruah (Memorial do toque/sonido). Três festas, as outonais, acontecem durante esse mês.

            Foi em Iom Teruah, após o regresso do povo do cativeiro babilônio, que o altar foi reconstruído (Ezra 3.1-6).

Também em Iom Teruah houve avivamento no meio do povo de Israel, pois todos reunidos, como um só homem, ouviam a Ezra declarar a Torah, enquanto os levitas e Neemias a explicavam a eles e os conclamavam a alegrar-se, porquanto ‘a alegria do SENHOR é a força de Seu povo’ (Neemias 8.13).

Neste ano de 2019, Iom Teruah será celebrada a partir da noite de 29 de setembro até o fim da tarde de 01 de outubro – duas noites, portanto.


Essa celebração está envolta em mistérios, por três razões:

Ø  única que ocorre no 1º dia de um mês de outono, ou seja, quando a noite é mais escura e a lua nova é de difícil percepção;

Ø  não há qualquer evento notório que a justifique como nas outras santas convocações, conectadas à preservação da memória dos feitos de YHVH:  em Pêssach  temos a libertação do Egito e morte do Cordeiro de DEUS que tira, de uma vez por todas, o pecado do mundo; em Shavuot, a entrega da Torah e o derramar do Espírito Santo; em Sukot, a lembrança da peregrinação no deserto.
Iom Teruah não está associado a qualquer evento;

Ø  todo início de mês é marcado pela Festa da Lua Nova (Rosh Chódesh), com oração de dedicação pelos kohanim. Mas, no 7º mês, o 1º dia é declarado como dia de descanso, memorial e sonido de trombetas e YHVH espera obediência no seu cumprimento, porquanto ‘é santa convocação e nenhum trabalho servil deve ser feito, senão oferta de sacrifício ao SENHOR’.

Como possibilidades:

- dia que pode apontar para a vinda do MASHIACH a resgatar Sua noiva (judeus e gentios nascidos de novo) nos ares, e o toque do shofar despertaria Seu povo, no meio das nações, a se preparem para recebê-lO, anunciando Sua chegada. Prova: 1 Tessalonicenses 4.16,17

- será que esse é o dia nascimento do MESSIAS de Israel?

Na Bíblia, há cinco ocasiões em que a voz do shofar ecoa do céu, tocado pelo próprio YHVH, representando Sua voz:

I.  quando YHVH desceu ao Har Sinai, em Shavuot, para encontrar-Se com Moshe e entregar Sua Torah e orientar como o povo deveria se aproximar dELE, fez soar a voz do shofar, que foi a Sua própria voz (Êxodo 19.16-19):
E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões (qolot) e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido (qol) de trombeta (shofar) mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de DEUS; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido (qol) da trombeta (shofar) ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e DEUS lhe respondia em voz (qol) alta”;

II. e III. quando Iochanan foi arrebatado ao céu pelo Espírito à presença do ‘Álef e Tav’, que lhe falou como voz de shofar. E a mesma voz ordenou que subisse ao céu (em duas ocasiões):
Revelação 1.10-18 - “Eu fui arrebatado no Espírito no dia do SENHOR, e ouvi detrás de mim uma grande voz (qol gadol), como de trombeta (qol shofar), que dizia: ‘EU Sou Álef e Tav, o Primeiro e o Derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro’...”.

Revelação 4.1 – “Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz (qol) que, como de trombeta (shofar), ouvira falar comigo, disse: ‘Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer’”;

IV.  haverá o soar do último shofar (Tekiah Gdolah), em Iom Teruah, tocado por YHVH, para despertar do sono àqueles que dormiram no MESSIAS e arrebanhar aqueles que vivem nELE, para encontrarmo-nos com ELE, nos ares - 1 Tessalonicenses 4.16,17:
Porque o mesmo SENHOR descerá do céu com teruah (alarido), e com voz de arcanjo, e com qol shofar ELOHIM (trombeta de DEUS); e os que morreram nO MASHIACH ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens (nissu’in), a encontrar o SENHOR nos ares (laqach), e assim estaremos sempre com o SENHOR (consumação do casamento)”;

V. quando o Dia do SENHOR começar, a trombeta soará e o MASHIACH há de revelar-Se em grande ira, preparando a nação de Israel para entrar no vínculo da Sua Aliança (Jeremias 31.31; Ezequiel 20.35-38; Zacarias 13.9), ao fim de Iom Kipur, conforme anunciado em:

Zacarias 9.14,15 - “E o SENHOR será visto sobre eles, e as Suas flechas sairão como o relâmpago; e ADONAI YHVH fará soar o shofar (a trombeta), e irá com os redemoinhos do sul. O SENHOR dos Exércitos os amparará; eles devorarão, depois que os tiverem sujeitado, as pedras da funda; também beberão e farão barulho como excitados pelo vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos do altar”;

1 Coríntios 15.52 – “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante hayovel teruah acharonot (última trombeta de yovel = shofar hagadol); porque a trombeta (shofar de Iom Teruah) soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”.

O Shofar sempre teve um papel proeminente na história do povo de DEUS. Algumas referências à sua utilização na Bíblia – תַקָע שופר (tocar o shofar):

Ø  as muralhas de Jericó caíram pelo sonido dos shofarot e pelo grande brado (teruah gdolah) do povo (Josué 6.20);

Ø  o SENHOR, o MESSIAS voltará para salvar Seu povo ao soar do shofar (Zacarias 9.14-17);

Ø  o shofar gadol soará no reajuntamento dos exilados de Israel de volta a seu lugar (Isaías 27.13);

Ø  o shofar soava para juntar o povo em assembléia nos conselhos de guerra (Juízes 3.27; 2 Samuel 20.1);

Ø  o atalaia sobre os muros de Jerusalém tocava o shofar para alertar contra a vinda de inimigos (Ezequiel 33.3-6);

Ø  o shofar proclamava o início do yovel (jubileu) (Levítico 25.9-13);

Ø  o shofar recorda que YHVH é Soberano (“ELOHIM subiu com teruah (júbilo), YHVH subiu b’qol shofar (ao som, à voz de trombeta)” - Salmo 47.5);

Ø  o chifre de carneiro (קֶרֶן), ou shofar, é um memorial da oferta de Avraham a YHVH, e da provisão que ELE preparou para tomar o lugar de Itschaq (Gênesis 22.13);

Ø  trombetas de metal eram tocadas para anunciar o início dos festivais do SENHOR e sobre seus sacrifícios (Números 10.10), enquanto o shofar era tocado para anunciar Iom Teruah (Salmo 81.1-3);

Ø  quando o SENHOR ouvia o sonido das trombetas pela saída do povo à peleja contra seus opressores, lembrava-Se ELE de Sua aliança e o salvava (Números 10.9);

Ø  o shofar era usado na coroação dos reis (1 Reis 1.34,39);

Ø  o sopro do shofar é um chamado ao arrependimento (Isaías 58.1);

Ø  o sopro do shofar proclama solenemente a chegada do Dia de YHVH (Joel 2.1);

Ø  quando o 7º selo for aberto, o juízo de ELOHIM será derramado sobre a Terra ao sonido dos sete  shofarot (Revelação de YESHUA HaMASHIACH 8 e 9).

Nomes da Festa:

Seus vários nomes expressam fatos históricos, tradições judaicas e cumprimentos proféticos de coisas que ainda estão por vir!

1.     Teshuvah  arrependimento

2.     Iom Teruah – Festa das Trombetas ou Dia de Sopro de Despertamento

3.     Rosh HaShanah – Cabeça do Ano ou Ano Novo

4.     Iom HaDin – Dia do Juízo

5.     HaMélech – Dia da Coroação do MESSIAS

6.     Iom HaZicharon – Dia da Recordação ou Memorial

7.     Chevlai shel Mashiach e Iom YHVH – Dores de Parto do MESSIAS / Tempo de Angústia para Iaacov e Dia do SENHOR

8.     Abertura dos Portões

9.     Kidushin/Nissu'in – Casamento do MASHIACH

10.   Ressurreição dos Mortos e Natsal – Arrebatamento

11.   Tekiah Gdolah – A Última Trombeta

12.   Iom Hakeseh – Dia Encoberto (oculto, com o silêncio do 29º dia) ou ‘o dia que homem nenhum sabe’.


1.     Teshuvah – arrependimento

Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como o shofar e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Iaacov os seus pecados” (Isaías 58.1)

            Teshuvah é uma estação com início em 1º de Elul (6º mês do calendário hebraico – entre agosto e setembro) e se completa no 40º dia, em Iom Kipur (Expiação).

            A partir de Iom Teruah - 10 últimos dias, até Iom Kipur, são os dias mais sagrados, conhecidos como Iamim Noraim (dias de pavor), ou Aseret Iemei Teshuvah (dez dias de arrependimento ou dez dias de retorno).

            São 40 dias de toque diário do shofar (convocação ao arrependimento e retorno a ELOHEI Israel), exceto no 29º e último dia de Elul. Leitura diária do Salmo 27 (até Sucot).

            O SENHOR sempre envia mensageiros ao Seu povo com alertas de arrependimento e conserto antes que envie Seus juízos, com a finalidade de prepará-los para os ‘iamim noraim’:

-         dezenas de anos em que Noach construiu a arca foram um testemunho vivo de que YAH traria juízo à Terra, por causa da violência nela (Gênesis 6);

-         enviou Yonah para alertar o povo de Nínive -  que se preparasse para receber a ira de Seu julgamento e todo o povo arrependeu-se pelo alerta do profeta (Jonas 3).

            Esse é o caráter do nosso DEUS, longânimo, tardio em irar-se, esperando que todos se convertam, se arrependam e voltem para ELE (2 Pedro 3.9). Não tem prazer na morte do ímpio, mas deseja que se converta de seus maus caminhos e viva (Ezequiel 33.11), que seja salvo e venha ao conhecimento pleno da verdade (1 Timóteo 2.4), Seu próprio Filho!

            Para os nascidos de novo no MESSIAS de Israel, a teshuvah é uma prática diária, de investigação interior à luz da Palavra e na condução do Espírito Santo, a fim de retornarem ao Autor e Consumador de sua fé!

2.     Iom Teruah – Festa das Trombetas ou Dia de Sopro de Despertamento

Semelhantemente, tereis miqra-kódesh (santa convocação) no sétimo mês, no primeiro dia do mês; nenhum trabalho servil fareis; será para vós iom teruah (dia de sonido de trombetas)” (Números 29.1).

            Na manhã de Iom Teruah, as sinagogas de todo o mundo lêem o episódio do ‘sacrifício de Itschaq’, em Gênesis 22. O cordeiro, símbolo de provisão, de substituição, teve seus chifres (sinal de força, autoridade, poder, fortaleza) presos por galhos de árvore, em Har Moriah (YAH ensina, é Mestre; DEUS viu, escolheu). O shofar, portanto, aponta para a fonte, a origem de nossa redenção (Lucas 21.28 – “quando virem esses sinais, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima).

            O MESSIAS de Israel teve Suas mãos (sinal de Sua autoridade, fortaleza, poder, força) presas ao madeiro, ‘impossibilitado’ (por opção e não por incapacitação) de agir para defender-Se e livrar-Se. Foi deliberadamente paralisado para que, como Substituto da humanidade, revestido que estava do pecado do mundo, por meio de Sua morte, levasse à sepultura o pecado, tirando-o do mundo, a fim de que não mais estivéssemos sujeitos à sua escravidão, nem ao terror do seu salário, que é a morte, porque o Cordeiro Substituto derrotou-a, o último inimigo a ser destruído, e desfez as obras do diabo entre os homens.

            Com o chifre do Cordeiro Substituto, podemos tocar o shofar da nossa liberdade nELE, por ELE, para ELE, com ELE!

            Embora seja um dia festivo, de regozijo, deve ser celebrado com sobriedade, pois recorda-nos a proximidade do Dia da Expiação, em nove dias, iamim noraim, ou dias de espanto, pavor, tremor, medo, pois são dias de julgamento e prestaremos conta de nossos atos. Portanto, é um chamado à santidade, para estar na presença do Santo de Israel, para buscar Sua face e Sua vontade.

            Lembrando que um shofar é o chifre de um animal sacrificado, uma morte substituta teve que existir para que houvesse liberdade e regozijo para soar o shofar (‘sem derramamento de sangue não há remissão de pecados’). 

            Muitos judeus partilham de uma prática antiga chamada ‘tashlich’ (arremesso, lançar fora, jogar fora), na tarde de Iom Teruah. Vão até um ribeiro de água (ou local de água corrente) para esvaziar seus bolsos ou lançar pedras na água, recitando os versos de Miquéias 7.18-20: “Quem é DEUS semelhante a TI, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da Sua herança? ELE não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na Sua benignidade. Tornará a apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e TU lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar. Darás a Iaacov a fidelidade, e a Avraham a benignidade que juraste a nossos pais desde os dias antigos”.

Teruah - grito, berro, barulho (de guerra, alerta ou alegria); sopro, explosão, rajada, vento forte (para despertar).

            A observância da mitsvah não depende de tocar o shofar, mas de ‘estar alerta, vigilante’ para ‘ouvir’ o toque do shofar:

-         avistamento da lua nova dependia dos atalaias no templo. “Também pus atalaias sobre vós, dizendo: Estai atentos l’qol shofar (à voz da trombeta)” (Jeremias 6.17a).

-        preciso estar alerta, preparado, em estado de atenção para ouvir o som do shofar anunciando Iom Teruah (o início do mês).

O shofar foi o instrumento que YAH escolheu para instruir Seu povo a ouvir (shma) o chamado para despertar da apatia e morte espiritual: “Desperta tu que dormes e levanta-te dentre os mortos; e HaMASHIACH te esclarecerá (derramará sobre ti a verdade divina como o sol dá luz aos homens despertos do sono)” (Efésias 5.14, cf em Romanos 13.11,12).

            Ainda nesse tema, o profeta Isaías associa o clamor ao despertamento (pelo shofar), com a vinda do MESSIAS de Israel:

Isaías 51.9 - “Desperta, desperta, veste-te de força, ó Z’roah YHVH (Braço do SENHOR); desperta como nos dias passados, como nas gerações antigas...

Isaías 53.1 - Z’roah YHVH é o MESSIAS: “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou Z’roah YHVH?

- um dos elementos do prato do Seder shel Pêssach é o ‘zroah’, osso não quebrado (porque ‘nenhum dos ossos do cordeiro pascal poderia ser quebrado’. E ‘nenhum dos ossos do Cordeiro Pascal foi quebrado’).

            O shofar de Iom Teruah nos recorda o sonido de Shavuot, da aceitação da Torah, do nosso compromisso com a Palavra de YAH e o derramar do Espírito Santo! O shofar também é tocado como grito de guerra contra nossos inimigos internos, nossas inclinações e paixões carnais. Também o sonido do shofar deveria ser ouvido no yovel (jubileu), proclamando a liberdade da escravidão (Levítico 25.9,10), apontando para a libertação da escravidão do pecado, dos desejos deste mundo e do serviço a satanás (Romanos 6.12,13)

3.     Rosh HaShanah – Cabeça do Ano ou Ano Novo

ELOHIM subiu com teruah (júbilo), YHVH subiu b’qol shofar (à voz de trombeta). Cantai louvores a ELOHIM, cantai louvores; cantai louvores ao nosso REI, cantai louvores. Pois ELOHIM é o REI de toda a Terra, cantai louvores com inteligência. ELOHIM reina sobre os gentios; ELOHIM Se assenta sobre o trono da Sua santidade. Os príncipes do povo se ajuntam, o povo de ELOHEI Avraham; porque os escudos da Terra são de ELOHIM. ELE está muito elevado!” (Salmo 47.5-9).

            No século II dC - tradição humana (rabínica) - Rosh HaShanah. Desde então, o significado Bíblico (e único) gradativa substituição pela tradição com perda de seu valor real e profético.

            As justificativas:

a) YAH teria começado a criação do mundo em 25 de Elul; ao 6º dia, ou 1o de Tishrei, o homem teria sido criado (o 1º Adam), exatamente em Iom Teruah.
Por esta razão, crê-se que o Último Adam, tenha nascido em Iom Teruah!

b) tem a ver com a primeira Palavra descrita em toda a Bíblia: B’reshit -  בְּרֵאשִׁ֖ית – ‘no princípio’.

No rearranjo das letras, descobre-se uma informação ‘oculta’:

álef b’tishreou בְּתישִׁרֵ֖   א = dia do 7º mês

ou

de B’REאSHIT para א  B’TISHRE

c) por ser o primeiro dia de vida do homem, ao contemplar as maravilhas do seu Criador, Adam O teria aclamado seu REI, iniciando Seu reinado sobre a Terra.

            Quando um rei começa seu reinado, é aclamado ao som de trombetas. E esse é um chamado a toda a humanidade, pois ELE é Rei sobre todos (Salmo 47.5-9).

            Rosh HaShanah é celebrado nos 1º e 2º dias do 7º mês - incerteza na observação da aparição da lua nova (tarefa nem sempre fácil). Para os rabinos, os dois dias são vistos como ‘ioma arichta’ (um dia longo).

            Infelizmente, a tradição de homens, que define esse dia como o ano novo civil judaico, tem roubado toda a beleza e revelação desse dia de festa que YHVH determinou como Sua para compartilhar Seus segredos redentivos com os homens. O engano que entrou aí tem cegado judeus e gentios para compreender as riquezas reveladas nesse dia de santa convocação.

4.     Iom HaDin – Dia do Juízo

Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias Se assentou... assentou-Se o Juízo (Iom HaDin – Dia do Juízo), e abriram-se os livros(Daniel 7.9,10).

            12 meses, 12 tribos, 12 apóstolos  - 7º mês; 7ª tribo (Dan = juízo. Mesma raiz de Din); 7º apóstolo (Matatyahu – dádiva ou presente do SENHOR = Espírito Santo, que convence do pecado, da justiça e do juízo. Único que pode levar-nos ao arrependimento/teshuvah).

            Tradição rabínica: o SENHOR Se assenta em Sua corte, e os homens passam diante dELE para serem julgados. Três grandes livros são abertos para inscrever cada homem, depois de pesado na balança, em um deles: livro da vida (justos); livro da morte (maus e perversos); livro das memórias (medíocres ou mornos, cuja sentença fica temporariamente suspensa até Iom Kipur. Seu comportamento durante os iamim noraim, dias de pavor, dias terríveis, ou aseret iemei teshuvah, selará seu destino) (Revelação 3.14-16 – mornos de Laodicéia serão vomitados de Sua Presença Santa).

            O justo será poupado do dia da ira do SENHOR ou ‘chevlai shel Mashiach’ ou ‘iamim noraim’. Tanto o ‘morno’ quanto o ímpio os enfrentarão, até que chegue Iom Kipur (fim do derramar da ira de YHVH), quando seus destinos serão selados em razão de sua escolha pelo arrependimento ou endurecimento. Uma vez inscritos no livro dos ímpios, nunca mais serão removidos dali, pois são aqueles que nunca encontrarão lugar de arrependimento e nunca aceitarão ao MASHIACH YEHOSHUA como seu SENHOR e Salvador (Revelação 17.8).

            Uma das bênçãos proferidas durante esses dias: ‘possamos nós e todo o Seu povo, a casa de Israel, ser lembrados e inscritos no livro da vida’.

5.     HaMélech – Dia da Coroação do MESSIAS

Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu Um como O Filho do Homem; e dirigiu-Se ao Ancião de dias, e O fizeram chegar até ELE. E foi-LHE dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas O servissem; o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o Seu Reino tal, que não será destruído” (Daniel 7.13,14).

            A base para esse nome está na tradição judaica de que Adam teria sido ‘moldado’ em Iom Teruah e, ao abrir seus olhos e contemplar as maravilhas da criação, teria declarado do Criador:

YHVH ELOHIM é REI para sempre e eternamente’ (Gênesis 2.4-3.23 – referência sobre a Criação até a ‘expulsão’ do homem do ‘centro da vontade de YHVH’ (Jardim do Éden) – 20x a expressão ‘SENHOR DEUS’ - יהוה אֱלֹהִים). Durante toda obra da Criação (Gênesis 1.1-2.3 – ELOHIM - אֱלֹהִים35x).

Estatística dos Nomes: 6007x YHVH (com/sem atributos) no TaNaCH; 170x Brit Chadashah

Revelação 4.1,2: “Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu (em Iom Teruah, os portões do céu são abertos); e a primeira voz que, como de shofar (trombeta – da última trombeta de 1 Tessalonicenses 4.16,17), ouvira falar comigo (o dia do despertamento), disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e Um assentado sobre o trono”.

             Tradicionalmente, os judeus comem chalah (pão do shabat) em forma de coroa, porque optaram por seguir a YHVH e por coroá-lO como seu REI, apontando para o REI dos reis e SENHOR dos senhores, Aquele que foi dependurado no madeiro, em vergonha e desonra, como Salvador e SENHOR, com a inscrição sobre Sua cabeça que dizia: “Ze Hu YEHOSHUA Mélech haYehudim”, “Este é YEHOSHUA, REI dos judeus” (Mateus 27.37).

            Profeticamente, ano após ano, os judeus estão coroando seu MESSIAS, YEHOSHUA, ben Iosef u’ven David!

6.     Iom HaZicharon – Dia da Recordação ou Memorial

Porque o mesmo ADONEINU (nosso SENHOR) descerá do céu com teruah (alarido), e com voz de arcanjo, e com o shofar ELOHIM (trombeta de ELOHIM); e os que morreram no MASHIACH ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar HaADON nos ares, e assim estaremos sempre com HaADON (1 Tessalonicenses 4.16,17)

            Zichron teruah - ‘memorial de aclamação’, ‘recordação do sonido de trombetas’ – toque do shofar deve relembrar e exaltar a grandeza e a fidelidade de YHVH, Sua majestade e Soberania: “Regozijai-vos no SENHOR, vós justos, pois aos retos convém o louvor. Louvai ao SENHOR com harpa, cantai a ELE com o saltério e um instrumento de dez cordas. Cantai-LHE um cântico novo; tocai bem e com teruah (júbilo)” (Salmo 33.1-3). Santa convocação – festejar diante dELE a ELE

            Tempo de lembrar que o Amado de nossas almas voltará, ao soar a trombeta, para nos buscar e nos levar à recâmara nupcial para a consumação do casamento: “aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Salvador YEHOSHUA CRISTO” (Tito 2.13)

            Tempo de lembrar que Iom Kipur se aproxima e ‘os livros foram abertos’ e o desfecho de cada um está em Suas mãos. Todos os homens passarão diante do SENHOR para serem julgados por seus atos e escolhas. Nossas obras serão reveladas e pesadas, para recebermos do SENHOR a devida recompensa (Revelação 22.12), para bem ou para mal, no tribunal de CRISTO, com o Livro da Vida aberto (2 Coríntios 5.10).

Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de CRISTO (Bema Theos ou Kisseh Din ELOHIM ou trono de juízo)” (Romanos 14.10)

            Nós que estamos no MASHIACH seremos julgados, não para a salvação, mas para o galardão de nossas obras. Aqui, todos são salvos, porque estão no SENHOR (arrebatados ao Seu encontro nos ares e julgados por nossas obras, para galardão) - “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (1 Coríntios 3.13-15). E isso tem a ver com ser vencedor, para reinar com CRISTO durante Seu reino milenar (a exemplo das parábolas dos talentos). Ainda que salvos pela fé em CRISTO YEHOSHUA, e isso não vem de obras para que ninguém se glorie, fomos salvos para as boas obras (Efésios 2.8-10), para que, realizando-as, recebamos a recompensa, o galardão, para sermos posicionados no Reino de acordo com esses talentos multiplicados (ou não), porque cada obra passará pelo fogo.

7.     Chevlai shel Mashiach e Iom YHVH – Dores de Parto do MESSIAS / Tempo de Angústia para Iaacov e Dia do SENHOR

E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ELE os Seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da Tua vinda e do Olam Hazeh (fim do mundo)? E YEHOSHUA, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão em Meu Nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são princípio de chavalim (חֲבָלִים - dores de parto). Então vos hão de entregar para serdes atormentados (לָרוֹדְפִים – tribulação), e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do Meu Nome” (Mateus 24.3-9).

E estas são as palavras que disse o SENHOR, acerca de Israel e de Yehudah. Porque assim diz o SENHOR: Ouvimos uma voz de tremor (חֲרָדָה - charadah), de temor (פַּחַד - pachad), mas não de paz. Perguntai, pois, e vede, se um homem pode dar à luz. Por que, pois, vejo a cada homem com as mãos sobre os lombos como a que está dando à luz? e por que se tornaram pálidos todos os rostos? Ah! porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante; e é tzarah l’Iaacov (צָרָה - tempo de angústia para Iaacov); ele, porém, será salvo (sobreviverá a ela, mas não será poupado de passar por ela) dela” (Jeremias 30.4-7).

O grande dia do SENHOR está perto, sim, está perto, e se apressa muito; amarga é a voz do dia do SENHOR; clamará ali o poderoso. Aquele dia será um dia de indignação (עֶבְרָה - fúria), iom tzarah umetzuqah (dia deצָרָה  - tribulação, irritação, exasperação, atormentação, sofrimento, aflição, tragédia e de מְצוּקָה – angústia, aperto financeiro, estresse, tensão, desespero, instabilidade, crise, problema, tensão mental), iom shoah u’mshoah (dia de שֹׁאָה devastação, ruína/deserto, desperdício, desastre, conflagração-guerra/rebelião e de מְשׁוֹאָה assolação/desolação), dia de trevas (חֹשֶׁךְ – escuridão, forças das trevas, maligno) e de escuridão (אֲפֵלָה - tristeza, depressão, calamidade, desesperança, prostração), dia de nuvens (עָנָן) e de densas trevas (עֲרָפֶל – nebuloso, trevoso), iom shofar u’teruah (יוֹם שׁוֹפָר וּתְרוּעָה - dia de trombeta e de alarido, grito, clamor) contra as cidades fortificadas e contra as torres altas” (Sofonias 1.14-16).

Iom Teruah acontece na noite mais escura do mês (lua nova), quando o sol não tem qualquer acesso a ela, porque ‘a lua virou as costas para o sol, de quem toma a luz’ (lua entre o sol e a Terra).  Por esta razão, esse dia é conhecido com os sinônimos:
- tempo de angústia para Jacó,
- grande tribulação,
- dia da ira do SENHOR (estendendo-se até Iom Kipur),
- chevlai shel Mashiach ou dores de parto do Messias - que sofre por Seu povo (noiva e Israel), gemendo, intercedendo, gerando nossa redenção, Seu caráter em nós, porque só o que é o MESSIAS subirá para esposá-lO: “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto (בְּחֶבְלֵי לֵדָה), até que o MESSIAS seja formado em vós” (Gálatas 4.19).
 
            Esse período de tempo será o mais negro na história de Israel, como nunca houve nem haverá (Daniel 12.1). Em seguida a esse período, virá o juízo de YAH sobre as nações (dia de YHVH e a ira de DEUS) pela causa de Israel, que será fisicamente salva da total destruição pela intervenção divina (Zacarias 14) e que culminará com a redenção nacional (‘todo Israel será salvo’ – Romanos 11.26), pelo reconhecimento de que o Messias é YEHOSHUA (Zacarias 12.10): “Irei e voltarei ao Meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a Minha face; estando eles angustiados (צַּר - chevlai shel Mashiach / tribulação), de madrugada Me buscarão” (Oséias 5.15).

            O soar das trombetas em Iom Teruah anuncia a chegada da noite mais escura do mês; haverá um tempo em que os céus serão divinamente escurecidos, com soar de trombetas, anunciando o começo do dia de YHVH: “Eis que vem o dia de YHVH, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a Terra em assolação, e dela exterminar os pecadores. Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz. E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos” (Isaías 13.9-11)

Antes que venha o dia da ira do SENHOR, a tribulação [dentro da qual haverá um tempo de angústia para Iaacov (???)] virá para despertar os homens de seu torpor (os mansos da Terra que puseram como obra a justiça de YAH), abalar o abalável, retirando toda a tranqueira que tem tornado Sua noiva impura e maculada. As intensas provas virão (como vieram para o povo no deserto a caminho da terra prometida) para que possa sair vitoriosa por causa do amor de DEUS por ela:

            O grande dia de YHVH está perto...; amarga é a voz do dia de YHVH; clamará ali o poderoso... E angustiarei os homens, que andarão como cegos, porque pecaram contra YHVH; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne será como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia da indignação do SENHOR, mas pelo fogo do Seu zelo toda esta terra será consumida, porque certamente fará de todos os moradores da Terra uma destruição total e apressada. Congregai-vos, sim, congregai-vos, oh nação sem vergonha, antes que o decreto produza o seu efeito, e o dia passe como a pragana; antes que venha sobre vós o furor da ira de YHVH, antes que venha sobre vós o dia da ira de YHVH. Buscai ao SENHOR, vós todos os mansos da Terra, que tendes posto por obra o Seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira de YHVH” (Sofonias 1.14,17,18; 2.1-3).

            Quem nos separará do amor dO MASHIACH? A tribulação (tzar), ou a angústia (metziq), ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de Ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por Aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de DEUS, que está em YEHOSHUA HaMASHIACH nosso SENHOR” (Romanos 8.35-39).

Mas também, esse tempo de tribulação (que antecede o derramar da ira de YHVH) virá sobre Israel para despertá-la de sua morte espiritual, abalá-la no que deve ser abalado, para que se volte para ELOHEI Israel corporativamente e todo Israel seja salvo (ainda que esse todo seja o remanescente):

            Diante dELE tremerá a Terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor... porque o dia do SENHOR é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar? Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso DEUS; porque ELE é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-Se, e grande em benignidade, e Se arrepende do mal. Quem sabe se não Se voltará e se arrependerá, e deixará após Si uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o SENHOR vosso DEUS? Tocai o shofar (Iom Teruah) em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia solene (Iom Kipur). Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu aposento (Iom Kipur). Chorem os sacerdotes, ministros do SENHOR, entre o alpendre e o altar (Iom Kipur), e digam: Poupa a Teu povo, ó SENHOR, e não entregues a Tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: ‘Onde está o seu DEUS?  (Joel 2.10-17)

v Como Iosef ocultou-se de seus irmãos durante o período de fome e quis prová-los, peneirá-los (prendendo um deles e exigindo que trouxessem o ‘outro irmão’), também o MASHIACH está oculto de Seus irmãos*** (não O vemos face a face), até o tempo determinado.

v Como Iosef, que se tornou autoridade máxima, rei de um povo gentílico, só abaixo de faraó, no Egito, e teve seu nome, suas aparência e identidade mudados [ao ponto de os Seus não O reconhecerem], pelo propósito de preservação e redenção de seu povo, também o MASHIACH de Israel tornou-se REI para os gentios e teve Seu Nome, Sua identidade e Sua aparência mudados por eles, por 2000 anos, pelo propósito redentivo das nações.

            Os povos O ‘gentilizaram’, vestindo-O de falsas doutrinas que O tornaram irreconhecível ao Seu próprio povo. Entretanto, como para Iosef, o dia de revelar-Se àqueles que O aguardam é chegado. Por longo tempo, tem assistido ao sofrimento, à perseguição, à dispersão de Seus irmãos, sem líder, sem rei (Oséias 3.4). O sofrimento deles tem sido o Seu próprio sofrimento (Lucas 13.34).


***O SENHOR está ‘oculto’ a Seus outros irmãos (gentios messiânicos), esperando que eles tragam o Seu irmão mais novo, Israel, e o reintroduzam à Sua Presença, para que saiba se está vivo e como tem sido tratado pelos ‘mais velhos’ (Corpo do Mashiach nas nações). Também os irá peneirar, provar, para saber o que há neles, para que cada um conheça seu coração e venha ao lugar de arrependimento, e a noiva seja purificada e santificada como preparo para encontrar-se com seu Noivo nos ares. E esse período de purificação e santificação de certo acontecerá durante a grande tribulação, exatamente como aconteceu com o povo no deserto rumo à terra prometida, que foi testado em seu coração para saber o que havia nele, se serviriam ao SENHOR em qualquer situação, em meio às bem-aventuranças ou em meio às lutas e tempestades [“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu DEUS te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os Seus mandamentos, ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem” – Deuteronômio 8.2,3; Romanos 8.35-39 acima]


Na última geração, na aproximação do tempo de Sua vinda, as dores de parto aumentarão, bem como o sofrimento. Quanto maiores forem os obstáculos, mais intensas serão as dores e trevas. Porém, nas densas trevas, há esperança. Como as dores de parto resultam no nascimento, também as intensas dores de parto do MASHIACH redundarão em Seu regresso e livramento para Seu povo Israel: “E naquele tempo se levantará Michael, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12.1,2, cf. Zacarias 14.3).

v Como Iosef que ordenou que todos se retirassem de sua presença para revelar-se aos irmãos, também o SENHOR YEHOSHUA não mais Se conterá diante de todos e retornará para revelar Sua identidade a Seus irmãos e lutar com seus inimigos; e ELE fará isso sozinho, como Iosef: “EU sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve coMigo; e os pisei na Minha ira, e os esmaguei no Meu furor; e o seu sangue salpicou as Minhas vestes, e manchei toda a Minha vestidura. Porque o dia da vingança estava no Meu coração; e o ano dos Meus remidos é chegado. E olhei, e não havia quem Me ajudasse; e admirei-Me de não haver quem Me sustivesse, por isso o Meu braço Me trouxe a salvação, e o Meu furor Me susteve. E atropelei os povos na Minha ira, e os embriaguei no Meu furor; e a sua força derrubei por terra” (Isaías 63.3-6). Que terrível esse dia em que o MASHIACH Se levantará e lutará sozinho por Seu povo e Sua terra.

            Quão próximos estamos do ‘dia da vingança do SENHOR pela causa de Israel’: “Porque será o dia da vingança do SENHOR, ano de retribuições (castigo) pela causa de Sião” (Isaías 34.8).

            Quando ELE Se revelar a eles, como foi entre Iosef e seus irmãos, grande pranto ocorrerá entre YEHOSHUA e Israel, pela profunda dor da separação, da rejeição (sentimento de ‘ambas as partes’) que resultará em enorme júbilo e cura (Zacarias 12.10). Só então Israel poderá cumprir seu propósito redentivo de ser ‘luz para as nações’.

            As dores de parto frutificarão em ‘vida dentre os mortos’ (Romanos 11.15)

Infelizmente, uma das ocorrências nesse ‘tempo de angústia para Iaacov’ será um novo holocausto, onde dois em cada três judeus perecerão - Zacarias 13.8,9E acontecerá em toda a terra, diz o SENHOR, que as duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela. E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o Meu Nome, e EU a ouvirei; direi: É Meu povo; e ela dirá: O SENHOR é o Meu DEUS”.

Quando?

-         imediatamente após a ‘abominação desoladora’ assentar-se no trono do santuário, no princípio da segunda metade da 70ª semana de Daniel [(“E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até a consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” - Daniel 9.27; “E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias” – Daniel 12.11,12)];

-         antes do dia do SENHOR (ira de DEUS), com a abertura do 7º selo (Revelação 8.1,2);

-         terá como sinal de alerta a abertura do 6º selo (Revelação 6.12-17 + Isaías 34.1-6,8 + Isaías 63.1-6 + Zacarias 14.3-5, Joel 2.31, Mateus 24.29 e Isaías 2.12-21).

            Sequência de eventos de Revelação: entre o 6º selo de Revelação 6 e o 7º selo de Revelação 8, há Revelação 7 dos ‘144.000 de todas as tribos de Israel assinalados com o sinal do SENHOR’ e a ‘multidão que ninguém pode contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos, adorando e servindo Aquele que os salvou’ da vindoura ira de ELOHIM (arrebatamento e ressurreição acontecendo nesse intervalo).

Corpo do MASHIACH não foi destinado ao dia da ira do SENHOR, por causa do sangue do SENHOR YEHOSHUA [(“Porque DEUS não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso SENHOR YEHOSHUA CRISTO, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ELE” - 1 Tessalonicenses 5.9,10. Seu arrebatamento ocorrerá em algum tempo entre o 6º e 7º selos, durante a segunda metade da última semana de Daniel.

            Objetivo da tribulação: trazer salvação! O SENHOR dará livramento a Seu povo Israel, quando este se aperceber do engano que cometeu ao fazer aliança com o falso messias (Daniel 9.27). Muitos que se arrependerem terão refúgio no deserto (Negev), que está sendo preparado para o segundo período da grande tribulação (Revelação 12.6,13-17 – “E a mulher (figura de Israel e do Corpo do Messias) fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por DEUS, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias... E, quando o dragão viu que fora lançado na Terra, perseguiu a mulher que dera à luz o Filho Homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca. E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de DEUS, e têm o testemunho de YEHOSHUA CRISTO”).

            Os que não encontrarem lugar de arrependimento, judeus ou gentios aliançados com satanás, sofrerão o mesmo juízo que ele, no dia do SENHOR, ao derramar de Sua ira contra o iníquo.

Parêntese de esclarecimento

Enquanto a Festa das Trombetas, Iom Teruah, recorda-nos que o SENHOR voltará para nos buscar e nos encontrará nas nuvens, Iom Kipur, o Dia da Expiação, marca o fim do derramar de Sua ira sobre o iníquo, que terá início quando YEHOSHUA retornar, como descrito em 2 Tessalonicenses 1.4-7 – “De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de ELOHIM por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais; prova clara do justo juízo de ELOHIM, para que sejais havidos por dignos do reino de YHVH, pelo qual também padeceis; se de fato é justo diante de ELOHIM que dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o SENHOR YEHOSHUA desde o céu com os anjos do Seu poder”.

            A tribulação é a ira de satanás e a perseguição a Israel e aos santos.

A ira do SENHOR é Seu julgamento sobre o ímpio (“E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” - Revelação 6.16,17).

Nós, os santos, seremos atribulados por satanás (como Jó) para sermos provados dignos do reino de YEHOSHUA. Se formos fiéis até o fim a ELE, seremos, então, tomados no ar a encontrá-lO e transformados, para escapar de Sua ira vindoura, porque ELE nos deu livramento na cruz do Calvário: “Na casa de Meu PAI há muitas moradas; se não fosse assim, EU vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando EU for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde EU estiver estejais vós também” (João 14.2-3).

            A ressurreição dos mortos, o último shofar de YHVH e o arrebatamento da noiva do Cordeiro são fatos intrinsecamente ligados, pois se tratam de eventos que acontecerão no mesmo momento – provavelmente, em Iom Teruah!

Como explicar Mateus 24.1-51?

E, quando YEHOSHUA ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo. 2 YEHOSHUA, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada40 anos depois, o templo foi destruído (juízo no 40).
            YEHOSHUA Se retirou do templo e atravessou o Vale do Cedron em direção ao Monte das Oliveiras com Seus discípulos. Nunca mais retornaria ao templo. Esse foi o cumprimento cabal da visão profética de Ezequiel, dada em 592 aC, quando viu a Glória de YHVH abandonar o templo e Jerusalém, em direção ao Monte das Oliveiras (Ezequiel 8.4-6). YEHOSHUA, a Glória de YHVH, olhou a cidade amada que O rejeitou (há pouco, havia dito as palavras em Mateus 23.37-39). E ali, contemplando a cidade, revela seu destino em profecia: 4-14 (fim dos tempos); 15-22 (destruição de Jerusalém – Lucas 21.20); 23-31 (glorioso retorno de YEHOSHUA).

 3 E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo? 4 E YEHOSHUA, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; 5 porque muitos virão em Meu Nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos. 6 E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. 7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. 8 Mas todas estas coisas são o princípio de dores (chavalim ou dores de parto). 9 Então vos hão de entregar para serdes atormentados (tribulação, perseguição) e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do Meu Nome. 10 Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. 11 E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. 12 E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. 13 Mas aquele que perseverar até o fim será salvo [“Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias” – Daniel 12.12; ‘ao que vencer’ – Revelação 2.7,17,26; 3.21].
 14 E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.

A partir daqui começa o ‘tempo de angústia para Jacó’ e ‘tempo de perseguição para a noiva’ – chevlai shel Mashiach – ‘se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias’ (v.22).

            Algo entre o fim do 5º selo e abertura do 6º selo ou entre o 6º e 7º selos (fim de Revelação 6 e antes do capítulo 8), por causa do que se diz na abertura do 5º selo: E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da Palavra de DEUS e por amor do testemunho que deram.  E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó Verdadeiro e Santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram” (Rev 6.9-11); Joel 2.31,32; Joel 2.10-17.

15 Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda [הַשִּׁקּוּץ מְשׁוֹמֵם = hashiqutz m’shomem ou βδέλυγμα τῆς ἐρημώσεως = bdelugma tes eremoses – ‘profanação horrível’; ‘sacrilégio terrível’; ‘a coisa abominável que causa horror e repulsa, devastação, desolação’; ‘aquela que todos os homens detestam extremamente e não podem respeitar, por causa da imundícia e vergonhosa sujeira dela: e ELE fala dos ídolos que foram configurados no templo; significado hebraico - a coisa detestável que causa desolação ou abandono, que provoca profanação do santuário de YHVH (Daniel 11.31; 12.11). YEHOSHUA Se refere a um tipo de idolatria tão perversa e antagônica a todos quantos crêem no PAI, como aquela que ocorreu no ano 168 aC, quando antíoco epífanes erigiu altar para zeus no lugar do altar de YHVH (1 Macabeus 1.54-59; 6.7; 2 Macabeus 6.1-5). Ou quando os romanos ofereceram sacrifícios pagãos no lugar sagrado, em 70 dC, ao proclamarem Tito imperador supremo (2 Tessalonicenses 2.4; Revelação 13.14,15)];

16 Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; 17 e quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa; 18 e quem estiver no campo não volte atrás a buscar as suas vestes. 19 Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! 20 E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado [pouco antes do ano 70 dC, muitos messiânicos fugiram da perseguição, porque entenderam a Palavra deixada por YEHOSHUA. Fuga semelhante haverá na grande tribulação da 70ª semana de Daniel (Daniel 9.27). Como Mateus fala a judeus, refere-se ao shabat, porque aos judeus era permitida caminhada de até 800m. Gestantes, crianças, idosos, deficientes físicos têm maior dificuldade na caminhada e ficam para trás – como nos dias de amalek, que atacou os mais fracos do acampamento de Israel (Deut 25.17,18)];

21 Porque haverá então grande aflição (tsarah gdolah), como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver [o historiador Flavius Josephus testemunhou a assolação do povo no fim do 1º século, utilizando palavras semelhantes às de YEHOSHUA para descrevê-la. Mas, aquilo foi sinal para o que virá (Daniel 12.1)]. 22 E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias [(Jeremias 30.7; Joel 2.16-22,31,32 – livramento da parte de YHVH) – “Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um. E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família, dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro? Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos(Mateus 20.10-16). Ainda – Revelação 11.2; 13.5].

23 Então, se alguém vos disser: ‘Eis que o Cristo está aqui, ou ali’, não lhe deis crédito; 24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos [2 Tessalonicenses 2.9,10]. 25 Eis que EU vo-lo tenho predito [quando acontecer, se recordarão de Suas Palavras e O glorificarão – “Desde agora vo-lo digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que EU Sou” (João 13.19)]. 26 Portanto, se vos disserem: ‘Eis que ELE está no deserto’, não saiais. Eis que ELE está no interior da casa; não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem” [1 Coríntios 15.52 – “num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta (de Iom Kipur, para a vinda do SENHOR); a trombeta (de Iom Teruah, para o arrebatamento) soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados– arrebatamento da noiva e ressurreição dos mortos no Cordeiro, como descrito em 1 Tessalonicenses 4.16,17].

 28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias [YEHOSHUA Se utiliza de um antigo provérbio para declarar que Seu regresso é tão certo quanto um urubu sobrevoando cadáveres. O mundo jaz no maligno e os urubus já sobrevoam aqueles que não se arrependerão de seus pecados e lhes servirão de banquete (Revelação 19.17,18). Juízo de YHVH – Lucas 17.37].

29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas [sinal da abertura do 6º selo, em Revelação 6.12-17].

A partir daqui começa a ira de YHVH, após a abertura do 6º selo, que é sinal de alerta à noiva.
            Coloquemos juntos alguns textos Bíblicos. Ler antes Revelação 6.12-17:

Daniel 12.12 - “Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias”;

Joel 2.31,32 - “O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia de YHVH. E há de ser que todo aquele que invocar o Nome de YHVH será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse YHVH, e entre os sobreviventes, aqueles que YHVH chamar”;

Revelação 6.9-11 - “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da Palavra de DEUS e por amor do testemunho que deram (Hebreus 11 – heróis da fé).  E clamavam com grande voz, dizendo: ‘Até quando, ó Verdadeiro e Santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?’ E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram”;

Revelação 7.13-17 - “E um dos anciãos me falou, dizendo: ‘Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são, e de onde vieram?’ E eu disse-lhe: ‘Senhor, tu sabes’. E ele disse-me: ‘Estes são os que vieram da grande tribulação (צָּרָה גְּדוֹלָה - tsarah gdolah), e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de DEUS, e O servem de dia e de noite no Seu Templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de Guia para as fontes das águas da Vida; e DEUS limpará de seus olhos toda a lágrima’”.

Ø  1335 dias? = 1290 dias + 45 dias depois da grande tribulação (depois dos sete anos);
Ø  quem são aqueles de vestidura branca em Revelação 6 e 7 – os mesmos, acrescidos de outros, daqueles que chegaram ao longo da tribulação.
Ø  na grande tribulação – fome, sede, sol, mormaço... – sinais do 6º selo? Por causa dos escolhidos, o tempo será abreviado;
Ø  e Joel 2 – antes que venha o grande e terrível dia de YHVH, haverá os acontecimentos do 6º selo.

Também 1 Coríntios 15.52,53, na última trombeta = shofar gdolah, porque é a yovel (nome da trombeta em 1 Coríntios 15.52 yovel teruah acharonot – último sopro de jubileu ou shofar hagadol. Isaías 27.13 – regresso dos desterrados, aliyah para adorarem a YHVH no monte Santo de Tsion).

            Revelação 7 acontece (salvos no MASHIACH reunidos). Na sequência, Revelação 8, com o reverente silêncio nos céus por meia hora’, pela severidade da punição que virá sobre os homens, por causa de sua iniquidade. O 7º selo é aberto, com suas 7 trombetas de juízo = dia da ira de YHVH.

 30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória [em Seu regresso, já esposado, para o fim do Seu juízo, em Iom Kipur, quando pisará sobre o Monte das Oliveiras, vindo para salvar Seu povo da destruição completa pelo cerco das nações, que ELE mesmo instigará para julgá-las da forma como trataram Israel, Seu povo (Joel 3.2,3; Zacarias 14.3,4,5; Isaías 13.6-13; 34.2-6,8; Joel 2.10,11,31,32 + Revelação 6.12-17; Joel 3.15-17; 2 Tessalonicenses 1.6-10; Revelação 19.11-16 + Isaías 63.1-6)].

 31 E ELE enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta [shofar hagadol de Iom Kipur], os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus [para as bodas do Cordeiro, em Sukot –E será naquele dia que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao SENHOR no monte santo em Jerusalém” (Isaías 27.13) – reajuntamento de Israel e da Noiva para adorar o REI, em Sukot (Zacarias 14.16)].

 32 Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão [renascimento de Israel em maio de 1948].

 33 Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ELE está próximo, às portas.  34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. 35 O céu e a Terra passarão, mas as Minhas Palavras não hão de passar. 36 Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente Meu PAI [o dia do arrebatamento do Corpo do MASHIACH e a ressurreição dos mortos nELE].

 37 E, como foi nos dias de Noach, assim será também a vinda do Filho do homem [falando do Seu juízo, porque nos dias de Noach, YHVH trouxe juízo à Terra, tal Seu descontentamento e arrependimento de ter criado o homem].

38 Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noach entrou na arca, 39 E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem (para buscar Sua noiva).

40 Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; 41 estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. 42 Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso SENHOR.

43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. 44 Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis [para buscar Sua noiva – na parábola das dez virgens (prudentes e néscias) de Mateus 25.1-13]

            Reino Milenar – Revelação 20.4,6

 45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo? 46 Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.

 47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens quando o SENHOR e Sua esposa regressarem à Terra para Seu reino milenar, distribuirá funções a cada um de nós, de acordo com o galardão de nossas obras (no tribunal de CRISTO, para julgamento das obras).

            Depois do reino milenar – Revelação 20.5,11-15

 48 Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; 49 e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, 50 virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe,
 51 E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes – esse é o julgamento do trono branco, dos condenados ao lago de fogo, os que não foram achadas na 1º ressurreição nem escritos no Livro da Vida (Revelação 20.6-15).

            Sem a mínima intenção, nesse tópico de Mateus 24, de esgotar o assunto dos tempos do fim, mas apresentá-lo, sucintamente, de acordo com o entendimento que tenho recebido do SENHOR, peço aos irmãos que sejam tão nobres quanto os bereanos e, no mesmo espírito, recebam de bom grado a Palavra, examinando as Escrituras com o Espírito Santo, para testificação (Atos 17.10,11).


8.     Abertura dos Portões

Abri-me as portas da justiça; entrarei por elas, e louvarei ao SENHOR. Esta é a porta do SENHOR, pela qual os justos entrarão” (Salmo 118.19,20)

            De acordo com a tradição rabínica, Iom Teruah é o dia em que os portões do céu são abertos para que a nação justa entre (Isaías 26.2). Isto gera o forte argumento de que o arrebatamento (natsal) dos crentes no MASHIACH YEHOSHUA acontecerá em qualquer celebração de Iom Teruah!

9.     Kidushin/Nissu'in – Casamento do MASHIACH

E quando EU for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde EU estiver estejais vós também” (João 14.3).

            O casamento do MASHIACH em Iom Teruah é a parte final da cerimônia, ‘laqach’, sua consumação, quando o Noivo toma Sua noiva, semelhante a ELE, saída, gerada dELE (no Calvário) para viver para sempre a Seu lado. Tudo começou em Shavuot (‘noivado’).

            As festas outonais estão associadas ao regresso do MASHIACH e, portanto, às bodas do Cordeiro.

            A cerimônia de casamento (12 passos), instituída por YHVH, nos ensina sobre YEHOSHUA e Seu (nosso) casamento.

a) seleção da noiva – o pai (Avraham/YHVH) escolhe a noiva para seu filho (João 15.16), enviando seus servos fiéis (Eliezer = ‘DEUS é meu socorro’/Espírito Santo) a procurar companheira idônea (Rivkah/Corpo do Mashiach) a ele (Itschaq/YEHOSHUA) (Gênesis 24.2-4).

            Espírito Santo (Amigo) convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (João 16.7,8).

            Eliezer convenceu Rivkah a segui-lo para casar-se com Itschaq, mesmo sem conhece-lo; também nós, seguimos o Espírito Santo nessa jornada que nos conduz ao conhecimento e à revelação de nosso Noivo, YEHOSHUA (1 Pedro 1.8).

b) mohar dote da noiva – preço a ser pago para adquirí-la. No Gat Shemani, YEHOSHUA clamou para que ‘se possível, passasse dELE aquele mohar’ (Mateus 26.39) – a interrupção de Sua íntima e eterna comunhão com o PAI, Sua vida por pecadores que O rejeitavam (1 Pedro 1.18-20);

c) erusin (atar, amarrar; legalmente obrigado) ou kidushin (consagração, separar para uso exclusivo) – promessa de casamento (Shavuot). YHVH desposou Israel em Har Sinai; YEHOSHUA desposou Sua noiva em Har Tsion;

d) ketubah (‘aquilo que está escrito’) – documento de acordo nupcial ou contrato de aliança denominado shitre erusin, com a descrição das obrigações do noivo para com noiva - direito inalienável dela.

            TaNaCH + Brit Chadashah = Bíblia é a Ketubah dos crentes (2 Timóteo 3.16,17), seus direitos e deveres inalienáveis a todas as promessas e ordenanças nela contidas (2 Coríntios 1.20);

e) consentimento da noivaRomanos 10.8-10 (confessar com a boca e crer com o coração) – ‘eu aceito’ é individual;

f) presentes à noiva e compartilhamento da taça da aliança entre os noivoserusin só termina quando noivo der algo valioso à noiva (anel colocado no dedo), completando a cerimônia = kidushin.

            Presentes simbolizam grau de amor, seu compromisso e lealdade.

Ruach HaKódesh - o Presente de YEHOSHUA à noiva (10 dias depois de Seu arrebatamento, em Shavuot) (João 15.26,27; Atos 2.1-4), com todos Seus dons espirituais (retidão, justiça, graça, vida eterna, fé, palavra de sabedoria, de ciência, cura, operação de maravilhas, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas e sua interpretação, variedade de dons, governo, administração - Efésios 2.8,9; 1 Coríntios 12.8-11,4,28).

            Taça da aliança – ambos bebendo da mesma taça para selar o acordo (Jeremias 31.31-34). Na última ceia, YEHOSHUA tomou este cálice e o deu a Seus discípulos: “E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o Meu sangue, o sangue da Nova Aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco (nas bodas do Cordeiro) no reino de Meu Pai” (Mateus 26.27-29);

g) mikveh da noiva – tem que passar pelo banho de purificação por imersão na água – ‘separação do caminho antigo para um novo caminho’ (batismo nas águas – Atos 19.5; Romanos 6.3-11);

h) noivo retorna à casa do pai para edificar a câmara nupcial. Antes de voltar, o noivo diz à noiva: ‘irei para preparar lugar; se eu for, regressarei a você’. YEHOSHUA fez a mesma declaração – João 14.1-3 (muitas moradas);

i) santificação da noiva – só o pai do noivo pode liberá-lo para buscar a noiva, depois de dar sua aprovação à câmara nupcial (aprovar seu trabalho) e confirmar (por meio do amigo enviado por ele) se a noiva também está preparada e se foi fiel ao filho (Marcos 13.32-37 – ‘daquele dia e hora ninguém sabe... só o PAI... Vigiai’). Ao certificar-se de que tudo está pronto, o pai do noivo o libera tocando o  shofar (1 Tessalonicenses 4.16 – “Porque o mesmo SENHOR descerá do céu com teruah (alarido), e com voz de arcanjo, e com qol shofar ELOHIM (trombeta de DEUS)” )

Do ponto de vista da noiva, ela não sabe a que horas vem seu noivo e deve esperar vigilante, atenta, preparada, porque ele pode chegar a qualquer hora (Mateus 25.1-13 – 10 virgens). Mesmo que tenha dúvida de Seu regresso, o Amigo do Noivo, Ruach HaKódesh, foi deixado como penhor, garantia de que ELE regressará (Efésios 1.13,14). Somos exortados a persistir, insistir e nunca desistir pelo próprio Amigo (2 Pedro 3.1-14);

j) o noivo retorna com um grito (‘Eis o noivo’) e com o toque do shofar – “Porque o mesmo SENHOR descerá do céu com alarido (teruah), e com voz de arcanjo, e com a trombeta de DEUS (qol shofar ELOHIM)” (1 Tessalonicenses 4.16).

- geralmente regressa à meia noite, no meio das vigílias da noite (Mateus 25.1-13 – 10 virgens).

- casamento sob a chupah (céu tipo de chupah). Quando o noivo se aproxima dela, diz-se: ‘Baruch haba b’Shem YHVH’. YEHOSHUA disse que não retornaria até que Sua noiva / Seu povo declarasse o mesmo (Mateus 23.39);

k) nissu’in (‘suspender, erguer no alto’) e laqach (tomar) – “e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens (laqach), a encontrar o SENHOR nos ares (nissu’in), e assim estaremos sempre com o SENHOR” (1 Tessalonicenses 4.17). Noivos se dirigem à chadar (recâmara) por sete dias, para consumação do casamento;

l) bodas do Cordeiro – ceia de casamento – ao saírem da recâmara, os noivos voltam à casa da noiva (Jerusalém), para o banquete nupcial dos convidados do PAI do Noivo (Revelação 19.7-16; 20.4), onde viverão (reino milenar – Ezequiel 43.1,2,7; Miquéias 4.1-5).

            O SENHOR, no Shavuot do Sinai, desposou Israel, entregando-lhe a Ketubah (Torah - o próprio YEHOSHUA), escrevendo em corações de pedra (tábuas do testemunho); no Shavuot de Sião, o SENHOR desposou Sua Noiva (nascida dELE no sacrifício de Pêssach), escrevendo em seus corações de carne a Ketubah Viva (YEHOSHUA, Palavra Viva)!

            Aguardamos o dia em que ELE nos esposará, quando subiremos ao Seu encontro nos ares, se formos fiéis até o fim e vencermos!

10.  Ressurreição dos Mortos e Natsal – Arrebatamento

Abri as portas, para que entre nelas a nação justa (arrebatamento), que observa a verdade. TU conservarás em paz (aliança com YHVH) aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti... Os Teus mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão (ressurreição dos mortos); despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o Teu orvalho será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos (ressurreição). Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos, e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento (tribulação, angústia de Jacó + aspecto celestial Revelação 6.9-11), até que passe a ira (de satanás na grande tribulação). Porque eis que o SENHOR sairá do Seu lugar (dia da ira do SENHOR), para castigar os moradores da Terra, por causa da sua iniqüidade, e a terra descobrirá o seu sangue, e não encobrirá mais os seus mortos” (Isaías 26.2,3,19-21).

            O 13º princípio da fé judaica - ressurreição dos mortos, que ocorrerá em Iom Teruah (Talmud Rosh HaShanah 16b), ao toque da ‘última trombeta’ (100ª de Iom Teruah), como nas Escrituras.

            Arrebatamento - do grego ‘harpazo’ ou hebraico ‘natsal’ - agarrar, apoderar-se de, tomar à força, flagrar, surpreender, capturar para fora, atrair, puxar com força, arrastar, colher, alcançar aqueles que estão à frente, atualizar, suspender, envolver-se; ouvir, discernir, perceber, compreender.

Salmo 27.4-6 - ‘aquele que procura habitar na Presença do SENHOR todos os dias de sua vida para contemplar Sua formosura e perscrutar Seus tesouros para dELE aprender e por ELE viver, a esse YHVH esconderá em Seu esconderijo no dia da adversidade, erguendo-o sobre e na Rocha. E o exaltará diante dos inimigos, porque ELE lhe prepara uma mesa diante de seus inimigos

11.  Tekiah Gdolah – A Última Trombeta

Porque o mesmo SENHOR descerá do céu com teruah (alarido), e com voz de arcanjo, e com qol shofar ELOHIM (trombeta de DEUS); e os que morreram em CRISTO ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens (nissu’in), a encontrar o SENHOR nos ares (laqach), e assim estaremos sempre com o SENHOR (consumação do casamento)” (1 Tessalonicenses 4.16,17).

            No judaísmo, há três trombetas (shofarot/shofarim) que recebem nomes específicos, que apontam para dias específicos no calendário judaico:

Ø   primeira trombeta (Shofar haRishonah) – tocada em Shavuot, proclamando o compromisso de YAH (kidushin) com Israel (Êxodo 19.19) e Seu comprometimento (kidushin) com a noiva do Cordeiro (Atos 2.2,3);

Ø   última trombeta (Tekiah Gdolah) – sinônimo de Iom Teruah, anunciando a chegada do Noivo para tomar Sua noiva (laqach), erguê-la ao alto (nissu’in) e casar-Se com ela sob a chupah celestial (1 Coríntios 15.51-53);

Ø   grande trombeta (Shofar HaGadol) – tocada em Iom HaKipurim, proclamando o regresso do REI MESSIAS YEHOSHUA com Sua esposa, para as bodas do Cordeiro (Sukot) e assumir Seu reino milenar (Zacarias 14.4,5b; 2 Tessalonicenses 2.8).

            De acordo com a tradição judaica, os dois primeiros shofarim correspondem aos chifres do carneiro substituto de Itschaq no Monte Moriah (como o MASHIACH preso no madeiro, a provisão de YAH para resgate de vida).

            Na Pirkei Avot (Ética dos Patriarcas, um tratado da Mishnah), rabino Eliezer diz que o chifre esquerdo (primeira trombeta) foi soado no Monte Sinai e o chifre da direita (última trombeta) será soprado para anunciar a vinda do MESSIAS.

Tekiah Gdolah, porque todos os toques de shofar em Iom Teruah terminam com essa nota, o mais longo, como o último clamor ao arrependimento sincero, antes que venham os dias de terror.

            Tradição - 100 vezes o shofar deve ser tocado (e escutado) durante esse dia, por causa de Sísera, morto por Yael, uma mulher, que cravou em sua fronte uma estaca de tenda. Os 100 sonidos serviriam para ‘neutralizar’ os efeitos amaldiçoadores das lágrimas de ódio contra o povo de Israel, derramadas pela mãe inconsolada do ‘grande general assírio’ (Juízes 4 e 5).

            O 100º toque seria o Tekiah Gdolah, o mais longo de todos.

            Vivemos no período entre essas duas trombetas, onde fomos prometidos a um só marido, enquanto aguardamos Seu regresso da casa dO PAI no céu. E isso se dará quando o PAI vir que a noiva está pronta e o tempo é chegado, porque “daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente Meu PAI” (Mateus 24.36).

Quando a última trombeta soar:

ü  acontecerá o arrebatamento da Igreja, trazendo aos justos o livramento da ira vindoura (1 Tessalonicenses 1.10), uma vez que YAH, nO MASHIACH YEHOSHUA não nos destinou à destruição (1 Tessalonicenses 5.9). Os mortos nELE ressuscitarão e os vivos serão ajuntados dos quatro ventos (1Tessalonicenses 4.16);

ü  soará o alarme para a batalha de YHVH contra hasatan e o mundo ímpio, com o início do ‘grande e terrível dia de YHVH (Revelação de YESHUA HaMASHIACH 6.17), em que o SENHOR, o MASHIACH Se revelará com grande ira e preparará a nação de Israel para encontrar-se com Seu SENHOR (ser introduzida à Nova Aliança – Jeremias 31.31; Ezequiel 20.35-38; Zacarias 13.9);

ü  anunciará a vinda iminente do MASHIACH de Israel e Sua coroação como REI de Israel e de toda a Terra (Isaías 2.17), durante Iom Kipur.

12.  Iom Hakeseh – Dia Encoberto (oculto, com o silêncio do 29º dia) ou ‘o dia que homem nenhum sabe’

Tocai a trombeta (shofar) na lua nova (חֹדֶש - chódesh - lua nova ou princípio do mês), no tempo apontado (bakesseh l’iom) da nossa solenidade. Porque isto era um estatuto para Israel, e uma lei do DEUS de Iaacov” (Salmo 81.3,4).

Aquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente Meu PAI. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso SENHOR” (Mateus 24.36,42).

            Kesseh (כֶּסֶה) - raiz kassah (כָּסָה), que significa ‘cobrir; tampar; abrigar; proteger; revestir; abranger (um território); percorrer (uma distância); esconder, ocultar’.

             כֶּסֶה ou כֶּסֶא - lua cheia

            A identificação da lua nova (início de cada mês) dependia da observação visual dos dois atalaias do templo em Jerusalém, que despertavam a população pelo toque do shofar. Também ‘o dia e a hora do início do 7º mês’ eram desconhecidos por todos, aguardando-se o anúncio do shofar pelas duas testemunhas no templo.

            A festa era imprevisível (dia encoberto) e dependia  do soar do shofar e de se estar atento e vigilante para ouví-lo, para celebrá-lo tão intensamente quanto nas solenidades da lua cheia (Pêssach e Sukot):

§  os dois atalaias do templo apontam para as duas testemunhas de Revelação 11.3-14, que profetizarão por 1260 dias, durante os dias de iamim noraim, atormentando os homens que estão sob ‘chevlai shel Mashiach’ ou a grande tribulação, até o tempo do soar da 6ª trombeta, quando serão vencidas pela besta (abadom ou apoliom) que subiu do abismo (liberada após o soar da 5ª trombeta, quando uma estrela caiu do céu, abrindo o poço do abismo - Revelação 9.1-12) e que também serão arrebatadas ao céu, sob a visão de muitos, para que dêem glórias a YAH;

§  ‘o dia que homem nenhum sabe’ (um dos nomes de Iom Teruah) - YEHOSHUA usou expressão para referir-Se ao Seu regresso (Mateus 24.36,42 – ‘o dia e hora ninguém sabe’).

§  na leitura diária do Salmo 27, durante os 40 dias que antecedem Iom Kipur – “Porque no dia da adversidade me esconderá no Seu pavilhão; no oculto do Seu tabernáculo me esconderá; pôr-me-á sobre uma Rocha” (v.5) – o SENHOR promete ocultar, esconder os que LHE pertencem no dia da adversidade.

§  no toque diário do shofar durante o mês de Elul, com a finalidade de despertar a consciência do povo ao arrependimento.

§  durante todos os dias de Elul, o shofar é tocado pelas manhãs, exceto no último dia, que precede Iom Teruah, com base no Salmo 81.3 – a palavra traduzida para ‘tempo apontado’ (português) é a palavra hebraica kesseh, de ocultar, esconder, tampar; abrigar; proteger’.

            Nesse último dia de Elul (29º dia), o shofar é silenciado com a finalidade de confundir hasatan, o acusador de nossas almas, para que não saiba:

- que é chegado Iom HaDin (Dia do Julgamento) – simbolicamente, o dia do julgamento lhe está oculto, porque não entende o plano de redenção (1 Coríntios 2.7,8 – “Mas falamos a sabedoria de DEUS, oculta em mistério, a qual DEUS ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao SENHOR da glória”);

- o dia em que o REI da glória voltará para tomar Sua noiva. E ele não consegue obter essa informação de ninguém, porque, ‘com respeito a esse dia, nenhum homem sabe, nem anjos, mas só o PAI’ (Mateus 24.36).


Dez Dias

            Dez dias separam Iom Teruah de Iom Kipur.

O dia do SENHOR é um período de tempo, profeticamente vivido nos dez dias de arrependimento entre Iom Teruah (com o último shofar ou Tekiah Gdolah) e Iom Kipur (com o grande shofar ou Shofar HaGadol).

E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu: ‘Conheço as tuas obras (nos manuscritos antigos: ‘conheço a tua tribulação), e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de satanás. Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida’. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte” (Revelação 2.8-11).

            Imediatamente antes de ser arrebatado aos céus, o SENHOR YEHOSHUA disse a Seus discípulos que permanecessem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder, no batismo do Espírito Santo (Atos 1.4,5,8). Faltavam dez dias para Shavuot (que representa o ‘noivado do SENHOR). Sabemos disso porque ELE, após Sua ressurreição (em Chag HaBikurrim ou Festa das Primícias), andou por 40 dias com Seus discípulos, e isso durante o período da contagem de ômer (iniciada em Chag HaBikurim) ou de 50 dias até Shavuot. Os discípulos, portanto, permaneceram no cenáculo por dez dias, buscando a Presença do SENHOR, contando ômer.

            Quando o servo de Avraham foi escolher esposa para Itschaq dentre os parentes de Avraham, levou consigo dez camelos de iguarias e presentes. Labão sugeriu que Rivka permanecesse mais tempo entre seus familiares, ao menos dez dias. Mas o servo não quis, porque o SENHOR tinha-lhe prosperado o caminho e não era prudente esperar mais tempo “Então disseram seu irmão e sua mãe: ‘Fique a donzela conosco alguns dias, ou pelo menos dez dias, depois irá’. Ele, porém, lhes disse: ‘Não me detenhais, pois o SENHOR tem prosperado o meu caminho; deixai-me partir, para que eu volte a meu senhor (SENHOR)” (Gênesis 24.55,56).

            Rivkah, a escolhida do mordomo de Avraham, Eliézer – tipo do Espírito Santo – foi convidada a permanecer dez dias na casa dos seus pais, para que avaliasse sua real disposição e vontade de seguir aquele que veio buscá-la cheio de promessas: naquele momento, ela estava sendo provada e tentada a ceder, desistir e não aceitar o chamado daquele que lhe conduziria a uma nova vida, da mesma forma que o Espírito Santo faz conosco, nos guiando a romper com as ataduras que nos aprisionam, para que vençamos as tentações, provações e apegos/apelos da carne, para viver em novidade de vida, a Promessa do PAI (Lucas 14.26; Marcos 10.29,30).

            Eliézer convidou Rivkah – tipificando os servos do Altíssimo – a unir-se ao seu senhor Itschaq – tipo do SENHOR YEHOSHUA – mas o apelo da parentela e de sua história diziam a Rivkah que permanecesse por ‘ao menos dez dias’, simbolizando período de grande provação/tentação, para que não prosseguisse rumo à nova vida. Firmemente, como noiva ataviada [porque recebeu atavios de Eliézer], creu nas Palavras do Mordomo Espírito Santo, e seguiu para encontrar-se com seu Noivo e SENHOR, juntamente com Quem as portas do inferno nunca prevaleceriam em seu ser.

            Não é coincidência que entre Iom Teruah e Iom Kipur haja dez dias e que YEHOSHUA tenha sido arrebatado dez dias antes da vinda do Espírito Santo, que revolucionaria a vida dos Seus discípulos [reunidos no mesmo lugar]!

            O número DEZ, nas Escrituras, se refere à perfeição natural do mundo. Expressa o completo, a inteireza, o todo. É considerado o número da perfeição humana. Cinco mais cinco nos fala de responsabilidade dobrada, ou seja, completa responsabilidade, responsabilidade do ser humano frente a seus atos, seu governo, por meio de provação, resistência, avaliação. Abrange a totalidade das relações humanas e sua responsabilidade para com o Criador, a criação e as criaturas.

- dez fala da totalidade da criação - por dez vezes, em Gênesis 1, ELOHIM dá ordem para que os seres venham à vida. ‘E disse ELOHIM’ [vaiomer ELOHIM וַיֹּאמֶר אֱלֹהִים – vv. 3,6,9,11,14,20,24,26,28,29]: sete vezes, referindo-se à criação em geral (sete primeiras referências); três vezes, dirigindo-se aos seres humanos em especial (três últimas). Logo, 7 + 3 = 10 – totalidade da criação;

- são dez os mandamentos que YHVH deu a Moshe (Êxodo 20.1-17; Deuteronômio 5.6-22), ou dez Palavras [d’varim - דְּבָרִים], facilmente memorizáveis porque podem ser contados e relacionados nos dedos das mãos, que denunciam as dez entidades/malignidades que lutam contra o homem a fim de afastá-lo de seu Criador e vencê-lo, que lutam para desviá-lo e mantê-lo longe da Verdade.

            Trata-se das dez formas de queda mais comuns do ser humano [egolatria – DEUS não é o centro; cegueira espiritual e idolatria - culto a imagens, outros deuses; blasfêmia ou profanação – uso Nome de YHVH em vão; incredulidade e insubmissão – não guarda do Shabat, YEHOSHUA nosso descanso; desobediência e rebelião – não honrar progenitores; ódio e violência – matar; prostituição e imoralidade – cometer adultério; corrupção e roubo – roubar; mentira e calúnias – falso testemunho; inveja e ingratidão – cobiça bens alheios], que YAH denunciou, exigindo vigilância, repúdio total e diligência, porque conduzem à morte – separação de YHVH. O homem segundo o coração de YHVH deve aprender a resistir, persistir, insistir e nunca desistir da Verdade para ser aprovado e reinar para sempre com HaMASHIACH.

            Diante dos bens da Terra, de que falaram as dez Palavras, é preciso assumir uma postura fiel, perfeita. O Decálogo é orientação segura do fiel para com DEUS Criador, consigo mesmo, com a realidade criada.

E esteve ali com YHVH quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas tábuas as Palavras da Aliança, as dez Palavras [dez mandamentos]” (Êxodo 34.28);

- Gerações pós-diluvianasGênesis 10 relaciona os povos pós-diluvianos, gerados de Shem, Cham e Yefet – 70 gerações = 10 (nações) x 7 (plenitude, completude);

- Noach foi o descendente da décima geração desde Adam (1 Crônicas 1.1-4), tornando-se o pai da raça humana após o dilúvio. Na décima descendência houve juízo sobre os habitantes da Terra – foram provados e somente oito almas aprovadas. Noach assumiu sua responsabilidade plenamente na relação com seu Criador e com os homens.

- dez gerações depois de Noach (1 Crônicas 1.24-27), o SENHOR levantou Avraham com quem fez aliança para ‘começar’ o resgate da humanidade ao Jardim do Éden - um homem, uma família, um povo, uma nação, Seu Filho (Servo e REI). Ele foi provado de várias maneiras, assumindo sua responsabilidade diante da humanidade, não cedendo, como havia feito Adam. E, por isso, pôde tipificar a YHVH PAI de duas formas: ao enviar Eliézer – tipo do Espírito Santo – para prover a Itschaq com uma esposa idônea, Rivkah; e ao entregar seu filho para sacrifício-oferta agradável ao SENHOR. YHVH PAI enviou o Filho e o Espírito, entregando-Os a nós;

- Jacó era um homem extremamente deformado em seu caráter, manifestando o que seu nome significava [usurpador, enganador, suplantador]. Mas, encontrou alguém como ele, seu tio Labão, que o provou, o enganou por dez vezes, o peneirou. Mas, porque se apegara a YHVH no deserto, lutando como príncipe com ELE, por Suas causas, a Seu favor, venceu a dura provação e a honra e a liberdade o perseguiram, vivendo o cumprimento da promessa. “Mas vosso pai me enganou e mudou o salário dez vezes; porém DEUS não lhe permitiu que me fizesse mal” (Gênesis 31.7);

- José era um homem reto, íntegro, fiel, obediente a seu ‘pai’; porém tinha dez irmãos que o odiavam grandemente [por inveja], e lutaram para impedir o cumprimento de promessas, levando-o a viver as maiores provações, dores, amarguras, humilhações, angústia, traições e tristezas de sua vida. Porque foi fiel até o fim, em obediência a YHVH, Este o honrou, o exaltou [2º depois de faraó, o homem mais poderoso do mundo conhecido] diante de todos os que buscaram seu mal, pagando-lhes com bem – responsabilidade de governança, atos que influenciam a humanidade. “Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente... Então desceram os dez irmãos de José, para comprarem trigo no Egito... José, pois, era o governador daquela terra; ele vendia a todo o povo da Terra; e os irmãos de José chegaram e inclinaram-se a ele, com o rosto em terra [tipificando a vitória que alcançamos por YEHOSHUA HaMASHIACH, que submete todos os principados debaixo dos nossos pés, se tão somente LHE formos fiéis até as últimas consequências]... Vendo então os irmãos de José que seu pai já estava morto, disseram: ‘Porventura nos odiará José e certamente nos retribuirá todo o mal que lhe fizemos’. Portanto mandaram dizer a José: ‘Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo: Assim direis a José: ‘Perdoa, rogo-te, a transgressão de teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal’; agora, pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do DEUS de teu pai’. E José chorou quando eles lhe falavam. Depois vieram também seus irmãos, e prostraram-se diante dele, e disseram: ‘Eis-nos aqui por teus servos’. E José lhes disse: ‘Não temais; porventura estou eu em lugar de DEUS? Vós bem intentastes mal contra mim; porém DEUS o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos’. Assim os consolou, e falou segundo o coração deles” (Gênesis 37.4; 42.3,6; 50.15-21);

- dez pragas - o povo de Israel no Egito foi submetido a toda forma de opressão, porque os egípcios não aceitavam a vontade do Criador nem a ordem da natureza estabelecida pelo Criador. Por isso, o próprio DEUS interveio na situação. A inteireza do mal da opressão foi superada por uma intervenção total de YHVH, mediante dez pragas (Êxodo 7-12 – sangue, rãs, mosquitos, moscas, peste nos animais, úlceras, chuva de pedras, gafanhotos, trevas, morte dos primogênitos);

- rebelião do povo no deserto – Israel também falhou com DEUS no deserto por ‘dez’ vezes, não assumindo sua responsabilidade diante de seu Libertador, do compromisso assumido na morte do cordeiro substituto.
E que todos os homens que viram a Minha glória e os Meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e Me tentaram (Me puseram à prova) estas dez vezes, e não obedeceram à Minha voz, não verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que Me provocaram a verá (Números 14.22,23);

- Naomi, judia bem casada, desceu a Moav com seus filhos e marido, e habitou ali por quase dez anos, quando teve que retornar à terra natal, totalmente destruída (Mara), por afastar-se do DEUS de Israel – desfilhada e viúva. Dez anos de provação e grande tribulação. Ao retornar à terra e ao DEUS da terra, esse ciclo de destruição foi interrompido e a restituição de YHVH lhe sobejou.
Os quais tomaram para si mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o da outra Rute; e ficaram ali quase dez anos” (Rut 1.4);

- Daniel propôs dez dias de consagração para vencer os principados atuantes em Babilônia. Ele e seus quatro amigos permaneceram firmes e fiéis até o fim. E foram honrados pelo SENHOR com sabedoria dez vezes maior diante do rei, que passou a glorificar e exaltar o DEUS deles, YHVH.
Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias: ‘Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber... E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias... E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino” (Daniel 1.11,12,14,20);

- no sonho de Nevuchadnetsar sobre a estátua das civilizações (Daniel 2), quando a ‘Pedra que não foi cortada por mão humana’ atinge os pés, os dez dedos representam o estado das nações ao final, bem como os dez chifres (Daniel 7) que apontam para elas. A besta tem dez chifres (Daniel 7.20; Revelação 17.3);

- Jerusalém foi sitiada por Nevuchadnetsar no dia dez do décimo mês (2 Reis 25.1,2), permanecendo sob domínio gentílico por dois mil anos, retornando às mãos dos judeus, o que demonstra claramente que DEZ é o número dos goyim [nações], pois: ‘Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem’ (Lucas 21.24b);

            Morreu, mas vivo está para nos ajudar no Seu caminho que, ainda que difícil, penoso e cheio de obstáculos, nos é ‘leve e momentânea tribulação que produz para nós peso eterno de glória mui excelente’ (2 Coríntios 4.17).

            O SENHOR nos está alertando para a ‘tribulação de dez dias’; serão dias difíceis e todas as dificuldades pelas quais passamos são treinamento para aqueles dias, porque deseja que todos nós sejamos aprovados, e isto tem a ver com os ‘muitos sendo chamados e poucos escolhidos’ (Mateus 22.14) para reinarem com ELE em Seu reino (“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céusMateus 5.10): “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos... E também todos os que piamente querem viver em CRISTO YEHOSHUA padecerão perseguições” (2 Timóteo 3.1,12). “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a DEUS” (João 16.2).

            De acordo com Jó, o ‘homem nasce para a tribulação’ (Jó 5.7a). Mas o SENHOR não está nem estará alheio à tribulação pela qual passamos/passarmos, mas a conhece (‘conheço a tua tribulação’ e não ‘obras’, como na tradução), bem como ‘nossa pobreza’, considerando-a a verdadeira riqueza, de acordo com Seu padrão. Frente à perseguição, à angústia, à desestruturação familiar, à tortura, ao empobrecimento, à morte, ELE diz-nos para ‘não temer em nada’. E se não a remove é porque ela, a tribulação, é necessária, porque ELE nos ama e deseja que façamos parte de Seu reino, em vitória plena sobre satanás e suas obras para que conheçamos a glória de YAH, recomendando por sete vezes ‘ao que vencer’. Só poderemos vencer se concentrados nELE, recordando-nos de que ELE venceu e nELE somos vitoriosos; se “corrermos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para YEHOSHUA, Autor e Consumador da fé, O Qual, pelo gozo que LHE estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-Se à destra do trono de YHVH” (Hebreus 12.1,2).

            O caminho dos vencedores é a tribulação (Revelação 12.10,11), cuja recompensa é Seu reino, com a coroa da vida e o escape do dano da segunda morte (Revelação 20.4-6,14; 21.5-8).


Aplicação Espiritual

Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é do MESSIAS” (Colossenses 2.16,17) – a lua nova nos ensina sobre o Mashiach.

            Quando a lua dá as ‘costas’ ao sol (sua fonte de luz) e impede que o sol brilhe sobre ela (lua nova ocorre no alinhamento Sol-Lua-Terra), manifestando sua face escura, então será a noite mais escura do mês.
            A lua é um astro que gira em torno da Terra e não tem luz própria. Só reflete aquilo que recebe do astro maior em torno que quem a Terra orbita, o sol.

            O sol é figura do MASHIACH (Sol da Justiça - Malaquias 4.2) e a lua aponta para os crentes nELE.

            Quando somos uma lua nova em Sua presença, temos pouquíssimo ou quase nada do MASHIACH em nós. Logo, só refletimos a nós mesmos (trevas, escuridão). Mas, à medida que ‘orbitamos’ ao Seu redor, mais e mais temos dELE em nós (O MESSIAS sendo forjado em nós, iluminando a sujeira e queimando-a, purificando-nos pelo ‘furor das batalhas’) e mais e mais refletimos Sua glória, Sua Luz, até ser dia perfeito, na lua cheia (Provérbios 4.18).

O arrependimento nacional de Israel é o pré-requisito para o regresso do seu MESSIAS, e um dos principais propósitos do tempo de angústia para Iaacov, bem como do dia da ira de YHVH. ELE só regressará para ela quando começar a dizer: ‘Bendito Aquele que vem em Nome de YHVH’ (Salmo 118.26; Mateus 23.39), por desejar ardentemente ver seu MESSIAS, seu Libertador prometido.

            Mesmo sendo um dia de festa, é um dia solene e seu princípio é a ‘teshuvah’ (dar meia volta, arrepender-se).

Buscai a YHVH enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta  a YHVH, que Se compadecerá dele; torne para o nosso DEUS, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55.6,7).

Clamemos pelo arrependimento genuíno de Israel e dos povos, nesse período de 40 dias de introspecção, auto-análise, que culminará com Iom Kipur (10.10.2019). Que cada judeu e cada gentio se veja como YHVH os vê, e cheguem ao lugar de arrependimento, não como Esav, mas como Iaacov. “Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento (תְשׁוּעָה); pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento (תְשׁוּעָה) para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Coríntios 7.9,10).

Com gratidão e no amor do Amado e ardentemente desejado SENHOR YEHOSHUA HaMASHIACH, na convicção de que vivemos para preparar o caminho para o Seu regresso glorioso em nossa geração,

Chag Iom Teruah sameach,

marciah malkah


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