“Três vezes no ano todo o homem entre ti aparecerá perante o SENHOR teu
DEUS, no lugar que escolher, em Chag HaMatzot (festa dos pães ázimos), em
Shavuot (festa das semanas), e em Sucot (festa dos tabernáculos); porém não
aparecerá vazio perante o SENHOR; cada um, conforme o dom da sua mão, conforme
a bênção do SENHOR teu DEUS, que lhe tiver dado” (Deuteronômio 16.16,17)
As
Festas do SENHOR são santas convocações ou assembléias do povo de DEUS em
tempos marcados, para repetir o que DEUS fez e fará por meio do Seu MESSIAS,
para salvar a humanidade e celebrar Sua bondade e misericórdia.
Quando
falamos de Pentecoste, nos reportamos ao livro de Atos 2, quando pensamos ser esta a primeira
celebração dele. Entretanto, se analisarmos o texto em questão, veremos que a celebração
de Shavuot era uma ordenança do SENHOR, porquanto uma de Suas festas:
“Depois para vós contareis desde o dia seguinte
ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas
inteiras serão. Até o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias;
então oferecereis nova oferta de alimentos ao SENHOR” (Levítico 23.15,16)
“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes,
estavam todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som,
como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam
assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as
quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e
começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que
falassem” (Atos
2.1-4).
Atos 2 não foi a primeira celebração de Shavuot, mas o
início de seu cumprimento cabal (Joel 2.18-32).
Na viração do dia 19 para 20 de
maio, tem início as celebrações de Shavuot, encerrando-se na noite de 21 de
maio (dois dias de celebração, em Israel).
Assim como o 1º Pêssach
aconteceu há mais de 3500 anos, no Egito, terra de escravidão, também o 1º
Shavuot aconteceu em alguma parte da caminhada do povo pelo deserto, após sua
saída do Egito.
De acordo com a tradição
judaica e pelas similaridades do contexto em Atos 2
e Levítico 23, a primeira celebração de Shavuot
teria acontecido no Sinai, conforme tabela abaixo:
“Ao terceiro mês da
saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto
de Sinai, porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se
acamparam. Israel, pois, ali se acampou em frente ao monte... E estejam prontos
para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o SENHOR descerá diante dos
olhos de todo o povo sobre o monte Sinai” (Êxodo 19.1,11)
Shavuot
ou Festa das Semanas ou Pentecoste (palavra grega para 50) é a Festa do SENHOR
celebrada no 50º dia depois de Chag HaBikurim ou Festa das Primícias
(que acontece no dia seguinte ao shabat durante Chag HaMatzot ou Festa
dos Pães Ázimos).
YEHOSHUA, como Primícias da colheita, ressuscitou ao 3º
dia, no dia seguinte ao shabat (17 de Aviv, naquele ano) – “Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15.20).
Exatamente, 40 dias depois, ELE subiu ao céu (‘da mesma
forma, retornará’). Dez dias depois disso, ou seja, 50 dias após Sua
ressurreição, ELE enviou a Promessa do PAI, Ruach HaKódesh, e Seus discípulos
foram cheios dELE.
A história do Êxodo está diretamente ligada a Pêssach e a
Shavuot, pois ao povo foi outorgada, inicialmente, liberdade para uma jornada
de três dias pelo deserto, a fim de oferecer sacrifícios ao DEUS de Avraham,
Itschaq e Yaacov (Êxodo 3.18
– “...deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, para que sacrifiquemos
ao SENHOR ELOHEINU”).
Quando Iaacov desceu ao Egito com toda sua casa, por
causa da fome em Canaã, ele e seus descendentes puseram-se sob o jugo de faraó.
Somente faraó poderia liberá-los de seu domínio, quer por permissão ou por
morte. Se faraó morresse, morreria a escravidão do povo.
Pela dureza de coração de faraó, o povo foi impedido de
sair imediatamente, até que o SENHOR julgou todos os seus deuses e feriu seus
primogênitos. Então, faraó cedeu e deu-lhes ordem para sair.
Acredita-se que o povo tenha chegado às margens de Iam Suf (Mar de Junco -
cana), em caminhada de três dias, em 17 de Aviv, exatamente na celebração de
Chag HaBikurim (Festa das Primícias) e da Ressurreição do MESSIAS de Israel.
Quando faraó viu que o povo estava encurralado, o SENHOR
endureceu seu coração para que o perseguisse com seu exército (Êxodo 14.1-9). Israel teve
medo, mas Moshe lhe disse:
“...Não temais; estai quietos, e vede YESHUAT YHVH (o livramento, a salvação do SENHOR), que hoje vos fará;
porque aos egípcios que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR
pelejará por vós, e vós vos calareis” (Êxodo 14.13,14)
Yeshuat = salvação de,
YHVH, no caso. JESUS, no hebraico é YESHUA
(YEHOSHUA) = salvação ou Salvador (Mateus 1.21).
O que é tremendo é que, antes que o povo atravessasse Iam
Suf, o mar de junco (da inconstância, levado pelo vento) e fosse batizado em
suas águas, o SENHOR os fez ver Sua
Salvação, a Pessoa do Seu Filho,
a YEHOSHUA!
“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos
pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e
no mar, e todos comeram de uma mesma comida espiritual, e beberam todos de
uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da Pedra Espiritual que os seguia; e
a Pedra era HaMASHIACH” (1
Coríntios 10.1-4)
O texto acima fala de dois batismos, um na nuvem
e outro na água. O que significa
isso?
Quando o povo comeu o cordeiro, o comeu sob a cobertura do sangue nos umbrais e verga
das portas, apontando para a limpeza,
pelo precioso sangue, que o MESSIAS faria pela humanidade: limpos por Seu sangue, somos livres para vê-lO e ter fé nELE, para
segui-lO e obedecê-lO.
Ao saírem de Ramsés (Números
33 – das 42 jornadas), tinham ordem para fazer a caminhada de três dias
e adorar ao SENHOR. Quando saíram, o SENHOR nunca os deixou sós: “Assim partiram de Sucote, e acamparam-se em Etã, à entrada do deserto.
E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite
numa coluna de fogo para os iluminar,
para que caminhassem de dia e de noite. Nunca
tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de
noite” (Êxodo
13.20-22).
“Fala aos filhos de Israel que voltem, e que se
acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol (torre) e o mar, diante de
Baal-Zefom (= dagon para os filisteus = belzebu = príncipe das
moscas); em frente dele assentareis o campo junto ao mar” (Êxodo 14.2).
Estavam em uma posição difícil, enfrentando a belzebu,
aparentemente encurralados. E o SENHOR mostrou Sua Salvação, Seu livramento:
- o batismo na nuvem representou o seu batismo no MESSIAS, que veio pela fé
(comeram do cordeiro, participando de sua morte expiatória; caminharam adiante,
para o mar);
- quando viram a salvação de YAH
já estavam no MESSIAS (simbolicamente) e foram batizados no mar, na água, pois
é esse batismo que separa a pessoa do mundo.
Faraó ousou seguir
o povo de ELOHIM, e afogou-se; e afogou-se porque não estava sob o sangue do
cordeiro. O povo estava sob o sangue do
cordeiro substituto e sob a nuvem e pôde ressuscitar ao terceiro dia!
Com a morte de faraó, acabava o escrito de dívida contra
o povo hebreu (“Havendo riscado a cédula que
era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária,
e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” – Colossenses 2.14) e, em vez
de caminhar só três dias pelo deserto, o povo estava livre para rumar à terra
prometida (em crescimento no conhecimento dAquele que verdadeiramente os
libertou – “Por esta razão, nós também,
desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que
sejais cheios do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e
inteligência espiritual; para que possais andar dignamente diante do SENHOR,
agradando-LHE em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no
conhecimento de ELOHIM” - Colossenses
1.9,10).
A Bíblia declara que a Destra do
SENHOR destruiu os egípcios (Êxodo 15.6,12). A Destra do
SENHOR é o Mashiach YEHOSHUA,
como visto em alguns textos abaixo. Por esta razão, Pêssach também é chamada de
a ‘festa da nossa libertação’:
“Pois não conquistaram a terra pela sua espada,
nem o seu braço os salvou, mas a Tua destra e o Teu braço, e a luz da Tua face,
porquanto Te agradaste deles. TU és o meu Rei, ó DEUS; ordena salvações para
Jacó” (Salmo
44.3,4)
“TU tens um braço poderoso; forte é a Tua mão, e
alta está a Tua destra. Justiça e juízo são a base do Teu trono; misericórdia e
verdade irão adiante do Teu rosto. Bem-aventurado o povo que conhece o som
alegre; andará, ó SENHOR, na luz da Tua face. Em Teu Nome se alegrará todo o
dia, e na Tua justiça se exaltará. Pois TU és a Glória da sua força; e no Teu
favor será exaltado o nosso poder. Porque o SENHOR é a nossa defesa, e o Santo
de Israel o nosso Rei” (Salmo
89.13-18)
“Disse o SENHOR ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha
mão direita, até que ponha os Teus inimigos por escabelo dos Teus pés” (Salmo 110.1)
“A Destra do SENHOR se exalta; a Destra do SENHOR
faz proezas” (Salmo
118.16)
“Andando eu no meio da angústia, TU me reviverás;
estenderás a Tua mão contra a ira dos meus inimigos, e a Tua destra me salvará” (Salmo 138.7)
“Não temas, porque EU Sou contigo; não te
assombres, porque EU Sou teu DEUS; EU te fortaleço, e te ajudo, e te sustento
com a destra da Minha justiça” (Isaías 41.10)
“DEUS ressuscitou a Este YESHUA (YEHOSHUA), do
que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de DEUS, e
tendo recebido do PAI a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora
vedes e ouvis. Porque David não subiu aos céus, mas ELE próprio diz: Disse o
SENHOR ao Meu Senhor: Assenta-Te à Minha direita, até que ponha os Teus
inimigos por escabelo de Teus pés. Saiba, pois, com certeza toda a casa de
Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, DEUS O fez SENHOR e MASHIACH” (Atos 2.32-36)
“O qual,
sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua Pessoa, e
sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder, havendo feito por Si
mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da majestade nas
alturas” (Hebreus
1.3)
Espiritualmente falando, faraó tipifica a satanás. Até
que recebêssemos o SENHOR YEHOSHUA como nosso SENHOR e Salvador, satanás era
nosso proprietário, com direitos legais sobre nós. Pela morte do SENHOR, o
direito legal que satanás tinha sobre nossas vidas foi destruído e agora somos
livres para tomar a decisão de caminhar rumo à terra prometida e nela
entrarmos, tomando posse de Suas promessas para nós.
Quando
JESUS morreu e ressuscitou ao 3º dia, exatamente no dia em que o povo havia
chegado na ‘encruzilhada de suas vidas no deserto, exatamente três dias depois
de andar no deserto do inferno, 17 de Aviv/Nisan, garantiu nossa liberdade do
pecado, do mundo, de satanás, porque venceu a morte (a separação de DEUS), o
mais terrível inimigo (“...Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a
força do pecado é a lei. Mas graças a DEUS que nos dá a vitória por nosso SENHOR YEHOSHUA
HaMASHIACH” – 1
Coríntios 15.54c-57). Agora, livres para entrar na Terra Prometida.
Ao
chegarem ao Sinai, no terceiro mês (Êxodo 19.1 - mês em que é celebrado Shavuot), o
SENHOR disse ao povo para preparar-se para se encontrar com seu Criador: “Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas roupas, e estejam prontos para o terceiro dia;
porquanto no terceiro dia o SENHOR
descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai” (Êxodo 19.10,11).
Esse, segundo a tradição, seria o 50º dia depois de atravessarem o Mar
Vermelho.
Designações
Bíblicas desta Festa
Shavuot, como todas as outras festas do SENHOR, está conectada ao
período de colheita. Essa festa recebe vários nomes:
ü Chag
HaShavuot ou Festa das Semanas, porque sete semanas são
contadas a partir de Chag HaBikurim (Festa das Primícias), na primavera - “Depois celebrarás Chag HaShavuot (Festa das Semanas) ao
SENHOR teu DEUS; o que deres será oferta voluntária da tua mão, segundo o
SENHOR teu DEUS te houver abençoado” (Deutronômio 16.10);
ü Iom
HaBikurim ou Dia das Primícias, uma vez a oferta dos
primeiros frutos da colheita de trigo eram entregues ao SENHOR no templo, na
festa de Shavuot, definindo o início do verão, da mesma forma que Chag
HaBikurim (Festa das Primícias) marca o início da primavera e a oferta dos
primeiros frutos da cevada – “Semelhantemente,
tereis santa convocação em Iom HaBikurim (Dia das primícias), quando oferecerdes oferta nova de alimentos ao SENHOR, segundo as
vossas semanas; nenhum trabalho servil fareis” (Números 28.26);
ü Chag
HaKatzir ou Festa da Colheita, pois é o tempo de
agradecimento pela colheita do trigo. Shavuot é o festival que marca o início oficial
da estação de colheita do verão – “Também
guardarás Chag HaShavuot (Festa das Semanas), que é
a Festa das Primícias da k’tzir chitiym (sega do trigo)” (Êxodo 34.22a).
Ainda o Talmud e Josephus (o historiador) denominam esse
festival de Shavuot como Atseret ou Conclusão,
porque referem-se a ele como a ‘conclusão de Pêssach’ e ‘da temporada de colheita da primavera’.
Libertos da escravidão do
pecado em Pêssach por YEHOSHUA, o ‘Cordeiro que tira o pecado do mundo’,
ELE nos enche com Seu Espírito em Shavuot, para LHE sermos testemunhas vivas, à
medida que somos transformados à Sua imagem e semelhança, de um degrau de
glória a outro, em Seu caráter e em Sua missão, até chegarmos à estatura do
Varão Perfeito – YEHOSHUA mesmo.
No Pentateuco, essa festa foi traduzida para o grego como
Pentecoste, que significa 50
(Atos 2.1).
Mas, Shavuot também
é um tempo de:
alegria pelo recebimento da Torah ou ‘Z’man Matan Torateinu’ (Tempo da
Entrega da nossa Torah);
gozo pela dádiva
de Ruach HaKódesh (para a revelação da Palavra);
recordação da história de Naomi, Rut e Boaz, o parente redentor;
celebração diante da presença do SENHOR - de acordo com Êxodo 34.23, Shavuot é uma das três festas solenes
do SENHOR em que todos os homens de Israel deveriam (devem) subir à presença de
YHVH, para celebrá-la diante dELE, no lugar que ELE mesmo escolheu para fazer
Seu Nome lembrado, juntamente com Pêssach
e Sucot. Mais tarde, o povo entendeu
que Jerusalém era o lugar de Sua escolha (2 Crônicas 8.13);
ouvidos
atentos à voz de ELOHIM.
Durante esse festival, lê-se, da Torah, Êxodo 19 e 20,
pelos Dez Mandamentos, e do restante
do Tanach, o livro de Rut,
que relata a história da redenção de uma família durante esse período de colheita,
Ezequiel 1.1-28; 3.12 e Habacuque 2.20-3.19, porque são
textos que descrevem o esplendor da glória de YAH!
Na visão de Ezequiel, havia vento, fogo e vozes – “Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, uma grande
nuvem, com um fogo revolvendo-se nela, e um resplendor ao redor, e no
meio dela havia uma coisa, como de cor de âmbar, que saía do meio do fogo... E
levantou-me o Espírito, e ouvi por detrás de mim uma voz de grande estrondo,
que dizia: ‘Bendita seja a glória do SENHOR, desde o Seu lugar’” (Ezequiel
1.4;
3.12).
Chavaquq viu o SENHOR revelado na vinda do MESSIAS em
fogo e luz resplandecente: “ELOHIM veio de
Teman, e do monte de Paran o Santo (Selá). A Sua glória cobriu os céus, e a
Terra encheu-se do Seu louvor. E o resplendor se fez como a luz, raios
brilhantes saíam da Sua mão, e ali estava o esconderijo da Sua força.
Adiante dELE ia a peste, e brasas ardentes saíam dos Seus passos. Parou, e
mediu a Terra; olhou, e separou as nações; e os montes perpétuos foram
esmiuçados; ou outeiros eternos se abateram, porque os caminhos eternos LHE
pertencem” (Habacuque
3.3-6).
Shavuot
e a Torah
Ainda resta um cumprimento pleno para todas as festas do
SENHOR. Isso também acontecerá com Shavuot. Quando Israel é abençoado, quando
YAH restaura Seu povo na terra de Israel, o mundo inteiro também é abençoado.
Quando houver a restauração de Israel na terra, o SENHOR derramará Seu Espírito
de modo profuso como nunca fez: “E vós
sabereis que EU estou no meio de Israel, e que EU Sou o SENHOR vosso DEUS, e
que não há outro; e o Meu povo nunca mais será envergonhado. E há de ser que,
depois derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas
filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão
visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o
Meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na Terra, sangue e fogo, e
colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que
venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que
invocar o Nome de YHVH será salvo; porque no
monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e
entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar” (Joel 2.27-32).
Os acontecimentos de Êxodo 19 (entrega da Torah) e de Atos 2 (derramar do Espírito Santo)
apresentam alguns paralelos que tornam as histórias divinamente conexas e
respaldam a tradição de que a Torah foi dada no dia em que o SENHOR cumpriu Sua
promessa de enviar o Conselheiro, Seu Ruach HaKódesh, pois a Palavra é a espada do Espírito. ELE é o
Autor da Palavra e Seu decodificador:
1.
Havia dois montes
Monte Sinai - “Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da
terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai... ali se acampou em frente ao monte. E subiu Moisés a DEUS,
e o SENHOR o chamou do monte,
dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel... E
disse o SENHOR a Moisés: Eis que EU virei a ti numa nuvem espessa, para que o
povo ouça, falando EU contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque
Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao SENHOR. Disse também o SENHOR
a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas
roupas, e estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o
SENHOR descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai. E marcarás
limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, não subais ao monte, nem
toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte, certamente morrerá. Nenhuma
mão tocará nele; porque certamente será apedrejado ou asseteado; quer seja
animal, quer seja homem, não viverá; soando a buzina longamente, então subirão
ao monte. Então Moisés desceu do monte ao povo, e santificou o povo; e lavaram
as suas roupas. E disse ao povo: Estai prontos ao terceiro dia; e não vos
chegueis a mulher. E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve
trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina
mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E
Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de DEUS; e puseram-se ao pé do
monte. E todo o monte Sinai
fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como
fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido da buzina
ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e DEUS lhe respondia em voz alta. E,
descendo o SENHOR sobre o monte Sinai,
sobre o cume do monte, chamou o SENHOR a Moisés ao cume do monte; e Moisés
subiu” (Êxodo 19.1-3,9-20)
Monte Sião - “Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em
fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao sonido da trombeta, e à
voz das palavras, a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais;
porque não podiam suportar o que se lhes mandava: ‘Se até um animal tocar o
monte será apedrejado ou passado com um dardo’. E tão terrível era a visão, que
Moisés disse: Estou todo assombrado, e tremendo. Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS vivo, à
Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e
igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a DEUS o Juiz de
todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a JESUS, o Mediador de uma
nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel” (Hebreus 12.18-24)
2.
O povo estava unido e era como se fosse um
Monte Sinai - “Porque partiram de Refidim e entraram
no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se acampou (chanah – palavra
hebraica singular) em frente ao monte” (Êxodo 19.2) – a
descrição de Refidim é que eram os filhos de Israel (havia um povo, um bando).
Quando acamparam, já não vários, mas um povo unido por um objetivo. O tempo de
caminhada juntos (quase de três meses) sob a nuvem e a coluna, os tornara um
povo diante de ELOHIM.
Monte Sião - “E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar” (Atos 2.1). Os
discípulos estavam todos juntos, concordando, num mesmo lugar, como se fossem
um homem diante do SENHOR. Essa figura destoa totalmente da descrição 50 dias
antes, quando o SENHOR foi preso e todos foram dispersos, como ELE havia
anunciado (“Então YEHOSHUA lhes disse:
Todos vós esta noite vos escandalizareis em Mim; porque está escrito: Ferirei o
pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão. Mas, depois de EU ressuscitar,
irei adiante de vós para a Galiléia...” (Mateus 26.31,32,56).
Em ambas as experiências, havia um censo de expectativa
do encontro com o SENHOR. Havia unidade de propósito.
A unidade do coração traz bênçãos como descrito no Salmo 133 – “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo
precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce
à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os
montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre”.
3. Houve um
sonido do céu
Monte Sinai - “E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer,
houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de shofar mui forte, de maneira
que estremeceu todo o povo que estava no arraial... E o sonido da buzina ia
crescendo cada vez mais; Moisés falava, e ELOHIM lhe respondia em voz alta” (Êxodo 19.16,19)
– ELOHIM tocou Seu shofar, Sua trombeta e houve um barulho estrondosamente intenso.
Monte Sião - “E de repente veio do céu um som, como de um vento
veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados... E,
quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque
cada um os ouvia falar na sua própria língua” (Atos 2.2,6) – toda Jerusalém ouviu aquele som que veio do céu.
4.
ELOHIM desceu em fogo
Monte Sinai -
“E todo o monte Sinai fumegava,
porque o SENHOR descera sobre ele em
fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia
grandemente” (Êxodo 19.18) - o SENHOR desceu em fogo, porque ELE é um Fogo Consumidor (Hebreus 12.29)
Monte Sião - “E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de
fogo, as quais pousaram sobre cada um deles” (Atos 2.3).
5.
ELOHIM falou
Monte Sinai - “Então o SENHOR vos falou do meio do fogo; a voz
das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes figura alguma. Então vos
anunciou ELE a Sua aliança que vos ordenou cumprir, os dez mandamentos, e os escreveu em duas tábuas de pedra” (Deuteronômio 4.12,13)
“Disse pois: O SENHOR veio de Sinai, e lhes subiu
de Seir; resplandeceu desde o monte Parã, e veio com dez milhares de santos; à
Sua direita havia para eles o fogo da lei” (Deuteronômio 33.2)
O SENHOR desceu ao Monte Sinai em fogo e falou ao povo
Sua Torah, Seus ensinamentos que lhes seriam ardentes como fogo.
Monte Sião - “E todos foram cheios do
Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo
lhes concedia que falassem... Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em
nossas próprias línguas falar das grandezas de ELOHIM” (Atos 2.4,11).
Cheios do Espírito Santo eles começaram a falar das
grandezas de YHVH. O próprio DEUS começou a falar por meio deles.
6.
YHVH Se revelou
Monte Sinai, o SENHOR revelou-Se por meio de Sua Palavra, para que, pela Torah (Instrução, Ensino), o povo pudesse
conhecê-lO, obedecê-lO em amor e fé (Êxodo 20. 1-17 – Dez
Mandamentos);
Monte Sião, o SENHOR revelou-Se por meio de Seu
Espírito, para que, habitando dentro daqueles que foram batizados em CRISTO
JESUS, pudessem ser ensinados e lembrados de Sua Palavra e ordenanças e guiados
em Seus caminhos: “Mas Aquele Consolador, o
Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu Nome, Esse vos ensinará todas as coisas, e vos
fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (João 14.26).
7.
As Palavras de ELOHIM foram escritas em tábuas de
testemunho
Monte Sinai - “E deu a Moisés (quando acabou
de falar com ele no monte Sinai) as duas
tábuas do testemunho, tábuas de
pedra, escritas pelo dedo de DEUS”
(Êxodo 31.18)
Monte Sião - “Porque esta é a aliança que depois daqueles dias
farei com a casa de Israel, diz o SENHOR: Porei
as Minhas leis no seu entendimento, e em
seu coração as escreverei; e EU lhes serei por DEUS, e eles Me serão por
povo” (Hebreus
8.10)
A Palavra de DEUS veio como fogo sobre o Monte Sinai e
sobre o Monte Sião (Jerusalém). No Sinai, Suas Palavras foram escritas em
tábuas de pedra por Seu dedo (RUACH HaKÓDESH); em Sião, elas foram escritas
também pelo dedo de DEUS em tábuas de carne, no coração dos discípulos, para
que se tornassem Seu testemunho vivo e fiel.
8.
Três mil
Depois que a Torah foi dada no Monte Sinai, o povo rebelou-se
(bezerro de ouro) e três mil morreram.
Monte Sinai - “Assim diz YHVH ELOHEI Israel:
Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa; e passai e tornai pelo arraial de
porta em porta, e mate cada um a seu irmão, e cada um a seu amigo, e cada um a
seu vizinho. E os filhos de Levi fizeram conforme a palavra de Moisés; e caíram
do povo aquele dia uns três mil
homens” (Êxodo 32.27,28)
Monte Sião - “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração (a expressão no
hebraico é de como se tivessem sido
perfurados pela espada – foram cortados pela Espada do Espírito que é a Palavra
– Hebreus 4.12), e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E
disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;
porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que
estão longe, a tantos quantos ELOHIM ADONEINU chamar. E com muitas outras
palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração
perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua
palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas” (Atos 2. 37-41).
No Sinai, quase três mil vidas foram cortadas pela espada
do juízo por pecarem contra YAH e Sua Palavra. Em Sião (Jerusalém), quase três
mil vidas foram cortadas pela espada do Espírito (pregação em unção de Pedro) e
arrependeram-se. E enterraram seu velho homem nas águas da imersão para
caminhar para a terra prometida (a nova vida no MASHIACH YEHOSHUA).
9.
Aliança estabelecida
Monte Sinai - “Não conforme a aliança que fiz
com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do
Egito; porque eles invalidaram a Minha aliança apesar de EU os haver desposado,
diz o SENHOR” (Jeremias
31.32)
“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no
teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua
casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás
por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as
escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Deuteronômio 6.6-9)
“Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa,
se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se
torna em incircuncisão. Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei,
porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão? E a
incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura
a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?” (Romanos 2.25-27)
Ainda que a Palavra fosse escrita em seus corações, eles
eram de pedra e facilmente quebrariam (como aconteceu com as primeiras tábuas);
facilmente se esqueceriam de seu SENHOR e de Suas ordenanças. O povo se desviou
do SENHOR, porque a letra mata. Sem o Espírito, a Palavra é pura letra e pode
matar por causa do legalismo, uma vez que a circuncisão externa não promove
mudança de coração – “O qual nos fez também capazes
de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata
e o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6).
Sem o
Espírito, a Palavra é pura letra (Logus) e pode matar por causa
do legalismo, uma vez que a circuncisão externa não promove mudança de coração
(“Porque a
circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a Torah; mas, se tu és
transgressor da Torah, a tua circuncisão se torna em incircuncisão. Se, pois, a
incircuncisão guardar os preceitos da Torah, porventura a incircuncisão não
será reputada como circuncisão? E a incircuncisão que por natureza o é, se
cumpre a Torah, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és
transgressor da Torah?” – Romanos 2.25-27)
“Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de
DEUS, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de
DEUS, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à
justiça de DEUS (CRISTO JESUS é a Justiça de DEUS). Porque o fim da Lei é CRISTO
para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10.2-4)
Monte Sião - “Eis que dias vêm, diz o SENHOR, em que farei uma
aliança nova com a casa de Israel e
com a casa de Judá... Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel
depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a Minha lei no seu interior, e a
escreverei no seu coração (Rhema); e EU serei o seu DEUS e eles serão o Meu povo. E não ensinará mais
cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao SENHOR;
porque todos Me conhecerão, desde o
menor até o maior deles, diz o SENHOR; porque lhes perdoarei a sua maldade, e
nunca mais Me lembrarei dos seus pecados” (Jeremias 31.31,33,34).
“E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de
vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei
um coração de carne. E porei dentro de vós o Meu Espírito, e farei que andeis
nos Meus estatutos, e guardeis os Meus juízos, e os observeis... e eles Me
serão por povo, e EU lhes serei por DEUS” (Ezequiel 36.26,27; 11.20b).
“Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem
é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no
interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor
não provém dos homens, mas de DEUS” (Romanos 2.28,29).
Com o derramar do Espírito Santo em Shavuot, o SENHOR passou
a escrever, por Seu dedo, Sua Palavra nos corações limpos e purificados (pelo
sangue de JESUS) e transformados em carne, porquanto aptos para acolher com fé
e amor Sua Palavra de vida. A circuncisão passou a ser no coração.
Na manhã de Shavuot, há 2000 anos, YAHVEH iniciou o
cumprimento profético de Sua Nova Aliança com Israel, depois de centenas de
anos feita por meio de Jeremias 31.31-34 (Hebreus 8.8-13), derramando do Seu Espírito, como prometera em Isaías 59.20,21 – “E virá o Redentor a Sião e aos que em Jacó se converterem da
transgressão, diz o SENHOR. Quanto a Mim, esta é a Minha aliança com eles, diz
o SENHOR: o Meu Espírito, que está sobre ti, e as Minhas Palavras, que pus na
tua boca, não se desviarão da tua boca nem da boca da tua descendência, nem da
boca da descendência da tua descendência, diz o SENHOR, desde agora e para todo
o sempre”, “porque da abundância do seu coração fala a boca” (Lucas 6.45b)
10.
Testemunhas de DEUS na Terra
A Torah é a Constituição do Reino de YHVH na Terra. Ela
foi dada ao povo de Israel com o propósito de que todo ele exercesse Suas
ordenanças, Seus ensinos e estatutos em suas vidas diárias e, porquanto nação
de sacerdotes, ministraria a ELE e manifestaria ao mundo a grandeza de Seus
ensinos, leis, estatutos e princípios de vida.
Monte Sinai - “Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como
vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim; agora, pois, se
diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes a Minha aliança, então sereis
a Minha propriedade peculiar dentre
todos os povos, porque toda a Terra é Minha. E vós Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que
falarás aos filhos de Israel” (Êxodo 19.4-6)
“Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e
juízos, como me mandou o SENHOR meu DEUS; para
que assim façais no meio da terra a qual ides a herdar. Guardai-os pois, e cumpri-os, porque isso
será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão
grande, que tenha deuses tão chegados como o SENHOR ELOHEINU, todas as vezes
que O invocamos? E que nação há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão
justos como toda esta Torah que hoje ponho perante vós?” (Deuteronômio 4.5-8)
O propósito da Nova Aliança foi o mesmo: aqueles que se
renderam a YEHOSHUA tiveram Suas leis escritas em seus corações e passaram a
obedecer ao chamado de povo santo, separado para Seu uso exclusivo, para
servirem-LHE de testemunhas na Terra, pelo poder do Seu Espírito.
Monte Sião - “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que
há de vir sobre vós; e ser-Me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os
confins da Terra” (Atos
1.8).
Os discípulos de YEHOSHUA não foram e não são chamados
somente para serem testemunhas, mas para serem testemunhas por YEHOSHUA. O
maior milagre não é operar sinais e maravilhas, mas ser transformado em ‘sinal
e maravilha’ pelo modo em que vivemos. E essa é a verdadeira mensagem de
Shavuot, o verdadeiro avivamento, tornarmo-nos Suas cartas vivas, pelo exemplo
de vida, como ELE foi a Carta Viva do
PAI – “O Qual, sendo o resplendor da
Sua glória, e a expressa imagem da Sua Pessoa, e sustentando todas as coisas
pela Palavra do Seu poder, havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos
pecados, assentou-Se à destra da Majestade nas alturas” (Hebreus 1.3).
Como tornou-Se a Carta Viva do PAI? Fazendo e falando
nada de Si mesmo, mas tudo o que via e ouvia o PAI fazer e falar. Esse era Seu
nível de comprometimento com o PAI – “EU não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma. Como ouço, assim julgo; e
o Meu juízo é justo, porque não busco a Minha vontade, mas a vontade do PAI que
Me enviou. Há outro que testifica de Mim, e sei que o testemunho que ELE dá de
Mim é verdadeiro.Mas EU tenho maior testemunho do que o de João; porque as
obras que o PAI Me deu para realizar, as mesmas obras que EU faço, testificam
de Mim, que o PAI Me enviou. E o PAI, que Me enviou, ELE mesmo testificou de
Mim. Vós nunca ouvistes a Sua voz, nem vistes o Seu parecer. Examinais as
Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim
testificam... EU vim em Nome de Meu PAI, e não Me aceitais...” (João 5.30,32,36,37,39,43)
Shavuot e o derramar de
RUACH HaKÓDESH (Espírito Santo)
1.
No
Monte Sinai
Êxodo 19 descreve o momento quando o
SENHOR Se apresentou ao povo no Sinai: “E
aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões (qolot) e
relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido (qol) de trombeta (shofar) mui
forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés
levou o povo fora do arraial ao encontro de DEUS; e puseram-se ao pé do monte.
E todo o monte Sinai fumegava,
porque o SENHOR descera sobre ele em
fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça
de uma fornalha, e todo o monte
tremia grandemente. E o sonido (qol) da trombeta (shofar) ia crescendo cada
vez mais; Moisés falava, e DEUS lhe respondia em voz (qol) alta” (vv.16-19).
Em Êxodo 20.18, lemos: “E todo o povo viu os trovões (qolot) e os relâmpagos, e o sonido (qol) da trombeta (shofar), e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe”
A palavra hebraica ‘qol’
(qolot – plural), nesses textos, recebe diferentes traduções: voz (vozes), sonido, trovão
(trovões).
O verbo hebraico traduzido como viu é ‘raah’, e significa ver, perceber, notar, ser visto, visível.
Buscando no dicionário o significado da palavra ‘trovão’, encontramos: Ribombo (barulho
surdo e prolongado) que acompanha uma descarga elétrica (entre nuvens ou entre
nuvem e solo), cuja manifestação luminosa é o raio; ruído, produzido por
descarga de eletricidade atmosférica; grande estrondo.
Como o trovão,
sendo som, pode ser visto?
No Livro de Orações Diárias do rabino Joseph Hertz (pág.
791), está escrito:
‘A revelação no Sinai... não foi ouvida por Israel somente, mas pelos
habitantes de toda a Terra. A voz divina dividiu-se em 70 línguas as quais eram
faladas na Terra naquela época, a fim de que todos os filhos dos homens
pudessem compreender seu mundo – acolhendo e guarnecendo a mensagem redentora’.
De acordo com a Midrash (comentário rabínico das Escrituras) Exodus Rabbah
5:9, ‘quando o Eterno deu a Torah no Sinai, ELE descortinou tremendas
maravilhas a Israel com Sua voz. O que aconteceu? O Eterno falou e Sua voz
reverberou através do mundo todo... Está escrito: ‘E todo o povo testemunhou as
‘ondas sonoras’ (Êxodo 20.18)’.
O que teria acontecido no primeiro Shavuot no Sinai? De
acordo com a tradução inglesa, a palavra usada em Êxodo
20.18 não seria trovões (thunders), mas ‘ondas sonoras’ (thunderings).
Em
Deuteronômio 32.8 – “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os
filhos de Adam uns dos outros, estabeleceu os termos dos povos, conforme o
número dos filhos de Israel”. O número dos filhos de Israel que desceu ao Egito
era de 70 almas (Êxodo 1.1-5).
Por causa disso, segundo interpretação do rabino Yohanan, quando o SENHOR
falou, Sua voz repartiu-se em 70 vozes, nas 70 línguas de todos os povos
da Terra, para que fossem testemunhas de Suas Palavras e as compreendessem.
No livro ‘A Midrash diz’, escrito pelo rabino Moshe Weissman
(Venei Yaacok Publications, 1980, pág. 182):
‘Na ocasião de matan Torah (a
dádiva da Torah), os B’nai Israel (os
filhos de Israel) não somente ouviram a voz de HaShem (SENHOR), mas em verdade viram as ondas sonoras à medida que
emergiam da boca de HaShem. Eles as
viram como uma substância ardente, em fogo. Cada mandamento que saía da boca de
HaShem viajava ao redor do acampamento e então
retornava para cada judeu individualmente, perguntando-lhe: ‘Você concorda para
si este mandamento com todas as halachot
(leis judaicas) que a permeiam? Cada judeu respondeu ‘Sim’ depois de cada
mandamento. Finalmente, aquela substância ardente que eles viram, entalhou-se
nas luchot (tábuas)’
A interpretação rabínica do ocorrido em Matan Torah abre
o entendimento para os nascidos de novo compreenderem o que foi a experiência
no Monte Sião! ‘Nem só de pão viverá o
homem, mas de toda a Palavra que sai da
boca de ELOHIM’ (Deuteronômio
8.3; Mateus 4.4;
Lucas 4.4)
2.
No Monte Sião
“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam
todos concordemente no mesmo lugar; e de repente veio do céu um som estrondoso (qol shaon), como de um vento veemente e
impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por
eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada
um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam
habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do
céu. E, quando aquele som (qol
shaon) ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria
língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois
quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?” (Atos 2.1-8).
“Porque não chegastes ao monte
palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao
sonido da trombeta, e à voz das palavras (rhema), a qual os que a ouviram
pediram que se lhes não falasse mais” (Hebreus 12.18,19)
O autor aos Hebreus descreve a experiência de Êxodo 20.18: ‘ao sonido (qol) da trombeta (shofar), e à voz (qol) das palavras (rhema)...’. A palavra grega
para ‘palavras’ é rhema e significa:
palavra cujo sentido é compreendido, é uma palavra especial, individual,
separada, única, pessoal, apropriada para cada indivíduo. Tanto é que eles não
as quiseram ouvir mais, pois ‘não podiam
suportar o que se lhes mandava’ (v.20).
A compreensão do rabino Moshe Weissman do ocorrido no
Monte Sinai, durante o primeiro Shavuot, é a descrição de Hebreus 12, e também
do que aconteceu em Atos 2, após a ressurreição de YEHOSHUA. Quando YAH
derramou Seu Santo Espírito, novamente as pessoas começaram a escutar as
diferentes línguas do mundo. O Shavuot do Monte Sinai foi um ensaio (miqra) de Shavuot, há 2000 anos.
A
experiência de Sião foi a mesma do Sinai. O mesmo caminho teve que ser
percorrido, com a salvação pelo sangue do Cordeiro, recebendo os primeiros
frutos do Espírito. Alguns ouviram e outros recusaram-se a ouvir. Cada nação
ouviu a Palavra em sua própria língua, pois o Espírito havia de ensinar todas
as coisas e recordar todas as coisas que YEHOSHUA lhes havia ensinado.
YEHOSHUA
não veio destruir a lei, destituí-la de sua autoridade legal e perpétua, mas
cumpri-la. Confundimos as coisas quando dizemos que o ‘Velho’ Testamento já não
é mais para nossos dias, porque ‘vivemos no tempo da graça e não da lei’, como
se a lei não fosse boa, desmerecendo todas as Escrituras do Antigo Testamento
ou, melhor dizendo, o TaNaCH, o
acróstico de Torah (Pentateuco –
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio), Neviim (Profetas anteriores - Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1
e 2 Reis; Profetas posteriores - Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias,
Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias
e Malaquias) e Ketuvim (Escritos –
Salmos, Provérbios, Jó, Cântico dos Cânticos, Lamentações, Eclesiastes, Ester,
Daniel, Esra, Neemias, 1 e 2 Crônicas).
YEHOSHUA
utilizou o TaNaCH em Seus ensinos, bem como Seus discípulos. ELE proclamou a
constituição do reino de Seu PAI em Mateus 5 a 7, que é a ‘dissecção’ dos 10 Mandamentos! Os
discípulos relataram as experiências de JESUS com base na vida que ELE viveu e
ELE mesmo disse que veio cumprir a Torah (ensino) e os Profetas e que nem um
jota ou til seriam omitidos da Torah (Lei) e que toda ela se cumpriria antes
que céus e Terra passassem (Mateus
5.17,18), ou seja, o TaNaCH! O TaNaCH testifica sobre JESUS (João 5.39,45-47; Lucas 24.25-27).
Moisés,
na Torah, falou de JESUS, do Profeta que viria e a ELE Israel ouviria: “O SENHOR teu DEUS te levantará um Profeta
do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ELE ouvireis; conforme a tudo o que
pediste ao SENHOR teu DEUS em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não
ouvirei mais a voz do SENHOR teu DEUS, nem mais verei este grande fogo, para
que não morra. Então o SENHOR me disse: Falaram bem naquilo que disseram. Eis
lhes suscitarei um Profeta do meio
de seus irmãos, como tu, e porei as Minhas Palavras na Sua boca, e ELE lhes
falará tudo o que EU LHE ordenar. E será que qualquer que não ouvir as Minhas
Palavras, que ELE falar em Meu Nome, EU o requererei dele (daquele que O rejeitar)” (Deuteronômio
18.15-19).
Quando
o SENHOR lhes falou diretamente, no Sinai, não O quiseram ouvir nem ver (fogo),
porque o SENHOR é um Fogo Consumidor! E isso pareceu bem ao SENHOR YHVH que
disse que enviaria Seu Ungido, Profeta, para lhes falar, para que O ouvissem e
LHE obedecessem, porque estaria falando Suas Palavras! Esse é o MESSIAS de
Israel, YEHOSHUA!
A
Torah não se refere à salvação pela obediência a suas ordenanças. A salvação é
por meio da fé em CRISTO JESUS e na obra redentora do calvário, por meio de Seu
precioso sangue ali derramado, e ela nos é concedida gratuitamente: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é
dom de DEUS. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos
feitura sua, criados em CRISTO JESUS para as boas obras, as quais DEUS preparou
para que andássemos nelas” (Efésios
2.8-10).
A
Torah é o manual de instrução do Proprietário daqueles que foram redimidos pelo
sangue do Seu Filho e MESSIAS, porque foram ‘recriados’ para as boas obras,
para agradar ao PAI e fazer Sua vontade, vivendo em retidão e justiça! JESUS
disse: “Qualquer, pois, que violar um destes
mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o
menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado
grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum
entrareis no reino dos céus” (Mateus 5.19,20). Só por meio de JESUS nossa
justiça pode exceder a de escribas e fariseus, porque ELE Se tornou a nosso
justiça e justificação.
Shavuot
e a cerimônia de casamento
Na experiência do Sinai, Shavuot aponta para o noivado entre ELOHIM e
Israel. Na experiência de Sião, Shavuot foi o noivado entre o Mashiach e Sua
noiva, gerada dELE mesmo no Calvário.
No casamento bíblico, há dois estágios ou passos:
1. erusin (noivado) ou kidushin (consagração,
dedicação) – um acordo ou contrato escrito, ketubah, é feito entre as partes. Durante o noivado, legalmente se
está casado, mas os noivos não vivem juntos (Êxodo 21.8, Levítico
19.20, Deuteronômio
20.7 e 22.23).
O efeito legal desse contrato é pleno, uma vez que para quebrá-lo só pelo
divórcio (get).
A palavra hebraica para noivado, erusin, vem do verbo aras,
relacionado à palavra asar, que significa
atar, amarrar, obrigar. Isso significa que erusin quer
dizer ‘legalmente obrigado’, ‘legalmente amarrado’, como visto na relação de
Miriam com Yosef (Lucas
1.26-35), que, ao descobrir que ela estava grávida, intentou divorciar-se
dela, não fosse a intervenção do Espírito por meio de um sonho (Mateus 1.18-20). O outro
termo, kidushin, vem da palavra kadosh, santo, separado, consagrado,
que aponta para a dedicação a alguém, separação para uso exclusivo de alguém
com quem se está aliançado ou obrigado legalmente, mantendo-se puro e santo
para o dia da consumação do casamento.
Do ponto de vista bíblico, quando alguém assume o
compromisso de noivado, já está legalmente casado com tal pessoa e a ruptura
disso implica em divórcio (que é abominação ao SENHOR).
A ketubah é um
contrato de casamento, um acordo de aliança, onde são descritas as obrigações
mútuas entre marido e esposa.
2. nissuin (suspender, erguer no alto) ou laqach
(tomar – Gênesis 24.3)
– consumação do casamento, quando o noivo, liberado pelo pai (com um toque do
shofar) vai buscar a noiva em casa dos pais dela, erguendo-a no ar e tomando-a
para si, para levá-la à casa que preparou para eles junto da casa do pai dele.
Jeremias diz que no Monte Sinai YHVH tomou Israel como
Sua noiva - “Vai, e clama aos ouvidos de
Jerusalém, dizendo: Assim diz o SENHOR: Lembro-Me de ti, da bondade da tua
mocidade, e do amor do teu noivado, quando Me seguias no deserto, numa terra
que não se semeava. Então Israel era santidade para o SENHOR, e as primícias da
Sua novidade; todos os que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha
sobre eles, diz o SENHOR” (Jeremias
2.2,3).
Em Êxodo
19, quando o SENHOR, por Moshe, conduziu o povo a encontrar-se com ELE
no Monte Sinai, desposou* Israel. E o contrato de noivado ou ketubah foi a Torah.
A ketubah, enquanto contrato de noivado, é um acordo
de aliança, porque casamento é uma aliança. Moshe, no Monet Sinai, escreveu
todas as palavras do SENHOR no ‘Livro da
Aliança’ [“Moisés escreveu todas as
palavras do SENHOR, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar
ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;... E tomou
o Livro da Aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles
disseram:’ Tudo o que o SENHOR tem
falado faremos, e obedeceremos’” (Êxodo 24.4,7)], expressando
as obrigações mútuas de ELOHIM e Israel, assim como é a ketubah!
Quando a ‘ketubah’ foi lida ao povo, em uníssono
respondeu: ‘Col asher-diber YHVH na’aseh
v’nishmah’ – ‘tudo o que falou o SENHOR faremos, ouvimos e
obedeceremos’. Isso significa que o povo aceitou a proposta de
casamento que o SENHOR lhe fizera.
Além disso, como vimos acima, o povo era um só (chanah –
palavra hebraica singular para ‘acampou’ – não eram mais separados, mas um
único povo) e essa é uma exigência para o casamento (Gênesis 2.24; Efésios 5.31).
A cerimônia de casamento deve ser realizada sob ‘toldo’
matrimonial ou chupah. Quando Moshe
levou o povo para fora do acampamento, ao encontro de YHVH, o levou ao ‘sopé’
da montanha (Êxodo 19.17).
A palavra hebraica usada é ‘tachtiy’,
que quer dizer sob, nas profundezas da terra. Naquele
momento, o Monte Sinai transformou-se em uma chupah e Israel esteve sob ela enquanto
o SENHOR lhe falava!
Além disso, duas
testemunhas são necessárias para o casamento: os amigos dos noivos, um para o noivo e outro para a
noiva. Certamente Moshe foi uma das testemunhas, porquanto conduziu o povo
para fora do arraial ao encontro do SENHOR (Êxodo 19.17), escoltando a noiva ao seu Noivo sob a chupah.
Ao mesmo tempo, os amigos dos noivos devem assinar a
ketubah, para que haja legalidade na consumação do casamento e isso só
acontecerá se o amigo do noivo que estiver com a noiva perceber que a noiva
está pronta. Moshe deveria ter assinado a ‘ketubah’ (Torah), entregando-a ao
povo para consumir o casamento entre YHVH e Israel. Mas, quando ele retornava
de estar com o SENHOR carregando a ketubah (as tábuas da aliança escritas pelo
próprio DEUS) para apresentá-las ao povo, ao perceber que este fora infiel ao
SENHOR adorando a deuses estranhos (prostituição no casamento), quebrou as
tábuas, não permitindo que o povo entrasse na plenitude do casamento (não até
que intercedesse pelo povo diante do SENHOR e obtivesse Seu perdão – Êxodo 32.9-13. Mesmo assim,
3000 morreram).
O papel do Noivo, após a elaboração da ketubah, é
retornar à casa do pai e preparar lugar para a noiva. Sempre foi do desejo de
YHVH viver no meio de Israel. Ao preparar-lhe lugar para habitar (a terra
prometida), disse-lhe que haveria um lugar em que faria o Seu Nome ali habitar
(Neemias 1.9), para
que Israel O pudesse encontrar. A Tenda da Congregação (Ohel Moed) foi um
‘protótipo’ dessa experiência durante a caminhada do povo no deserto, onde o
povo se encontrava com seu SENHOR e no meio da qual ELE lhe falava (mais
especificamente, a Arca da Aliança, sobre a qual a glória de YAH Se manifestava
– no assento de misericórdia ou propiciatório). Mais tarde, a Arca repousaria
no templo edificado em Jerusalém. Certamente, essa era uma condição que aponta
para o desejo pleno do SENHOR de habitar dentro de cada indivíduo que O
convidar (por meio do Seu Espírito, na Nova Aliança com CRISTO JESUS).
Quando o noivo termina os preparativos da casa, envia seu
amigo para sondar se a noiva está pronta e para servir de sinal a ela de que o
noivo já está pronto para tomá-la e levá-la à casa do pai. Quando o SENHOR
terminou de escrever a ketubah, enviou Moshe de volta ao povo de Israel, mas já
o avisou de que seu povo estava em pecado (Êxodo 32.7). Por esta razão, Moshe quebrou as tábuas da aliança
(conforme acima explicado).
No cumprimento pleno dessa ‘sombra’, YEHOSHUA, o Noivo,
veio para desposar* Sua noiva (todos os crentes nELE, judeus e gentios
que crêem) para que vivam uma relação de casamento eterno. Ao dar Sua vida por ela, escreveu com a tinta feita de Seu sangue as
palavras de amor e aliança nova e eterna em Sua própria carne, a ketubah (João 6.44-58) e, por meio de
Seu Espírito, em nossos corações! Depois disso, subiu à casa do PAI, para lhe preparar
morada para que onde ELE estiver ela também (“Na
casa de Meu PAI há muitas moradas; se não fosse assim, EU vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar. E quando EU for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e
vos levarei para Mim mesmo, para que onde EU estiver estejais vós também” - João 14.2,3).
O PAI enviou o amigo da noiva, João Batista , para
‘escolher’ a noiva e anunciar Sua vinda iminente (João 3.28,29), anunciando-lhe as Palavras da
Ketubah. Mas, quando consumou Sua obra (cumprimento cabal da Ketubah), o Noivo voltou
para o PAI para preparar morada para Sua noiva. Enviou o Espírito Santo,
Seu Amigo para prepará-la para ir-se com ELE. E, nos últimos dias, tem falado
intensamente por meio do Seu Amigo, que o Seu regresso está próximo, para
consumar o casamento.
O Amigo do Noivo, Espírito Santo, foi deixado como o selo
de garantia de que ELE voltará, e como Aquele que está preparando a noiva para
seu SENHOR (João 16.7-16).
O SENHOR, no Shavuot do Sinai, desposou* Israel, entregando-lhe a Ketubah (Torah - o próprio YEHOSHUA), escrevendo
em corações de pedra (tábuas do testemunho); no Shavuot de Sião, o SENHOR
desposou* Sua Noiva (nascida dELE no sacrifício de Pêssach),
escrevendo em seus corações de carne a Ketubah Viva (YEHOSHUA, Palavra Viva)!
*Significados
de:
. desposar
– firmar promessa de casamento com, ajustar casamento com. Noivado.
. esposar
– tomar em casamento, unir em casamento, receber por esposo ou por esposa;
tomar a seu cuidado; preconizar e defender; casar-se.
Shavuot
e o Livro de Rut
Ainda que alguns teólogos digam que a Noiva do
Cordeiro nasceu em Shavuot (Pentecoste), creio que a Noiva do Cordeiro foi concebida
quando YEHOSHUA foi concebido e nasceu quando YEHOSHUA foi crucificado,
pelo paralelo que essa figura tem com Adam e Chavah, o primeiro casal. Em razão
disso, em Shavuot, o Corpo do MASHIACH foi capacitado
à obra do Reino (sua libertação ganhou propósito, direção e maturidade).
Mas, explicando minha afirmação, queria mostrar os textos
bíblicos:
“E criou DEUS o homem à Sua imagem; à imagem de
DEUS o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1.27)
“Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e da
costela que o SENHOR DEUS tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta
será chamada mulher (ishah) ,
porquanto do homem (ish) foi tomada” (Gênesis 2.21-23)
“...vindo a JESUS, e vendo-O já morto,
não LHE quebraram as pernas. Contudo um dos soldados LHE furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19.33,34)
Quando YAH criou o homem, ‘homem e mulher os criou’, o
que significa que Chavah foi concebida quando Adam o foi; ela já estava inserida em Adam. Pôs Adam para dormir
(tipifica a morte) e o partiu do
lado (para remover sua costela) para fazer da essência de Adam sua
companheira idônea, ajudadora, que complementa o homem (e vice-versa, porque é
da mesma essência).
Só o que é CRISTO é Seu Corpo. Quando ELE foi concebido,
em Bet Lechem, Sua Noiva, que vem dELE mesmo, estava em Sua essência, fazia
parte de Seu Corpo. Ao dormir (morrer), foi partido do lado (como Adam) e saiu
dELE sangue e água. Quando uma mulher dá à luz, água (líquido amniótico da
placenta) e sangue saem dela. JESUS, ao ser partido do lado, é a figura da
mulher dando à luz – gerou, com Sua morte, Sua Noiva.
Na tradição judaica, durante Shavuot, o livro de Rut é lido nas sinagogas.
Por que????
Algumas justificativas judaicas:
•
história se passa entre as
colheitas de cevada (primavera) e trigo (verão) e Shavuot é a conclusão da
primeira e início da colheita do segundo (Rut 1.22;
2.14);
•
Rut, gentia, voluntariamente optou
pelo DEUS de Israel e por Sua Torah. E, como esse festival celebra a entrega da
Torah, nada melhor do que celebrá-lo com a leitura de um livro que conta a
história de um estrangeiro reconhecendo que não há outro DEUS senão ELOHEI
Israel e só Sua Palavra é fonte de vida e paz! O livro de Rut ensina, portanto,
o verdadeiro caminho para o recebimento da Torah;
•
David, bisneto de Rut, teria
nascido e morrido em Shavuot (tradição judaica);
•
há uma festa de casamento e a
Torah é como uma Ketubah (contrato de casamento);
•
Shavuot apresenta dois aspectos
que representam a coluna mestra do judaísmo: valores éticos universais
expressos nos Dez Mandamentos e a identidade nacional judaica, ambos presentes
no Megilat Rut;
•
Megilat Rut aponta para o
paralelismo entre o ‘recebimento’ da Torah por parte de Rut no exílio a caminho
de Israel, e o ‘recebimento’ da Torah pelo povo de Israel no Sinai (saindo do
exílio a caminho da terra prometida);
•
Rut apresenta a fórmula da
identidade judaica plena (reiterando a Naomi quem ela é no propósito de YHVH
para com judeus e gentios) com base em Rut
1.16,17:
.
crença na fé de Israel – o teu DEUS é o meu DEUS
.
identificação com a nação – o teu povo é o meu povo
.
destino comum – onde quer que fores irei eu
Como crentes no Mashiach de Israel,
reconhecemos que Rut é a figura do Corpo do Mashiach (Igreja) e
fez o que ELE espera que Sua noiva faça com respeito a Israel nos dias de hoje!!!
Conhecendo um pouco mais dessa
história:
Essa história é conhecida como ‘o romance da redenção’ e retrata a saga de uma família da tribo de
Yehudah, habitante de Bet Lechem (Casa do Pão), que foge da fome em Israel
durante o período de Juízes (onde cada um fazia o que cria ser o melhor) e vai
buscar refúgio na terra de Moav (dos inimigos de Israel). Os filhos se casam
com moabitas (proibido pela lei judaica) e morrem tempos depois, bem como o pai
da família. Naomi, a sogra, decide retornar a Israel porque ouviu dizer que o
SENHOR havia restaurado a sorte de Israel. Somente uma das noras, Rut,
acompanha Naomi. A outra (Orfa) regressa à sua parentela, a seus deuses, a seu
povo. Num momento dramático de sua história, decisivo, Rut se apega ao pescoço
de sua nora Naomi e declara: “Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde
quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu
povo é o meu povo, o teu DEUS é o meu DEUS; onde quer que morreres morrerei eu,
e ali serei sepultada. Faça-me assim o SENHOR, e outro tanto, se outra coisa
que não seja a morte me separar de ti” (Rut 1.16,17). Ela estava
abrindo mão de seus deuses, sua parentela, seus costumes, sua cultura, para
abraçar os de sua sogra, porque percebeu que ELOHEI Israel era maior do que
seus deuses moabitas; porque percebeu que os princípios de vida de Israel, sua
cultura, suas leis eram melhores do que as de seu país.
Chegam a Israel no princípio da colheita da cevada
(Rut 1.22), entre
Pêssach e Shavuot, durante ‘sefirat
haômer’ (contagem de ômer). Rut vai trabalhar nos campos, para segar a
porção deixada para o órfão, a viúva e o estrangeiro (Deuteronômio 24.19-21), encontrando graça diante
do dono do campo, Boaz, um parente
próximo de Naomi, e que concorda em esposar* Rut. Há dois aspectos legais que são
satisfeitos nesse assunto:
v do ponto de vista de Naomi, Boaz redime sua terra,
tornando-se seu redentor, resgatador – “Quando teu irmão empobrecer e vender alguma parte da sua possessão,
então virá o seu resgatador, seu parente, e resgatará o que vendeu seu irmão” (Levítico 25.25);
v do ponto de vista de Rut, Boaz se torna seu esposo, em
cumprimento à lei do levirato, para
restaurar descendente ao falecido marido – “Quando
irmãos morarem juntos, e um deles morrer, e não tiver filho, então a mulher do
falecido não se casará com homem estranho, de fora; seu cunhado estará com ela,
e a receberá por mulher, e fará a obrigação de cunhado para com ela. E o
primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o seu nome não se apague em Israel” (Deuteronômio 25.5,6).
Esse livro é a história dramática de Israel destituída de
sua terra, seu povo, sua cultura, vivendo no cativeiro das nações, na figura de
Naomi (viúva, despojada, amargurada, na diáspora) e do papel que o SENHOR, o
MESSIAS, o Redentor de Israel, na figura de Boaz, espera de Sua Noiva, Rut, a
gentia, no cumprimento do propósito a ela prescrito na história da redenção de
Israel!
· Naomi (viúva, despojada, amargurada,
na diáspora), a figura de Israel, ‘a quem pertence a adoção de filhos, e a glória,
e as alianças, e a Torah, e o culto, e as promessas, os patriarcas, o MESSIAS
segundo a carne’ (Romanos
9.4,5), mas destituída de sua terra, seu povo, sua cultura, sua
identidade, vivendo no cativeiro das nações, mas que ensinou Rut a amar seu
DEUS, Sua conduta moral e ética e de bem viver, sua gente, seus costumes;
· Rut, a gentia, como figura do Corpo
do MESSIAS que não contextualizou a
Palavra, não ocidentalizou o MESSIAS de Israel, mas decidiu abandonar seus
deuses, seus hábitos, sua cultura, sua parentela, romper com suas tradições e
de seus antepassados para perseguir ao DEUS de Israel, ao DEUS de Naomi e Seu
modo de agir e pensar, e sequer judaizou
seus hábitos, mas, por entender o contexto em que a Palavra foi escrita, a
segue pelo Espírito Santo;
· Boaz, a figura do MESSIAS, o Parente Redentor
que assume sua obrigação de redentor
para com Naomi, assumindo sua dívida
e pagando-a para a retomada de posse das terras que pertenciam a Elimelech
(marido de Naomi) e restituindo-a
com a posse da mesma. Ao mesmo tempo, assume sua obrigação na restituição da parentela de Naomi, obedecendo à lei do levirato, casando-se com a gentia Rut e gerando filhos, tonando seu primogênito a herança de Naomi para
restaurar o nome de uma família em Israel.
A
gentia Rut, literalmente rendeu-se plenamente aos propósitos de YAH, para gerar
o futuro rei de Israel (David foi seu bisneto). YHVH nos chama (como a Rut),
para rendermos nossos corpos, a fim de nos tornarmos Seus instrumentos de
misericórdia para Israel e, por meio da intercessão, gerarmos os propósitos de
YAH para ela, pela ação do Espírito Santo.
A
leitura desse livro nas sinagogas aponta o clamor íntimo de Naomi, Israel, em
ser ajudada – ainda que ‘dispense as noras’, por nada mais poder oferecer e por
não entender suas necessidades e sua identidade – e que é seguida por uma nora
‘obstinada’ em manifestar seu amor e gratidão (mesmo que rejeitada) àquela que
lhe ensinou a vida com o DEUS do Universo, Seus Ensinos, Sua ética, Sua moral,
Seu amor, Sua redenção e, por isso, insiste em apoiar e amar Israel para que: o Redentor Se enamore dela e a tome em casamento; e ajude Naomi a
restaurar sua identidade judaica de primogenitura e seu propósito no reino de
YHVH
O regresso do
MESSIAS de Israel significa o casamento da Noiva!!!
Shavuot e a trombeta
De acordo com a tradição judaica, há três principais
toques do shofar referidos na Bíblia e que estão relacionados a festivais em bíblicos
e são chamados, pelos rabinos, de:
§ primeiro shofar, em Shavuot, era a própria voz de YHVH
falando a Moshe e ao povo no Sinai - “E o
sonido (qol) da trombeta (shofar) ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e DEUS lhe respondia em voz (qol) alta” (Êxodo
19.19).
Esse shofar proclamou o desposar* de Israel pelo SENHOR,
no Sinai, e o desposar* do Corpo do MESSIAS com seu SENHOR YEHOSHUA, em
Sião;
§ último shofar ou Tekiah
Gdolah, em Iom Teruah, no
primeiro dia do 7º mês, como a última trombeta (100ª) tocada nesse festival com
a finalidade de despertar e chamar ao arrependimento sincero para os dias de
terror que se sucedem até Iom Kipur, para que as pessoas se lembrem de seu
Criador, quebrantem seus corações e se voltem (teshuvah) para DEUS. Essa
trombeta também será tocada pelo próprio SENHOR.
Pela tradição judaica, nos 40 dias que precedem Iom
Kipur, o povo é chamado ao arrependimento já no primeiro dia do 6º mês (Elul).
Em cada um dos 30 dias de arrependimento no 6º mês, o shofar é tocado, para
preparar o povo de DEUS antes que Sua ira seja derramada. A 30ª trombeta (a
última) não deve ser tocada no 30º dia, mas o tocador de shofar escolherá um
dia para tocá-la, para confundir o inimigo da data exata da vinda do REI, pois o dia do 30º
shofar é conhecido como ‘o dia que
nenhum homem sabe’.
Tekiah Gdolah é o último shofar numa série de sete trombetas (Revelação 8-11) que se
referem à declaração do reino de YEHOSHUA no período da tribulação, incluindo a
7ª trombeta, quando “os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do Seu CRISTO,
e ELE reinará para todo o sempre” (Revelação 11.15), e a chamada para que a Noiva suba ao encontro do
Noivo para, juntos, retornarem ao lar que o Noivo tem preparado por todos esses
anos (1 Tessalonicenses
4.16,17).
Os rabinos chamam a Festa das Trombetas ou Iom Teruah,
quando a última trombeta é tocada, de ‘Casamento
do MESSIAS’ e ocorre quando o casamento é consumado. Nos tempos antigos,
após o kidushin (erussin ou noivado), a noiva retornava à casa para preparar o
vestido de núpcias. O noivo retornava à casa de seu pai para preparar habitação
para os noivos. Quando o pai do noivo visse que ambos estavam preparados, ele
dava, com um toque do shofar, a permissão ao filho de ir e trazer sua noiva. O
filho ia à casa dos pais da noiva e a erguia no ar (nissuin) e a tomava (laqach)
para levá-la à casa do pai, onde aconteceria o segundo passo do casamento, sua
consumação.
Esse evento bíblico está descrito em 1 Tessalonicenses 4.16-18,
com o toque da Tekiah Gdolah (100ª
trombeta), o toque de shofar mais alto e mais longo – que precederá a vinda do
Filho do Homem nas nuvens para erguer aos ares Sua noiva e tomá-la para a casa
de Seu PAI: “Porque o mesmo SENHOR descerá
do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus (a
mesma tocada em Shavuot); e os que morreram em
CRISTO ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens (nissuin), a encontrar o SENHOR nos ares (laqach), e assim estaremos sempre com o SENHOR (casamento consumado nas bodas do
Cordeiro). Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.
§ Shofar HaGadol, ao fim de Iom Kipur, Dia da Expiação, no 10º dia
do 7º mês, e os rabinos associam-no com a ‘vinda’ do MESSIAS de Israel, após a expiação. De acordo com Zacarias 9. 14-17, “Porque curvei Judá para Mim,
enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus
filhos, ó Grécia! E pôr-te-ei, ó Sião, como a espada de um poderoso. E o SENHOR
será visto sobre eles, e as Suas flechas sairão como o relâmpago; e ADONAI YHVH fará soar o shofar, e irá
com os redemoinhos do sul. YHVH Tsvaot os amparará; eles devorarão, depois que
os tiverem sujeitado, as pedras da funda; também beberão e farão barulho como
excitados pelo vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos
do altar. E o SENHOR ELOHEIHEM naquele dia os salvará, como ao rebanho do Seu
povo: porque como pedras de uma coroa eles resplandecerão na S(s)ua terra.
Porque, quão grande é a Sua bondade! E quão grande é a Sua formosura! O trigo
fará florescer os jovens e o mosto as virgens”.
Quando o dia do SENHOR começar, a trombeta soará e o
MASHIACH há de revelar-Se em grande ira, preparando a nação de Israel (nação) a
entrar na Sua Nova Aliança (Jeremias
31.31-34; Ezequiel 20.35-38;
Zacarias 13.9)
Em Mateus
24.30,31 (“Então aparecerá no céu o sinal
do Filho do Homem; e todas as tribos da Terra se lamentarão, e verão o Filho do
Homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ELE enviará
os Seus anjos com rijo clamor de trombeta (Shofar HaGadol), os quais ajuntarão os Seus
escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”) a grande trombeta soará convocando os resgatados do SENHOR (os do céu e
os da Terra) para regressar a Sião ou Eretz Israel (Isaías 27.13 – “E será
naquele dia que se tocará uma grande
trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram
desterrados para a terra do Egito, tornarão a vir, e adorarão ao SENHOR no
Monte Santo em Jerusalém”) e reunir-se com o SENHOR que voltará para estabelecer
o Seu reino e, como REI assentado no trono de David, que LHE pertence por
direito de herança e de conquista, governar as nações a partir de Jerusalém,
por mil anos. HalleluYAH!!!
Esse shofar também é aquele tocado para anunciar o dia do
yovel (jubileu) em Levítico
25.9,10 – “Então no mês sétimo, aos dez
do mês, farás passar a trombeta do jubileu (shofar teruah); no dia da expiação fareis
passar a trombeta por toda a vossa terra, e santificareis o ano qüinquagésimo,
e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu (yovel) vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família”.
A última trombeta de 1 Coríntios 15 é conhecida como Shofar HaGadol, tocada em Iom Kipur e cujo provável significado
seja o fim da Grande Tribulação e a 2ª vinda do MESSIAS. “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas
todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se
revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da
incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então
cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada
foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora,
o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a DEUS
que nos dá a vitória por nosso SENHOR JESUS CRISTO. Portanto, meus amados
irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do SENHOR, sabendo
que o vosso trabalho não é vão no SENHOR” (1 Coríntios 15. 51-58). O
contexto desse texto difere do de 1 Tessalonicenses,
em razão da finalidade da descrição: o propósito da transformação é mostrar
a vitória do SENHOR sobre o inferno e o último inimigo a ser derrotada é a
morte!
Com o último
grande shofar, veremos a vinda do MESSIAS em glória, os céus abertos, uma
grande batalha, exércitos angelicais descendo, a ressurreição dos mortos e a
transformação dos santos e seu arrebatamento, o ajuntamento das nações em
Jerusalém. Todos esses eventos acontecendo no ‘grande e terrível dia do
SENHOR’, representado em Iom Kipur, Dia da Expiação, pela última trombeta a
soar, Shofar HaGadol.
Os shofarim e seus
toques são simbólicos e não necessariamente determinam datas. Ainda que Tekiah
Gdolah em Iom Teruah simbolize o arrebatamento da Noiva, não necessariamente
ele acontecerá nessa data, porque é um ‘dia
que homem nenhum sabe’ (Marcos 13.32); acontecerá quando
o PAI decidir que é tempo! Esse toque acontecerá no Dia do SENHOR e não
necessariamente em Iom Teruah. Nosso papel é nos prepararmos como noiva para
estarmos apresentáveis e à altura do nosso Noivo! Pois, o encontro com ELE
acontecerá em qualquer dos dez dias entre Iom Teruah e Iom Kipur, incluindo esses
dias!
Os toques do shofar
em Iom Teruah significam, não só o arrebatamento, mas também servem como
despertar para a vinda do Dia do Julgamento (Iom HaDin, um outro nome para Iom
Teruah) ou Julgamento do Trono Branco (Atos 17.29-31; Hebreus 9.27). Isso não significa que esses eventos
acontecerão no mesmo tempo cronológico.
Da mesma forma, a Grande
Tribulação é um período distinto da ira de DEUS, no dia do SENHOR. Sua
ira está destinada a satanás e seus seguidores, o que significa que o
arrebatamento acontecerá antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. Os
santos serão vindimados antes que os ímpios sejam lançados no lagar da ira de
YHVH (Apocalipse 14.14-20), pois, em 1 Tessalonicenses 4.13-5.10, o dia do SENHOR será depois do
arrebatamento, uma vez que Seus santos não foram destinados à ira, mas à
salvação.
A Grande Tribulação
se iniciará quando a ‘abominação desoladora’ (Daniel 11.31; 12.11) se assentar no templo reedificado em
Jerusalém e terminará quando o arrebatamento tiver acontecido, pois, após esse
evento, o Dia do SENHOR terá início e o derramar das sete taças cheias da ira
do SENHOR (Revelação 15.1-19.6). O dia do SENHOR é um período de
tempo, profeticamente vivido nos dez dias de arrependimento entre Iom Teruah
(com o último shofar ou Tekiah Gdolah) e Iom Kipur (com o grande shofar ou
Shofar HaGadol).
Quando o SENHOR
regressar com Sua noiva (transformada à Sua semelhança e imagem) para
estabelecer o Reino de DEUS na Terra (‘os reinos deste mundo se tornaram do nosso SENHOR e
do Seu CRISTO e ELE reinará para sempre’), a casa de Yehudah e a casa de
Israel serão julgadas no julgamento das ovelhas gordas e magras de Ezequiel 34, para transformar-se em uma única nação, governada pelo Único Pastor e
SENHOR. Depois disso, os povos remanescentes serão julgados pelo MESSIAS no
julgamento de ovelhas e bodes de Mateus 25. Então, o MASHIACH
celebrará Sucot com todo Seu povo!
Estamos, agora,
na estação entre o primeiro e o último shofar. Estamos compromissados com nosso
Noivo, aguardando Seu regresso da casa do PAI, no céu. Quando o PAI perceber
que a noiva está preparada e que o tempo é chegado, então com o toque do shofar
(o úlitmo), dará permissão que Seu Filho venha ao encontro de Sua noiva nos
ares, pois, afinal, o próprio Noivo nos disse: “daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o
Filho, senão o PAI. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o
tempo... E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do
homem” (Marcos
13.32,33; Mateus 24.37).
Preparemo-nos para este
dia com temor e tremor, ardendo por Sua santidade forjada em nós, ardendo de
desejos pelo Amado!
Baruch Haba b’SHEM ADONAI / Boah-na ADON YEHOSHUA
Shavuot
e a Festa da Colheita das Primícias
Shavuot é conhecida como a Festa da Colheita ou Festa das
Primícias. Enquanto Pêssach é marcado pela colheita da cevada (Rut 1.22), Shavuot é marcado
pela colheita do trigo (Rut
2.23; Joel
1.11).
Israel é uma terra de cevada e trigo, como descrito em Deuteronômio 8.7-9 – “Porque
o SENHOR teu DEUS te põe numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes,
e de mananciais, que saem dos vales e das montanhas; terra de trigo e cevada, e de vides e
figueiras, e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel.
Terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas
pedras são ferro, e de cujos montes tu cavarás o cobre” (cf. Jeremias 41.8 e 2 Crônicas 2.15)
A colheita de cevada e trigo precede a maior colheita,
que é a outonal durante as Festas de Ajuntamento (Êxodo 23.16; 34.22). Esses dois períodos de
colheita dependem das chuvas nas estações próprias (Deuteronômio 11. 10-15; Levítico 26.4; Joel
2.23; Zacarias 10.1).
Chuvas apontam para o derramar
do Espírito Santo, individual e corporativamente. Enquanto as primeiras chuvas
estão ligadas ao derramar do Espírito Santo na vinda do MESSIAS, as últimas
chuvas apontam para o derramar profuso do Espírito Santo em Seu regresso (Joel 2.28,29 e Tiago 5.7)!
Já as colheitas apontam para a salvação de vidas. A
colheita de primavera marcou o início da colheita de vidas que receberam ao
MESSIAS, com uma grande colheita profetizada para os últimos dias (Mateus 13.39; 9.37,38; Marcos 4.29), durante a colheita outonal, que ocorre no
7º mês do calendário bíblico. Quando YEHOSHUA disse que ainda havia quatro
meses para a colheita, estava no 3º mês do calendário bíblico, durante a
colheita de trigo, e afirmou que os campos já estavam brancos para a ceifa,
relacionando as colheitas iniciais e finais com a salvação de vidas (João 4.34-36). Desde Sua ressurreição, as primícias
para o Seu reino têm feito parte ainda da colheita primaveril. Mas, haverá um
tempo, nos últimos dias, durante a colheita outonal, no Seu regresso, que
haverá uma enorme colheita – “vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o Evangelho
eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e
tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a ELOHIM, e dai-LHE
glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra,
e o mar, e as fontes das águas... E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado
sobre a nuvem um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a Sua cabeça uma
coroa de ouro, e na Sua mão uma foice aguda. E outro anjo saiu do templo,
clamando com grande voz Ao Que estava assentado sobre a nuvem: Lança a Tua
foice, e sega; a hora de segar Te é vinda, porque já a seara da Terra está
madura. E Aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a Sua foice à Terra,
e a Terra foi segada” (Revelação
14.6,7,14-16). E o resultado disso: “Depois
destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão,
a qual ninguém podia contar, de
todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e
perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e
clamavam com grande voz, dizendo: Salvação a ELOHEINU, que está assentado no
trono, e ao Cordeiro” (Revelação
7.9,10). HalleluYAH!
Shavuot e o Salmo 23
Aprendi,
recentemente, que os Salmos
22, 23
e 24 estão relacionados às festas de Pêssach, Shavuot
e Sucot, respectivamente, as três festas da peregrinação ou ascensão (aliyah) a
Jerusalém, em que os homens de Israel deveriam comparecer diante de YHVH seu
DEUS para celebrar Seu Nome e diante dELE.
O Salmo 22 foi
recitado (se não todo, sabemos que os primeiros versículos) por YEHOSHUA e
descreve o que ELE estava experimentando, a agonia da cruz, do abandono pelo
SENHOR (a única vez em que o Filho não chamou o SENHOR de PAI – Mateus 27.46). Por outro lado, as Escrituras
relacionam o sacrifício expiatório do MESSIAS com Pêssach (1 Coríntios 5.7,8).
O Salmo 24 aponta
para a majestade de ELOHIM e aqueles que têm coração puro e mãos limpas subirão
ao monte do SENHOR. Sucot tem como tema a realeza do SENHOR, onde os que
restarem da grande tribulação deverão subir a Jerusalém para adorar o Grande
REI, reverenciá-lO e celebrar, diante dELE, a única festa (das três) do Seu
reino milenar - Sucot (Zacarias 14.16).
O
Salmo 23, por sua vez, descreve o cuidado e o
consolo que o Bom Pastor dedica às Suas ovelhas. Shavuot é a jornada de Pêssach
a Sucot; é o tempo do recebimento da Torah (o manual de instrução de YAH para
os homens) e o tempo do recebimento (derramar) do Espírito Santo (Aquele que
vai revelar, por meio da Palavra, CRISTO a nós e em nós; que vai formar CRISTO
em nós, a esperança da glória). É a caminhada de nossa redenção inicial até a
plenitude da vinda de Seu reino.
Nessa
jornada, viajamos sob a vara e o cajado do Pastor, lançando mão das ferramentas
que ELE nos deu (dons e ministérios).
Nessa
jornada, que nos levou inicialmente ao batismo no Espírito Santo, essencial
para a compreensão da Torah (porque o Espírito é o decodificador, o tradutor e
intérprete das Escrituras), o Bom Pastor nos conduzirá às festas outonais (Iom
Teruah, Iom Kipur) para chegarmos ao nosso destino final, à celebração das
Bodas do Cordeiro, a Sucot (festa de sete dias).
Durante
essa jornada ao lado do Bom Pastor, experimentamos Seus atributos redentivos,
alguns deles relatados no Salmo
23:
o
SENHOR meu Pastor – YHVH Roiy;
o
SENHOR vê/provê (não terei
necessidade de nada) - YHVH Yir’eh;
o
SENHOR meu refúgio (nos pastos
verdejantes) – YHVH Machsiy;
o
SENHOR é paz (guia-me a águas
tranqüilas) – YHVH Shalom;
o
SENHOR me sara (ELE restaura
minha alma) - YHVH Rof’tiy;
o
SENHOR da minha justiça (ELE me
guia a caminhos de justiça) – YHVH Tsidkiy;
o
SENHOR dá vida (ainda que eu ande
pelo vale da sombra da morte) – YHVH M’chayeh;
o
SENHOR está ali (não temerei o
mal, porque TU estás comigo) – YHVH Shâmah;
o
SENHOR minha consolação (Sua vara
e Seu cajado me consolam/confortam) – YHVH nechamatiy;
o
SENHOR minha bandeira/meu milagre (Sua vara e Seu cajado me
consolam/confortam) – YHVH Nissi;
o
SENHOR dos Exércitos (ELE me
prepara uma mesa na presença dos meus inimigos – YHVH Tsevaot;
o
SENHOR me santifica (ELE unge
minha cabeça com óleo; meu cálice transborda) – YHVH M’qadishtiy;
o
no SENHOR há
misericórdia, benignidade (certamente bondade e misericórdia me seguirão todos
os dias de minha vida) – YHVH HaChessed;
o
SENHOR meu
Redentor (E habitarei na casa do SENHOR para sempre) – YHVH Goeliy.
Obs. ‘The Shepherd and Shavuot’, Moshe Morrison
Ao celebrarmos Shavuot, celebremos ao DEUS que nos encontrou em nosso
caminho errante, e nos estendeu Sua vara e Seu cajado de amor, de vida, de
proteção, para nos dar Sua vida abundante. Na medida que confiarmos nELE,
experimentaremos Seus atributos redentivos.
Shavuot e os pães
ofertados
A ordenança de Shavuot: “Depois
para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que
trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até o dia
seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis
nova oferta de alimentos ao SENHOR. Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas
dízimas (ômers – 7 litros) de
farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao SENHOR. Também com o
pão oferecereis sete cordeiros sem
defeito, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de alimentos, e as
suas libações, por oferta queimada de
cheiro suave ao SENHOR. Também oferecereis um bode para expiação do pecado,
e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico. Então o sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante
o SENHOR, com os dois cordeiros; santos serão ao SENHOR para uso do
sacerdote. E naquele mesmo dia apregoareis que tereis santa convocação; nenhum trabalho servil fareis; estatuto perpétuo é em todas as vossas
habitações pelas vossas gerações. E, quando
fizerdes a colheita da vossa terra, não acabarás de segar os cantos do teu
campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o
estrangeiro as deixarás. Eu sou o SENHOR vosso DEUS” (Levítico 23.15-22).
- dois pães, santos ao SENHOR para uso do sacerdote - apontam
para Israel (Deuteronômio 7.6-8) e a Kehilah (congregação de crentes
no MASHIACH YEHOSHUA – Colossenses 1,21-24), ambos como povo
escolhido do SENHOR.
Duas são as testemunhas que confirmam uma palavra (Mateus 18.19,20; Deuteronômio
19.15); os Dez mandamentos foram escritos em duas tábuas de pedra e
podem ser resumidos em dois grandes mandamentos (de amor a DEUS acima de todas
as coisas e ao próximo com a si mesmo – Mateus 22.34-40).
Há duas oliveiras ladeando a Menorah,
são as duas testemunhas diante do SENHOR de toda a Terra (Zacarias 4.3,11-14; Revelação
11.3,4)
- levedados - separados do
mundo para Seu uso exclusivo – viemos do mundo mas não somos do mundo, não
continuamos fazendo as obras do mundo, porque o mundo foi arrancado de dentro
de nós (processo de limpeza);
-
maduros - feitos de flor de
farinha – grãos de trigo moídos, triturados, pulverizados, amassados,
exprimidos, comprimidos – tudo para preparar a farinha – processo de
refinamento de nossa fé para sermos conformados à imagem e semelhança de nosso
SENHOR, passando pelas tentações, testes, provas, assim como o MESTRE (Isaías 28.28; 52.14; 53.1-6; Salmo 81.16), mas permanecendo firmes
nELE, testemunhando no nosso viver Sua vida, Seu amor, Seu caráter, Sua
santidade;
- oferta movida - continuamos no
mundo, pois o SENHOR pediu ao PAI que livrasse os Seus do mal, mas não os
tirasse do mundo, em João 17.15; mas, por não
pertencermos ao mundo, ‘prosseguimos para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de DEUS em CRISTO
JESUS’ (Filipenses 3.13,14), ‘correndo com paciência a carreira que nos está
proposta, fitando os olhos em nosso prêmio CRISTO JESUS’ (Hebreus 12.1,2);
-
oferta queimada de cheiro suave ao SENHOR - sujeitos a todo tipo de
tentações e oportunidades de pecar, optamos por abrir mão de nós mesmos para
sermos consumidos de amor pelo Noivo, fazendo Sua
perfeita vontade, agradando-O com nosso viver entregue e obediente, por viver
por Sua Palavra e em santidade (Efésios 5.1,2), desenvolvendo nossa
salvação com temor e tremor (Filipenses 2.12);
-
oferta pelo fogo – é o trabalho do
Espírito Santo que veio para ensinar, guiar, corrigir, consolar, exortar,
edificar o caráter do Noivo em nossas vidas. ELE nos outorga capacidade e poder
para vencermos neste mundo, nos vencermos a nós mesmos.
- o sacerdote os
moverá com o pão das primícias por oferta
movida perante o SENHOR –
essa oferta era alçada ao alto e movida diante do SENHOR.
YEHOSHUA, o Pão das Primícias, com Seu Corpo (judeus e gentios messiânicos)
movendo-se em unidade para o mesmo lugar, com o mesmo objetivo de adoração a
DEUS PAI, guiados pelo Espírito Santo de YEHOSHUA. Em breve, seremos alçados ao
alto pelo Espírito (nissuin) , para
nos encontrarmos com o Noivo YEHOSHUA, ao soar da última trombeta (em Iom Teruah).
Por que celebrar Shavuot?
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça; para que o homem de DEUS seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra” (2 Timóteo 3.16,17).
Uma vez que toda a Palavra é proveitosa para ensinar,
corrigir, instruir, isso significa que a celebração das Festas do SENHOR nos
aponta algumas coisas. Isso inclui Shavuot.
Por que celebrá-la? Primeiramente, recordamos e recitamos
os atos poderosos de YAH, da forma tremenda como Se revelou ao povo, descendo
ao Monte Sinai e ao Monte Sião para escrever Suas Palavras com fogo,
primeiramente em corações de pedra (nas tábuas da Aliança) e, mais tarde, em
corações de carne. O DEUS Criador do Universo desceu para falar com Sua
criatura, desceu para desposá-la*, desceu para realizar o contrato de casamento
eterno de Seu Filho (Palavra Escrita e Revelada - Ketubah) com a humanidade. Esse ato transformou pessoas
amedrontadas e fugitivas em arrojadas testemunhas das Boas Novas do Seu Reino,
impactando o mundo até a nossa geração.
Não somos ignorantes dELE, porque ELE fez tudo para
revelar-Se à obra prima de Sua criação. A forma mais plena de Sua revelação foi
por meio de Seu Filho, a expressão exata do PAI! Isso é tremendo e por isso nos
regozijemos! ELE Se importa conosco! Não LHE somos meras criaturas ou números!
Somos Seus, com quem deseja relacionar-Se em intimidade! A Bíblia toda prova
isso! HalleluYAH!
Esse momento nos recorda a data de nosso noivado com o
SENHOR, do selo da garantia de Seu regresso deixado conosco, em uma relação de
intimidade tamanha, porquanto habita dentro de nós, que é Seu Espírito, soprando em nosso coração, diariamente, o
amor do SENHOR JESUS por nós e o quanto nos deseja:
“Levanta-te, Meu amor, formosa Minha, e vem.
Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi; aparecem as flores
na terra, o tempo de cantar chega, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A
figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma;
levanta-te, Meu amor, formosa Minha, e vem. Pomba Minha, que andas pelas fendas
das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-Me a tua face, faze-Me ouvir a tua
voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa” (Cântico dos Cânticos 2.10-14)
O mais impactante do batismo no Espírito não foi a
capacitação dos discípulos para operar sinais e maravilhas à medida que
pregassem o Evangelho, mas o que YHVH fez em seus corações, transformando-os em
vidas cheias do fogo da Sua Presença que mudariam a história do mundo pelo
S(s)eu testemunho. E o SENHOR quer fazer o mesmo conosco.
Shavuot é uma parte de nossa caminhada com o SENHOR e nos
mostra que nossa salvação não é experiência suficiente até que o Espírito de
ELOHIM nos venha encher de uma forma individual e corporativa, para que haja o
cumprimento de Hebreus
8.10-12 – “Porque esta é a aliança que
depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as Minhas
leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; e EU lhes serei por DEUS,
e eles Me serão por povo; e não ensinará cada um a seu próximo, nem cada um ao
seu irmão, dizendo: Conhece o SENHOR; porque todos Me conhecerão, desde o menor
deles até o maior. Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, e de
seus pecados e de suas prevaricações não Me lembrarei mais”.
A origem de todos os movimentos de reavivamento no Corpo
do MESSIAS seguiu uma jornada, por parte de alguns, de busca desesperada por santidade, pela busca genuína da Presença do SENHOR. Não buscavam
experiências espirituais e operação de milagres ou uma mudança na sociedade,
mas tinham uma fome angustiante por
pureza e santidade em suas vidas
pessoais.Tinham uma fome e sede por ver a face do SENHOR e não só Sua mão em
ação! Queriam-nO por completo!
Certamente
era esse o sentimento que pairava nos discípulos de YEHOSHUA, dos 120 reunidos
no mesmo lugar, orando, clamando pelo Consolador que o PAI havia de enviar. Sentiam mesmo era a falta de seu Mestre,
que os havia deixado há dez dias. Se você perdeu alguém a quem amava, sabe o
que são as saudades nos primeiros dias e a dor da separação. É dilacerante e a
sensação é de que nunca vai embora. Creio que esse era o coração dos
discípulos do SENHOR naqueles dias: estavam com saudades do seu SENHOR e
clamavam por Seu regresso!
Ah, meus amados irmãos, como carecemos desse desejo
ardente, dolorido, dessa insatisfação pela ausência do SENHOR em nosso meio.
Acostumamo-nos à ‘tirania do urgente’ e somos escravizados pela consciência do
imediatismo.
Que nesse Shavuot, o SENHOR nos
batize com esse amargor, com esse desconforto inquietante, com essa
insatisfação angustiante para perseguirmo-lO e irmos onde quer que ELE vá!
Amados, busquemos Sua Presença e não Sua mão (que sempre está estendida para
nos abençoar). Busquemos à Sua Pessoa e não ao que ELE pode nos dar; busquemos
a ELE e ao Seu reino e tudo o mais nos acrescentará.
Shlomoh, recém empossado no trono de seu pai, percebeu
quão grande era a sua responsabilidade e quão deficiente era ele em todas as
áreas, para reinar sobre o povo que pertencia a YHVH, ocupando a função que
pertencia a ELOHIM! Quando, em sonho, o próprio YHVH lhe apareceu,
perguntando-lhe o que queria que lhe fizesse, Shlomoh respondeu: ‘um coração entendido para julgar o povo de
YHVH, para prudentemente discernir entre o bem e o mal’. Não pediu proteção
de seus inimigos, longa vida, riquezas, reino inigualável, mas pediu sabedoria,
porque temia ao SENHOR (o ‘temor do SENHOR é o
princípio da sabedoria, e o conhecimento
do Santo a prudência’ – Provérbios
9.10). O SENHOR lhe deu sabedoria e tudo o mais (1 Reis 3.3-15). Entretanto, infelizmente
ele não guardou seu coração, não atentou para as palavras que fluíram do
Espírito para ele ao escrever Provérbios – “Filho
Meu, atenta para as Minhas palavras; às Minhas razões inclina o teu ouvido. Não
as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração. Porque
são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo. Sobre tudo o que
se deve guardar, guarda o teu coração,
porque dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4.20-23).
Assim como Shlomoh não guardou seu coração e saiu dos
propósitos do SENHOR, também aqueles que participaram dos movimentos
carismáticos e, hoje, só desejamos a cura, o poder e a unção do Espírito Santo
para nosso próprio prazer e ganho, sem desejo algum de mudar nossos caminhos, não
permitindo que o Espírito Santo nos encaixe na fôrma da Palavra, pela
obediência a ela e às Suas leis, ensinos e estatutos. Em vez disso,
'empacotamos' o Espírito e Seus moveres em doutrinas e mecanismos humanos, não
permitindo Sua liberdade de ação. Esta é a razão pela qual não temos
reavivamento em nossos dias: “Nem todo o que Me
diz: SENHOR, SENHOR! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de
Meu PAI, que está nos céus. Muitos Me dirão naquele dia: SENHOR, SENHOR, não
profetizamos nós em Teu Nome? e em Teu Nome não expulsamos demônios? e em Teu
Nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos
conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mateus 7.21-23).
Nossa real necessidade para esse Shavuot é que Sua
Palavra e Seus caminhos sejam escritos com fogo em nossos corações para que
andemos em justiça, retidão e santidade, para o nosso bem, de nossos filhos e
dos filhos de nossos filhos, por todas as gerações. Clamemos para que o SENHOR, nesse Shavuot, derrame
Sua coração sobre nós, Israel e Seu Corpo nas nações, nos dê um mesmo coração,
um só caminho para que O temamos e nunca nos apartemos dELE – “E lhes darei um mesmo coração, e um só
caminho, para que Me temam todos os dias, para seu bem, e o bem de seus filhos,
depois deles. E farei com eles uma aliança
eterna de não Me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o Meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de Mim” (Jeremias 32.39,40).
Rut (Corpo do MESSIAS), convertida a YAH, enquanto
trabalhava na ceifa (figura de
salvação) da porção da viúva e do estrangeiro, em auxílio a Naomi (Israel),
atraiu a presença de Boaz (MESSIAS) para si e dela enamorou-se. Se o papel da
noiva é atrair a presença de YHVH para si e, portanto, para a Terra, deixando
com ELE os resultados da colheita, nosso papel enquanto noiva é nos tornarmos
atraentes para que ELE Se enamore de nós e queira nos esposar e não só nos
visitar! Para tal, seguindo o exemplo dos discípulos de JESUS: “E, perseverando unânimes todos
os dias no templo, e partindo o pão
em casa, comiam juntos com alegria e
singeleza de coração, louvando a
ELOHIM, e caindo na graça de todo o
povo (por causa do testemunho de suas vidas). E todos os dias acrescentava o SENHOR sobre a edah aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2.46,47).
Propositadamente, não coloquei a tradução para edah
porque queria chamar-lhes a atenção para algo. Ao buscar no dicionário,
encontrei os seguintes significados:
- testemunhar, dar testemunho, ver;
- congregação, comunidade, paróquia (freguesia, área, comunidade),
denominação (seita);
- multidão, enxame, movimento em massa (grupo de pessoas se movimentando em
massa, na mesma direção);
- rebanho, multidão, grupo de fiéis, grei;
- testemunha, testemunho;
- vestir, colocar, experimentar; ser ornamentado, adornar-se a si mesmo
Parafraseando o versículo 47
de Atos 2: “ E todos os dias o SENHOR
acrescentava testemunhas Suas, à multidão de fiéis, ao rebanho, à comunidade
dos que O seguiam, movidos pelo desejo de conhecer a DEUS; diariamente, o
SENHOR vestia, ornava Sua noiva, adornava-a com mais e mais pessoas, porque o
Corpo é embelezado e completado à medida que novas vidas são acrescentadas a
ele pelo próprio Cabeça do Corpo. Mas não sem o testemunho vivo de Sua Presença
gloriosa em cada um dos que permitiam que Suas marcas, tudo o que fosse dELE
naquelas vidas, se manifestasse e atraísse outros.
Só o que é CRISTO em nós é que tem condições de atrair
outros, não a nós, mas a ELE. E isso, só sendo ‘santos como ELE é Santo’. O SENHOR espera ser desejado, requisitado,
solicitado, requerido, chamado – isso é ser santificado no meio de Seu povo (Israel e Seu Corpo). ELE mesmo
disse isso:
Ø a Israel – “Porque EU vos digo que desde agora Me não vereis
mais, até que digais: ‘Baruch Habah b’SHEM YHVH’ (Bendito O Que vem em Nome de YHVH)” (Mateus 23.39)
Ø à Noiva – “E o Espírito e a esposa dizem: Boah-na (Vem). E quem ouve, diga: Boah-na (Vem). E quem tem sede, venha; e quem
quiser, tome de graça da água da vida… Aquele que testifica estas coisas diz:
Certamente cedo venho. Amém. Boah-na,
ADON YEHOSHUA (Ora vem, SENHOR JESUS)” (Revelação 22.17,20)
Baruch Haba b’SHEM ADONAI / Boah-na
ADON YEHOSHUA
Que o SENHOR nos transforme como LHE
aprouver, para que somente o Seu Nome seja glorificado, engrandecido, adorado,
exaltado.
Que possamos aprender com a experiência de nossos
antepassados, pois nosso aprendizado
também depende disso: “Ora, irmãos, não quero que
ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram
pelo mar. E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram
de uma mesma comida espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual,
porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo. Mas Deus
não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto. E
estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más,
como eles cobiçaram. Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles,
conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para
folgar. E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia
vinte e três mil. E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e
pereceram pelas serpentes. E não murmureis, como também alguns deles
murmuraram, e pereceram pelo destruidor. Ora, tudo isto lhes sobreveio como
figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins
dos séculos. Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia. Não veio sobre
vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima
do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais
suportar” (1
Coríntios 10.1-13).
Que possamos responder aos apelos do nosso Amado,
diariamente, enchendo-nos com Seu amor e distribuindo Seu amor a outros (pois a
seara está madura):
“eu pertenço ao Homem
que amo, e o meu Amado me pertence... eu pertenço ao meu Amado, e ELE me deseja.
Vem, ó Amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias.
Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se já
aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te darei os meus
amores. As mandrágoras exalam o seu perfume, e às nossas portas há todo o
gênero de excelentes frutos, novos e velhos; ó Amado meu, eu os guardei para
ti. Ah! quem me dera que foras como meu irmão, que mamou aos seios de minha
mãe! Quando Te encontrasse lá fora, beijar-Te-ia, e não me desprezariam!
Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha mãe, e TU me ensinarias; eu Te
daria a beber do vinho aromático e do mosto das minhas romãs. A Sua mão
esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a Sua direita me abrace... Põe-me como selo sobre o Teu coração, como selo sobre o Teu braço, porque o
amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas chamas são chamas
de fogo, tão destruidoras quanto as chamas de YAH. As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda
que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente receberia
apenas o desprezo absoluto” (Cântico dos Cânticos 6.3; 7.10-8.3,6,7)
Clamemos pelo cumprimento de Joel 2.28-32 – “E há de ser que, depois derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os
vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles
dias derramarei o Meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na Terra,
sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em
sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do
SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento,
assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR
chamar” – que
venha o derramar profuso de Seu Espírito em toda a carne, pelo desejo de Sua
Presença ‘presente’ em nosso meio. Porque temos saudade dELE e O queremos ver
face a face!
Como celebrar Shavuot?
Quando
YEHOSHUA disse a Seus discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que
recebessem o Presente do PAI, o Espírito Santo (Atos 1.4,5), mencionava a ordenança de Levítico 23.16, para que
contassem os dias até Shavuot (contagem de ômer). E foi o que fizeram. Desde a
ascensão de JESUS, permaneceram reunidos no local onde habitavam, quase 120
pessoas, pelos últimos dez dias, perseverando unanimemente em oração e
súplicas, discutindo ações para a substituição de Yehudah, o Iscariotes (Atos 1.12-26)
Como
prática costumeira, os religiosos judeus passam a noite de Shavuot até a manhã
seguinte em vigília, orando e estudando a Palavra. Ao amanhecer, estando em
Jerusalém, correm para o kotel a fim de recitarem juntos a Amidah (orações lidas
em pé e em silêncio, como fez Hannah a ELOHIM diante do sacerdote Eli), com
suas 19 bênçãos e que datam de mais de 2000 anos.
Como
celebrar Shavuot, então?
ORANDO A NOITE INTEIRA
- para clamar pelo cumprimento da
promessa do derramar do Seu Espírito sobre toda carne (Atos 2.17; Joel 2.28), pois vivemos nos últimos dias.
Ainda que cada crente
no MESSIAS de Israel deva ter essa experiência do batismo no Espírito Santo,
essa profecia se refere a um reavivamento mundial, durante os eventos
referentes aos fins dos tempos e de tribulação (Atos 2.19,20), que precederão o
regresso do MESSIAS, o grande e terrível dia do SENHOR (Atos 2.20). Será acompanhado de um extraordinário mover de evangelização (Atos 2.21), para que Apocalipse 7.9,10 se cumpra, com “uma multidão, a qual ninguém
poderá contar, de todas as nações, e
tribos, e povos, e línguas, diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando
vestes brancas e com palmas nas suas mãos; clamando com grande voz,
dizendo: Salvação a ELOHEINU, que está assentado no trono, e ao Cordeiro”. HalleluYAH!
Esse ‘segundo’
Shavuot trará o SENHOR JESUS de volta para estabelecer o reino de ELOHIM na
Terra.
Pedro, ao se levantar
para explicar o que estava acontecendo, cotou a profecia em Joel 2.28-32. No contexto dessa profecia, Joel continua no capítulo 3.1: ‘Pois aí, nesse tempo, quando EU restaurar a
sorte de Yehudah e de Yerushalaim...’, conectando o que havia dito nos
versos anteriores do capítulo dois e os versículos seguintes do capítulo três.
Em que tempo? No tempo em que o SENHOR restaurar a sorte de
Yehudah e de Yerushalaim, nesse tempo o SENHOR derramará do Seu Espírito sobre
toda a carne mundialmente. Mas, também, nesse tempo, o SENHOR juntará as nações
no vale da decisão, de Yehoshafat (YHVH Julga), para estabelecer Seu juízo
contra as nações pela forma como elas trataram Israel (vide Joel 3.1-3,12,14-21). Esses são os nossos dias, pois o SENHOR já restaurou a sorte de Sião
e as nações se alinham contra Israel. Todo o cenário desse contexto está sendo
preparado e está à vista, como nunca em toda nossa história.
No primeiro século,
120 judeus messiânicos estavam reunidos toda uma noite num mesmo lugar, em
unidade, em inteireza de coração e propósitos, antecipando os eventos de
Shavuot. Cabe a nós, judeus e gentios messiânicos (e somos milhões em todo o
mundo), com inteireza de coração e propósitos, na expectativa dos últimos dias,
permanecermos em unidade, toda a noite, em antecipação ao que o SENHOR deseja
fazer em nosso Shavuot. Se 120 impactaram o mundo, o que não poderíamos fazer
nós em nossos dias?!?!?!
Chag Shavuot
sameach
Com amor e
gratidão no MASHIACH de Israel,
marciah malkah
Bibliografia:
1. RUACH
HaKÓDESH ELOHIM e Sua Palavra
2.
‘Bible
Works 8. Software for biblical Exegesis& Research’. 2010
3.
‘Bíblia Judaica Completa. O
Tanach e a B’rit Chadashah’, David H. Stern. 2011,
Editora Vida
4. ‘Autumn Days of Awe part 1
and 2’, Jim and Angela Goodrick. In Hope to the End. http://hopetotheend.com/elul.html
5. ‘Feast of Trumpets’, Joshua
Ong. In The Josh Link, Feasts
of the Lord. http://www.thejoshlink.com/article98.htm
6.
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