Pêssach - Festival da
Libertação
“Estas são as solenidades do SENHOR (מוֹעֲדֵ֣י יְהוָ֔ה), as santas
convocações (מִקְרָאֵ֣י קֹ֑דֶשׁ ), que convocareis ao seu tempo determinado (בְּמוֹעֲדָֽם ): no mês primeiro, aos catorze do
mês, pela tarde, é a páscoa do SENHOR (פֶּ֖סַח לַיהוָֽה ). E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos
do SENHOR (חַ֥ג
הַמַּצּ֖וֹת לַיהוָ֑ה ); sete dias comereis pães ázimos.No primeiro dia tereis santa
convocação; nenhum trabalho servil fareis; mas sete dias oferecereis oferta
queimada ao SENHOR; ao sétimo dia
haverá santa convocação; nenhum
trabalho servil fareis. E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: fala aos filhos de
Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei de dar, e
fizerdes a sua colheita, então trareis um molho (עֹ֛מֶר) das
primícias da vossa sega ao sacerdote (HaBikurim); e ele moverá o molho perante
o SENHOR, para que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sacerdote
o moverá. E no dia em que moverdes o molho, preparareis um cordeiro sem
defeito, de um ano, em holocausto ao SENHOR, e a sua oferta de alimentos,
será de duas dízimas de flor de farinha, amassada com azeite, para oferta
queimada em cheiro suave ao SENHOR, e a sua libação será de vinho, um quarto de him.
E não comereis pão, nem trigo tostado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia
em que trouxerdes a oferta do vosso DEUS; estatuto
perpétuo é por vossas gerações, em
todas as vossas habitações” (Levítico
23.4-14)
Na viração do dia 30.03 para 31.03,
será a primeira noite de Pêssach (31 para 01 será a 2ª noite).
Essa festa é uma das
celebrações mais antigas, datando de mais de 3500 anos, desde seu cumprimento histórico no Egito. Seu relato carrega uma
poderosa mensagem para todas as eras da humanidade. Ela inclui não só a ‘tarde
de Pêssach’ propriamente dita, mas a sequência de sete dias de Pães Ázimos
(HaMatsot) e Primícias (HaBikurim) nesse meio.
Marca a libertação do
povo de 430 anos de escravidão egípcia e tal libertação foi tão majestosa (‘com mão
forte e braço estendido tirou YHVH Seu povo do cativeiro’ – Deuteronômio 5.15), que alterou o
calendário hebraico para sempre (‘este vos será o primeiro
dos meses’ – Êxodo
12.2).
YHVH determinou que Pêssach (Páscoa) fosse um
permanente memorial celebrado anualmente e por toda eternidade (Êxodo 12.14), comemorando o ato
da libertação que ELE proporcionou ao Seu povo das amarras da escravidão do
Egito, tendo como peça central o cordeiro,
sem o qual não haveria libertação, ao ponto de os termos páscoa e cordeiro se
confundirem, como visto em na expressão– ‘sacrificarás
a páscoa ao SENHOR...’ (Deuteronômio 16.2,6; Lucas 22.7).
O povo a celebrou no Sinai, um ano após a saída do Egito
(Números 9.1-14), e também quando o povo chegou
à terra, 39 nos mais tarde (Josué 5.10-12).
Deveria ser celebrada somente no lugar que YAH escolhesse para pôr Seu Nome: “Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas portas que te dá o
SENHOR teu DEUS; senão no lugar que
escolher o SENHOR teu DEUS, para fazer habitar o Seu Nome, ali sacrificarás
a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito” (Deuteronômio 16.5,6).
Portanto, pôde ser celebrada nos dias dos reis Ezequias (2 Crônicas 30) e Josias (2
Reis 23.21-23; 2 Crônicas 35.1-19). Após
o regresso do cativeiro babilônico, Pêssach também foi celebrada (Ezra 6.19,20); e extensivamente nos dias de YEHOSHUA (João 11.55). Ainda hoje, é um dos festivais mais
guardados pelo povo judeu.
Tão importante era sua celebração que YHVH permitiu,
graciosamente, que fosse celebrado em outra data, pois alguns do povo não estavam
preparados para celebrá-lo em 14 de Aviv, uma vez que estavam impuros por tocar
no morto ou estavam longe para sua celebração, e puderam faze-lo aos 14 dias do
2º mês (Números 9.1-14; 2
Crônicas 30.2-15). A nenhum dos outros festivais foi permitido tal
arranjo.
As ordenanças de YHVH (mitsvot) para a
Páscoa (Pêssach)
“E falou o SENHOR a Moisés e a
Arão na terra do Egito, dizendo: ‘Este
mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. Falai a
toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um
para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro
para cada família. Mas se a família for pequena para um cordeiro, então
tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das
almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro.
O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o
qual tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até o décimo
quarto dia deste mês, e todo o
ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do
sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que
o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com
ervas amargosas a comerão. Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão
assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. E nada dele
deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo.
Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e
o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do SENHOR.
E EU passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na
terra do Egito, desde os homens até os animais; e em todos os deuses do Egito
farei juízos. EU Sou o SENHOR. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em
que estiverdes; vendo EU sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre
vós praga de mortandade, quando EU ferir a terra do Egito. E este dia vos será
por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o
celebrareis por estatuto perpétuo.
15 Sete dias comereis pães
ázimos; ao primeiro dia tirareis o fermento das vossas casas; porque qualquer
que comer pão levedado, desde o primeiro até o sétimo dia, aquela alma será
cortada de Israel. E ao primeiro dia haverá santa convocação; também ao sétimo
dia tereis santa convocação; nenhuma obra se fará neles, senão o que cada alma
houver de comer; isso somente aprontareis para vós. Guardai pois a festa dos
pães ázimos, porque naquele mesmo dia
tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia
nas vossas gerações por estatuto perpétuo. No primeiro mês, aos catorze dias do
mês, à tarde, comereis pães ázimos até vinte e um do mês à tarde. Por sete dias
não se ache nenhum fermento nas vossas casas; porque qualquer que comer pão
levedado, aquela alma será cortada da congregação de Israel, assim o
estrangeiro como o natural da terra. Nenhuma coisa levedada comereis; em todas
as vossas habitações comereis pães ázimos.
21 Chamou pois Moisés
a todos os anciãos de Israel, e disse-lhes: Escolhei e tomai vós cordeiros para
vossas famílias, e sacrificai a páscoa. Então tomai um molho de hissopo, e
molhai-o no sangue que estiver na bacia, e passai-o na verga da porta, e em
ambas as ombreiras, do sangue que estiver na bacia; porém nenhum de vós saia da
porta da sua casa até à manhã. Porque o SENHOR passará para ferir aos egípcios,
porém quando vir o sangue na verga da porta, e em ambas as ombreiras, o SENHOR
passará aquela porta, e não deixará o destruidor entrar em vossas casas, para
vos ferir. Portanto guardai isto por estatuto para vós, e para vossos filhos
para sempre.
25 E acontecerá que,
quando entrardes na terra que o SENHOR vos dará, como tem dito, guardareis este
culto. E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este?
Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou as casas dos
filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas.
Então o povo inclinou-se, e adorou.
28 E foram os filhos
de Israel, e fizeram isso como o SENHOR ordenara a Moisés e a Arão, assim
fizeram.
29 E aconteceu, à
meia noite, que o SENHOR feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde
o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até o primogênito do
cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. E Faraó
levantou-se de noite, ele e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia
grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.
31 Então chamou a Moisés e a
Arão de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como
os filhos de Israel; e ide, servi ao SENHOR, como tendes dito. Levai também
convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide, e abençoai-me
também a mim. E os egípcios apertavam ao povo, apressando-se para lançá-los da
terra; porque diziam: Todos seremos mortos.
34 E o povo tomou a
sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em suas roupas
sobre seus ombros. Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de
Moisés, e pediram aos egípcios jóias de prata, e jóias de ouro, e roupas. E o
SENHOR deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o que
pediam; e despojaram aos egípcios.
37 Assim partiram os
filhos de Israel de Ramessés para Sukote, cerca de seiscentos mil a pé, somente
de homens, sem contar os meninos. E subiu também com eles muita mistura de
gente, e ovelhas, e bois, uma grande quantidade de gado.
39 E cozeram bolos
ázimos da massa que levaram do Egito, porque não se tinha levedado, porquanto
foram lançados do Egito; e não se puderam deter, nem prepararam comida.
40 O tempo que os
filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E
aconteceu que, passados os quatrocentos
e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do SENHOR saíram da terra
do Egito. Esta noite se guardará ao SENHOR, porque nela os tirou da terra
do Egito; esta é a noite do SENHOR,
que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações.
43 Disse mais o
SENHOR a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da páscoa: nenhum filho do
estrangeiro comerá dela. Porém todo o servo comprado por dinheiro, depois que o
houveres circuncidado, então comerá dela. O estrangeiro e o assalariado não
comerão dela. Numa casa se comerá; não levarás daquela carne fora da casa, nem
dela quebrareis osso. Toda a congregação de Israel o fará. Porém se algum
estrangeiro se hospedar contigo e quiser celebrar a páscoa ao SENHOR, seja-lhe
circuncidado todo o homem, e então chegará a celebrá-la, e será como o natural
da terra; mas nenhum incircunciso comerá dela. Uma mesma lei haja para o
natural e para o estrangeiro que peregrinar entre vós.
50 E todos os filhos
de Israel o fizeram; como o SENHOR ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram. E
aconteceu naquele mesmo dia que o SENHOR tirou os filhos de Israel da terra do
Egito, segundo os seus exército” (Êxodo12.1-51)
1.
Pêssach ocorre no princípio dos meses (Êxodo 12.2)
Aviv (Nisan), cujo significado é
primavera ou frescor, novo, espigas verdes, tornou-se o primeiro mês do
calendário bíblico, pela importância do evento. Marca o início do ‘cronograma
redentivo’ de YHVH para Sua criação.
Quando recebemos a YEHOSHUA em nossa vida (coração), este é o começo de uma
nova aliança para nós (B’rit Chadashah)
com YHVH (Jeremias 31.31-34; João 3.5-7; Romanos 6.1-4;
2 Coríntios 5.17)
Pêssach é a primeira das festas de YHVH. Da mesma forma, quando nos
arrependemos de nosso pecado, reconhecendo o sangue derramado de JESUS por nós
e a aceitação dELE em nossas vidas, marca o início da caminhada com CRISTO e o
início da vida nova em Seu reino.
2.
O cordeiro era guardado por quatro dias (Êxodo 12.3,6)
A ordenança de YAH para Seu povo era de separar o cordeiro em 10 de Aviv
(Nissan) e guarda-lo até o 14º dia. Esses quatro dias foram cumpridos por
YEHOSHUA, durante a semana de Pêssach: ELE foi reconhecido como o Cordeiro de
DEUS (João 1.29); entrou em Jerusalém sete dias
antes de Sua ressurreição, para ser testado, inquirido por autoridades
religiosas, políticas e públicas por quatro dias (10 a 14 de Aviv), indo ao
templo (Beit HaMikdash), casa de DEUS; e, embora nada pudessem levantar contra
ELE, foi morto e sepultado, para ressuscitar ao 3º dia (Mateus 21.1,9-12,17,18,23; 24.1,3;
26.1-5; Lucas 23.14,15;
João 19.4-6; Hebreus
7.26,27; 1 Pedro 1.19).
De acordo com a
tradição judaica (Mishnah, San Hendrin 97-98), os quatro dias em que o cordeiro
deveria permanecer ‘oculto’, apontam para a expectação da vinda do Mashiach
4000 anos depois da criação, como parte dos sete milênios do plano redentivo de
DEUS para a humanidade e a Terra, retornando à condição original do Gan Éden,
antes de Adam pecar.
Esses quatro
dias foram cumpridos cabalmente por YEHOSHUA, tanto nos quatro dias que
antecederam Sua morte, quando foi interrogado por toda a classe social,
política, civil e religiosa, não encontrando argumento para acusa-lO de morte
(pois o Cordeiro deveria ser sem ruga, mácula, mancha alguma), como nos quatro
dias proféticos ou milênios em que não Se manifestou à humanidade.
Um dia profético
equivale a 1000 anos (2 Pedro 3.8; Salmo 90.4). Sete dias de criação (7000 anos - Gênesis 1.1,5,8,13,19,23,31; 2.1-3)
e sete dias para a redenção do homem e da Terra.
3.
O cordeiro deveria ser sem mancha ou defeito (Êxodo 12.5)
YEHOSHUA é o Cordeiro de DEUS (João 1.29)
sem manchas, sujeiras ou defeito algum (1 Pedro 1.18-20).
Desde que entrou em Jerusalém (em Sua entrada triunfal, sendo aclamado como
Filho de David, atributo ao Messias de Israel – Mateus
21.1-9), foi examinado, como Cordeiro, por várias entidades, cumprindo
as Escrituras:
- príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo (Mateus
21.23);
- Pilatos (Mateus 27.1,2,11-14,17-26);
- Herodes (Lucas 23.6-12);
- Anás, o sumo sacerdote (Lucas 3.2; João 18.13,24);
- Caifás, o sumo sacerdote (João 11.49-53; 18.13,14,19-24,28);
- Judas Iscariotes (Mateus 27.3-10);
- o centurião (Mateus 27.54);
- o ladrão arrependido (Lucas 23.39-43)
Nenhum deles pôde encontrar algo que O desabonasse para ser o Cordeiro
Perfeito; não encontraram manchas, sujeiras ou algum defeito, pois YHVH só
aceitaria como resgate um sangue absolutamente inocente. E YEHOSHUA foi e é
esse sangue imaculadamente inocente: “Àquele
que não conheceu pecado, ELE (o PAI) O fez pecado por nós; para que nELE
fôssemos feitos justiça de DEUS” (2 Coríntios 5.21)
4.
O cordeiro seria de um ano de idade (Êxodo 11.4-7; 12.5)
O cordeiro de um ano de idade é animal que atingiu a maturidade,
correspondendo a um adulto humano de 30 anos!
JESUS, aos 33 anos, adulto em Sua maturidade (espiritual, intelectual,
emocional, física), declarou aos Seus discípulos que era chegada a hora do
príncipe deste mundo que nada possuía nELE: “Já
não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim” (João 14.30).
Lucas afirma que ELE crescia em graça, sabedoria e estatura diante de DEUS
e dos homens (Lucas 1.52), o que significa que
ELE não nasceu pronto, mas desenvolveu-Se como todo ser animal, sem pecar, sem
manchar-Se com a iniquidade. ELE teve que aprender a obediência pelo tanto que
sofreu (“O Qual, nos dias da Sua carne, oferecendo, com grande clamor e
lágrimas, orações e súplicas Ao Que O podia livrar da morte, foi ouvido quanto
ao que temia. Ainda que era Filho,
aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu. E, sendo ELE consumado, veio
a ser a causa da eterna salvação para todos os que LHE obedecem; chamado por DEUS Sumo Sacerdote, segundo a
ordem de Melquisedeque” – Hebreus
5.7-10), e obedeceu até a morte de cruz (Filipenses
2.8).
5.
Todo primogênito deveria ser santificado ao
SENHOR (Êxodo 13.2,11-15)
Alguns seriam resgatados e outros mortos. Todos os primogênitos humanos
deveriam ser resgatados pelo sacrifício de um cordeiro. No Egito, os
primogênitos de Israel foram resgatados pelo sacrifício de um cordeiro (sobre o
qual estamos descrevendo nesses itens numéricos).
Na história bíblica, algumas vezes, o primogênito ‘natural’ foi substituído
pelo ‘primogênito espiritual’, como foi o caso de Itschaq e Ishmael, Yaacov e
Esav, Yosef e Reuven, Yehudah e Yosef, Efraim e Menash (João 1.12; 3.1-7; Romanos 9.8-13; 1 Coríntios
15.22,45-47)
YEHOSHUA foi o primogênito natural de Miriam (Mateus
1.25) e primogênito espiritual de YHVH (Romanos
8.29; Colossenses 1.15,18; Revelação 3.14), que deu Sua própria vida em
sacrifício por toda a humanidade. Aqueles que O aceitam como SENHOR e Salvador são
reconhecidos no reino de DEUS como os primogênitos
inscritos nos céus (Hebreus 12.23)
6.
O cordeiro deveria ser macho (Êxodo 12.5)
O pecado entrou na Terra por meio de um homem (Romanos
5.12; 1 Timóteo 2.12-14), o primeiro
homem, Adam, que pecou (ele não foi enganado, mas sim Chavah). Por esta razão,
um Homem deveria morrer para expiar o pecado de toda humanidade, YEHOSHUA
HaMASHIACH:
“se pela ofensa de um só, a morte reinou por
esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça,
reinarão em vida por Um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa
veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato
de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores,
assim pela obediência de Um muitos serão feitos justos. Veio, porém, a Lei para
que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para
que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça
para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso SENHOR” (Romanos 5.17-21)
7.
Seria um cordeiro por família (Êxodo 12.3,4)
A intenção de YHVH é que a experiência de salvação seja de toda a família.
O cordeiro era para a família. A crença no MESSIAS de Israel, o Cordeiro
Pascoal, está disponível a todos (Gênesis 7.1; 18.16-19; Josué 24.15; João 4.46-54; Lucas 19.5-10;
Atos 16.15,31; 18.3,8).
A revelação do Cordeiro na Bíblia foi progressiva: por família (Êxodo 12.3,4); por nação (ovelhas perdidas da casa de
Israel – Mateus 15.24; necessário morrer um por
toda a nação - João 11.49-52); ao final, para o
mundo (João 1.29).
Por centenas de anos a pergunta de Itschaq a Avraham, seu pai, enquanto
subiam o monte Moriah para o sacrifício a ELOHIM, ‘onde está o cordeiro?’ (Gênesis
22.7), permaneceu sem definição, exceto que ‘YHVH proveria para Si um Cordeiro para o holocausto’ (Gênesis 22.8). Itschaq manifestar-Se-ía
2000 anos mais tarde, quando Yochanan, o batista, responderia: ‘Eis aí o Cordeiro de
ELOHIM que tira o pecado do mundo’ (João 1.29), YEHOSHUA
HaMASHIACH (Isaías 53.7).
8.
O cordeiro de Pêssach deveria ser morto à
tarde (Êxodo 12.6)
Como já vimos, o dia bíblico ocorre de uma viração do dia à outra, ao
entardecer (Gênesis 1.5,8.13,19,23,31). Cada dia
é dividido em dois períodos de 12 horas: o período da noite em torno de 18.00h
até as 6.00h; do dia, das 6.00h às 18.00h. O período a que se refere o texto de
Êxodo 12, tarde, é o período compreendido entre 12h
e 18.00h, exatamente às 15.00h ou à 9ª hora do dia.
O texto original hebraico de Êxodo 12.6,
aponta para o sacrifício do cordeiro como acontecendo ‘entre as duas tardes’ ou literalmente ‘no espaço entre as tardes’ -
בֵּ֥ין הָעַרְבָּֽיִם - traduzido desta forma na versão da Reina
Valera (tradução clássica espanhola da King James) diz: “Y lo guardaréis hasta el día catorce de este mes, y lo inmolará toda la
congregación del pueblo de Israel entre
las dos tardes (entre as duas tardes)”.
Como entender ‘no espaço entre as
tardes’ ou ‘entre as duas tardes’-
בֵּ֥ין הָעַרְבָּֽיִם? Como vimos
acima:
- o dia bíblico é dividido entre entardecer (18h às 6h, ou as 12 vigílias
da noite) e manhã (6h às 18h, ou as 12 vigílias da manhã), em dois períodos de
12 horas;
- o período da tarde de um dia é compreendido entre a hora 6ª
(12.00h) e a 12ª hora (18.00h);
- o espaço compreendido entre essas duas metades da tarde, ou
à hora 9ª (15.00h), corresponderia ao ‘בֵּ֥ין הָעַרְבָּֽיִם’ do texto de Êxodo 12.6, revelando-nos a hora exata em que YEHOSHUA
morreu (Mateus 27.45-50).
O Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (João
1.29) foi sacrificado das 9.00h às 15.00h (da hora 3ª à 9ª), no dia 14
de Aviv, em Pêssach; a semente de trigo que caiu na terra para morrer, a
fim de que não ficasse só, mas desse muito fruto (João
12.24) e fruto em abundância (Isaías 53.11).
E a Palavra diz que da hora 6ª (12.00h) à hora 9ª (15.00h) houve trevas
sobre a Terra (Mateus 27.45), o momento em que
DEUS teve que virar as costas para o Filho do homem, pois Este estava todo
pecado, não os dELE, mas os nossos (Isaías 53.10-12);
e são eles que nos fazem ficar longe de DEUS PAI (“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e
os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça” – Isaías 59.2).
“E desde a hora sexta houve trevas (חֹשֶׁךְ – choshech, σκότος – skotos) sobre toda a Terra, até a hora nona” (Mateus 27.45)
“E a Terra era sem forma e vazia; e havia trevas (חֹשֶׁךְ – choshech, σκότος – skotos) sobre a face do abismo; e o
Espírito de DEUS Se movia sobre a face das águas” (Gênesis 1.2).
Quando a Terra foi invadida e controlada por satanás, havia bagunça,
desordem e trevas no meio da Criação de DEUS. Quando DEUS estava na cruz, as
trevas ‘retornaram’, e tudo era sem forma e vazio, porque os olhos do SENHOR
não estavam mais sobre a Terra para cuidar dela, observá-la, guarda-la, por
causa da iniquidade e do pecado. As mesmas palavras no hebraico e grego estão presentes
nos dois textos.
Quando as trevas imperavam na face da Terra:
Ø da primeira vez, uma nova criação estava para vir à luz,
sobre quem o fôlego de vida de YHVH seria
soprado, gerando uma alma vivente - נֶ֥פֶשׁ חַיָּֽה – néfesh chayah (Gênesis 2.7), a
obra prima de YAH, criada à Sua imagem e semelhança (Gênesis
1.26,27);
Ø no 2º ato, uma nova
criação - בְּרִיאָה
חֲדָשָׁה/ b’riyah
chadashah - estava saindo do forno (“se
alguém está em CRISTO, nova criação
é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” - 2 Coríntios 5.17),
sobre quem o Espírito de Vida seria
derramado (Shavuot) para que rios da água viva dela fluíssem, tornando-se
espírito vivificante - רוּחַ
מְחַיֶּה / ruach m’chayeh, criada EM YEHOSHUA
HaMASHIACH: “Pois assim está escrito: O
primeiro homem, Adam, foi feito alma vivente (néfesh chayah). O último Adam, porém, é espírito vivificante (ruach m’chayeh)” (1 Coríntios 15.45).
Mas, há um terceiro texto que está conectado a esses dois, apontando para a
obra redentora de YHVH ali em Êxodo 12, quando o
povo de Israel saía da terra do Egito, da escravidão de 430 anos.
“O tempo que os filhos de Israel habitaram no
Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu que, passados os
quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do SENHOR (divisões de YHVH) saíram da terra do Egito. Essa foi a noite de YHVH (em que ELE manteve vigília) para tirá-los da terra do Egito; essa é a noite de YHVH, que devem
guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações” (Êxodo
12.40-42)
“E ia entre o campo dos egípcios e o campo de
Israel; e a nuvem era trevas para
aqueles, e para estes clareava a noite; de maneira que em toda a noite não se
aproximou um do outro” (Êxodo
14.20)
Como ‘noite de YHVH’, noite de trevas se, uma vez que SENHOR
é todo luz e nELE não há trevas algumas (1 João 1.5)?
Porque, a noite do SENHOR foi a Sua
crucificação e Sua sepultura, quando as trevas cobriram a face da Terra,
uma vez que o ‘pecado’ parecia imperar e sobrepujar a Justiça de YHVH (o
próprio FILHO) que precisava ser satisfeita. É a descrição do verso seguinte de
Mateus 27 e do Salmo 22. 1a – “E perto
da hora nona exclamou YEHOSHUA (a Salvação) em alta voz, dizendo: ELI, ELI, lamá sabactâni; isto é, DEUS Meu, DEUS
Meu, por que Me desamparaste?” (Mateus 27.46)
A nuvem é a figura do MESSIAS YEHOSHUA: ela foi trevas para uns e luz para
outros. Ainda que YEHOSHUA morreu por todos, nem todos LHE reconhecem o
sacrifício e já estão condenados em sua própria incredulidade (“Quem crê nELE não é condenado; mas quem não crê já está condenado,
porquanto não crê no Nome do Unigênito Filho de DEUS. E a condenação é esta:
Que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a Luz, porque
as suas obras eram más” - João
3.18,19)
Densas trevas estavam sobre o Filho do homem naquela cruz (Sua vigília) em
Suas últimas horas de vida na Terra como Filho Unigênito.
Ao ser
sepultado, YEHOSHUA desceu às trevas do sheol (“Ora, isto ELE subiu que é, senão que também antes tinha descido às
partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também O mesmo que subiu acima
de todos os céus, para cumprir todas as coisas” – Efésios 4.9,10), e foi a noite em que ELE manteve
vigília, numa enorme batalha espiritual, para:
ü pregar aos espíritos em prisão, que antes foram rebeldes (“Porque
também CRISTO padeceu uma vez pelos pecados, o Justo pelos injustos, para
levar-nos a DEUS; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo
Espírito; nO Qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro
tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de DEUS esperava nos dias de
Noach, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se
salvaram pela água; que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o
batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa
consciência para com DEUS, pela ressurreição de JESUS CRISTO; O Qual está à
destra de DEUS, tendo subido ao céu, havendo-se-LHE sujeitado os anjos, e as
autoridades, e as potências” - 1
Pedro 3.18-22);
ü e ascender com os Seus resgatados (“Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens” – Efésios 4.8)
No dia 15 de Aviv, no primeiro dia de Chag HaMatzot (Festa dos Pães Ázimos
ou sem fermento), o povo deixou o Egito, logo após a morte dos primogênitos das
casas onde não havia a ‘cobertura’ do sangue contra o Anjo da Morte, nas casas
que não possuíam o ‘sangue do cordeiro imolado em Pêssach na verga e nas
ombreiras da porta’. Um pouco antes da viração do dia (14 para 15 de Aviv),
YEHOSHUA, morto (o próprio DEUS morto! A morte do Imortal!), foi retirado da
cruz e sepultado às pressas, antes que chegasse o shabat de festa (e não o 7º dia da semana) de 15 de Aviv.
Dos dias 15 a 17, o povo andou sob a nuvem (como numa sepultura). YEHOSHUA,
nesse período, estava na sepultura. No dia 17 de Aviv, os filhos de Israel
atravessaram o Mar Vermelho: quando entraram nele ‘estavam como que mortos’ e,
ao saírem do outro lado, por causa do livramento (salvação - Yeshua) de YHVH,
‘ressuscitaram’ – esta foi HaBikurim, Festa das Primícias. No dia 17 de Aviv,
ao terceiro dia, YEHOSHUA ressuscitou, como Primícias da colheita de vidas (1 Coríntios 15.20,23) e Primogênito dentre os mortos (Colossenses 1.18).
Em 3 de Sivan, o povo chegou ao Sinai, ao local de encontro com seu CRIADOR
e, ao terceiro dia, o SENHOR desceu ao monte declarando a Palavra da
Constituição do Reino ao povo, a Torah, o Verbo, o próprio MESSIAS
pré-encarnado! Isso se deu 50 dias depois da travessia em Iam Suf, em Shavuot
ou Festa das Semanas ou Pentecoste. JESUS ressuscitou ao 3º dia (Chag
HaBikurim), andou com Seus discípulos por 40 dias e pediu que não se
ausentassem de Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (Atos 1.4,8), o que ocorreu, 10 dias depois, ou seja,
50 dias após Sua ressurreição, 50 dias após HaBikurim, exatamente em Shavuot,
repetindo-se a experiência do povo no deserto com a entrega da Torah (Atos 2.1-4).
9.
Todo ajuntamento da congregação de Israel o
matará à tarde (Êxodo 12.6)
Todo ser humano é culpado de matar YEHOSHUA porque ELE morreu pelos pecados
de toda a humanidade: Romanos 3.10,23 – “Não há um justo, nem um sequer... Porque todos pecaram e destituídos
estão da glória de DEUS”.
Nenhum ser humano poderia tomar Sua vida (João
10.17,18), mas ELE a entregou por todos por Sua própria vontade. Por
centenas de anos, Israel e o povo judeu foram erroneamente acusados de ‘matar a
DEUS’, sofrendo horrenda perseguição por isso (teologia da substituição).
Entretanto, cada ser humano matou o ‘Cordeiro’ por seu pecado.
“Mas DEUS prova o Seu amor para conosco, em que
Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores... Portanto, como por um homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a
todos os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5.8,12)
Toda a Congregação estava envolvida na morte de YEHOSHUA. Os Evangelhos
mostram como o Sinédrio, os sacerdotes, os romanos, o povo de Israel, todos à
uma vociferaram pela crucificação de YEHOSHUA e por Seu sangue para que fosse derramado
(Mateus 27.17,20-22,25; Atos
4.26-28).
10.
O sangue deveria ser aplicado aos umbrais
da porta de cada casa (Êxodo 12.7,13,22)
O que lhes deu o direito de serem livres foi o
sacrifício do cordeiro Pascal. Eles, de
fato, passaram através do sangue na verga e nas ombreiras da porta, ao saírem
das casas (Êxodo 12.22,23). Quando iniciaram sua
viagem pelo deserto, foi-lhes ordenado fazerem sacrifícios e mais sacrifícios. Toda sua existência centrava-se na idéia do
sangue do sacrifício, ainda que não tivessem entendimento pleno disso.
A experiência
da centralidade e importância do sangue
começou a ser incutida no homem com o primeiro sacrifício do cordeiro, lá no Éden,
após a queda do homem, quando YAH proveu a cobertura da nudez de Adam e
Chavah por meio do sacrifício substitutivo de um inocente, em contraposição ao
método pobre que haviam providenciado para si mesmos com folhas de figueira (Gênesis 3.21,7)
Como judeus e
gentios messiânicos, a importância do sangue
do sacrifício é central para nossa existência no mesmo nível que foi para o
povo, liberto do Egito. A diferença é que temos o entendimento do
sacrifício: não uma cega obediência ao sacrifício de animais, mas o
entendimento e recebimento do amor de DEUS tão grande, que foi capaz de
sacrificar Seu Filho por nós. A verdade
do amor sacrificial de DEUS é que nos liberta para sempre (“E conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará” - João 8.32).
Não é coincidência
que YEHOSHUA foi crucificado durante Pêssach. Ele foi planejado e determinado
por YAH com o sacrifício do MESSIAS em mente. Pêssach prepara o cenário para o
grande ato da morte e ressurreição do MESSIAS
YEHOSHUA que veio ao mundo exatamente
para esse propósito (“Agora a Minha alma
está perturbada; e que direi EU? PAI, salva-Me desta hora; mas para isto vim a esta hora. PAI,
glorifica o Teu Nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já O tenho
glorificado, e outra vez O glorificarei” - João 12.27,28). Pêssach e a Crucificação são o mesmo
pré-determinado evento, executados desde a fundação do mundo (Revelação 13.8).
O sangue do
sacrifício do cordeiro, colocado nos umbrais das portas, aponta para o
sacrifício todo suficiente executado em Jerusalém, na plenitude dos tempos.
Passando pelo sangue do sacrifício do
cordeiro nos umbrais das portas, para a libertação da escravidão do Egito e do
pecado, YAHVEH os levava a tornar-se uma nação, cujo destino final era
Jerusalém. Israel era Sua herança física, mas a capital, Jerusalém,
era Sua herança espiritual, onde o Cordeiro Messias deveria ser imolado
em sacrifício perfeito e pleno, para então ressuscitar.
O cordeiro foi imolado. Nos umbrais das portas, duas formas são
encontradas:
- + - o sangue nos umbrais e na verga das portas (traço vertical e outro horizontal nos umbrais das portas) formava
o sinal da cruz. A porta é uma cruz e a cruz é uma porta.
YEHOSHUA declarou ser a Porta do Seu aprisco, por onde devemos entrar (João 10.9);
- h – sangue em forma de duas
hastes verticais e uma horizontal formam uma cabana, pois Seu sangue é a
cobertura, proteção e garantia de que não seremos destruídos ao entrarmos no
Santo dos santos, onde YHVH habita (Hebreus 10.19-23).
Por Seu sangue temos livre acesso ao tabernáculo celestial, não feito por mãos
(Hebreus 9.24), à Nova Jerusalém que, um dia,
descerá do céu como esposa ataviada (Revelação 21.2);
- h – essa forma também
aponta para o sopro de YHVH sobre o homem segundo Seu coração. Avram foi
chamado por YAH, que lhe fez promessas, esperando que cumprisse Suas
ordenanças, porquanto ELE o estava testando, provando para aprova-lo ao fim de
tudo. E assim foi:
· o SENHOR lhe prometeu
extensas porções territoriais (Gênesis 13.14-18;15.7-21) e o fez peregrinar por ela, pisando-a e
possuindo-a (‘toda
lugar que pisar a planta dos vossos pés, EU vo-lo tenho dado’ – Josué
1.3).
· YAH lhe prometera um
filho saído de seus lombos para herdar as promessas (Gênesis
15.1-6), e Avram aguardou o cumprimento da promessa (embora saísse do
propósito perfeito de YAH, gerando a Ishmael da escrava, antes que da livre – Gênesis 16; Gálatas 4.22-31)
Foi no contexto da plenitude dos tempos para
Avram, quando estava amadurecido para receber e tomar conta do filho da
promessa, que o SENHOR lhe soprou Seu fôlego de vida, dando-lhe o nome de Avraham e instituindo o símbolo dessa aliança, a circuncisão
do prepúcio do órgão genital masculino (Gênesis 17),
por onde passa o sêmen para a concepção de novas vidas, referindo-se às ‘sementes
consagradas a YHVH’, aliançadas por pacto com ELOHEI Israel, símbolo da entrega/consagração
do que se gera e da circuncisão do coração, uma vida entregue a ELE
para Seu uso exclusivo (“Porque não é judeu o que o é
exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu
o que o é no interior, e circuncisão a
que é do coração, no espírito,
não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de DEUS” – Romanos
2.28,29).
Sarai também recebeu o sopro de vida de YAH,
tornando-se Sarah, e apta para gerar em
seu útero o Filho da promessa, YEHOSHUA, o Descendente apontado por Paulo,
em Gálatas 3.16 – “Ora, as promessas foram feitas a Avraהam e à sua
Descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de
uma só: E à tua Descendência, que é MASHIACH”.
Precisamos desse h sopro divino para que o Filho seja gerado em nós, só sob Seu sangue (na cabana,
na cruz, no fôlego de Sua vida em nós).
Passamos pela
crucificação de YEHOSHUA do mesmo modo que nossos antepassados passaram pela
porta com sangue. Através da cruz do MESSIAS, DEUS novamente criou um povo para
Si, como ELE havia feito no êxodo. Saímos para a liberdade do pecado e de
satanás, da morte e da destruição.
Todos aqueles que crêem no MESSIAS de Israel são a casa de DEUS (Efésios 2.19; 1 Timóteo 3.15;
Hebreus 3.6).
O único caminho para a presença de DEUS (casa de DEUS) é por meio do sangue
derramado de YEHOSHUA, a Porta (João 10.7-9) e o
Caminho (João
14.6) que, por Seu sangue, tornou possível a entrada à Presença do PAI, à Verdade e Vida absolutas (Hebreus 10.18-23).
11.
O corpo do cordeiro deveria ser comido (Êxodo 12.8-10)
Corpo e sangue do cordeiro apontam para o corpo e sangue de JESUS (Mateus 26.26-28). A carne, alimento físico, deu-lhes o fortalecimento para a viagem de três
dias – tempo em que ‘estariam mortos, no hades, para enfrentar satanás’.
Se não fosse o ‘cordeiro’, não poderiam ter saído do Egito, do ‘hades’, ao 3º
dia (atravessando o Mar para a nova vida).
Em João 6, o SENHOR afirma que quem não comer
de Sua carne e não beber de Seu sangue, não tem vida em si mesmo, não permanece
nELE, como ELE está no PAI e o PAI nELE, não vive dELE, por ELE, porque Seu
sangue e Sua carne são verdadeira bebida e comida, respectivamente (João 6.53-57).
Quando nos alimentamos, os nutrientes do alimento são incorporados a nós
pela digestão e passam a fazer parte de nosso ser. Comer a carne e beber o
sangue de CRISTO tem a ver com permitir que ‘não mais vivamos, mas que ELE viva
em nós’, tem a ver com comer Sua Palavra e permitir que cada nutriente
espiritual dela seja incorporado em nosso eu interior, por meio da ação do
Espírito Santo digerindo-a e transformando-nos à imagem e semelhança do Varão
Perfeito.
a) o cordeiro
deveria ser comido na mesma noite em que fosse sacrificado (Êxodo 12.8) – YEHOSHUA foi crucificado,
sofreu e morreu no mesmo dia (Sua crucificação foi de seis horas – cada hora
para cada milênio em que o homem tem sido ‘dono’ de seus atos e atitudes), de
uma vez por toda, uma única vez (Hebreus 9.26b,28a);
b) o cordeiro
deveria ser comido com pão não levedado (Êxodo 12.8) – o fermento aponta para pecado (1 Coríntios 5.6-8); a ausência do mesmo significa
ausência de pecado. Somos orientados a viver uma vida santa, sem fermento,
diante de YHVH (Levítico 11.44; 19.2; 1 Pedro 1.14-16),
porque os nossos pecados que criam barreiras entre DEUS e nós;
c) o cordeiro
deveria ser comido com ervas amargas (Êxodo 12.8) – para os crentes no Messias, as ervas amargas
representam duas coisas:
- falam de escravidão e fardos deste mundo (Egito) e as amarguras do pecado
em nós, antes de entrarmos em aliança com YEHOSHUA. Recorda a vida de
escravidão do pecado, de satanás e do mundo;
- apontam para as dificuldades da vida, caminhando com CRISTO, pela
militância da carne contra o Espírito, e pela luta de satanás contra os servos
do DEUS Altíssimo.
Para YEHOSHUA, morrer no madeiro foi uma amarga experiência de separação do
PAI, como nunca vivida por ELE na eternidade da eternidade, ao ponto de suar
sangue (Lucas 22.44), porque havia pago o preço
pelo pecado do homem com Sua vida sem pecado
d) o cordeiro
deveria ser assado em fogo (Êxodo
12.9) – fogo aponta para julgamento, refinação e purificação. Nossa fé é
julgada e provada pelo fogo, para que possa ser refinada e purificada até
manifestar-se como puro ouro (Zacarias 13.9; Tiago 1.12; 1 Pedro 1.7;
Revelação 3.18);
e) o cordeiro
não deveria ser cozido em água (Êxodo 12.9) – o
Evangelho de YEHOSHUA não deve ser diluído ou temperado ou invalidado por
nossas tradições e religiosidades, mas o sim dELE deve ser o nosso sim; Seu
não, o nosso não. A Palavra não deve ser mudada para acomodar-se às nossas
necessidades ou desejos, mas nós devemos nos deixar modelar por ela (Mateus 5.37; Revelação
22.18,19);
f) cabeça, pés
e outras partes do cordeiro deveriam ser comidas (Êxodo 12.9,10) – como Perfeito Alimento,
tudo o que se refere à Palavra deve ser comido e, uma vez digerido, fará parte
de nossa constituição espiritual, porque toda ela é boa para correção, ensino,
repreensão, instrução em justiça (2 Timóteo 3.16).
YEHOSHUA, o Cordeiro de DEUS, o Pão Vivo que desceu do
céu, o Verbo que Se fez carne e habitou entre os homens, é o Perfeito Alimento,
do qual nos alimentamos, para termos:
- cabeça - o mesmo
sentimento (Filipenses 2.5), a mesma
mente (1 Coríntios 2.16) e mesmo
comportamento (Efésios 4.21-23), uma vez
posta Sua Lei em nosso entendimento e escrita em nosso coração (Hebreus 8.10);
- pés - andando
como ELE andou, ou seja, em novidade de vida (Romanos
6.4), por fé e não por vistas (2
Coríntios 5.7), no Espírito para não satisfazer as
concupiscências da carne (Gálatas 5.16), criados
nELE para as boas obras que DEUS preparou-nos (Efésios
2.10), andando em amor como sacrifício vivo a DEUS (Efésios 5.2), como filhos da Luz (Efésios 5.8), se na Luz andarmos (1 João 1.7), caminhando dignamente diante de YHVH, para
LHE agradar em tudo, frutificando em toda boa obra, crescendo no conhecimento
dELE (Colossenses 1.10), ou seja, andando
segundo Seus mandamentos (2 João 1.6), na
verdade (3 João 1.4)
12.
O cordeiro deve ser comido às pressas (Êxodo 12.11)
Os crentes no Mashiach devem deixar rapidamente o Egito, sem olhar para
trás, correndo para a novidade de vida que YEHOSHUA propõe, como fez Zaqueu ao
receber o convite dELE (Lucas 19.5,6)
“Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos
pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a páscoa do
SENHOR” (Êxodo
12.11)
a) lombos
cingidos – apontam para um coração ardentemente desejoso de
servir e obedecer ao SENHOR prontamente. Lombos cingidos com a verdade da
Palavra (Efésios 6.14) dão sustentação para um
caminhar firme, determinado, em fé sobre a Verdade, que conduz à liberdade em
CRISTO JESUS (João 8.31,32), que é a Verdade (1 Reis 18.46; 2 Reis 4.29;
Jeremias 1.17; Lucas
12.35; 1 Pedro 1.13);
b) sapatos nos
pés – apontam para caminhar com DEUS, calçados na preparação
do Evangelho da paz (Efésios 6.15), pés formosos
que anunciam as boas novas, o bem e fazem ouvir a paz e a salvação (Isaías 52.7; Naum 1.15; Romanos 10.15);
c) cajado na
mão – aponta para a autoridade do crente no Reino de DEUS em
Nome de YEHOSHUA (Mateus 28.18-20). Yehudah deu
seu cajado, símbolo de sua autoridade, como penhor a Tamar, e esse cajado e
outros utensílios a pouparam da morte por adultério (Gênesis
38.17,18,24-26). O cajado na mão de Moshe era o símbolo da autoridade de
YHVH em sua vida (Êxodo 14.16). Com seu cajado
de pastor (aquele que lhe dava autoridade para lutar contra leões e ursos), a
funda e cinco pedras lisas (polidas pelo tempo), David foi enfrentar o gigante
Golias (1 Samuel 17.40). O cajado, símbolo da
autoridade e unção de YHVH na vida de Elyahu, foi usado para trazer vida (2 Reis 4.29). O cajado do Bom Pastor traz consolo,
direção e segurança (Salmo 23.4). Os discípulos
foram enviados somente com o cajado, na autoridade do Seu Nome (Marcos 6.7,8)
13.
É o Pêssach do SENHOR (Êxodo 12.11)
Se seguirmos a YEHOSHUA com todo nosso coração, passaremos da morte para a
vida, do julgamento para a proteção divina (João 5.24;
1 João 3.14; 2 Coríntios
5.17)
14.
Pêssach é um memorial (Êxodo 12.14; Lucas
22.1,7,8,13-15,19)
Há três elementos da recordação:
a) YAH lembra
de nós – como quando recordou-Se de Noach e sua família dentro
da ‘arca de S(s)ua salvação’ (Gênesis 8.1); ou
quando poupou a Ló porque lembrou-se de Avraham (Gênesis
19.29); ou quando lembrou-Se de Rachel, e abriu-lhe a madre (Gênesis 30.22); ou quando lembrou-Se de Sua aliança
com Avraham, ao ouvir o gemido do povo na escravidão do Egito (Êxodo 2.24,25; 6.5) (Salmo 105.7,8,42,43); o justo está sempre diante de
Seus olhos (Salmo 112.6);
b) YAH nos
recorda Quem ELE é e Seus mandamentos – como quando
disse a Moshe que ELE é YHVH (Êxodo 6.2); quando
fez Noach e todos com ele descer da arca, recordando Sua aliança com o homem e
toda a Sua obra de criação (Gênesis 9.1,5-16),
recordando-nos que o não cumprimento deles leva-nos à desolação e angústia (Levítico 26.14,31-33,38-45);
YHVH tem um livro de recordações (Êxodo 32.32,33;
Malaquias 3.16-18; Revelação
3.5; 20.11-15; 21.1,27)
c) Nós devemos
recordar de DEUS e de Seus feitos
– lembrar que ELE nos tirou com mão forte e braço estendido da escravidão (Êxodo 13.3); lembrarmos de Seus mandamentos, inclusive
de guardar o dia de sábado (Êxodo 20.8), do que
o SENHOR fez a faraó (Deuteronômio 7.18,19), de
que ELE é Quem nos sustenta e fortalece (Deuteronômio
8.18). Lembrarmo-nos de que ELE é DEUS (Números
15.37-41)
15.
Pêssach deveria ser observado ao pôr do sol (Deuteronômio 16.2,6)
“Então sacrificarás a páscoa ao SENHOR teu DEUS,
das ovelhas e das vacas, no lugar que o SENHOR escolher para ali fazer habitar
o Seu Nome... Senão no lugar que escolher o SENHOR teu DEUS, para fazer habitar
o Seu Nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo determinado da tua saída do Egito”
Isso foi cabalmente cumprido por YEHOSHUA em Sua crucificação (Mateus 27.45,46)
Pôr do sol – DEUS vinha ao encontro do homem
e ali o achou em pecado - “Então foram abertos
os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de
figueira, e fizeram para si aventais. E ouviram a voz do SENHOR DEUS, que
passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua
mulher da presença do SENHOR DEUS, entre as árvores do jardim” (Gênesis
3.7,8) – ‘no mesmo horário em que o
pecado entrara no mundo, deveria sair pelo sacrifício do 2º Adam’.
16.
Pêssach deveria ser celebrado onde DEUS
faria lembrar Seu Nome (Deuteronômio
16.2,6)
O lugar escolhido por YAH para fazer Seu Nome lembrado é Jerusalém (2 Reis 21.4b – “Em
Jerusalém porei o Meu Nome”), onde YEHOSHUA foi
crucificado.
17.
Nenhum osso do cordeiro seria quebrado (Êxodo 12.43-46)
Nenhum osso de YEHOSHUA foi quebrado no madeiro (João
19.33).
A estrutura das Escrituras não pode ser rompida
ou corrompida – há ordem e tempo para tudo.
18.
Haveria explicação do culto (Êxodo 12.25-28)
“E naquele mesmo dia farás saber a teu filho, dizendo:
Isto é pelo que o SENHOR me tem feito, quando eu saí do Egito” (Êxodo 13.8)
YEHOSHUA explicou cada porção de Pêssach, de acordo com o Seu cumprimento
do mesmo a Seus discípulos (Lucas 22.14-20; 1 Coríntios 11.23-26)
19.
Os egípcios foram espoliados no êxodo (Êxodo 12.31-36)
Pagamento pelos anos de trabalho escravo
satanás foi despojado quando YEHOSHUA entrou no inferno, pregou aos
espíritos em cativeiro (1 Pedro 3.18-20) e
ressuscitou triunfantemente (Colossenses 2.15)
20.
Para comer Pêssach deve ser circuncidado (Êxodo 12.48; Josué 5.2-10)
O ato de circuncisão física (sinal de aliança) é figura da circuncisão interna
ou espiritual que YHVH planejou para nós (Romanos
8.28,29). ELE sempre desejou para Seu povo a circuncisão do coração (Deuteronômio 10.12-16; 1
Coríntios 7.18,19; Efésios 2.11-13) –
estar debaixo da cobertura de aliança, aceitando seus termos e condições
21.
Pêssach é santa convocação, e nenhum
trabalho deveria ser feito (Êxodo 12.16)
A salvação não vem por mérito ou esforço pessoal,
mas na crença da obra executado pela TriUnidade (Efésias
2.8-10). Um crente encontra o verdadeiro descanso no cessar de
suas próprias atividades na obra consumada de YEHOSHUA na cruz do calvário,
ELE, que é o Cordeiro pascal de DEUS (João 17.1-4;
19.30; Hebreus 4.1-10)
22.
O Cordeiro pascal deveria ser morto fora
dos portões da cidade (Levítico 24.14)
Animais sacrificados eram retirados para fora do
arraial como sinal da remoção do pecado do meio do povo, pois a blasfêmia não
poderia permanecer no arraial.
YEHOSHUA foi morto fora dos muros de Jerusalém, num lugar chamado Gólgota (João 19.16-19; Hebreus
13.10-13)
23.
Há poder curador no cordeiro (Êxodo 15.26)
YEHOSHUA é Aquele que cura, enviado da parte de DEUS (Salmo 105.36-38; Isaías 53.1-5;
1 Pedro 2.24; 1
Coríntios 11.26-30)
24.
O Êxodo aconteceu sobre as asas de águia (Êxodo 19.4)
“Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como
vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim” (Êxodo 19.4)
“Porque a porção do SENHOR é o Seu povo; Jacó é a
parte da Sua herança. Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de
uivos; cercou-o, instruiu-o, e guardou-o como a menina do Seu olho. Como a águia desperta a sua ninhada,
move-se sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva sobre as
suas asas, assim só o SENHOR o guiou; e não havia com ELE deus estranho.
ELE o fez cavalgar sobre as alturas da terra, e comer os frutos do campo, e o
fez chupar mel da rocha e azeite da dura pederneira” (Deuteronômio 32.9-13)
“E a mulher (Israel e Igreja) fugiu para o deserto,
onde já tinha lugar preparado por DEUS, para que ali fosse alimentada durante
mil duzentos e sessenta dias... E foram dadas à mulher duas asas de grande
águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um
tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente” (Revelação 12.6,14).
Quando o tempo é chegado para que aprendam a voar, os filhotes de águia são
tomados pela mãe águia, uma a um, sobre suas asas, para leva-los a um ‘passeio’,
lançando-os do alto. Pela necessidade, desespero e instinto, começam a bater
asas, aprendendo a voar. Geralmente, os filhotes não conseguem voar em sua
primeira ‘queda’, despencando para o solo. É quando a mãe faz um vôo rasante
para resgata-los, levando-os de volta ao ninho. A operação é repetida, até que
os filhotes voem espontaneamente, sendo para isso, incessantemente colocados
nessas situações de risco e estresse, porque a ‘maturidade’ é necessária para
sua sobrevivência; e aprender a voar é sinônimo de maturidade!
O vôo nas asas da mãe águia não é um vôo panorâmico, mas de maturidade
imposta. O mesmo fez YHVH com o povo de Israel, retirando-o do cativeiro e da
escravidão com Suas asas. Mas, como toda liberdade exige responsabilidade, o
povo precisava amadurecer para não tornar a liberdade uma arma contra si. Seu
tempo de 40 anos de/no deserto foi para esse aprendizado, quando foram
carregados nas asas de YHVH, para que aprendessem a voar, quando entrassem na
terra prometida, dali a pouco tempo (Deuteronômio
32.9-13), em que YAH sacudiria Suas asas para que os filhotes
aprendessem a voar – conquistar a terra, extrair dela seu próprio sustento,
habitar na terra, multiplicando-se, servindo e adorando seu SENHOR. Ali teriam
que amadurecer, porque era o tempo de deixar o ninho, de deixar a meninice
(estar sobre as asas da águia mãe), as comodidades do deserto, o tempo de
progredir espiritualmente na dependência de YHVH, não mais como EL SHADAI (DEUS
que amamenta), mas como ADONAI EL ELYON, SENHOR DEUS Todo Poderoso.
A chegada à terra prometida traria consigo grandes mudanças:
a) a provisão
especial do deserto cessaria (Êxodo 16.35; Josué 5.12)
– não mais receberiam maná diário, mas teriam que semear a terra para colher de
seu fruto (ainda que as bênçãos das chuvas temporãs e serôdias e da multiplicação
da semeadura pertençam a YAH). No começo de nossa jornada cristã, somos
galardoados com as provisões celestiais, ouvindo a DEUS de uma forma simples e
direta. Chega o dia em que temos que ‘garimpar’ Sua Palavra para nos
aprofundarmos no relacionamento com ELE, para que ELE Se torne para nós, não
‘somente’ o Provedor, mas ‘O SENHOR’, nosso Dono e de Quem dependemos
absolutamente;
b) a coluna de
fogo e a nuvem, manifestações claras, visíveis da presença divina, deixariam de guia-los (Êxodo 13.21,22; Josué 3.1-4),
para dar lugar à fé em Suas promessas. No princípio da caminhada com CRISTO,
podemos ter experiências arrebatadoras, com a manifestação de Seu poder de modo
tão visível e sólido, necessárias para aquela fase da caminhada (do aprender a
crer). Mas, chega a época em que as manifestações acabam, o silêncio vem e
parece que ELE Se esqueceu de nós ou que não nos ouve (o lançamento do filhote
das asas da mãe), numa confusão de sentimentos de abandono, rejeição, culpa
misturados. No momento do desespero, a fé (asas batendo) deve operar o milagre
do alçar asas e voar sobre Suas promessas (gerais e específicas). Somos guiados
não por vista, mas por Sua Palavra, em fé;
c) a proteção
contínua, impedindo o confronto com os inimigos ou a vitória
sobre eles (Êxodo 13.17,18,8-13), não mais aconteceria, dando lugar à
batalha pela conquista. O SENHOR os conduziu pelo deserto, fazendo-os desviar
do território de seus inimigos, para impedir o confronto. Agora, teriam de
lutar para conquistar a terra que ELE lhes prometera. Teriam que agir em fé e santidade,
obedecendo passo a passo as estratégias divinas para vencer as batalhas de
Jericó, Ai, Chevron e tantas outras. Na vida com o SENHOR, a batalha espiritual
é uma realidade palpável (Efésios 6.10-13) em que temos que nos posicionar em
fé e santidade, armando-nos com as armas que ELE nos disponibiliza, a fim de
permanecermos inabaláveis na carreira a nós proposta por YHVH.
Somos poupados até a maturidade requerida para entrarmos em batalha, como
foi com Israel, a fim de recebermos as promessas de YAH para nós, quando
devemos bater asas e voar rumo à conquista
da terra prometida!
25.
Eles (Moisés e os filhos de Israel)
cantaram uma cântico de regozijo ao SENHOR (Êxodo 15.1-21)
Celebraram porque tinham visto a ‘Salvação
de YHVH’ (Yeshuat YHVH), porque
viram S(s)eu MESSIAS livrando-os com mão forte e braço estendido, das garras de
faraó e seus exércitos.
“...Moisés, porém, disse ao povo: Não temais;
estai quietos, e vede et-YESHUAT YHVH*** (אֶת־יְשׁוּעַ֣ת יְהוָ֔ה - o
livramento do SENHOR), que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os
tornareis a ver. O SENHOR lacham** (לָּחַ֣ם - pelejará - conquistará,
fará guerra por causa de vocês, submeterá o inimigo por sua causa; os usará
como alimento e os comerá) por vós, e vós vos
calareis. Então disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a Mim? Dize aos
filhos de Israel que marchem. E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão
sobre o mar, e fende-o, para que os filhos de Israel passem pelo meio do mar em
seco. E eis que endurecerei o coração dos egípcios, e estes entrarão atrás
deles; e eu serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus
carros e nos seus cavaleiros, e os egípcios saberão que EU Sou o SENHOR, quando
for glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavaleiros. E o anjo
de DEUS, que ia diante do exército de Israel, Se retirou, e ia atrás deles;
também a Coluna de Nuvem se retirou de diante deles, e Se pôs atrás deles. E ia
entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a Nuvem era trevas para
aqueles, e para estes clareava a
noite; de maneira que em toda a noite não se aproximou um do outro... E os
filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como
muro à sua direita e à sua esquerda... E aconteceu que, na vigília daquela
manhã, o SENHOR, na coluna do fogo e da
nuvem, viu o campo dos egípcios; e alvoroçou o campo dos egípcios. E
tirou-lhes as rodas dos seus carros, e dificultosamente os governavam. Então
disseram os egípcios: Fujamos da face de
Israel, porque o SENHOR por eles
peleja contra os egípcios... e o SENHOR derrubou os egípcios no meio do mar...
Mas os filhos de Israel foram pelo meio do mar seco; e as águas foram-lhes como
muro à sua mão direita e à sua esquerda. Assim o SENHOR salvou Israel naquele
dia da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. E viu
Israel a grande mão que o SENHOR mostrara aos egípcios; e temeu o povo ao SENHOR, e creu no SENHOR e em Moisés, Seu servo” (Êxodo 14)
** lacham (לָּחַ֣ם - pelejará - conquistará,
fará guerra por causa de vocês, submeterá o inimigo por sua causa; os usará
como alimento e os comerá) - “E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a
terra, rasgaram as suas vestes. E falaram a toda a congregação dos filhos de
Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa. Se o
SENHOR se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que
mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o SENHOR, e não
temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão (לֶחֶם); retirou-se deles o seu amparo, e o SENHOR é conosco; não os temais” (Números 14.6-9).
No hebraico, lacham (לָּחַ֣ם) de ‘pelejar, batalhar, usar
como alimento e comer’, tem a mesma raiz da palavra lechem (לֶחֶם), cujo significado é ‘pão’.
Quando Calev, um dos espias, deu seu relatório sobre a terra prometida ao
povo de Israel, referiu-se aos inimigos de YHVH, gigantes ou não, como ‘pães a
serem comidos’ (lechem lacham), porquanto o SENHOR pelejaria (lacham)
por eles, os entregaria em suas mãos.
*** et-YESHUAT
YHVH (אֶת־יְשׁוּעַ֣ת
יְהוָ֔ה - o livramento
do SENHOR) - O cordeiro substituto (pelos primogênitos de Israel e por
todos os estrangeiros que com eles estivessem) foi imolado na tarde do dia 14
de Aviv e, à noite daquele mesmo dia, já no dia 15 de Aviv, após a morte dos
primogênitos, saíram do Egito, não de mãos vazias, mas com ‘o salário do seu
árduo trabalho durante os anos de escravidão’. Nessa caminhada de três dias,
chegaram às margens de Iam Suf (Mar Vermelho) no dia 17 de Aviv. Quando faraó
viu que o povo estava ‘encurralado’, não entendeu que aquilo era a mão de DEUS,
pois ELE mesmo os conduziu àquele lugar. ELE os levou lá para que, mais uma
vez, testemunhassem o livramento do SENHOR, e para que faraó fosse testado uma
última vez, embora mais uma vez reprovado, para que o SENHOR fosse glorificado
nele e em seus exércitos diante do povo de Israel.
Com a iminente ameaça, o povo
ficou amedrontado e começou a murmurar. Mas Moshe levantou-se e disse: “Não temais; estai quietos, e vede o livramento do SENHOR (יְשׁוּעַ֣ת יְהוָ֔ה - Y’SHUAT YHVH), uma clara alusão à
Pessoa e obra de YESHUA (YEHOSHUA), o Filho de David, Filho de
DEUS, o Salvador do mundo, a Esperança de Israel (Mateus
1.21).
O mar foi dividido (figura do
batistmo nas águas de um que foi salvo pelo sangue do Cordeiro JESUS – 1 Coríntios 10.1,2) e eles passaram a pé enxuto,
enquanto faraó e seus exércitos foram engolidos pelas águas do Mar Vermelho (Êxodo 14.26-28; 15.4,19).
A mão direita do SENHOR destruiu os egípcios – “A Tua destra, ó SENHOR, se tem glorificado em
poder, a Tua destra, ó SENHOR, tem despedaçado o inimigo... Estendeste a Tua
mão direita; a terra os tragou” (Êxodo 15.6,12).
A mão direita do SENHOR ou Sua
destra aponta para o MESSIAS YEHOSHUA, como visto em alguns textos:
“Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os
salvou, mas a Tua destra e o Teu braço,
e a luz da Tua face, porquanto Te agradaste deles. TU és o meu REI, ó DEUS; ordena salvações para Jacó” (Salmo
44.3,4);
“Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo
como Renovo perante ELE, e como Raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem
formosura e, olhando nós para ELE, não havia boa aparência nELE, para que O
desejássemos. Era desprezado, e O mais rejeitado entre os homens, Homem de
dores, e experimentado nos trabalhos; e, como Um de quem os homens escondiam o
rosto, era desprezado, e não fizemos dELE caso algum. Verdadeiramente ELE tomou
sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós O
reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido. Mas ELE foi ferido por
causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ELE, e pelas Suas pisaduras fomos
sarados” (Isaías
53.1-5)
“DEUS ressuscitou a Este JESUS, do que todos nós somos testemunhas. De
sorte que, exaltado pela destra de DEUS, e tendo recebido do PAI a promessa do
Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis. Porque David não
subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o SENHOR ao meu SENHOR: Assenta-Te à
Minha direita, até que ponha os Teus
inimigos por escabelo de Teus pés”
(Atos 2.32-35)
26.
Israel é o primogênito de YHVH (Êxodo 4.22,23)
Todos aqueles que recebem a JESUS como
seu SENHOR e Salvador tornam-se os primogênitos de YHVH, da mesma forma que
YEHOSHUA é o Primogênito do PAI – porque estão inseridos, enxertados nELE, o
Renovo de Israel.
“Porque
os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ELE seja O Primogênito
entre muitos irmãos”
(Romanos 8.29)
“O Qual é imagem do DEUS invisível, o Primogênito de toda a criação; porque
nELE foram criadas todas as coisas que há nos céus e na Terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ELE e para ELE. E ELE é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por ELE. E ELE é a Cabeça do Corpo, da
igreja; é o Princípio e o Primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha
a preeminência” (Colossenses
1.15-18)
“Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS Vivo,
à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos,
que estão inscritos nos céus, e a DEUS,
o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a YEHOSHUA, o
Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o
de Abel” (Hebreus
12.22-24)
Como YEHOSHUA
cumpriu Pêssach?
Pêssach foi minuciosamente
planejada pelo Arquiteto e Edificador (Hebreus 11.10)
com base na realidade espiritual do sacrifício do Cordeiro Pascal, morto desde a fundação do mundo (Revelação 13.8). Esse foi um evento ‘sombra’, ‘ensaio’
do que haveria de ocorrer 1500 anos depois, quando Yochanan, o batista,
identificou e respondeu o questionamento de Itschaq (“Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a
lenha, mas onde está o cordeiro para o
holocausto?” – Gênesis
22.7)
que pairou nas atmosferas celestial e terrenal por 2000 anos, 4000 anos após a
queda do homem e a Palavra profética de YAH, declarando que a ‘Semente da
mulher esmagaria a cabeça de satanás’ (Gênesis 3.15).
Aquele que
tipificou Eliyahu (Malaquias 3.1), preparando o
caminho do MESSIAS (Marcos 1.1-3), proclamou: ‘Eis
aqui SEH HaELOHIM, que tira o pecado do mundo’ (João 1.29).
“E, subindo JESUS a
Jerusalém, chamou de parte os Seus doze discípulos, e no caminho
disse-lhes: ‘Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos
príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lO-ão à morte. E O
entregarão aos gentios para que dELE escarneçam, e O açoitem e crucifiquem, e
ao terceiro dia ressuscitará’ (Mateus 20.17-19) E, quando se aproximaram de Jerusalém, e chegaram a Betfagé, ao Monte
das Oliveiras, enviou, então, JESUS dois discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia
que está defronte de vós, e logo encontrareis uma jumenta presa, e um
jumentinho com ela; desprendei-a, e trazei-mos. E, se alguém vos disser alguma
coisa, direis que o SENHOR os há de mister; e logo os enviará. Ora, tudo isto
aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta (Zacarias 9.9), que diz: Dizei à filha de
Sião: ‘Eis que o teu REI aí te vem, Manso, e assentado sobre uma jumenta, E
sobre um jumentinho, filho de animal de carga’. E, indo os discípulos, e
fazendo como JESUS lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre
eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em cima. E muitíssima gente
estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, e os
espalhavam pelo caminho. E a multidão que ia adiante, e a que seguia, clamava,
dizendo: ‘Hosana ao Filho de David;
bendito O Que vem em Nome do SSENHOR. Hosana nas alturas!’ E, entrando ELE em
Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é Este? E a multidão
dizia: ‘Este é JESUS, o profeta de Nazaré da Galiléia’” (Mateus 21.1-11)
“E, dito isto, ia caminhando
adiante, subindo para Jerusalém... E, quando já chegava perto da descida
do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou
a dar louvores a DEUS em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto...
E disseram-LHE de entre a multidão alguns dos fariseus: ‘Mestre, repreende os Teus
discípulos’. E, respondendo ELE, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem,
as próprias pedras clamarão. E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou
sobre ela, dizendo: ‘Ah! se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia,
o que à tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. Porque
dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te
sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus
filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois
que não conheceste o tempo da tua visitação. E, entrando no templo, começou a
expulsar todos os que nele vendiam e compravam, dizendo-lhes: ‘Está escrito: A Minha
casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores’” (Lucas 19.28-46)
A liturgia de
Hoshana Rabah (último dia de Sukot) declara que o MESSIAS virá sobre o Monte
das Oliveiras e chorará sobre a cidade.
Na semana de Sua
morte, YEHOSHUA ascendeu a Jerusalém, montado em um burrinho, cumprindo a Palavra
do SENHOR em Zacarias 9.9 (“Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que
o teu REI virá a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre
um jumentinho, filho de jumenta”), enquanto era aclamado REI pelos peregrinos que
entoavam o Hallel (Salmos 113 a 118) à medida
que se aproximavam da cidade, para as celebrações de Pêssach. Introduziram a YEHOSHUA
na cidade do Grande REI com ovações e louvores concedidos a reis, reconhecendo-O
como o Filho de David, o MESSIAS de Israel que havia de vir para assentar-Se no
trono de Seu pai e restaurar o reino a Israel (Atos 1.6),
porque reconheceram-nO como a Esperança de Israel (Jeremias 17.13,14 –
“Ó SENHOR, Esperança de Israel, todos aqueles que
Te deixam serão envergonhados; os que se apartam de mim serão escritos sobre a
terra; porque abandonam o SENHOR, a fonte das águas vivas. Cura-me, SENHOR, e
sararei; salva-me, e serei salvo; porque TU és o meu louvor”), clamando a
ELE por salvação (‘Hoshiah na’):
“E levaram o jumentinho a Jesus, e lançaram sobre ELE as suas vestes, e
assentou-Se sobre ele. E muitos estendiam as suas vestes pelo caminho, e outros
cortavam ramos das árvores (cerimônia em Sukot
ordena que sejam tomados ramos de determinadas árvores e movidos diante do
SENHOR, como oferta de adoração), e os espalhavam pelo caminho. E aqueles que iam adiante, e os que
seguiam, clamavam, dizendo: Hosana,
bendito O Que vem em Nome do SENHOR (Baruch Haba b’SHEM YHVH); Bendito o reino do nosso pai David (conectando YEHOSHUA com o pai David, aquele que tipificou o Messias e de
quem ‘Um Descendente’ é aguardado para restaurar o reino a Israel e salvar Seu
povo das garras de seus inimigos), que vem em Nome do
SENHOR. Hosana nas alturas. E JESUS entrou em Jerusalém, no templo...” (Marcos 11.7-11a)
A palavra grega hosana significa ‘salva’,
‘ser propício’. No hebraico, hoshiah na, significa um clamor por
salvação, ‘salva-nos’.
Toda a descrição
da entrada triunfal do SENHOR JESUS a Jerusalém descreve a cerimônia do último
e grande dia da festa de Sukot, Hoshana
Rabah, ou ‘Grande Salvação’. E Sukot
aponta para os dias do Reino Milenar.
Nesse dia de Hoshana Rabah, a cerimônia atingia o seu clímax no templo, pois os rituais dos dias anteriores de Sukot eram
repetidos sete vezes, uma vez que chuvas para o ano vindouro e o fervor messiânico eram os
desejos de todos (Salmo 118). Não só os
sacerdotes circundavam o altar, mas o povo o fazia também e por sete vezes, cantando o Salmo
118.25,26. A libação de água apontava para o derramar
copioso do Espírito de graça e súplicas
anunciado por Zacarias, sobre a casa de David e os habitantes de Jerusalém e
como reconheceriam Àquele a Quem traspassariam, pranteando pela injustiça
cometida contra o Unigênito rejeitado, e amargamente chorando pelo desprezo ao
Primogênito, Salvador e SENHOR (Zacarias 12.10).
Ao som dos levitas cantando os Salmos de Hallel, a congregação balançava suas
folhas de palmeiras, voltada para o altar, cantando com os levitas:
“Ana HaSHEM, hoshiah na; ana HaSHEM, chats’lichah na”.
“Clamamos a Ti, agora, oh YAHVEH, salva-nos; clamamos a
Ti, agora, oh YAHVEH, prospera-nos” (Salmo
118. 25).
“Baruch Habah
b’SHEM ADONAI/YAHVEH; berach’nuchem miBeit HaSHEM/YAHVEH”
“Bendito Aquele que vem em nome de YAHVEH; nós vos
bendizemos desde a casa do YAHVEH” (v. 26)
Da mesma forma que esse clamor e aclamação saíram dos
lábios dos peregrinos na entrada triunfal de YEHOSHUA a Yerushalaim (João 12. 13), esta cena se repetirá quando todos os
santos, vitoriosos porque ELE venceu, estiverem reunidos na sala do trono
celestial, celebrando o Cordeiro que foi morto e que vive, aclamando: “Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma
multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e
povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes
brancas e com palmas nas Suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação
ao nosso DEUS, que está assentado no trono, e ao Cordeiro” (Revelação 7. 9,10).
O SENHOR YEHOSHUA já havia sido reconhecido e aprovado
pelo PAI no Monte da Transfiguração, pouco antes de Seu martírio (Mateus 17.5). Havia sido aclamado pelo povo como o
MESSIAS – o Cordeiro estava limpo, sem mancha, ruga ou defeito algum e
totalmente preparado para ser REI (assim foi aclamado) e MESSIAS, o Libertador,
o Salvador. Depois, foi examinado pelos principais dos sacerdotes, sumos
sacerdotes (Anás e Caifás), políticos (Herodes e Pilatos) e nada puderam
encontrar nELE que O desabonasse como Cordeiro perfeito!
Tudo isso, desde o dia 10 de Aviv ao dia 14, dia em que o
sumo sacerdote, à 3ª hora (9.00h), ascendia com o cordeiro ao altar de
sacrifício, atando-o ao mesmo. YEHOSHUA, à hora 3ª, foi atado ao madeiro no
monte Moriah (Marcos 15.25).
À hora do sacrifício da tarde (15.00h) para Pêssach, à
hora 9ª (Êxodo 12.6), o sumo sacerdote cortava a
garganta do cordeiro com um cutelo, dizendo: ‘está consumado’, ao se entregar oferta pacífica a YHVH. À hora 9ª (Mateus 27.45,46,50), YEHOSHUA declarou: ‘Tetelestai’
– ‘Está
consumado’, e entregou Seu Espírito (João 19.30).
Em Êxodo 12.8,9, diz-se
que o cordeiro deveria ser tostado antes do pôr do sol. De acordo com o tratado
de Pêssach na Mishnah (repetição – texto do judaísmo rabínico,
extraído do TaNaCH, depois dos dias de YEHOSHUA), o cordeiro era assado numa
vara de romã em posição vertical – símbolo do madeiro que dependuraria o meu
SENHOR YEHOSHUA, assado ao sol das 9.00 às 12.00h (quando houve trevas) de uma
4ª feira primaveril, em Jerusalém. As entranhas do cordeiro deveriam ser
removidas e colocadas sobre sua cabeça, referindo-se ao cordeiro como ‘sacrifício coroado’. YEHOSHUA tinha
sobre Sua cabeça a ‘coroa de espinhos’**
(Salmo 22.13-18)
Toda a congregação de Israel deveria apresentar-se como
um só povo para celebrar Pêssach, Shavuot e Sukot no local em que YAH poria Seu
Nome para ser lembrado (celebrado, glorificado, santificado) (Deuteronômio 16.16). E toda Israel estava congregada
para ver YEHOSHUA, SEH HaELOHIM, ser sacrificado na árvore (Matus 27.1-26).
Nas primeiras horas de 15 de Aviv (viração do dia 14 para
15), YHVH ordenou que o povo comesse o cordeiro com pão levedado (matzah) e ervas amargas (maror), lombos cingidos, pés calçados,
cajado na mão, porque, naquela noite, deveriam partir do Egito. Tão somente
recebemos a YEHOSHUA em nossos corações, deixamos para trás o Egito, que
representa o pecado, a idolatria deste mundo tenebroso.
** coroa de espinhos:
“E vestiram-nO de púrpura, e tecendo uma coroa
de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lO, dizendo: Salve,
Rei dos Judeus! E feriram-nO na cabeça com uma cana, e cuspiram nELE e,
postos de joelhos, O adoraram. E, havendo-O escarnecido...” (Marcos 15.17-20a)
Por horas, YEHOSHUA foi torturado ao estilo romano (braço
de ferro): vendado, foi açoitado com chicote de nove faixas de couro com
fragmentos de metal para lacerar, rasgar e arrancar pedaços de Sua carne,
espancado, atingido em Seu rosto e cabeça, a imagem do horror e da feiura de
nosso pecado esculpido em Sua face – “Como
pasmaram muitos à vista dELE, pois o Seu parecer estava tão desfigurado, mais
do que o de outro qualquer, e a Sua aparência mais do que a dos outros filhos
dos homens” (Isaías
52.14) – tal era Seu aspecto, que nem parecia um homem!
E, como último ato de humilhação contra o MESSIAS e REI,
os soldados romanos teceram-LHE uma coroa de espinhos (da espécie Ziziphus zizyphus,
um arbusto denominado ‘jujuba’, com fruto ‘doce’) cravada em
Sua cabeça – ELE que é a Cabeça do Corpo, foi ferido em Sua autoridade, em Sua
liderança, em Sua dignidade real.
Maria, ao derramar nardo puro sobre a cabeça e os pés de
YEHOSHUA, o fez em preparo à Sua sepultura (Marcos
14.3-8; Joao 12.3-8). Quando aqueles
espinhos de ‘ferro’ penetraram em Sua fronte, o nardo exalou até Suas narinas e
o doce perfume da unção pairou sobre ELE e fluiu dELE, relembrando-O de que Seu
sofrimento não seria em vão mas produziria muitíssimo fruto.
Uma vez que a obra do Calvário
foi realizada desde a fundação do mundo (Revelação 13.8),
por causa da queda, a terra foi amaldiçoada por YHVH a produzir cardos e
espinhos (Gênesis 3.18), os mesmos que
provocaram dor e ferimento à Cabeça e autoridade do Filho do homem, YEHOSHUA
através da coroa de espinhos, símbolo da maldição que ELE levou sobre Si na
cruz. Não houve parte da humanidade e de sua ruína que ELE não tenha
experimentado e carregado conSigo, matando cada porção da iniquidade na Sua
morte.
O objeto de maldição, símbolo do pecado do homem que
terminou por amaldiçoar a terra, foi posto em Sua cabeça para que fôssemos
resgatados da maldição da Lei pelo Único que poderia realizar tamanho feito: “O MASHIACH nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se maldição por
nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gálatas 3.13).
Todos os ‘filhos da promessa de YHVH’ foram zombados, escarnecidos
(Itschaq, Yosef, David, YEHOSHUA, Shaul...), porque é isso que satanás sabe
fazer, escarnecer dos Seus escolhidos.
O propósito
primeiro da coroa, símbolo de realeza e majestade, além de LHE causar dor e sangramento intensos, porque os espinhos eram como espetos de ferro
(“Ainda que a minha casa não seja tal para com
Deus, contudo estabeleceu comigo uma aliança eterna, que em tudo será bem
ordenado e guardado, pois toda a minha salvação e todo o meu prazer está nele,
apesar de que ainda não o faz brotar. Porém os filhos de Belial todos serão como os espinhos que se lançam fora,
porque não podem ser tocados com a mão. Mas qualquer que os tocar se armará de
ferro e da haste de uma lança; e a fogo serão totalmente queimados no mesmo
lugar” - 2
Samuel 23.5-7), que penetravam em seu couro cabeludo e, pelo
espancamento, foram cravados em Sua cabeça, como os pregos, foi
de zombaria e paralisação de Sua
autoridade, pois o REI dos judeus, em vez de receber uma coroa de ouro, de
triunfo e glória, recebia uma coroa tecida com a maldição com que a terra fora
amaldiçoada, após o pecado de Adam (“E a Adam
disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que
te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com
dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te
produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão,
até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te
tornarás” - Gênesis
3.17-19).
Embora a coroa LHE tenha produzido dor e degradação
física (em altíssimo grau) e moral, quando Sua dignidade real mais uma vez era ‘roubada’
pelo filho de belial (2 Samuel 23.6) – e todos
nascemos como filhos de belial, desde o pecado de Adam – na verdade, a coroa
foi um excelente símbolo de Quem YEHOSHUA é e o que ELE veio cumprir. Embora
quiséssemos LHE imputar vergonha, desprezo, humilhação e escárnio, o resultado
foi Sua coroação no céu como REI sobre todos e tudo!
Para nós, cristãos, a coroa nos recorda duas coisas:
- 1º, JESUS foi e é REI e, um dia, todo o universo se prostrará diante
dELE, reconhecendo-O como REI dos reis e SENHOR dos senhores (Revelação 19.16). A zombaria romana revelou Seu
caráter de Servo Sofredor, a Ovelha calada indo ao matadouro de Isaías 53, bem como o de MESSIAS-REI conquistador das
nações por causa de Seu sangue, uma vez que, obedecendo até a morte de cruz,
obediência esta que teve de ser aprendida pelo tanto que sofreu, ‘conquistou’,
como Homem, a aprovação do PAI, reconquistou a humanidade para seu verdadeiro
Dono e Criador, abrindo o caminho de seu (humanidade) regresso ao PAI... por
causa de Seu sangue, reiterando Seu direito sobre Sua criação pela redenção
promovida por ELE;
- 2º, JESUS suportou a humilhação, a dor, a vergonha, os insultos tudo por
nossa causa. ‘Viu o fruto do Seu penoso
trabalho e ficou satisfeito, porque Sua obra não foi em vão’ (Isaías 53.11) – você, eu e multidões estamos aqui para
declarar que ‘o Calvário não foi em vão’!!!
O PAI o declarou, ao coroá-lO com glória
e honra e assentá-lO à Sua destra, a destra de Justiça (Hebreus 2.9).
No Evangelho de João, YEHOSHUA celebrou Pêssach:
- o primeiro relato (João 2.13-17) O revela
como O Purificador do templo (espiritual e físico): ‘Minha Casa será chamada, por todas as nações, Casa de Oração’ (Marcos 11.17). Nós, crentes nELE, somos templo de DEUS
na Terra e devemos permitir que ELE e Seu Espírito venham a nós nos purificando
de todo pecado (1 Coríntios 3.16,17; 2 Coríntios 6.14-18), para que sejamos Sua morada
digna dELE, vivendo nELE e por ELE (Hebreus 3.6;
1 Timóteo 3.15; 1 Pedro
2.5);
- o segundo relato (João 5.1-15) O revela
como Aquele que cura, que sara o corpo e a alma, perdoando os
pecados e curando as doenças físicas, emocionais, espirituais. Como no Egito, o
sangue do cordeiro substituto foi o sinal que os livrou da praga da morte (Êxodo 12.13) e a carne do cordeiro lhes deu força para
a caminhada pelo deserto (Êxodo 12.4,8), não
havendo entre eles fracos e doentes (“E
tirou-os para fora com prata e ouro, e entre as suas tribos não houve um só
fraco” – Salmo
105.37);
- o terceiro relato (João 6.1-13) O revela
como O Pão da Vida, o Cordeiro de DEUS, o Maná celestial lançado do céu
pelo PAI, a Matzah (pão sem fermento – sem pecado). Comeram o cordeiro cujo sangue foi espargido
nas portas das casas e viveram; comeram o pão sem fermento (sem pecado) e
puderam caminhar em liberdade;
- o quarto relato (João 19.1-37) O revela
como O Cordeiro de DEUS morto pelos
pecados da humanidade, embora não fosse encontrado nELE nada de satanás (João 14.30). No Egito, o povo comeu o cordeiro
substituto, e foi poupado da praga da morte. Assim também nós, os crentes nELE,
somos feitos justiça de DEUS por causa de Seu sangue: “Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós; para que nELE
fôssemos feitos justiça de DEUS” (2 Coríntios 5.21).
YEHOSHUA celebrou Pêssach
Há 15 passos no Seder (Ordem) shel (de) Pêssach.
À medida que percorremos esses 15 passos, entendemos o contexto da última
ceia e as ordenanças que YEHOSHUA nos deixou de celebrarmos a ceia do SENHOR.
A refeição é celebrada em uma mesa de ordem. Seder significa ordem. A mesa de Seder é uma prestação de contas ordenada, por meio de ler-se e comer, falando do que DEUS fez naquele tempo. Durante a refeição, muitas famílias se guiam por um livro chamado Hagadah (‘a narração’ ou ‘o conto’) e vem de Êxodo 13.8 – “E naquele mesmo dia farás saber a teu filho, dizendo: ‘Isto é pelo que o SENHOR me tem feito, quando eu saí do Egito’”. Basicamente é a narrativa sincera, clara, objetiva dos feitos de DEUS ao libertar Seu povo de Israel da escravidão do Egito, intercalada por salmos e outras passagens bíblicas que se referem à salvação de DEUS (Yeshuat YHVH) e à vinda do MESSIAS.
Seder shel Pessach (ordem de Pêssach)
Há quatro cálices de vinho a serem
bebidos durante a celebração, cálices de promessas e o 5º para Elyahu
Porque
o SENHOR ouviu o clamor de Seu povo
no Egito, lembrou-Se de Sua promessa
a Avraham, viu os filhos de Israel e
atentou para sua condição de
escravidão (Êxodo 2. 24,25),
fez quatro promessas a Moshe (Êxodo
6.6-8 –
‘Portanto dize aos filhos de
Israel: EU Sou o SENHOR, e vos tirarei
de debaixo das cargas dos egípcios, e vos
livrarei da servidão, e vos
resgatarei com braço estendido e com grandes juízos. E EU vos tomarei por Meu povo, e serei vosso DEUS; e sabereis que EU Sou o SENHOR
ELOHEICHEM, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios; e EU vos levarei à terra, acerca da qual
levantei Minha mão, jurando que a daria a Abraham, a Itschaq e a Yaacov, e
vo-la darei por herança, EU o SENHOR’). Em memória às quatro promessas, tomamos quatro cálices do fruto
da vide, pois aos escravos em liberdade deveriam ser dadas ‘taças de vinho da
liberdade’.
a)
EU
vos tirarei – Cálice da Santificação (Kidush) no início do seder. Lucas 22. 17: “E, tomando o cálice, e havendo dado graças,
disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós”
b)
EU
vos livrarei – Cálice da Narração, do Louvor,
Ações de Graça e da Libertação – tomado depois de cantar a 1ª parte de
Hallel (Salmos 113, 114),
na conclusão do relato da história.
“CRISTO nos resgatou da
maldição da lei, fazendo-Se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo
aquele que for pendurado no madeiro”
(Gálatas 3.13).
ELE morreu não só pelos nossos pecados, mas foi para
o madeiro para quebrar e arrancar cada maldição em nós;
c)
EU
vos resgatarei – Cálice de Bênção e Redenção –
tomado após a refeição. Esse é o cálice da ceia do SENHOR, no qual YEHOSHUA
identifica Seu sangue ofertado para a Nova Aliança (Mateus 26. 27,28; Marcos 14. 23; Lucas 22. 20
– ‘Semelhantemente, tomou o
cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no Meu sangue,
que é derramado por vós’; 1 Coríntios 10. 16 – ‘Porventura o cálice de bênção, que abençoamos,
não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a
comunhão do corpo de Cristo?’)
“Sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de
Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1.18,19) – fomos
remidos. Remir quer dizer ‘ser visto’ – pelo sangue de YEHOSHUA somos perdoados
e novamente ‘somos vistos’ como
filhos das promessas e das alianças de YHVH.
d)
EU
vos tomarei por Meu povo – Cálice da Finalização
(conclusão, perfeição), tomado ao final do seder. ‘E EU vos
tomarei por Meu povo, e serei
vosso DEUS; e sabereis que EU Sou o SENHOR ELOHEICHEM’. Aponta para a obra completa de YEHOSHUA na cruz do
calvário, pois, sabendo que todas as coisas estavam terminadas, disse:
‘Tenho
sede... encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissopo, Lha chegaram à
boca. E, quando JESUS tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o Espírito’ (João
19.28-30);
e)
EU vos levarei à terra
– Cálice de Elyahu
–
5º cálice, usado para recordar as promessas messiânicas (Malaquias 4.5,6 ‘EU vos enviarei o
profeta Elyahu, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR; e ele converterá o coração dos pais aos
filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que EU não venha, e fira a
terra com maldição’) e aquelas referentes ao retorno à terra prometida
(Deuteronômio 30.1-6).
Por isso, no encerramento do Seder, declaram ‘Próximo ano em Jerusalém’ – Nova
Jerusalém
YEHOSHUA anunciou que Elyahu tinha vindo (Marcos 9.13) na pessoa de
João Batista (Mateus 11.14).
Quinze
passos do Seder de Pêssach
1. Kadesh –
santificação - nesse momento, o primeiro dos
quatro cálices de vinho é abençoado e tomado. Cálice da santificação
ou Kidush – ‘Bendito és
TU, SENHOR nosso DEUS, Rei do universo, que criaste o fruto da vide’.
2. Ur’chatz –
lavagem das mãos (só o celebrante) – tem a ver com o
batismo, removendo toda maldição.
3. Karpas –
mergulhar salsa na água salgada – significa ‘salsa ou
ervas verdes’
“É aquele a quem eu der o bocado molhado. E,
molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão. E, após o bocado,
entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa” (João 13.26,27). O mais velho senta-se do
lado esquerdo da mesa e mergulha a erva verde na água salgada, enquanto o mais
novo senta-se à direita. Judas, o traidor, era o discípulo mais velho de JESUS.
Bin’yamin, o filho mais novo de Jacó, significa: ‘filho da minha destra’
4. Yachatz –
partindo a matzah do meio (pão da aflição e afikoman escondido) –
matzah do meio é partida em dois pedaços: o menor, o pão da aflição, é
colocado com os outros dois; o maior, afikoman, é envolto em guardanapo e escondido (para ser
encontrado mais tarde pelas crianças).
No coração da
narrativa, há o afikoman, palavra grega que
significa ‘que vem mais tarde’ ou
mesmo ‘aquele que veio’.
No início do Seder,
três pedaços de matzot são colocados num saco com três divisões (matzatosh). Muitos explicam os
três pães como sendo os patriarcas Avraham, Itschaq e Yaacov. A matzah central,
Itschaq, é partida porque Itschaq foi oferecido em sacrifício e ‘esteve morto’
por três dias (tempo de caminhada até o Monte Moriah) e ‘ressuscitou’ quando o
cordeiro substituto foi visto preso pelos chifres (sinal de sua autoridade, de
seu poder) nos galhos de uma árvore (madeiro).
Outros justificam os
três como sendo DEUS, Israel e o povo judeu – Israel foi partida, porque foi
levada a cativeiro e foi escravizada e aflita por outras duas vezes (cativeiros
babilônico e romano). A porção comida de imediato, o pão da aflição, representa a escravidão e as aflições infligidas por
seus algozes, enquanto que a porção escondida, o afikoman, tem a ver com a incerteza do escravo de quando poderá
comer algo, escondendo um bocado para mais tarde.
O pão do meio é o
primeiro a ser partido. Parte desse pedaço partido, o menor, ou pão
da aflição, é distribuído entre os à mesa. O restante, o maior pedaço
ou afikoman
é embrulhado e escondido para que uma criança, ao fim, o procure e, ao
encontrá-lo, receba a recompensa da
redenção. Então, todos os
participantes comerão do afikoman encontrado pela criança,
como sobremesa.
As Escrituras afirmam que ‘ADONAI
echad u’Shmo echad’ – ‘O SENHOR é UM e Seu Nome é Um’. Entretanto, a
palavra ‘echad’ carrega o conceito de
pluralidade. Em Gênesis 2.24, diz-se que ‘o
homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão echad carne, uma só carne’. A palavra
hebraica para DEUS, ELOHIM, também
expressa pluralidade.
Tudo isso para explicar o entendimento messiânico
de que as três matzot representam DEUS PAI, DEUS Filho (a Torah Viva, a Palavra
de DEUS que Se fez carne e tabernaculou entre nós) e DEUS Espírito Santo.
YEHOSHUA, o Pão da Vida, que desceu do céu, foi partido (morto), aflito por
nossos pecados como nossa kipurah,
sacrifício expiatório. Os que estão nELE, comem o pão da aflição, porquanto
mortos com ELE, e o restante é escondido e achado, mais tarde, testificando de
Seu sepultamento e Sua ressurreição. Comemos essa porção, também porque
fomos sepultados com ELE e ressuscitamos com ELE: “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em JESUS CRISTO fomos
batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com ELE pelo batismo na
morte; para que, como CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do PAI,
assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados
juntamente com ELE na semelhança da Sua morte, também o seremos na da Sua
ressurreição; sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ELE crucificado,
para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.
Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos
com CRISTO, cremos que também com ELE viveremos... Assim também vós
considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para DEUS em CRISTO JESUS
nosso SENHOR” (Romanos 6.3-8,10).
As matzot são pães sem levedura, furados e listrados pelo calor do
cozimento. De acordo com a Mishnah, o afikoman
é um ‘substituto do korban Pêssach’,
o sacrifício de Pêssach, que era a última coisa a ser comida no seder durante o
período dos 1º e 2º templos. Ainda há um véu sobre o coração do povo e há muita
verdade profunda nas tradições que ainda não foram reveladas.
As marcas em uma matzah – furos, listras como que
chicotadas e lacerações (como queimaduras de pele) – são as marcas que YEHOSHUA
recebeu em Seu martírio por nós: por horas, foi
torturado ao estilo romano (braço de ferro) com açoites de chicote com nove
tiras de couro e fragmentos de metal nas extremidades para furar, lacerar,
arrancar pedaços de Sua carne, furado pela coroa de espinhos que era cravada em
Sua cabeça, a imagem do horror e da feiura de nosso pecado esculpido em Sua
face – “Como pasmaram muitos à vista
dELE, pois o Seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro
qualquer, e a Sua aparência mais do que a dos outros filhos dos homens” (Isaías 52.14) –
tal era Seu aspecto, que nem parecia um homem!
O afikoman ainda nos revela duas outras lições:
- se não tiver um coração como de criança, não se pode entrar no reino de
DEUS: “JESUS, chamando-os para Si, disse: Deixai vir a
Mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de DEUS. Em
verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de DEUS como menino, não
entrará nele” (Lucas 18.16,17)
- a misericórdia de DEUS para com Seu povo: por um tempo, um pequeno número
deles reconheceu Seu MESSIAS de Israel (a porção menor). Mas, a porção maior, o
afikoman, foi deixado para ser
descoberto mais tarde, quando ‘todo
Israel será salvo’ (Romanos 11.26).
JESUS, ao ser sepultado, teve Seu rosto coberto por um lenço, mais tarde
encontrado dobrado no sepulcro vazio. João viu e creu – o lenço dobrado é
sinônimo de que ELE voltará (na mesa
de refeição, se guardanapo jogado – o mestre não retornará; se guardanapo
dobrado – retornará para terminar a ceia).
5. Magid –
narrativa – conta-se a história do Êxodo. Ela é concluída com
o segundo cálice de vinho, chamado ‘cálice da ira’ para
JESUS, porque a ira de DEUS recaiu sobre ELE, para que Sua justiça, ferida pela
iniquidade de Sua criação, fosse satisfeita. Para nós, os remidos, é o cálice da libertação.
YEHOSHUA sorveu
esse cálice no Gat Sh’mani (Lucas 22.42-44 – “PAI, se queres, passa de Mim este cálice; todavia não se faça a Minha
vontade, mas a Tua. E apareceu-lhe um anjo do céu, que O fortalecia. E, posto
em agonia, orava mais intensamente. E o Seu
suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até o chão”).
Compartilhando a história do Êxodo, cada um de nós deve toma-la como
história pessoal, de libertação e redenção pessoal.
6. Rach’tzah –
todos lavam as mãos – bênção é proferida. Tem a ver com o
estar nesse mundo, mas não pertencer a ele.
“Disse-lhe JESUS: Aquele que está lavado não
necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais
limpos, mas não todos” (João 13.10)
7. Motzi – bênção
da matzah (de cima) – ‘Bendito és TU, SENHOR nosso DEUS, Rei
do Universo, que produz/gera/faz nascer o pão da terra’. Essa bênção é a profecia da ressurreição do MESSIAS de
Israel, porque ELE é o Pão vivo que desceu do céu (João
6.47-51).
Depois de Sua
morte, o SENHOR O trouxe de volta à vida da terra (Atos
2.31-33 – “Nesta previsão, disse da
ressurreição de CRISTO, que a Sua alma não foi deixada no inferno, nem a Sua
carne viu a corrupção. DEUS ressuscitou
a Este JESUS, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado
pela destra de DEUS, e tendo recebido do PAI a promessa do Espírito Santo,
derramou isto que vós agora vedes e ouvis”)
8. Matzah – bênção
da matzah – João 13.23 descreve
que os discípulos estavam reclinados. Somente nobres e reis podiam reclinar-se para as refeições. Pêssach é
chamado de festival de nossa liberdade – somos livres das ataduras da
escravidão do pecado (Egito e mundo) e reis (‘sacerdócio real, nação santa,
povo escolhido’ – 1 Pedro 2.9; Revelação 1.6; 5.10)
9. Maror – ervas
amargas – simbolizado por um tipo de alface (árabe) com
folhas grandes e raiz forte
10. Korech –
sanduíche de matzah com ervas amargas
11. Shulchan Orech –
refeição principal – o prato principal é comido (tempo de
comunhão)
12. Tsafon Barech –
procurando o afikoman escondido –
as crianças procuram pelo pedaço de matzah escondido. A criança que o encontrou
recebe um presente e todos a comem.
O celebrante
toma o afikoman e diz: “Na noite em que seria entregue, JESUS tomou o
afikoman e deu graças.‘Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que
padeça; porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino
de DEUS... E, tomando o pão, e havendo
dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o Meu corpo, que por vós é
dado; fazei isto em memória de Mim’”
(Lucas 22. 15,16,19).
13. Barech – bênção
pela refeição (o agradecimento pela refeição vem
depois na cultura judaica)
Depois
que essa bênção é concluída, o terceiro cálice de vinho é abençoado e
ingerido. Este é o cálice da redenção/salvação (Lucas
22.20 – “Semelhantemente,
tomou o cálice, depois da ceia, dizendo:
Este cálice é o novo testamento no Meu sangue, que é derramado por vós”;
1 Coríntios 10.16 – “Porventura o cálice de bênção, que abençoamos,
não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a
comunhão do corpo de Cristo?”).
Esse
cálice é cheio para transbordar, simbolizando a salvação (“Tomarei
o cálice da salvação, e invocarei o Nome do SENHOR”
– Salmo 116.13). YEHOSHUA tomou esse cálice e
invocou o Nome de YHVH, declarando derramar Seu sangue pela salvação de toda a
humanidade.
Antes
do Hallel, os quarto e quinto cálices são cheios e a porta é aberta para
que Elyahu haNaviy entre e proclame a
vinda do Mashiach.
O
quinto cálice é o de Elyahu faz parte do Seder, ao final, assim como deixar uma
cadeira vazia, durante todo Seder para ele. Somente Elyahu ou alguém que viesse
no espírito e poder de Elyahu, ou o próprio Messias, estava credenciado a beber
daquele cálice. Tem a ver com Malaquias 4.5 – “Eis que EU vos enviarei o profeta Elias, antes que
venha o grande e terrível dia do SENHOR”.
Então, a porta é
fechada e a cerimônia dá sequência.
14. Hallel – louvor –
os Salmos 115 a 118 são recitados (cantados,
entoados) em glorificação a DEUS.
Depois dos cânticos, o
quarto cálice, cálice da consumação (do reino) é levantado e
bebido. “JESUS
disse: Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até aquele
dia em que o beber, novo, no reino de DEUS”
(Marcos 14. 25).
“E, quando JESUS tomou o vinagre, disse: ‘NISH’LAM’ / ‘TETELESTAI’ (Está consumado). E, inclinando a
cabeça, entregou o Espírito”. O Cálice da finalização, também é chamado
de Cálice do sofrimento, da morte e da vitória.
15. Nirtzah –
aceitação – tudo foi terminado. Um último cântico é entoado
(“E, tendo cantado o hino,
saíram para o Monte das Oliveiras”
(Mateus 26.30).
Revelação 21:6-7 “Está cumprido. EU Sou o
Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe
darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e EU
serei seu DEUS, e ele será Meu filho”.
Suas promessas em Jeremias
31 para Seu povo de Israel são relembradas, declarando: L’shanah habaah b’Yrushalaim habnuyah
uv’yameynu b’zo hachadashah (Próximo ano em Jerusalém edificada novamente e
que em nossos dias na Nova Jerusalém).
O único lugar onde o cordeiro pascal poderia ser sacrificado era em
Jerusalém, no templo. Para aqueles que não conseguiam ascender a Jerusalém para
celebrar a festa, a fim de guardar a celebração, deveriam ter um substituto
para o cordeiro pascal, a ‘zeroah’ ou ‘braço’ de um cordeiro, como memorial de que um cordeiro foi morto
para libertá-los da morte no Egito.
Isaías 53.1 se refere ao
Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo como ‘o Braço do SENHOR’ – “E a quem se manifestou o braço do SENHOR?”
Até hoje, no Seder de Pêssach, um osso da tíbia de cordeiro (braço) deve
ser chamuscado e usado para o prato de Pêssach.
“E, no primeiro (protos) dia dos pães ázimos, quando sacrificavam a páscoa, disseram-lhe os
discípulos: Aonde queres que vamos fazer os preparativos para comer a páscoa?” (Marcos 14.12)
Protos – significa antes da hora, mais cedo, anterior,
precedente, primeiro de tudo. O texto aponta para ‘antes do primeiro dia dos
pães ázimos’, ‘primeiro de tudo da festa dos ázimos’.
Nos dias de JESUS, por causa do templo (Beit HaMiqdash), Seder poderia ser
celebrado no dia 14 (1º Seder) e no dia 15 (2º Seder). Ainda hoje isso
acontece.
YEHOSHUA celebrou a Páscoa com Seus discípulos na viração do dia 13 para 14
de Aviv, pois seria imolado como o Cordeiro a ser oferecido por toda a casa de
Israel, o Único todo suficiente, no sacrifício da tarde (15.00h), para ser
comido antes da meia noite (já no dia 15 de Aviv), conforme prescrito na Torah.
O cohen hagadol oferecia o último
sacrifício, este por toda a casa de Israel, antes do início da festa dos pães
ázimos, às 15.00h de 14 de Aviv. Quando Caifás não entrou na corte de Pilatos
para assistir ao julgamento de YEHOSHUA, não o fez para poder comer o Cordeiro
Pascal mais tarde. Caso contrário, se entrasse num tribunal gentílico, seria
considerado impuro e não poderia comer o cordeiro (João
18.28). Logo, esse evento aconteceu na manhã do dia 14 de Aviv.
Chag HaMatzot – Festa dos Pães
Ázimos
Esse festival se inicia no dia seguinte a Pêssach, em 15
Aviv, e se prolonga por sete dias, conforme orientação de YHVH: “E aos quinze dias deste mês é a festa dos pães ázimos do SENHOR; sete
dias comereis pães ázimos. No primeiro dia tereis santa convocação; nenhum
trabalho servil fareis; mas sete dias oferecereis oferta queimada ao SENHOR; ao
sétimo dia haverá santa convocação; nenhum trabalho servil fareis” (Levítico 23.6-8)
“E tomarão do sangue, e
pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o
comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com
ervas amargosas a comerão... E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis
por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. Sete dias comereis pães ázimos; ao
primeiro dia tirareis o fermento das
vossas casas; porque qualquer que comer pão levedado, desde o primeiro até
o sétimo dia, aquela alma será cortada de Israel. E ao primeiro dia haverá
santa convocação; também ao sétimo dia tereis santa convocação; nenhuma obra se
fará neles, senão o que cada alma houver de comer; isso somente aprontareis
para vós. Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei
vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas
gerações por estatuto perpétuo” (Êxodo
12.7,8,14-17). Por sete dias, o povo era proibido ter levedura nas
casas.
Bedikat Chametz – ‘a busca por fermento’ é o ritual de busca e remoção do fermento
(chametz) do interior da casa antes do início do festival primaveril, que tem
início um mês antes de Pêssach, com o objetivo de limpar/purificar minuciosamente
a casa em preparação ao festival.
Na Bíblia, fermento simboliza o pecado. Espiritualmente
falando, os crentes em YEHOSHUA são a casa de DEUS (Hebreus 3.6 – “Mas
Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão
somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim”; 1 Pedro 2.5 – “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e
sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por
Jesus Cristo”). O fermento deve ser removido da casa, nosso corpo,
limpando-o (1 Coríntios 3.16,17 – “Não sabeis vós que sois o templo de DEUS e que o Espírito de DEUS
habita em vós? Se alguém destruir o templo de DEUS, DEUS o destruirá; porque o
templo de DEUS, que sois vós, é santo”; 6.19,20 – “Ou não
sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós,
proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por
bom preço; glorificai, pois, a DEUS no vosso corpo, e no vosso espírito, os
quais pertencem a DEUS”; 2 Coríntios 6.15-18 – “E que concórdia há entre Cristo e belial? Ou que parte tem o fiel com o
infiel? E que consenso tem o templo de DEUS com os ídolos? Porque vós sois o
templo do DEUS vivente, como DEUS disse: Neles habitarei, e entre eles andarei;
e EU serei o seu DEUS e eles serão o Meu povo. Por isso saí do meio deles, e
apartai-vos, diz o SENHOR; e não toqueis nada imundo, e EU vos receberei; e EU
serei para vós PAI, e vós sereis para Mim filhos e filhas, diz o SENHOR
Todo-Poderoso”).
Ao limpar a casa, a esposa é orientada a deixar dez
porções pequenas de fermento (pão) pela casa. Antes do início desse festival, o
pai toma seus filhos e, com uma candeia, uma colher de pau, uma pena
(espanador) e um pedaço de linho, saem à procura de fermento deixado. Na noite
de Pêssach, com a casa completamente escura, só iluminada pelas candeias, a
operação é repetida. Ao encontrar o fermento, o pai deposita a candeia no
aparador, coloca a colher de pau ao lado do fermento e, com a pena, varre-o
para a colher. Ao fim da operação, envolve tudo no pano de linho e, no dia
seguinte, em 14 de Aviv pela manhã, vai à sinagoga para queimar todo o conjunto
(linho-colher-fermento).
Tipologicamente, encontramos que:
- a colher de pau representa o madeiro no qual YEHOSHUA foi sacrificado. “Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e for
morto, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro,
mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto o pendurado é
maldito de DEUS; assim não contaminarás a tua terra, que o SENHOR teu DEUS te
dá em herança” (Deuteronômio 21.22,23)
- fermento representa o pecado que foi varrido/arrastado para o madeiro
(colher de pau), uma vez que recebeu a YEHOSHUA, feito pecado pela humanidade
(“Àquele que não conheceu pecado, O fez pecado por
nós; para que nELE fôssemos feitos justiça de DEUS” - 2 Coríntios 5.21);
- o linho envolveu o fermento (YEHOSHUA, ao ser retirado do madeiro, foi
envolto em panos de linho e foi removido da ‘casa’ (planeta Terra), para ser
lançado no fogo, descendo ao inferno, onde o fogo arde continuamente, e lá
permanecendo por três dias e três noites (Marcos
9.43,45,47; Lucas 16.19-24);
- ‘O PAI levou o fermento para ser queimado no fogo ardente’:
“Por isto o PAI Me ama, porque dou a Minha vida
para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de Mim, mas EU de Mim mesmo a dou; tenho
poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de Meu
PAI” (João 10.17,18)
“PAI, se queres, passa de Mim este cálice;
todavia não se faça a Minha vontade, mas a Tua” (Lucas 22.42)
“Lâmpada para os meus pés é Tua Palavra, e Luz
para o meu caminho” (Salmo 119.105). Ainda
que vivamos em meio às trevas (‘o mundo jaz no maligno’ – 1 João 5.19), a Palavra de YHVH (YEHOSHUA) é o
parâmetro que temos para que nossa casa interior seja ‘vasculhada’ e
confrontada pelo Espírito Santo, que traz a revelação e o entendimento da
Palavra a nossa realidade e condição: “...ninguém
sabe as coisas de DEUS, senão o Espírito de DEUS. Mas nós não recebemos o
espírito do mundo, mas o Espírito que provém de DEUS, para que pudéssemos
conhecer o que nos é dado gratuitamente por DEUS. As quais também falamos, não
com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina,
comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não
compreende as coisas do Espírito de DEUS, porque lhe parecem loucura; e não
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é
espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque, quem
conheceu a mente do SENHOR, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de
CRISTO” (1 Coríntios 2.11b-16).
15 de Aviv marca o início de Chag HaMatzot,
Festival dos Pães Ázimos, um memorial à saída apressada do povo do Egito, que
aponta, espiritualmente, para a nossa saída apressada do pecado e do sistema de
pecado, representado pelo Egito.
Historicamente, há dois eventos importantes ocorridos nesse dia:
1. início do
Êxodo (Êxodo 12.41,42 – “passados os
quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do SENHOR
saíram da terra do Egito. Esta noite se guardará ao SENHOR, porque nela os
tirou da terra do Egito; esta é a noite
do SENHOR, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações”). Porque saíssem apressadamente do Egito, foram obrigados a assar os pães
sem fermentar. Tiveram que comer o ‘pão da aflição’ (“Nela não
comerás levedado; sete dias nela comerás pães
ázimos, pão de aflição
(porquanto apressadamente saíste da terra do Egito), para que te lembres do dia
da tua saída da terra do Egito, todos os dias da tua vida” (Deuteronômio 16.3).
2.
sepultamento de YEHOSHUA HaMashiach, o Pão da Vida (João 6.35 – “EU Sou o Pão da vida; aquele que vem a Mim não
terá fome, e quem crê em Mim nunca terá sede”)
– ELE que nasceu em Beit Lechem (Casa
do Pão) e nunca pecou (“Àquele
que não conheceu pecado, O fez pecado por nós...” - 2 Coríntios 5.21a) foi e é o Pão sem
fermento. ELE foi sepultado na viração do dia 14 para 15 de Aviv, pois foi sepultado
às pressas (João 19.31,38-42). No 1º dia da festa dos pães sem fermento, ELE
estava na sepultura e no hades (ato contínuo à Sua morte)
O significado
messiânico da matzah em Pêssach
O 4º passo do Seder é o Yachatz, quando a matzah do
meio do matzatosh (bolsa
especial com três divisórias onde são colocadas três matzot) é tomada e partida em dois
pedaços: ‘pão da aflição’ e afikoman, este último, envolto em pano de
linho e removido da vista de todos, sendo escondido, para ser revelado mais
tarde. YEHOSHUA, o Pão da Vida que desceu do céu, foi removido de entre dois
ladrões (Mateus 27.38), envolto em panos de
linho e escondido no seio da terra, em Seu sepultamento (Mateus 27.59,60), onde permaneceu por três dias, para
ser revelado, novamente, em Sua ressurreição (quando o afikoman é encontrado, mais tarde, pelas
crianças, que têm um coração disponível e pouco contaminado para crer no
incrível, no impossível!).
O 12º passo do Seder, Tsafon Barech, é caracterizado pela
busca do afikoman
previamente ‘sepultado’ (escondido), mas, uma vez encontrado, é redimido
(salvo) e liberto, porque o resgate foi pago, por uma criança que recebe um prêmio pela descoberta, denominado ‘a promessa do pai’. A matzah inicialmente caracterizada como pão da aflição, é liberta e redimida.
Esse quadro é a fiel descrição de YEHOSHUA, Servo
Sofredor, Homem de dores, desprezado, rejeitado, que sabe o que é padecer, aflito,
ferido de DEUS, oprimido por nossa causa, enquanto morria na cruz de maldição
(“Era desprezado,
e o mais rejeitado entre os homens, Homem de dores, e experimentado nos
trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e
não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ELE tomou sobre Si as nossas
enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ELE foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ELE, e pelas Suas pisaduras fomos sarados” – Isaías 53.3-5), mas foi redimido ao 3º
dia, ao ressuscitar pela mão de DEUS PAI.
O afikoman é ‘redimido’
pela criança (crê sem esquemas e estruturas de raciocínio) que recebe um
presente, ‘a promessa do pai’. YEHOSHUA,
manifesto como Homem, vivendo como Servo de DEUS, sem pecado algum, morrendo
como Cordeiro imaculado, é a Promessa do
PAI feita no Jardim do Éden, quando o homem pecou (“E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua
Semente; Esta te ferirá a cabeça, e
tu LHE ferirás o calcanhar” - Gênesis 3.15),
e tudo o que ELE conquistou como Semente da mulher, sendo obediente ao PAI até
a morte de cruz ( “Por isso, quando ledes, podeis
perceber a minha compreensão do mistério
de CRISTO, O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos
homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos Seus santos apóstolos e
profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo Corpo,
e participantes da promessa em CRISTO
pelo evangelho... se nós somos
filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de DEUS, e co-herdeiros
de CRISTO: se é certo que com ELE padecemos, para que também com ELE
sejamos glorificados” (Efésios 3.4-6; Romanos 8.17).
Quando YEHOSHUA ascendeu aos céus, deu dons
aos homens (Efésios 4.7,8 – “Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de
CRISTO. Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens”), incluindo:
a. justiça – Romanos 5.17,18 (“Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os
que recebem a abundância da graça, e
do dom da justiça, reinarão em vida
por um só, YEHOSHUA HaMASHIACH. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo
sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça
veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”);
b.
vida eterna – Romanos 6.23 (“o
salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida eterna, por CRISTO JESUS nosso
SENHOR”);
c. graça – Romanos 5.15 (“se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de DEUS, e o dom pela graça,
que é de Um só Homem, JESUS CRISTO, abundou sobre muitos”);
d.
fé – Efésios
2.8,9 (“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para
que ninguém se glorie”);
e.
dons espirituais – 1 Coríntios 12.1,4 (“Acerca
dos dons espirituais, não quero,
irmãos, que sejais ignorantes... Ora, há diversidade
de dons, mas o Espírito é o mesmo”);
f. palavra de sabedoria
e de conhecimento, cura, operação de milagres, profecia, discernimento de
espíritos, de línguas e interpretação de línguas, de socorro e governos (1 Coríntios 12.8-11,28)
Características
dessa festa
É uma festa que se confunde com Pêssach e tem seu nome
intercambiado como sinônimo: “Estava,
pois, perto a festa dos ázimos, chamada a Páscoa” (Lucas
22.1)
Deve ser guardada por sete dias (Êxodo
12.15-19), sabendo-se que os primeiro e sétimo dias são santa convocação, quando nenhum
trabalho servil deverá ser realizado; também conhecidos como shabaton ou grande dia de descanso (João 19.31), além do shabat, sétimo dia da semana.
Sete aponta para a plenitude, para estar plenamente
separado do sistema mundial, com sua corrupção, esquemas, pecado, para estar
plenamente ‘alinhado com o’ e ‘alimentado pelo’ Pão Vivo que desceu do céu,
YEHOSHUA, a nossa Matzah (João 6.32-36,38).
O pão sem fermento
é usado para a consagração e separação.
Estava presente:
a) na consagração dos
sacerdotes (Êxodo 29.2-23) – dentre as
ordenanças para consagração dos cohanim (Aharon e seus descendentes), os pães
sem fermento estavam incluídos: “Toma a
Arão e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como também o
novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães
ázimos... Também do cesto dos pães ázimos, que estava diante do SENHOR, tomou
um bolo ázimo, e um bolo de pão azeitado, e um coscorão, e os pôs sobre a
gordura e sobre a espádua direita. E tudo isto pôs nas mãos de Arão e nas mãos
de seus filhos; e os ofereceu por oferta movida perante o SENHOR. Depois Moisés
tomou-os das suas mãos, e os queimou no altar sobre o holocausto; estes foram
uma consagração, por cheiro suave, oferta queimada ao SENHOR” (Levítico 8.2,26-28);
b)
na entrega
dos votos de consagração e separação do
nazireado – “...Depois o sacerdote tomará a
espádua cozida do carneiro, e um pão ázimo do cesto, e um coscorão
ázimo, e os porá nas mãos do nazireu, depois de haver rapado a cabeça do seu
nazireado...” (Números 6.1-21);
c)
nas
refeições dos sacerdotes, como a porção
sacerdotal das ofertas ao SENHOR - Levítico 6.14-18
– “...lei da oferta de alimentos:
os filhos de Arão a oferecerão perante o SENHOR diante do altar... E o restante
dela comerão Arão e seus filhos; ázimo se comerá no lugar santo, no pátio da
tenda da congregação o comerão. Levedado não se cozerá; sua porção é que lhes
dei das Minhas ofertas queimadas; coisa santíssima é, como a expiação do pecado
e como a expiação da culpa. Todo o homem entre os filhos de Arão comerá dela;
estatuto perpétuo será para as vossas gerações das ofertas queimadas do SENHOR;
todo o que as tocar será santo”; Levítico
7.11,12 – “E esta é a lei do sacrifício
pacífico que se oferecerá ao SENHOR: Se o oferecer por oferta de ação de
graças, com o sacrifício de ação de graças, oferecerá bolos ázimos amassados
com azeite; e coscorões ázimos amassados com azeite; e os bolos amassados com
azeite serão fritos, de flor de farinha”);
d)
na divina separação de Israel da vida de
escravidão do Egito (mundo) – Êxodo 12.17,30-34
– “Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque
naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis
a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo... E os egípcios apertavam
ao povo, apressando-se para lançá-los da terra; porque diziam: Todos seremos
mortos. E o povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras
atadas em suas roupas sobre seus ombros”;
e) todo
fermento deve ser posto para fora – um pouco de
fermento numa massa a faz levedar, crescer e inchar’. (“Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz
levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma
nova massa, assim como estais sem fermento. Porque HaMASHIACH, nossa
páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento
velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade” - 1 Coríntios 5.6-8). Ao permitirmos levedo (pecado) em
nossa vida, ele inchará nossas vidas com orgulho e arrogância.
Como guardar a
festa dos pães ázimos
Como o texto de 1 Coríntios 5.7,8 nos exorta, devemos praticar a festa “não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia,
mas com os ázimos da sinceridade e da verdade, limpando-nos,
pois, do fermento velho, para que sejamos uma nova massa, assim como estamos sem
fermento. Porque HaMASHIACH, nossa páscoa, foi sacrificado por nós”.
Sinceridade envolve integridade de coração no serviço do SENHOR.
Envolve lançar fora o pecado em nossas vidas, separando-nos de todo esquema e
forma de vida e raciocínio do mundo, fugindo das paixões que o mundo oferece,
não só aquilo que nos é lícito, mas abrindo mão de tudo aquilo que não nos
convêm (“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as
coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar
por nenhuma” - 1 Coríntios 6.12).
Os filhos de Israel não tiveram tempo de deixar a massa
levedar, porque tiveram que sair apressadamente de lá. Da mesma forma, como
filhos do DEUS Altíssimo, temos que nos apressar em sair dos caminhos e
práticas do mundo, com suas filosofias e falácias que distam da Palavra de YAH,
para poder praticá-la, puros e limpos de mente.
Sinceridade envolve purificação e santificação.
- purificação tem a ver com lavagem pela água, que é a Palavra: “CRISTO amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para a
santificar, purificando-a com a lavagem
da água, pela Palavra, para a
apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível” (Efésios 5.25b-27);
- santificação tem a ver com consagração – os crentes são santificados pelo
amor e obediência à totalidade da Palavra de YHVH: “Santifica-os na Tua verdade; a Tua Palavra é a Verdade... E por eles Me
santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade” (João 17.17,19).
Depois de celebrarem a Páscoa, os filhos de Israel foram
‘submersos’ no Mar Vermelho, como símbolo de batismo e lavagem para purificação
dos pecados:
“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos
pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram
batizados em Moisés, na nuvem e no mar” (1 Coríntios 10.1,2);
“E é o que alguns têm sido; mas haveis sido
lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em Nome do
SENHOR JESUS, e pelo Espírito do nosso DEUS” (1 Coríntios 6.11);
“E agora por que te deténs? Levanta-te, e batiza-te, e lava os teus
pecados, invocando o Nome do SENHOR” (Atos 22.16).
Depois
de aceitar a YEHOSHUA HaMASHIACH, precisamos imergir na Palavra, estudando-a,
meditando pela ação do Espírito Santo, para que sejamos transformados na imagem
e semelhança de YEHOSHUA HaMASHIACH.
Chag HaBikurim – Festa das
Primícias
“E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: fala aos
filhos de Israel, e dize-lhes: Quando houverdes entrado na terra, que vos hei
de dar, e fizerdes a sua colheita, então trareis um molho (עֹ֛מֶר) das primícias da vossa sega ao sacerdote (HaBikurim); e ele moverá o molho perante o SENHOR, para
que sejais aceitos; no dia seguinte ao sábado o sacerdote o moverá. E no
dia em que moverdes o molho, preparareis um cordeiro sem defeito, de um ano, em
holocausto ao SENHOR, e a sua oferta de alimentos, será de duas dízimas de
flor de farinha, amassada com azeite, para oferta queimada em cheiro suave ao SENHOR, e a sua libação será de vinho, um quarto de him.
E não comereis pão, nem trigo tostado, nem espigas verdes, até aquele mesmo dia
em que trouxerdes a oferta do vosso DEUS; estatuto
perpétuo é por vossas gerações, em
todas as vossas habitações” (Levítico 23.10-14).
Chag HaBikurim é celebrada durante Chag HaMatzot e é a primeira das festas de colheitas do
ano, estando relacionada à colheita da
cevada. A segunda ocorre em Shavuot,
com a colheita do trigo e a terceira
é Sukot, com as últimas colheitas de frutos. Nessas três
festas, os homens deveriam comparecer diante da Presença de YHVH, em Jerusalém
(a cidade por ELE escolhida para fazer Seu Nome lembrado), apresentando ofertas
de gratidão a ELE!
Tanto Pêssach quanto Shavuot se referem às primícias das colheitas,
enquanto que Sukot refere-se ao fim da última colheita do ciclo anual.
De acordo com o texto, cada indivíduo deveria trazer ao sacerdote um molho (ômer) das primícias da sega de cevada
que, por sua vez, o apresentaria diante do SENHOR como oferta movida, para que o indivíduo fosse aceito por ELE. Isso
deveria acontecer no dia seguinte ao shabat.
A palavra hebraica para molho é ômer, e corresponde à medida de
peso de grãos, correspondente à 10ª parte de um efa (Êxodo 16.36 – “E um
ômer é a décima parte do efa”).
A ceifa tem a ver com o Reino de DEUS e com a colheita de
homens para Seu reino:
“O reino de DEUS é assim como se um homem
lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a
semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma
frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga.
E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a
ceifa” (Marcos 4.26-29)
“E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado
sobre a nuvem Um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a Sua cabeça uma
coroa de ouro, e na Sua mão uma foice aguda. E outro anjo saiu do templo,
clamando com grande voz Ao Que estava assentado sobre a nuvem: Lança a Tua
foice, e sega; a hora de segar Te é vinda, porque já a seara da Terra está
madura. E Aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a Sua foice à Terra,
e a Terra foi segada” (Revelação 14.14-16).
Simbolicamente, na Bíblia, o molho representa uma ou mais
pessoas (Gênesis 37.5-11 – sonho de Yosef em que
seus irmãos e seus pais, como molhos, se prostravam diante do molho maior, ele
mesmo).
O conceito de primícias ou primogênito, biblicamente, tem
a ver com aquilo que é o melhor, o escolhido, o primeiro, aquele que é gerado
ou produzido da força máxima (a primeira), o principal, aquele ou aquilo que
tem preeminência em tudo. Tudo o que se referia a primeiro deveria ser santo ao
SENHOR, separado para Seu uso exclusivo:
“As primícias dos primeiros frutos da tua terra
trarás à casa do SENHOR teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe” (Êxodo 23.19 = 34.26);
“E, depois que se divulgou esta ordem, os filhos
de Israel trouxeram muitas primícias de trigo, mosto, azeite, mel, e de todo o
produto do campo; também os dízimos de tudo trouxeram em abundância” (2 Crônicas 31.5);
“Que também traríamos as primícias da nossa
terra, e as primícias de todos os frutos de todas as árvores, de ano
em ano, à casa do SENHOR. E os primogênitos dos nossos filhos, e os do
nosso gado, como está escrito na Lei; e que os primogênitos do nosso gado
e das nossas ovelhas traríamos à casa do nosso DEUS, aos sacerdotes, que
ministram na casa do nosso DEUS. E que as primícias da nossa massa, as
nossas ofertas alçadas, o fruto de toda a árvore, o mosto e o azeite, traríamos
aos sacerdotes, às câmaras da casa do nosso DEUS; e os dízimos da nossa
terra aos levitas; e que os levitas receberiam os dízimos em todas as
cidades, da nossa lavoura. E que o sacerdote, filho de Arão, estaria com os
levitas quando estes recebessem os dízimos, e que os levitas trariam os dízimos
dos dízimos à casa do nosso DEUS, às câmaras da casa do tesouro” (Neemias 10.35-38);
“Israel
era santidade para o SENHOR, e as primícias da Sua novidade” (Jeremias 2.3a).
Tudo na Terra, tanto homem como animal, deveria ser
apresentado diante do SENHOR como primícias ou primogênitos a ELE:
Ø os primogênitos
dos homens e dos animais eram santificados ao SENHOR – “Santifica-Me todo o primogênito, o que abrir toda a madre entre os
filhos de Israel, de homens e de animais; porque Meu é” (Êxodo 13.2);
Ø as primícias dos
frutos da terra deveriam ser apresentados ao SENHOR em Seu altar, como
oferta de gratidão e louvor – “E será que, quando
entrares na terra que o SENHOR teu DEUS te der por herança, e a possuíres, e
nela habitares, então tomarás das primícias de todos os frutos do solo, que
recolheres da terra, que te dá o SENHOR teu DEUS, e as porás num cesto, e irás
ao lugar que escolher o SENHOR teu DEUS, para ali fazer habitar o Seu Nome. E
irás ao sacerdote, que houver naqueles dias, e dir-lhe-ás: Hoje declaro perante
o SENHOR teu DEUS que entrei na terra que o SENHOR jurou a nossos pais dar-nos.
E o sacerdote tomará o cesto da tua mão, e o porá diante do altar do SENHOR teu
DEUS... E eis que agora eu trouxe as primícias dos frutos da terra que TU, ó
SENHOR, me deste. Então as porás perante o SENHOR teu DEUS, e te inclinarás
perante o SENHOR teu DEUS, e te alegrarás por todo o bem que o SENHOR teu DEUS
te tem dado a ti e à tua casa, tu e o levita, e o estrangeiro que está no meio
de ti” (Deuteronômio 26.1-4,10,11).
A que shabat se refere o texto em Levítico 23?
Há quatro possíveis ‘shabatot’ no
referido texto da ordenança de Bikurim, em Levítico 23:
1.
o primeiro dia de Chag HaMatzot (v.7), por ser um shabat ou
dia de santa convocação (15 de Aviv);
2.
o dia seguinte ao início de Chag HaMatzot (v.8) – o texto pode se referir ao 1º dia dos pães ázimos (16 de Aviv);
3.
o sétimo dia da semana que está compreendido
no período dos sete dias de HaMatzot,
o que corresponderia a qualquer dia entre 15 e 21 de Aviv;
4.
o sétimo dia da semana que se
segue ao último dia de Chag HaMatzot,
por ser esse dia um shabat ou santa convocação, o que corresponderia a qualquer
dia entre 22 e 29 de Aviv.
De
acordo com o texto em Levítico 23.16,17, dá-se
início à contagem de ômer, logo no dia seguinte a HaBikurim, com 50 dias para
Shavuot ou Pentecoste: “Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao
sábado, desde o dia em que
trouxerdes o molho da oferta movida (HaBikurim e o molho de cevada); sete semanas inteiras serão. Até
o dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então oferecereis nova oferta de alimentos ao
SENHOR (Shavuot e o molho de trigo)”
A comunidade
rabínica de hoje (assim como os fariseus) inicia a contagem de ômer a partir do primeiro dia da Festa de Pães Ázimos,
ou 15 de Aviv, considerando-se HaBikurim nesse dia.
Muitas
comunidades messiânicas seguem a contagem dos saduceus, a partir do dia
seguinte ao sábado durante a festa dos Pães Ázimos (3ª opção), o que significa
que Shavuot cairá sempre num domingo.
O tema do
Festival das Primícias é a ressurreição
e salvação (novo começo). Considerando-se os eventos relacionados a HaBikurim
e sua importância histórica, poderíamos dizer que a melhor opção de
interpretação, de fato, é a 3ª, o que corresponderia, nos dias de YEHOSHUA, a 17 de Aviv.
Esse dia foi marcado por alguns relevantes e importantíssimos eventos:
a)
Israel
cruzou o Mar Vermelho,
porque haviam caminhado jornada de três
dias, desde o início da caminhada, em 15 de Aviv, no dia seguinte ao
sacrifício de Pêssach (14 de Aviv) – novo começo:
“deixa-nos
ir caminho de três dias para o
deserto, para que sacrifiquemos ao SENHOR nosso DEUS” (Êxodo 3.18)
“E eles
disseram: O DEUS dos hebreus nos encontrou; portanto deixa-nos agora ir caminho de três dias ao deserto, para
que ofereçamos sacrifícios ao SENHOR nosso DEUS, e ELE não venha sobre nós com
pestilência ou com espada”
(Êxodo 5.3);
b)
Israel
comeu as primícias da terra prometida – uma vez que o maná cessou em 16 de
Aviv, depois de terem comido os cereais da colheita anterior, em 17 de Aviv
passaram a comer a novidade do campo, as primícias da terra que passariam a
possuir, por determinação divina, herança e conquista:
“Estando, pois, os filhos de Israel acampados em Gilgal, celebraram a
páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. E, ao outro dia
depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e
espigas tostadas.E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto
da terra, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano
comeram dos frutos da terra de Canaã” (Josué 5.10-12)
– novo começo;
c)
YEHOSHUA,
o MESSIAS, ressuscitou – DEUS celebrou o festival das Primícias,
ressuscitando a YEHOSHUA de entre os mortos, resgatando o Primeiro Homem ao
céu. ELE ofereceu-Se a Si mesmo como as primícias dos filhos de DEUS – novo
começo:
“Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na
terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (João 12.24);
“Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as
Primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a
ressurreição dos mortos veio por Um Homem. Porque, assim como todos morrem em
Adão, assim também todos serão vivificados em CRISTO. Mas cada um por sua
ordem: CRISTO as primícias, depois os que são de CRISTO, na Sua vinda” (1 Coríntios 15.20-23);
“E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de
santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da
ressurreição dELE, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” (Mateus 27.52,53).
YEHOSHUA é as Primícias da colheita da cevada:
1. ELE é o Primogênito de Yosef e Miriam (Mateus 1.23-25 – “Eis que
a virgem conceberá, e dará à luz um Filho, E chamá-lO-ão pelo Nome de EMANUEL,
Que traduzido é: DEUS conosco. E José, despertando do sono, fez como o anjo do
SENHOR lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu até que deu à luz
seu Filho, o Primogênito; e pôs-LHE
por Nome YEHOSHUA”);
2.
ELE é o
Primogênito introduzido na Terra por DEUS PAI (Hebreus
1.6 – “E outra vez, quando introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os anjos de
DEUS O adorem”;
3.
ELE é o
Primogênito de toda criação (Colossenses 1.15 –
“O Qual é imagem do DEUS invisível, o Primogênito de toda a criação”);
4. ELE é o Primogênito dentre os mortos (Revelação 1.5 – “E da
parte de JESUS CRISTO, que é a Fiel Testemunha, o Primogênito dentre os mortos
e o Príncipe dos reis da Terra. Àquele que nos amou, e em Seu sangue nos lavou
dos nossos pecados”);
5. ELE é o Primogênito de muitos irmãos (Romanos 8.29 – “Porque
os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o Primogênito
entre muitos irmãos”);
6.
ELE é as
Primícias dos ressurretos (1 Coríntios 15.20,23 – “Mas de fato CRISTO ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as Primícias dos que dormem.... Mas cada
um por sua ordem: CRISTO as primícias,
depois os que são de CRISTO, na Sua vinda”);
7.
ELE é o
Princípio de toda a criação de DEUS (Revelação 3.14 –
“Isto diz o Amém, a Testemunha Fiel e Verdadeira,
o Princípio da criação de DEUS”);
8.
ELE é O
Supremo, que tem preeminência em tudo (Colossenses 1.18
– “E ELE é a Cabeça do corpo, da
igreja; é o Princípio e o Primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha
a preeminência”).
9. ELE é a primeiríssima escolha de YAH, o Preeminente,
Primogênito do PAI, as Primícias de DEUS, o Feixe de cevada das primícias oferecidas
a YHVH.
Chag
HaBikurim profetiza a Ressurreição do Mashiach de Israel
Estava profetizado que YEHOSHUA ressuscitaria ao 3º dia.
Isso foi anunciado no TaNaCH por tipologia e sombra em:
- Gênesis 22.1-6 – quando caminhou Avraham
com seu filho Itschaq por três dias e três noites, ‘morto’ pela condenação de
morte e sepultado nas trevas da morte;
- Êxodo 3.18; 5.3;
8.27 – quando o povo deveria caminhar caminho de
três dias pelo deserto para cultuar ao SENHOR ali;
- Jonas 1.17-2.10 – quando Jonas esteve no
interior do grande peixe por esse período. Esse foi o sinal que o SENHOR
YEHOSHUA escolheu para anunciar que permaneceria no seio da terra por três dias
e três noites (Mateus 12.38-40; Lucas 16.21; 24.44-46).
Morto em 14 de Aviv, no horário do último sacrifício de
Pêssach, antes do grande shabat
(santa convocação de 15 de Aviv), ressuscitou depois de três dias e três
noites, nas primeiras horas do 1º dia da semana (domingo), portanto, em 17 de Aviv, no dia seguinte ao shabat, durante Chag HaMatzot, ou seja, em Chag
HaBikurim: “Mas de fato CRISTO ressuscitou
dentre os mortos, e foi feito as Primícias
dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição
dos mortos veio por Um Homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim
também todos serão vivificados em CRISTO. Mas cada um por sua ordem: CRISTO as
primícias, depois os que são de CRISTO, na Sua vinda” (1 Coríntios 15.20-23).
A
compreensão espiritual de HaBikurim
Ao
aceitar a oferta movida das primícias da colheita de cada indivíduo das mãos do
sacerdote, YHVH estava garantindo que haveria a ceifa de toda a semeadura.
Ao
ressuscitar YEHOSHUA dentre os mortos – levantando-O da sepultura e
resgatando-O do hades para nunca mais morrer – e aceitando Essa Oferta Movida das
mãos do Sumo Sacerdote – o Próprio YEHOSHUA – como primícias dos que dormem, o
SENHOR estava colocando Seu selo de penhora, de garantia de que todo o restante
da semeadura será colhido, aqueles que são chamados pelo Seu Nome, a quem chama
de filhos e co-herdeiros com o Primogênito YEHOSHUA.
YEHOSHUA foi a oferta
pelo pecado do mundo, porquanto Cordeiro, mas também foi o Sumo Sacerdote que ofereceu tal oferta no altar de YHVH, pois,
ninguém poderia tomar Sua vida senão ELE mesmo a entregar espontaneamente para
tomá-la de volta (“Assim como o PAI Me conhece a
Mim, também EU conheço o PAI, e dou a Minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho
outras ovelhas que não são deste aprisco; também Me convém agregar estas, e
elas ouvirão a Minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. Por isto o PAI Me
ama, porque dou a Minha vida para tornar
a tomá-la. Ninguém Ma tira de Mim,
mas EU de Mim mesmo a dou; tenho
poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de
Meu PAI” - João 10.15-18).
Ao ressuscitar, tornou-se também as primícias dos que dormem e, como Sumo Sacerdote, tomou-Se a Si (e a
Seu sangue) e ofereceu-Se como oferta
movida diante do PAI, no Kódesh hakadashim (Santo dos santos) celestial. E
aquela oferta foi aceita por YHVH, garantindo que haverá colheita abundante,
porque, se as primícias foram aceitas, significa que toda a colheita o será!
HalleluYAH!
Rut e Naomi
retornaram a Israel ao ouvirem que havia pão em Bet Lechem, na casa do pão – o Pão da Vida, YEHOSHUA, O Redentor – “ouviu que o SENHOR tinha
visitado o seu povo, dando-lhe pão” (Rut 1.6).
chegaram no princípio da colheita das cevadas, provavelmente durante HaMatzot – “Assim Naomi voltou, e com ela
Rut a moabita, sua nora, que veio dos campos de Moabe; e chegaram a Belém no princípio da colheita das cevadas” (Rut 1.22).
Chegaram em março/abril, provavelmente entre os dias
de:
- Pêssach, marcado pela morte do
Cordeiro Pascal, pois ouviram que havia
pão em Bet Lechem – por três
anos, YEHOSHUA caminhou com o povo, revelando ser o Pão da Vida que desceu do
céu, o Verdadeiro Maná que dá a vida eterna, a ponto de saciar plenamente a
fome de todos. Ao ouvirem que havia pão em Bet Lechem (casa do pão), Naomi, em
amargura plena, decidiu retornar ao seu povo;
- HaBikurim, porque chegaram no princípio da colheita das
cevadas – em dias de ressurreição e salvação (a temática da Festa das Primícias);
- Chag HaMatzot, na festa dos pães sem
fermento, vindo em arrependimento,
pois, assim que ouviram que havia pão em Bet
Lechem, deram as costas para o pecado da vida distante da Casa do
Pão, saindo da terra do opróbrio sem o fermento do velho homem, quebrantadas,
trazendo em suas aljavas os ázimos do novo homem, como o filho pródigo
retornando ao lar.
- antes de Shavuot, porque chegaram no princípio
da colheita das cevadas. Shavuot marca o princípio da colheita de trigo.
nos dias consecutivos, Rut
esteve no campo de Boaz, parente próximo, Resgatador,
de Elimélech (seu sogro), colhendo cevada e trigo: “Assim, ajuntou-se com as moças de Boaz, para colher
até que a sega das cevadas e dos trigos se acabou; e ficou com a sua sogra” (Rut 2.23)
Rut colheu nos campos, até o fim da
colheita de primavera (cevada e trigo). A noiva do Cordeiro, protagonizada por
Rut, ao ajudar Israel, na pessoa de Naomi, a voltar para casa, encorajando os
judeus à aliyah, guiando-os de volta à terra e às promessas que estão contidas
na terra e na Palavra de YAHVEH, alimentando-os com os grãos de cevada e de
trigo (relacionados à Palavra de YAHVEH e à Pessoa do Messias de Israel), sustentando-os
espiritual, emocional, financeiramente, ajudando-os na edificação de seu
Estado, estará preparando o mundo para a grande colheita de almas para YAHVEH,
bem como a 2a vinda de JESUS CRISTO, cumprindo-se em plenitude a
profecia de Joel 2. 28-32 que teve início no dia
de Pentecostes (Shavuot).
Rut (Igreja
gentílica) foi a primeira que teve contato com o parente remidor; por causa de
seu comportamento para com Naomi (Israel), sua sogra, o Resgatador enamorou-se dela (Rut 2.5-23).
Naomi ofereceu a Rut o redentor Boaz, para que ela
mesma pudesse ser resgatada de sua vergonha; sem Rut isso seria impossível.
Israel ‘ofereceu a salvação aos gentios’, para que ela possa ser salva também: Romanos 11.8,11,12,15 – “como está escrito: YAHVEH lhes
deu espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir,
até o dia de hoje. Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De
modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes. Ora, se a
transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento,
em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude! Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu
restabelecimento, senão vida dentre os mortos?”
Em Rut 3.3,4,8,9, Naomi instrui
Rut e a prepara como uma noiva, assim como foi Ester preparada, para
encontrar-se com seu rei, e entrar em suas recâmaras. Cada um de nós cristãos
necessita fazer isso:
“Banha-te, e unge-te, e põe teus melhores vestidos,
e desce à eira; porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenha acabado de
comer e beber. Quando ele repousar, notarás o lugar em que se deita; então,
chegarás, e lhe descobrirás os pés, e te deitarás; ele te dirá o que deves
fazer... Disse ele: Quem és tu? Ela respondeu: Sou Rut, tua serva; estende a
tua capa sobre a tua serva, porque tu és resgatador”.
a)
banha-te – o lavar por
meio da Palavra de YAHVEH para limpar-se e purificar-se dos pecados, em posição
de humilhação e arrependimento diante do SENHOR – “Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho
falado”
(João 15. 3);
b)
unge-te – santificação
pessoal; receber o revestimento e a unção do Espírito Santo;
c)
põe as melhores vestes – roupas de
linho branco, lavadas com o sangue do Cordeiro, para produzir o fruto do
Espírito, permitindo que a Palavra e o Espírito Santo atuem para que haja o
desenvolvimento desse fruto (amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão,
domínio próprio – Gálatas
5.22,23);
d)
não te reveles até que
ele coma e beba – o comer e o beber são o trabalhar do próprio Messias, que Se
ofertou a Si mesmo, naquela cruz. Naomi estava dizendo a Rut que não haveria possibilidade de salvação/redenção antes da cruz.
É preciso deixar que o Redentor ofereça Sua carne e Seu sangue para que Seus
discípulos comam e bebam dELE, para que tenham parte nELE! (João 6. 30-59; Lucas 22. 15,19,20);
e)
desce à eira – humilhar-se e
permanecer diante do seu Rei e SENHOR, aprendendo a depender dELE para tudo.
Descer à eira para que seja joeirada, separando o trigo do joio com os testes
das circunstâncias da vida, com o objetivo de ser provada e, por fim, aprovada.
É como descer à casa do Oleiro, para ser moldada conforme o desejo do seu
Criador (Jeremias 18. 2,6);
f)
descobre os seus pés e esteja a
seus pés
– entrar na Sua intimidade, deitar-se aos Seus pés, permanecer ali, confiando
nELE, descansando nELE, clamando por Sua proteção, Sua redenção e relembrando-O
de Sua obrigação e Seu direito de tomar posse de você como Sua noiva. Revele a
ELE seu amor e sua paixão, como fez Maria Madalena;
g)
peça-lhe que estenda Suas asas de
proteção e salvação e casamento sobre Sua serva, pois somente
ELE é o Único que tem todas as qualificações para realizar essa obra – ELE é o
Parente-Redentor. JESUS não mais nos chama servos, mas amigos (João 15. 15)!
Entretanto, foi à meia noite que
Boaz despertou, para ver quem estava ali. O Noivo veio por volta da meia-noite
às 10 virgens. Só cinco delas, as prudentes, estavam preparadas, com azeite
suficiente em suas candeias (Mateus
25. 1-13). Rut estava preparada, porque estava a seus pés; e, quando
questionada quem era, se apresentou como sua serva. Em todas as cartas
de JESUS às sete igrejas da Ásia, ELE termina com um alerta: ‘aquele que tem
ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas...’; ‘ao que vencer...’. A
vitória está em andar com o SENHOR, ser Seu discípulo, acompanhar o Cordeiro
por onde quer que ELE vá, andando com ELE, assim como fez Enoch, que terminou
por ser arrebatado pelo SENHOR!!!
Naomi (Israel) está dizendo à noiva do
Cordeiro para que nos arrependamos, que busquemos a santificação, buscando o
nosso Noivo com amor e paixão, porque é tempo de sua redenção, é tempo de
amores. E o Corpo do Mashiach pode dizer como Rut disse: “Tudo o que me disse, Naomi, eu farei” (v.5).
O
renascimento de Israel deveria despertar a consciência da Igreja de que as
profecias do SENHOR se cumprirão literalmente! É tempo dela perceber que a
humanidade vive os últimos segundos do 6o dia.
Rut
colocou seus interesses pessoais sob os interesses de Naomi. Ela estava ali
para ajudar a sogra a restaurar sua dignidade, sua redenção através da
restauração de sua herança na terra de Bet Lechem, o sustentador em sua
velhice, assim como a restauração do nome de sua família. Ela não escolheu
homens jovens ou ricos, não buscou os prazeres e soluções do mundo, mas decidiu
obedecer os conselhos de Naomi e sua experiência e maturidade, e foi atrás
daquele que a podia redimir (Rut
3. 10, 5).
Novamente, Boaz
reconhece a nobreza de propósitos e intenções no coração de Rut, prometendo-lhe
toma-la em casamento, se não houver outro interessado (v. 11-13). Pela manhã, ele a despediu, não
antes sem lhe dar seis medidas de cevada,
para que ela não chegasse de mãos vazias à sua sogra (v. 15,17 – “Disse
mais: Dá-me o manto que tens sobre ti e segura-o. Ela o segurou, ele o encheu
com seis medidas de cevada e lho pôs às costas; então, entrou ela na cidade. E
disse ainda: Estas seis medidas de cevada, ele mas deu e me disse: Não voltes
para a tua sogra sem nada”).
Seis
medidas de cevada:
cevada
– ressurreição de CRISTO.
- O Remidor, como Primícias da
ressurreição, dispôs nas mãos de
Sua Noiva todas as condições e determinou um tempo para que ela dê frutos e
enxerte-os na Oliveira Verdadeira,
que é Israel, até que venha a plenitude dos gentios (“Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira
brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da
seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe
que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti... Porque, se YAHVEH não
poupou os ramos naturais, também não te poupará. Considerai, pois, a bondade e
a severidade de YAHVEH: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo,
a bondade dELE, se nela permaneceres; de outra sorte, também tu serás cortado.
Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; pois YAHVEH
é poderoso para os enxertar de novo. Pois, se foste cortado da que, por
natureza, era oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira,
quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são
ramos naturais! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério
(para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em
parte a Israel, até que haja entrado a plenitude (maturidade numérica e espiritual) dos
gentios” – Romanos
11. 17-25);
seis medidas:
- O SENHOR deu a Terra aos filhos dos
homens por seis dias proféticos (Salmo 115), para que ao 7o dia ELE volte e reine!
- no 6o dia, ELE tem enchido
as mãos de Sua Noiva com bênçãos, com os frutos da terra, com o entendimento
crescente e a revelação de Sua Pessoa e propósito, para que retorne com esses
frutos à casa de Israel (produzindo ciúmes nela), ajudando-a a restaurar sua fé
nas promessas de seu DEUS e a conhecê-lO como seu SENHOR e MESSIAS;
-
seis é o número do homem, número dos gentios. O SENHOR determinou que o
Evangelho do Reino fosse pregado em testemunho a todas as nações, então, viria
o fim, quando adentraríamos na 7a semana profética de Daniel;
- no 6o dia profético, a
noiva, comprometida com seu SENHOR, deve
voltar-se para a Casa de Israel, levando os frutos que ELE tem dispensado
sobre ela:
Ø como
preparo do caminho para o regresso do MESSIAS de Israel (“Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai
no ermo vereda a nosso DEUS. Todo o vale
será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido
se endireitará, e o que é áspero se aplainará. E a glória do SENHOR se
manifestará, e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do SENHOR o disse” - Isaías 40.3-5)
Ø
como prova de seu amadurecimento,
de seu crescimento espiritual, não mais nutrindo inveja pelo filho primogênito
e escolhido do PAI (Isaías 11.13), mas provocando-lhe
ciúme (cumprindo o propósito para o qual foi salva – Romanos
11.11);
Ø
como prova de sua maturidade no
amor revelado ao PAI, porque aprendeu, como seu Mestre, a dar a vida pelo irmão
(João 15.12-14; 1 João
3.16,17), preferindo permanecer prisioneira de faraó a retornar sem o
filho da destra do PAI, Bin’yamin
(Israel), como fez Yehudah diante do governador do Egito (Yosef), pois, por ter
aprendido a conhecer o coração de Yaacov e para onde inclinava, não podia
permitir a dor da perda novamente, a perda do escolhido, do muito amado (Gênesis 44.18-34)
Ø
para estimular e apoiar a aliyah (judeus
retornando a Eretz Israel), por seus tremendos significados proféticos:
a)
estão ouvindo a voz do chamamento de YAH e, em obediência, estão retornando (mais de 160 referências bíblicas);
b)
retorno físico aponta para o retorno espiritual de cada judeu a ELOHEI
Israel (“Naqueles dias, naquele tempo,
diz o SENHOR, voltarão os filhos de Israel, eles e os filhos de Judá
juntamente; andando e chorando, virão e buscarão ao SENHOR, seu DEUS.
Perguntarão pelo caminho de Sião, de rostos voltados para lá, e dirão: Vinde, e
unamo-nos ao SENHOR, em aliança eterna que jamais será esquecida” - Jeremias
50. 4,5);
Ø
pregando as Boas Novas de volta a
Israel, com operação de sinais e prodígios, pregando a YEHOSHUA como o MASHIACH,
o Perfeito Judeu, e não o Cristo gentilizado;
Ø relembrando
as promessas, gerando seu cumprimento e despertando os judeus para as promessas
concernentes a Israel, à terra e ao povo, feitas pelo próprio SENHOR;
Ø cumprindo
o seu papel de trazer de volta o povo judeu, em seus ombros, à terra de Israel
e a ELOHEI Israel (Isaías 49.22,23).
A Igreja que
se volta para Israel, objetiva abençoá-la em sua viuvez e luto, trazendo o
consolo e o amor que ela necessita, como um prenúncio da vinda do Cordeiro que
foi morto, do Redentor que a resgatará, enfim, das mãos do inimigo das nossas
almas, Aquele que virá buscar a Noiva para suscitar o nome de Israel à sua
herança plena.
Hoje, vivemos os últimos segundos do 6o
dia, quando a Igreja do DEUS Vivo deve limpar-se, purificar-se, arrepender-se e
chorar as dores do pecado, santificar-se, descer em humilhação aos pés da cruz,
amando ao SENHOR apaixonadamente, com todo o coração, alma e corpo, clamando por
Sua misericórdia e por Seu favor imerecido sobre ela e sobre Israel, crescendo
na intimidade e no amadurecimento da vida cristã. É ela, a Noiva que
trará o Noivo de volta (‘O Espírito e a Noiva dizem, VEM’ – Revelação 22. 17). Israel, as
nações da Terra e toda a natureza gemem pela redenção plena da Igreja (Romanos 8.20-23), porquanto
significa o retorno do Messias. E ELE só voltará para quem O está ansiando,
desejando, esperando e se preparando para a Sua vinda!
Que todo o véu que entenebrece
a Verdade seja arrancado de seus olhos, para que vejam a beleza do MASHIACH de
Israel e Sua vida, morte, ressurreição e glória à destra do PAI. Seja ELE
reconhecido por Seus irmãos, pois o coração do PAI ainda anela pelas ovelhas
perdidas da Casa de Israel. Que o véu lhes seja arrancado, para a glória do Seu
Nome. “E não somos
como Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel
não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Mas os seus
sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar
na lição do velho testamento, o qual foi por MASHIACH abolido; e até hoje, quando
é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas, quando se
converterem ao SENHOR, então o véu se tirará. Ora, o SENHOR é Espírito; e
onde está o Espírito do SENHOR, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto
descoberto, refletindo como um espelho a Glória do SENHOR, somos transformados
de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do SENHOR” (2 Coríntios 3.13-18).
À medida que permanecerem em
vigília, durante toda a noite de Pêssach, como ficou o SENHOR em vigília para
retirar das terras da escravidão Seu povo, possam eles reconhecer que a ‘noite do
SENHOR’ é o momento
mais intensamente doloroso para o PAI e o Filho, quando, por um breve momento,
em todas as eternidades vividas, estão separados pelo pecado do mundo
que recai sobre o Filho, e a santidade do PAI O impede de olhar para o Filho de
Suas delícias, Aquele em Quem tem todo o prazer, mas não naquele preciso,
estranho e raro momento das eternidades, porque não era ELE, o Filho, mas eu,
você, cada judeu, cada ser humano, ali, naquela cruz.
“Esta noite
se guardará ao SENHOR, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite
do SENHOR, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações”(Êxodo 12.42);
“E desde a
hora sexta houve trevas sobre toda a Terra, até a hora nona. E perto da
hora nona exclamou YEHOSHUA em alta voz, dizendo: ‘ELI, ELI, lamá sabactâni;
isto é, DEUS Meu, DEUS Meu, por que Me desamparaste?” (Mateus 27.45,46).
Com gratidão e no amor do Amado e ardentemente desejado SENHOR YEHOSHUA
HaMASHIACH, e na esperança do Seu regresso em nossa geração,
Chag Pêssach, HaMatzot v'HaBikurim sameach,
marciah malkah
Bibliografia:
1. RUACH HaKÓDESH ELOHIM e Sua
Palavra
2. ‘Bible Works 8. Software for biblical
Exegesis& Research’. 2010
3.
‘Bíblia Judaica Completa. O
Tanach e a B’rit Chadashah’, David H. Stern. 2011, Editora Vida
4. As
Festas da Páscoa, dos Pães Asmos e das Primícias by Larry Huch,
in ‘A Bênção da Torá. Revelando o Mistério, Liberando o
Milagre’, 1ª ed., 2011, págs 143-172. Bello Publicações, Belo Horizonte/MG,
Brasil
5.
Chag
HaBikurim – Feast of the Firstfruits, by Birgit Barandica. April 2009. http://waysoflife.info/Literatur/FeastOfTheFirstFruits.html
6.
Hag Bikurim
– A Festa das Primícias by
Marcelo Miranda Guimarães, in ‘A Pessoa do Messias nas Festas Bíblicas’, 6ª
ed., 2012, págs 75-80. Ed. AMES, Belo Horizonte, Brasil
7.
Hag Hamatzôt
– A Festa dos Pães Asmos by
Marcelo Miranda Guimarães, in ‘A Pessoa do Messias nas Festas Bíblicas’, 6ª
ed., 2012, págs 69-74. Ed. AMES, Belo Horizonte, Brasil
8.
Hag Pêssach – A Festa da Páscoa by Marcelo Miranda Guimarães, in
‘A Pessoa do Messias nas Festas Bíblicas’, 6ª ed., 2012, págs 43-68. Ed. AMES,
Belo Horizonte, Brasil
9. Nas asas da águia, by Welinton Mehret,
sábado, 25 de abril de 2009, http://pastorwelinton.blogspot.com.br/2009/04/nas-asas-da-aguia-exodo-19.html
10. Passover and the Crucifixion by Asher Intrater, in Revive Israel Ministries, March 2010, http://revive-israel.org/2010/03-28-passover-and-the-crucifixion.html
11.
Passover Haggadah. A Messianic Celebration by Eric-Peter Lipson, 2º
Edition, 1988, 126 pages. Purple Pomegranate Productions, San Francisco, CA,
USA.
12. (Pesach): Feasting For Freedom, by
Edward Chumney. In The Seven Festivals of the Messiah, Chapter 3. http://www.hebroots.com/sevenfestivals_chap1.htm
13. The Festival of First Fruits
(Bikkurim), by Edward Chumney. In The Seven Festivals
of the Messiah, Chapter 5. http://www.hebroots.com/sevenfestivals_chap5.htm
14. The Festival of Unleavened
Bread (Hag HaMatzah), by Edward Chumney. In The
Seven Festivals of the Messiah, Chapter 4. http://www.hebroots.com/sevenfestivals_chap4.htm
15.
The God Who Provides Logistics of the Exodus - Messianic Seder Pessach - MessianicSeder.com
16. What is the meaning and significance of the crown of
thorns? In gotQuestions?org, The
Bible has answers! We’ll help you find them! http://www.gotquestions.org/crown-of-thorns.html
17. What is the symbolism behind the Crown of Thorns in
the Passion of Christ Good Friday – The Crucifixion of Jesus Christ, by Amy Miller, in ‘Share
Faith – Creative Solutions. Passionate People’. http://www.sharefaith.com/guide/Christian-Holidays/crown-of-thorns-in-the-passion-of-christ.html
18. Yom HaBikurim – Plan or Coincidence?, by Michael Rudolph. Dec 5, 2011. http://www.ohevyisrael.org/2011/12/05/yom-habikurim-%E2%80%93-plan-or-coincidence